Era o próprio, o cara que tinha fechado meu carro mais cedo e me chamado de mendigo. Percebi que ele também estava surpreso.
Cara – Estou aqui representando um cliente. Por favor, nos dê licença, pois estou aguardando o responsável pela empresa.
Eu – Sua espera acabou meu caro. Eu sou o dono da agência.
Ele deu um sorriso cínico após me olhar de cima abaixo. Eu estava quase explodindo por dentro de tanta raiva daquele homem. Se pudesse teria voado em seu pescoço, mas como ele era bem mais forte que eu, procurei me acalmar.
Cara – Bom! Então podemos conversar. Meu nome é Carlos, prazer.
Ele estendeu a mão, mas o deixei no vácuo. Não conseguia esconder minha raiva.
Eu – Infelizmente não posso dizer o mesmo depois do nosso encontro de mais cedo. Me chamo Fernando. Vamos logo terminar com isso, pois tenho muito trabalho.
Mais uma vez ele soltou um sorriso cínico de canto. Aquilo estava me tirando do sério. Passamos algumas horas dentro daquela sala. Leandro era um ótimo advogado, mas também tinha que reconhecer que o Carlos também era. No final das contas acabamos fazendo um acordo. Nós iriamos fazer o serviço, mas a empresa teria que nos pagar pelo menos os custos do serviço. Realmente o serviço não estava incluso, mas também o contrato não estava muito claro. Eu aceitei para evitar que falassem mal da agência e também para não perde-la como cliente, pois a marca estava cada vez mais em evidência. Após o término da reunião tratei logo de dispensar o Carlos, a presença de me incomodava profundamente.
Eu – Bom...já que nós terminamos, creio que não temos mais nada para tratar com você.
Carlos – Se está me expulsando, melhor ser mais direto.
Eu – Já que insiste. Retire-se, por favor.
Ele não tirava aquele sorriso debochado do rosto. Eu para evitar passar mais tempo perto dele me retirei e deixei o Leandro terminar os trâmites. Confesso para vocês que nunca em minha vida odiei tanto uma pessoa como Carlos, em poucas horas um ódio tremendo nasceu dentro de mim por ele. Voltei para minha sala mais aliviado por não ter que olhar para cara daquele idiota novamente. O restante do dia correu bem na medida do possível. Era por volta das 18h quando saí em disparada para buscar o João na escola, ele passava o dia inteiro lá. Estava esperando em frente da escola quando escuto meu amorzinho me chamar.
João – Tio Nando, tio Nando.
Eu – Oi meu amor. Como foi seu dia?
João – Foi muito bom tio e o seu? Como foi?
Eu – Foi bom também. O que acha de darmos uma volta no shopping?
João – Oba! Vamos tio!
Seguimos para o shopping. Passei um final de dia maravilhoso ao lado do João, ele trazia muita paz ao meu coração. Com certeza com ele ao meu lado seria mais fácil superar a perda de Antônio. Quando voltamos ele já estava dormindo, parecia um anjo.
Durante o dia devido à correria pouco pensei na falta que sentia do Antônio, mas quando deitei na cama senti uma profunda tristeza. Comecei a me recordar de como ele gostava de receber massagem antes de dormir, quase sempre estas massagens terminavam em sexo, que era maravilhoso. Antônio era um homem e tanto na cama, tinha uma pegada forte, mas ao mesmo tempo delicado. Tinha um tesão interminável, dificilmente transávamos somente uma vez quando começávamos. Eu estava há um pouco mais de um ano sem sexo, desde que ele foi internado, também nem tinha cabeça para isso. Na aquela noite acabei recorrendo à boa e velha punheta.
No dia seguinte acordei bem mais disposto, a cada dia estava mais conformado. Acordei o João para prepara-lo para escola, ele muito relutante levantou.
Já em frente à escola do João, estava observando de longe ele entrar.
João – Tchau tio Nando!
Eu – Tchau meu amor.
Depois que ele entrou fui para agência, mas antes disso o pessoa mais irritante existente na terra apareceu. Novamente ele fechou meu carro, aquilo fez ferver meu sangue, mas me limitei a dar uma bela buzinada.
Eu – Oh animal, não sabe dirigir?
Carlos – Bom dia pra você também.
