Meu Pequenino Amor –Narração por Harry -
- Ding Dong!
A campainha tocou com um som invadindo o silencio da casa. E ao abrir a surpresa era otima. Ben me esperava, com uma bermuda fina e comprida azul e branca, com uma camiseta casual branca. No plano de fundo daquela paisagem perfeita, havia um carro com um casal de loucos me gritando. Soltei um leve risada.
- Está pronto? – perguntou ele, e sua voz era aconchegante e quente.
- Só um minuto, já volto com minhas coisas. – despedi-me de meus pais e saí.
- Onze horas! – meu pai confirmou a hora, e aquilo dizia que se fosse alguns minutos mais tarde teriamos problemas.
Logo que fechei a porta, Ben passou seus braços pelos meus ombros e fomos juntinhos até o carro. Entramos nos bancos traseiros e seguimos nossa pequena viagem. Eu, como era tao mahoso, levei meu travesseiro. Eu era dorminhoco e sempre dormia nas viagens, entao precisava precaver-me. Quando chegamos na rodovia, ajeitei meu travesseiro, mas antes de me deitar, Ben me puxou e acabei deitando em seu torax. Confesso que estava mais quente e gostoso, porem ouvi as risadinhas dos meninos na frente.
Enfim, chegamos à praia, e estava muito bela. O sol deixava tudo num calor confortavel, nada exagerado, e pude relaxar com o calor. Pegamos as toalhas, mesas-portateis e montamos nosso cantinho. Tirei minha camisa de botoes branca que eu usava, senti-me nu com os olhares furtivos de Ben. Eu era bem magro, mas tambem não esquelético ou parecendo uma criancinha.
- Narração por Benjamim –
Ele tirou a camisa botão por botão, e sua pele tao clara foi sendo exposta e deixando a viagem ainda mais excitante. Uh la la. Suas bochechas se avermelharam ao notar meus olhares. Entao pra piorar a situação dele, tirei minha camisa tambem. Ele simplesmente travou seus olhos em mim, notando meu corpo e até eu fiquei excitado. Ele poderia notar um certo volume crescer entao virei-me de costas para não exibir esta parte.
- Quem vai nadar? – falei animado já para um mergulho.
- Eu! – o casal falou e já foram correndo em direção ao mar como dois crianções.
Olhei para Harry com cara de vou te pegar!
- Eu não quero! – Harry falou já apavorado, mas logo peguei-o e ele ficou aos esperneios e o levei em meus ombros até o mar.
Ele prendeu o ar e o joguei na agua. Ele ficou apavorado tentando escapar dali. Tirei-o depressa, colocando-o a minha altura.
- O que foi? – falei preocupado.
- Eu nunca nadei – ele disse tossindo, afogou.
- Desculpe, não sabia. – fiz cara de cachorro levando bronca.
- Ih, tudo bem. Agora tira essa cara de cachorrinho se não não aguento. Eu quero agua. Mas dessa vez doce, por favor.
Peguei a agua e notei ele reclamando do gosto salgado queimando a garganta. Ele bebeu a agua, ficando um pouco aliviado.
- Obrigado. – ele disse estendendo a mão com a garrafa.
Peguei a garrafa em cheio cobrindo sua pequena mao com a minha, e não deixei de olhar seus olhos. Ele sorriu safadamente e correu pro mar novamente. Eu fui em sua direção, mas ele de repente virou e eu fui direto pra agua, recebendo uma onda grande que veio.
Saí correndo de novo atras dele e ele morrendo de rir, acabou virando uma corrida. Eu era mais rapido e agil, porem ele era esperto e achava um meio de escapar. Ele fugiu atraves das nossas coisas, mas ele rodiou e sem olhar acabou se chocando comigo e o segurei, estavamos já suando e ofegantes, num olhar intenso, e beijei-o intensamente.
Ficamos no beijo alguns segundos antes de nos separarmos e o levantei apoiando os braços na parte inferior de seu bumbum, fazendo-o ficar mais alto que eu. Demos mais alguns beijos e ouvimos os outros gritando.
- Ê safadeza! – Mike gritou enquanto Victor assobiava.
- Bando de retardados – falei rindo com Harry.
A tarde foi legal, nadamos bastante corremos a praia toda, conversamos muito com o objetivo de nos conhecermos. E quando chegaram as estrelas, e o Sol foi cedendo seu lugar à Lua, acendemos uma fogueira, iluminando nosso local. Pegamos os marshmellows, as cobertas e comemos protegendo do frio. Não estava suportando a distancia, entao puxei Harry para meus braços e compartilhamos as mesmas cobertas. Assim como Mike e Victor.
- Eu trouxe o violão, alguem topa cantar comigo? – Harry disse já se levantando.
- Eu canto com voce. – disse Victor – Qual musica?
- A Shake it out - Florence...?
- Claro, adoro essa. – ele sorriu.
Harry pegou o violão e olhou fixamente em Victor e começaram a cantar. Segundos depois o violão tocou e foi o único som que podia-se ouvir ali, junto com a canção do mar, e tudo aperfeiçoava-se. Terminaram e ficou um vazio.
