A História Sem Título - Parte 5 - Meu Nome É Leandro

Um conto erótico de Enrique
Categoria: Homossexual
Contém 1470 palavras
Data: 01/06/2013 05:11:15
Última revisão: 05/01/2014 02:19:46
Assuntos: Gay, Homossexual

- Mãe, a senhora pode ao menos dizer aonde agente vai?

- Você ainda não descobriu? - Perguntou num tom enigmático – Ora, vamos na casa do vândalo que fez isso com você!

A única coisa que consegui pensar foi: Pata que pareu!!!

::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::

- A senhora só pode tá louca. Ele disse que se me visse de novo me matava! - Falei, rezando para todos os santos, para que eles fissesem minha mãe desistir dessa ideia doida de me levar a boca do lobo (sem duplo sentido, é claro).

- Ele não vai fazer nada contra você – falo minha mãe tentando, inutilmente, me acalmar – Não na minha frente. Você sabe que eu não vou permitir.

- Mas mã--

- Sem mas!! Você vai! Ou prefere ficar sem computador, internet, cartão de credito? - Falou minha mãe com seu famoso tom de ameaça que provoca medo em qualquer um.

- Mãe, pra que eu vou precisar de cartão de credito ou internet quando eu estiver morto?! No máximo o que eu vou precisar é de um caixão e um buraco qualquer pra enterrar o que vai sobrar de mim--

- Chega de drama Leandro Assunção! - Falou minha mãe me interrompendo. É, hoje não é meu dia de sorte, pensei eu. Sem saída falei um sim senhora e fui junto a ela em direção a minha morte.

[…]

Depois de imaginar varias formas de fugir, enquanto ia caminhando junto com a carrasca da minha mãe, chegamos em frente a uma das casas mais bonitas desse condomínio. Aquela casa era conhecida como a casa branca, porque, ao menos por fora, era uma copia fiel da fachada da casa branca. Claro, bem menor e com muito menos janelas que a original.

- Casa 82 – Pensou em voz alta minha mãe, que conferia o endereço da casa, que havia anotado. - É aqui.

Gente, tenho que confessar que quando ela disse que nós havíamos chegado, eu simplesmente entrei em panico. E ai, mais uma cena deplorável aconteceu. Imagina a cena: Minha mãe, que estava vestida de Mãe Diná, me arrastando até a porta da casa daquele ogro. Não gosto nem de lembrar disso. Voltando, depois dela me ameaçar novamente de cortar meu cartão de credito, e eu, por livre e espontânea pressão apertei a campainha. A porta foi atendida por uma senhora de estatura mediana, que aparentava ser um pouco mais nova que minha mãe. Era loira, dos olhos azuis, iguais a daquele desgraçado.

- Ola, posso ajudar vocês em alguma coisa? - Perguntou a mulher super simpática.

- É aqui que mora o Raphael? - Perguntou mamãe, num tom de quem não queria nada.

- Mora sim, eu sou mãe dele. Ele fez alguma coisa? - Então ela não sabia de nada. Provavelmente o bolo fofo do sindico não veio contar nada. Ele deve estar se fartando, devorando aquele balde de doces que minha mãe deu a ele.

- Fez sim. Ele deu um soco no rosto do meu filho, no meio da rua, sem motivo algum. - Disse minha mãe na maior calma, nem parecia que estava falando de uma situação tão tensa. Já a mãe do encosto reagiu de uma forma muito... louca! Ela disse apenas um entrem e sentessem e foi em direção a escada que havia do lado direito da sala, que era enorme por sinal. O que ouvimos depois foi isso:

Ouvimos barulhos de batidas fortes, no que parecia ser numa porta.

- Abre essa porta! - Ouvimos a voz da mãe do ogro gritando no andar de cima.

- Quando a senhora se acalmar eu abro – Falou uma voz que deduzi ser a de Raphael. Eu disse deduzi porque não parecia a voz do ogro, e sim a voz de um menininho acuado. Gente, se eu não odiasse tanto esse moleque eu sentiria pena.

- Se você não abrir essa porta em menos de trinta segundos, eu vou ligar pro seu pai. - Falou a mãe de Raphael, que agora falava, ao invés de berrar.

- Não, o papai não. Eu abro. - Gritou Raphael em panico. Pelo jeito, esse pai deve ser um crápula. Também, pra ser pai desse cretino...

A partir dai, não se ouviu mais nada. Instantes depois, ouvimos passos na escada. Era a mãe de Raphael que descia as escadas com uma expressão de quem estava morrendo de vergonha.

- Perdoem os modos do meu filho, ele anda muito rebelde ultimamente. - É mesmo, não me diga, pensei eu.

- Não precisa se desculpar. Filhos são sempre um pouco rebeldes. Eu lhe entendo. - Disse a minha mãe, lançando um sorriso amarelo a ela. Como sempre, mamãe estava tentando amenizar o clima pesado que se instaurou.

Logo depois disso, meu sangue parou de ser bombeado. O ogro apareceu no topo da escada, sem camisa. E desceu cada degrau daquela escada olhando no fundo dos meus olhos. Era um olhar impassível, sem nenhum tipo de sentimento aparente, e isso me causou medo. Ele se sentou ao lado de sua mãe e não disse nada. Apenas olhava pra frente, pro nada.

- Raphael não seja mal educado. Cumprimente as visitas. - Disse a mãe dele, seca.

