Diário de uma Vingança - Parte 2

Um conto erótico de Vittor hugo
Categoria: Homossexual
Contém 1951 palavras
Data: 22/06/2013 11:29:33
Assuntos: Gay, Homossexual

Meu Deus eu só podia estar morto...

E estava no inferno...

Todo meu corpo doía... e aonde não doía queimava...

Eu sentia a pele inteira fria e como seu eu estivesse morto...

Não sei quanto tempo fazia que eu estava ali mas pareciam ser horas, tentei abrir meus olhos mas alguma coisa me impedia... Tentava me mexer mas a cada insignificante tentativa eu sentia facadas por todo o meu corpo... Até respirar era algo agonizante... Por duas vezes que tentei me mover eu acabei apagando novamente de tanta dor...

Se isso não era o inferno eu não sei o que era...

Meu Deus se fosse pra esse ser meu fim que terminasse logo com essa agonia... Queria chorar mas so saiam lufadas de ar com algo liquido e com gosto de ferrugem e sal... Sangue...

Meu olhos não abriam mas eu sentia as lagrimas queimarem...

Porque?

Porque comigo?

Eu não merecia isso... Eu queria morrer logo...

O desepero começou mais uma vez a tomar conta de mim e novamente um dor alucinante tomou minha consciência assim que tentei me mover...

E novamente apagueiMeu sonho...

Sentia muito frio e dores agudas em vários lugares inimagináveis...

Comecei então a analizar o que estava acontecendo comigo e ao meu redor...

Minhas pernas estavam pinicando...

Minhas coxas doloridas ainda mais próximo as minhas virilhas...

Minha... minha... Podia sentir que meu cu estava totalmente machucado... comecei ter vagas lembranças do que havia me acontecido... Queria chorar... mas só escutava um som abafado saindo da minha boca... como se fosse um animal agonizando...

Eu podia sentir a ardência...

Por mais que estivesse a noite e frio, eu sentia meu cu em chamas de tanta dor e ardência... Eram como se tivessem me enfiado um milhão de giletes... Mas... Enfiaram-me muitas coisas...

Flashs de conversas e rostos vinham a minha memoria...

“ta gostando viadinho”... “vou te rasgar”... “que boquinha”... “ toma”...”morre viado”...

AHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHH...

Eu queria gritar...

Eu sentia a lama me envolver... Misturado com meu sangue...

Pela dor em respirar eu imaginava que minhas costelas estavam quebradas...

Meu rosto ardia também... Sentia que minha boca tinha sido arregaçada... Pois ardiam os cantos e minha garganta...

Clarões explodiam acima de mim... Provavelmente relâmpagos...

Meu Deus se não bastasse o que passei ainda tinha que chover?

A dor me consumia... Dor por meus ferimentos e por ter acreditado nele...

“Ei fica tranquilo tenho certeza que você vai curtir... Relaxa... Confia em mim ok?...”

“Ei fica tranquilo tenho certeza que você vai curtir... Relaxa... Confia em mim ok?...”

“Ei fica tranquilo tenho certeza que você vai curtir... Relaxa... Confia em mim ok?...”

E eu havia acreditado... Confiado...

E aqui estou... A beira da morte... Sangrando por lugares que...

E tudo se apagou novamente...

Minha mente entrou em estado de total torpor...

Ate que...

Sentia como se estivesse sendo puxado...

Envolvido por o que imaginava ser uma emoção quente e seca...

Minha mente vagava por horas ou talvez dias...

Cada vez menos frio e dolorido...

Dias em minha mente ferida...

Isso devia ser a morte... Talvez essa não fosse tão terrível e sim calorosa e remediadora...

Minhas dores se esvaiam aos poucos de mim...

Sentia cheiro de amaciante???

Queria sorrir mas ainda sentia meus lábios ressecados e doloridos...

Podia ouvir ao fundo da minha mente alguém me chamar... Talvez um anjo me pedindo pra acordar?

A luz voltava a minha mente aos poucos... Porem muito lentamente...

Eu precisava abrir meus olhos e atender ao anjo... Tinha medo de a qualquer momento ele desistisse de mim...

Minha mente dizia... “NÃO DESISTA DE MIM”.

Mas meus lábios tremiam

Eu precisava... Dizer...

- N... N... Não... Nãoo... Nãooo... – minha garganta queimava...

Eu sentia suas asas tocando-me... Quente e macia no meu rosto...

Mais dias se passaram...