- Cantem outra – pedi.
- Ta bom. Dessa vez, A drop in the ocean, de Ron Rope. Pode ser? – sugeriu Victor.
- Ok. – e logo voltaram com suas belas vozes.
- Narração por Harry -
- Harry, o que pensa em fazer da vida? – perguntou Mike.
- Quero fazer faculdade de Biologia, porem o que eu amo mesmo é musica. – respondi todo sonhador.
- E olha que o boy é bom MESMO em Biologia. E toca uma renca de instrumentos. – Ben completou deixando-me envergonhado.
- Uau. Voce é top entao. Porque voce não é dos populares entao na escola? – perguntou Victor.
Aquela perguntao acabou que me deixou um pouco triste. Aquele era um momento em que não queria me lembrar da escola. E eu realmente fiquei um pouco desapontado, aliás não tinha ido muito com a cara de Victor. Ele parecia de um jeito que eu acabava sentindo algo estranho, como se estivesse ocupando um espaço não desejado.
- Sei la. - levantei-me da roda e fui guardar o violão.
Do guarda-sol pude ouvir os cochichos de pouco: “Não fale sobre isso com ele, Victor. Ele sofre bullying na escola” “Mas ele ta ocupando o espaço do Derek. Ele sim eu gostava”. Quem seria Derek? Voltei com alguns espetos de marshmellows, todos para mim. Era isso o que acontecia. Quando ficava nervoso, ou com raiva comia mais que o normal. Coloquei estes na fogueira e esperei ate estarem bem quentinhos e molinhos. E comi recebendo os olhares de todos.
- Que foi? – perguntei estranhando.
- Eu ainda estou indignado em como consegue comer tanto e ser magricela desse jeito. Eu hein... – Ben disse fazendo todos rirem.
Apenas ele para conseguir tirar aquele clima tenso. E ele parecia o mais sacana do grupo. Mas incomoda-ve em saber quem era Derek. Se eu estou ficando com o Ben, esse seria o lugar de Derek. Este poderia ser o ex-namorado de Ben.
- Ben, voce já namorou? – perguntei, para testar se eu realmente podia confia-lo.
Ele demorou um pouco a responder, olhou para Victor e voltou o olhar a mim.
- Sim eu já namorei. Ele se chamava Derek, a gente se apaixonou, mas acabamos nos afastando pois ele se mudou pra Inglaterra, há um ano. Mas eu superei.
- Entendi. Espero não estar ocupando o espaço de ninguem, pois é a ultima coisa que me passa na cabeça. – troquei um olhar com Victor e comi mais um marshmellow.
- Não, voce não esta ocupando espaço de ninguem. Ele disse que não pretendia voltar e entao deixamos claro que estavamos separados. E eu já estou reconstruindo meu coração, pois tenho esperança de que alguem more nele.
Sorri, levando meus pensamentos longe. O clima entre eu e Victor não era dos melhores, e olhei para o relogio e marcavam 20h30min. E estava cansado e com sono. Precisava de um belo banho urgente.
- Ben, acho melhor nos prepararmos pra ir. Até arrumarmos as coisas e estarmos prontos pra ir, levara tempo. E meu pai é muito rigido em questao de horarios.
- Tudo bem, am... cabeça vermelha.
- Como? – Mike disse. – Cabeça Vermelha? – e riu, porem Victor apenas deixou um sorriso amarelo. E estava incomodando seu jeito comigo. Eu não tinha feito nada, nem sabia de Derek nenhum pra ele ficar com essas bobeiras, mas deixei de lado e fui aprontar-me para nossa deixa.
- Narração por Benjamim -
A viagem de volta fora toda em silencio, apenas ouviamos Beatles no radio do carro de Mike. Harry foi dormindo em seu travesseiro, como um lindo anjinho, e eu quis acorda-lo com beijos e carinho, porem eu teria de ter paciencia, pois esse dia ainda chegaria.
Chegamos na casa de Harry, e as luzes estavam ligadas, à espera dele. Acordei Harry baixinho pra não incomoda-lo, e ele lentamente abriu seus olhinhos verdes. Ele estava pegável nessa hora rsrsrs. Sorri pra ele e lhe ajudei com suas coisas. Chegamos à entrada e deixamos as coisas no chao. Nos olhamos alguns segundos, e ele sorriu.
- Ate outro dia, né?
- Claro, espero nos encontrarmos assim novamente em breve. – falei.
- Não sei... Parece que o Victor não gostou de mim.
- É impossivel não gostar de voce, tao meigo, engraçado e brincalhao. Ele so gostava muito do Derek porque eram muito amigos, e ele ainda está triste pela ausencia. E se ele não gostar saiba que eu gostei.
Ele estava com o queixo baixo, sorrindo envergonhado, e eu levantei com seu rosto em minha direção.
- Ei. Não se preocupe. – e lhe dei um selinho demorado, mas antes de terminar ouço Mike falar anda logo.
Nos soltamos um do outro, e saí deixando-lhe a marca de meu sorriso.