- Boa noite – Disse sem ao menos olhar novamente na minha cara, o que me causou um grande alivio.

- Bem, quem vai me explicar essa historia? - Perguntou a mãe do Raphael.

- Eu acho que o seu filho podia explicar melhor. Foi ele quem partiu pra cima de mim sem eu ter feito nada. - Disse eu sentindo meu sangue se esvair quando ele me olhou novamente daquele jeito. Aqueles olhos azuis são tão...

- Não, você não fez né? - Indagou Raphael num tom de voz tão impassível quanto o seu olhar.

- Olha, eu não quero saber quem fez ou deixou de fazer algo, eu quero quero saber porque você bateu nele Raphael. Porque não foi uma briga. Pra ser uma briga, tem que ser justo. Olha o teu tamanho e olha o tamanho dele! Você é praticamente o dobro dele! - Falou a mãe de Raphael. Cada palavra dita por ela parecia atingi-lo como um soco. Raphael se limitou a abaixar a cabeça e dizer:

- Eu perdi a cabeça. Eu tinha brigado com a Carla, e toda vez que ele – disse me apontando com a cabeça – me vê, me olha, com sei la, raiva. Mãe, eu juro, nunca fiz nada pra ele. Eu nem ao menos sei o nome dele. Eu tava irritado e ai---

- Ai você viu o idiota aqui e quis descontar a raiva depois de ter discutido com a namorada? - Perguntei morrendo de raiva. - Foi isso?

Ouve um pequeno silencio, que logo foi interrompido por Raphael:

- Mãe, eu não queria mesmo fazer isso. Eu fiz por impulso. - Falou ele olhando pro carpete da sala.

- Raphael, você não tem que falar isso pra mim, e sim pra ele. - Disse ela apontando pra mim.

Raphael olhou para a mãe que se limitou a acenar com a cabeça. Ele respirou fundo e disse, olhando nos meus olhos. Seus olhos azuis estavam levemente marejados.

- Eu não devia ter feito aquilo contigo. Você me perdoa?

- Sim, eu te perdoo sim. Você tava chateado e, eu te entendo.

Antes de me crucificarem eu só aceitei as desculpas dele por um motivo: Ele tem razão de dizer que eu o olhava feio. Pessoal, se ponham no lugar dele, ele tinha acabado de brigar com a namorada e já tava de saco cheio dos meus olhares pra cima dele. E confesso, eu senti pena quando vi ele chorando, ali na minha frente. Me processem!!!

- Eu acho que um abraço pra selar a paz, seria uma otima ideia! - Disse minha mãe. Ai senhor, porque ela tem sempre essas ideias gêniais?! Eu não mereço!!! Eu e o ogro olhamos para as nossas respectivas mães implorando pra elas não nos obrigarem a fazer aquilo. Adivinhem?

- Não é uma má ideia – Falou a mãe do Raphael.

Eu e Raphael nos olhamos e levantamos ao mesmo tempo. A única coisa que pensei foi: Tomara que amanha eu acorde e perceba que tudo isso foi um belo pesadelo.

Raphael veio em minha direção e rapidamente me envolveu nos seus braços. Meu rosto fico na altura do peitoral dele. E, naquele momento, eu senti um dos melhores perfumes da minha vida. Era levemente doce, mas, tinha alguns tons de limão e mais alguma coisa que não consegui identificar. A pele dele era macia, ao contrario do que eu imaginava ser e eu me vi desejando que aquele abraço não acabasse tão cedo. Mas, logo ele saiu do abraço e eu não pude disfarçar a cara de desapontado que fiz quando ele disse que subiria novamente pro quarto. Antes dele sair da sala eu disse: Meu nome é Leandro! Ele apenas acenou com a cabeça mostrando que tinha entendido o que falei a ele.

Cara, eu só posso tá usando droga!

Raphael subiu pelas escadas e ficamos novamente nos três: eu, minha mãe e a mãe do Raphael, Dona Célia. Vim a descobrir o nome dela depois que minha mãe e ela vi

Siga a Casa dos Contos no Instagram!

Este conto recebeu 0 estrelas.
Incentive Ħєทriqυє a escrever mais dando estrelas.
Cadastre-se gratuitamente ou faça login para prestigiar e incentivar o autor dando estrelas.

Comentários

Foto de perfil genérica

"Mãe Diná" Kkkkkkkkkk, o protagonista do conto chega ate ser engraçado....Muito bom. 10

0 0
Foto de perfil genérica

Cara, o seu conto é muito bom. Estou gostando por demais da história.

0 0
Foto de perfil genérica

Demais essa parte, eu concordo com o Amante de Séries. Será um conto perfeito... Obrigado por ter aumentado desse tamanho está perfeito.

0 0
Foto de perfil genérica

Realmente é muito chato quando começamos ler um conto e autor some, o tamanho não importa desde que poste regularmente, adorando seu conto, parabéns, vc escreve muito bem.

0 0
Foto de perfil genérica

Quee contooo foodaa .. ! Ain mt boum mesmii ,,, Mau eu acho q se aumentasse o tamanhou e/ou a frequêciaa de Postagemm Ia ser be melhoor kkkkkkkkkkk '! .. Enfiimm contoo shoow de bolaa '

0 0
Foto de perfil genérica

Seus argumentos me convenceram... O tamanho assim está ótimo! E cara, curti esse capitulo. Mães só mudam de endereço... Espero que continue logo! Beijo e parabéns!

0 0