Ate que um dia me senti mais confiante em abrir meus olhos...

Aos poucos fui tentando...

Estava escuro e apenas uma fraca luz estava no canto dos meus olhos...

Fui abrindo e tentando enxergar aquela nevoa... Aos poucos se dissipando e criando formas...

Um teto... Do lado direito um criado mudo com uma vela... Sua chama tremula e fraca... assim como o que havia dentro de mim...

Isso era o céu?... Não

Fui virando meus olhos ate o outro lado...

Uma cadeira de balanço... E um anjo... Sentado e dormindo profundamente... Do seu lado uma bacia e um pano... As asas que me tocaram e me aqueciam eu imagino...

Seu rosto estava tão tranquilo... Ele era pálido... Com uma barba por fazer... Cabelos escuros e despenteados... Suas pernas estavam estendidas e cruzadas... Longas... Ele devia ser bem alto...

Então ele foi abrindo os olhos... E olhou diretamente pra mim...

Um sorriso leve e acalentador se formou em seu rosto... Um pouco cansado...

Seus olhos verdes... Reluziam uma luz... A da vela?... Talvez... Ou talvez uma vitória...

Meu anjo... Meu salvador...

- Você demorou... Achei que nunca iria acordar...

Sua voz era rouca... Calma...

- Como você se chama... – Ele me pergunta...

Como eu me chamo???

Como eu me chamo???

- Quem é você a partir de hoje? Afinal você nasceu hoje...

Tudo o que passei me veio a mente...

A violência... Os homens... O casebre... A estrada escura... O porche... O porão... E... A caixa... Victor Hugo...

- Victor Hugo...

- Bem vindo à vida e sua Vingança Victor Hugo... – Meu anjo sorrindoanos depois...

Ali estava eu descendo do meu Porsche Cayenne... Em frente a capela aonde estavam todos vestidos formalmente para a homenagem de sétimo dia...

Uma cena triste com várias pessoas chorando a perda de um ente querido...

Eu trajava uma calça social preta e uma camisa da mesma cor com um blazer...

Fui caminhando entre os que ali estavam...

Eu só conseguia pensar em uma pessoa... Apenas uma...

Entrei pelas grandes portas da capela... E fui caminhando lentamente...

E lá estava ele... Sentado em uma das ultimas fileiras de bancos

Ombros largos em seu terno preto... Seus cabelos loiros curtos e bem cortados...

Havia um lugar na fileira de traz...

Continuei caminhando... E me sentei...

Tinha receio de que ele me reconhecesse, mas nesses dez anos eu havia mudado muito... E o ódio é quase um cirurgião na minha fisionomia...

Assim que a homenagem acabou e o padre finalizara as pessoas começaram a se levantar e irem aonde havia uma foto do homem que havia morrido...

Heitor se levantou também...

A capela foi se esvaziando e os muitos familiares e amigos deixando o lugar com um adeus...

E ele continuou ali perto da foto... Olhar perdido em pensamentos...

Quando só restava eu e ele, levantei-me e fui ate a fotografia também...

- É uma bela foto... – Eu disse

- Sim é mesmo... – Ele responde...

Meu estomago revirava... Com certeza de ódio e desprezo...

Queria tanto poder ver sua foto ali também... Minhas mãos estavam frias... Mas tudo tinha sua hora...

Fui me virando e indo em direção a saída...

Ate que...

- Ei... Eu te conheço... – Ele diz

Paro...

Viro-me e ele esta vindo em minha direção...

- Na verdade você lembra uma pessoa... – Ele diz e da um leve sorriso...

Fico ainda estático...

Ele estava ainda mais bonito...

- Prazer meu nome é Heitor... – Ele estende a mão...

- Victor Hugo... – Cumprimento-o apertando sua mão...

Meu corpo inteiro vibra... Como se fosse um predador diante da caça...

- Você conhecia o Edu? Nós éramos amigos e não me lembro de telo visto com ele...

- Eu o conheci nessa ultima viagem que ele fez ao Rio de Janeiro...

O que foi verdade, eu o havia encontrado no Rio de Janeiro...

O “Edu” havia participado da violência que sofri... Lembro-me das suas palavras e do seu rosto lascivo enquanto metia seu pau em mim... E depois de meter e gozar... Ele chutou varias vezes meu corpo que já estava todo estuprado... Ele também havia mordido me lábio ate sangrar...

Dos cinco caras que estavam na casa o Edu fora o ultimo a me estuprar... O ultimo a me foder e o primeiro a morrer...