* * *
- Narração por Benjamim -
Quando cheguei em casa, já marcavam 22h50min, todos estavam dormindo, num forte silencio, quando segui eu caminho até as escadas para o andar de cima. Quase tropecei no escuro, e por sorte não fez um barulho alto. Chegando no ultimo degrau, que contando exatamente eram 16, sou empurrado por uma mão desconhecida, porem seguro-me no corrimão e lanço meu peso todo pra fora da escada por seu lado. Ouço seus paços fortes descendo os degraus com pressa. Corro pra cozinha, não ascendo as luzes, pois conheço a casa muito bem, e provavelmete ele faria o mesmo caminho até mim. Ele chegou à cozinha, ascendeu as luzes, mas sua surpresa foi um bastão (uma relíquia de meus avós) indo direto na cabeça. A única coisa que vi foram dois olhos claros assustados e fortemente azuis. Eu estava muito assustado, aliás eu poderia ter perdido a vida, dou graças às artes marciais. Subi as escadas, e acordei baixinho meu irmão. Ele veio comigo até a cozinha, e vendo o homem derrubado no chão ele se assustou com um pulo, e logo me ajudou a carregá-lo até um quarto de hóspedes. Trancamo-no no cômodo, e descemos novamente à cozinha. Dessa vez Matthew carregava uma arma. Eu ainda estava em choque e assustado por este ocorrido.
- Porque está com uma arma? – falei estranhando, ele parecia estar procurando algo como um bandido.
- Ele pode não estar sozinho, ninguem seria idiota de assaltar uma casa desconhecida sozinho. Venha, e não faça barulho. – ele disse guiando o caminho.
De repente, a porta se arrombou loucamente e tres homens entraram.
- Abaixe-se! – gritou Matthew fazendo-me abaixar. Engatinhamos e rolamos até o outro lado do balcão. Começou-se, entao um tiroteio dentro da cozinha.Estilhaços de copos, de comida e pratos quebrando eram como uma canção de ação, voce so tinha que sair da confusão e acabar logo com isso.
- Argh.. – o primeiro bandido caiu, e o segundo logo em seguida. Meu irmao sabia mesmo, e muito bem, atirar.
O outro não estava mais ali. Podia ouvir Matthew resando, torcendo por algo que eu não sabia. Nossos coraçoes pareciam baterias de rock batendo desesperadamente, movimentando a adrenalina por todo o corpo. Virei para trás e vi um vulto negro e em seguida dois tiros foram dispararados contra nós. Um acertou o vaso, e o outro em meu braço, ao pular junto de meu irmao para trás do sofá. Meu grito foi alto e agoniante com a dor da bala dentro de braço e cada musculo se movimentando causava-me mais dor. Arfando, fiquei agachado e gemendo com a dor, enquanto meu irmao se preparava para mais alguns tiros. Alguns segundos depois, com a luz da Lua, pude ver o homem passando pelo sofá lentamente, do meu lado, onde Matthew não estava olhando. Quando o homem estava chegando do nosso lado, e Matthew ainda não olhava pra a direção do bandido, peguei de uma vez a arma da mão de meu irmão e atirei no peito do homem. No momento senti-me um monstro por estar tirando a vida de alguem, sem ao menos ter essa legalização ou sendo um policial, mas pensei por ter sido para a propria proteção.
Um pequeno instante depois do ultimo tiro, ouço o choro de Diana, cunhada, descendo as escadas e chegando cada vez mais perto. Eu já estava muito cansado pelo grande dia na praia, e toda essa abalação em casa, pedaços de tudo, cacos de vidro, tudo isso estilhaçado pelo chão deixaram-me ainda mais abatido. Diana ficou mais perto, sendo recebida com nosso abraço e consolo de Matt: “Está tudo bem, tudo se resolverá e estaremos melhores como sempre estivemos.”, dizia ele.
E eu não sei se deveria acreditar naquele consolo clichê e muitas das vezes falso. Pois nem sempre as coisas ficavam bem. Tudo isso teve um motivo, não era um simples assalto, algo me dizia aquilo, algo iria deixar minha vida do avesso, e qual seria o motivo? Eu precisava descobrir. Eu tinha minhas desconfianças, queriam algo de mim. Eu sabia o que era, mas precisava guardar, como prometi a “eles”.
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Olá pessoal, hoje é meu grande dia, o dia mais lindo e perfeito pra todo o mundo. O meu niver>< e quero pedir desculpas pela demora a postar, mas eu estava sem internet por um tempo, e tive de usar o celular para entrar na CDC, o que não da pra postar pois está tudo no notebook. Mas está aí a PARTE 3 com uma pontinha de mistério. Qual será o motivo de Ben estar sendo procurado por bandidos? Pelo que se vê, essa história não só promete muito amor, como muita ação, problemas, caos e muita confusão para a possibilidade de uma vida tranquila e alienada, que é o “tipo normal” de vida que levamos. Realmente, a vida de Ben estaria virada do avesso, e no meio Harry, caso ele realmente amar Ben, e quiser estar do lado dele até o fim. Até a proxima parte, pessoal que ainda postarei hoje. Logo logo mistérios a serem revelados. Bj Bj.