Eu – Bom dia é o cacete, vai pro inferno.
Fechei o vidro e sai com o carro. Aquele imbecil de novo conseguiu acabar com a minha manhã, mas procurei tentar não deixar que isso afetasse meu dia. Na agência tudo corria perfeitamente bem, os relatórios mostraram que tudo estava nos conformes. Eu estava em minha sala conversando com Leandro, quando Anita entrou na sala com um arranjo enorme de rosas.
Eu – O que é isso Anita?
Anita - É pra você Nando, acabaram de entregar.
Eu – De quem será?
Leandro – Tem um cartão aqui.
O arranjo era lindíssimo. Pedi para Anita arrumar um vaso e coloca-las na sala.
Eu – Vamos ver de quem é.
Leandro – Até eu estou curioso.
O cartão estava escrito a mão com a seguinte mensagem.
“Flores lindas para o sorriso mais lindo”
Eu achei um pouco brega, mas muito bonito.
Leandro – De quem é?
Eu – Não sei, não está assinado.
Leandro – Pela sua cara gostou do presente.
Eu – Pra falar a verdade eu adorei.
Leandro – Nando me perdoe pela pergunta, mas acho que a amizade que existe entre nós me permite fazer.
Realmente Leandro e eu tínhamos uma boa amizade, com Antônio também. Leandro sempre frequentou nossa casa e participou de vários momentos marcantes na minha vida com Antônio. Ele era casado com uma moça muito simpática, a Letícia, os dois tinha uma menina que era uma graça, a Ester.
Leandro – Você já pensou em se relacionar novamente?
Aquela pergunta me pegou meio que de surpresa. Na verdade desde a morte do Antônio nunca havia pensado nisso, mas quando Leandro perguntou que me veio a cabeça.
Eu – Olha Leandro, vou te confessar que até agora não tinha pensado nisso. Fiquei tão abalado com tudo que aconteceu que nem me passou pela cabeça. Lembro que o Antônio me fez prometer que iria encontrar um novo amor e seria feliz, mas isso está fora de cogitação.
Leandro – Então você vai se fechar e ficar sozinho para o resto da vida? Como você mesmo disse o Antônio queria que fosse feliz.
Eu – Eu sei, mas não vou procurar um novo amor sendo que meu coração já tem um. Me sentiria traindo o Antônio.
Leandro – Quem disse que você vai deixar de amar o Antônio se começar amar outra pessoa? Ele sempre vai ser seu amor, ninguém vai tirar isso. Nós não nascemos para ficar sozinhos.
Após ele soltar esta frase de efeito foi embora, mas o que ele tinha dito ficou na minha cabeça. Era fato que meu coração não estava preparado para um novo amor, ele ainda não aceitava a ida do Antônio. Procurei afastar tais pensamentos e continuei o meu trabalho.
Os dias foram passando e eu estava cada vez melhor. Já tinha virado costume eu ganhar o arranjo de flores, toda segunda-feira eu recebia um. O último que recebi tinha a seguinte mensagem.
“Me conquistaste desde o primeiro momento, com seu sorriso me roubou o coração.”
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Oi meus amigos! Primeiro quero pedir desculpa pelo tamanho, sei que ficou pequeno, mas prometo recompensar no próximo. Hoje estou bem emotivo, já chorei duas vezes ouvindo música. Ser rejeitado não é nada bom, mas bola pra frente. Muito obrigado pelo carinho...e vamos aos agradecimentos.
Pablo Rick - Que bom que tenho gostado dos meus texto. Um grande abraço e obrigado pelo carinho. Bjos
(Al) - Você é um fofo lindo. Muito obrigado pelo carinho. Bjos
martse - Não consegui ficar sem postar, é viciante. Fico feliz que estou te agradando com este novo conto. Bjos meu querido!
Lucas M., Yld, FabioStatz,Mô, Caio R., rah, neneu e Ru/Ruanito - Vocês são maravilhosos, uns lindos, uns fofos...são tudo de bom. Muito obrigado pelo carinho. Bjos
DW-SEX - Você sabe que eu te adoro né amigo! Abraços:)
É isso aí minha gente.
Dedico está música a todos vocês - https://www.youtube.com/watch?feature=endscreen&v=Cn5Q1NX9n8A&NR=1