Eu o encontrei em um bar no Rio... Ele costumava ir sempre a esse lugar enquanto estava trabalhando no Rio... E por mais machão que fosse ele ainda adorava pegar escondido uns rapazinhos nesse bar...

Lembro que quando ele me viu ele ficou louco... Não parava de me olhar... Eu sabia que ele adorava pegar os garotinhos... Então me vesti o mais moleque que pude... Sem barba nenhuma... Lisinho...

Ele queria um motel mas eu queria ele ali mesmo no carro...

Sua boca voraz contra a minha... E ele ainda tinha o habito de dar mordidinhas nos lábios...

Ele dizia:

- Você é muito lindo... Esses olhos clarinhos... Parece um anjinho... – Dizia enquanto me beijava...

- Você gosta de anjinhos?- perguntei enquanto segurava firme seu pau duraço...

- Ahhhhhhhhhhhhhhhh... Um anjinho safadinho – Ele se deliciava com meu toque...

- Eu quero você inteirinho pra mim...

Terminei de tirar minha roupa e o ajudei tirando as dele... Agora ele tinha uma leve barriguinha... Mas ainda era um cara gostoso...

Saímos fora do carro... Estávamos em um lugar afastado...

Ele me encostou de costas no carro e começou a me abraçar... e me beijar...

Seu pau duro contra a minha barriga... Sua ânsia de me ter era tanta que ele chegava a arfar de tesão...

- Você com certeza é o carinha mais lindo que eu fiquei... – diz ele com a voz rouca

- Sou?...

- Com certeza é... – Ele diz e começa e lamber meu peito...

- Certeza?...

- É sim... Você é perfeito...

- Certeza que nunca ficou com alguém assim como eu?

- Nunca... Você e delicioso e esses olhos são uma tentação...

- Hummm... Nunca nem a força... em um casebre abandonado?...

Ele parou o que estava fazendo...

Seus olhos encontram os meus novamente...

Sua expressão com um misto de duvida e medo...

Ele havia se lembrado...

Seu sorriso havia morrido...

Ele da um passo para traz...

Nesse momento eu o peguei... E com rapidez pequei a seringa e injetei em seu pescoço...

Ele cambaleia para traz... Com a mão no pescoço...

Então cai sentado...

Seus olhos me fitando arregalados...

- Você... Como... Você... – Ele diz com a voz cortada e injetada de medo e dor...

O Veneno era letal...

Meu intimo vibrava...

- Você é só o primeiro... – digo olhando-o agonizar...

- Más você... Você morreu... – ele diz com um fio de voz... Lagrimas escorrendo dos olhos...

- Morri sim... E agora é a sua vez...

Ele vai se deitando e em nenhum momento desvia os olhos dos meus...

Até que seus olhos vão se apando...

O primeiro...

Pego então o celular...

Disco o numero já conhecido...

- Oi... Está feito... Você pode fazer o que você faz de melhor e fazer parecer um acidente...

A pessoa responde...

Desligo e volto caminhandoHeitor me olha com seus olhos escuros...

- Acabei me tornando amigo do Edu... Fique horrorizado quando soube do acidente e como estaria vindo passar uns tempos aqui na cidade eu resolvi vir para essa homenagem...

- Sim entendo... O Edu iria gostar tenho certeza... – diz ele com um sorriso...

Esse sorriso... A cada vez que ele fazia isso meu coração acelerava... Com certeza pelo ódio que eu sentia...

- Você vai ficar por aqui então?... Quanto tempo?... – pergunta ele...

- Bom ainda não sei... Tenho uns negócios a resolver por aqui...

- Hummmm... Com certeza vamos nos encontrar mais vezes... Se você era amigo do Edu então faço questão de ser seu amigo também... – diz ele mais uma vez sorrindo...

- Vamos sim com certeza... – Digo – sorrindo também...

Ele então se vira em direção a saída... E antes de sair se vira e diz...

- A gente se vê por ai Victor...

Ele se vira e sai...

Fico ali olhando a foto...

- Com certeza vamos Heitor...

Empurro a fotografia... Me viro e vou...

CONTINUA...

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Comentários

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Muito bom! adoro contos de vingança.

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FICOU MUITO FODA, QUERO CONTINUAÇÃO RÁPIDO, QUERO ME VINGAR ASSIM TAMBÉM KKKKKKKK

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wow adorei! Ahhhh torço que você mate todos sem excessão, até mesmo o Heitor que balança contigo.

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