Os meninos acordaram e foram para suas respectivas casas se arrumar (eu acho) e eu fui viver aquele momento só meu, aquele momento de intimidade entre eu e o aparelho de som, todas as divas pop na minha casa e também alguns astro como Flo-rida, Adam Lambert entre outros, preparei uns drinks pra mim e fui saboreá-los enquanto decidi o que vestir pra impressionar o Napoleão, fiquei um bom tempo pensando no que usar, tirei minha barba, tomei um banho muito bem tomado, porque o que eu queria mesmo é que meu corpo fosse usado naquela noite, me arrumei tirei meu carro da garagem e sai lindo fui ao shopping expor minha figura pra ver o que acontecia.
Estava eu no segundo piso namorando uns relógios na vitrine de uma joalheria e uma voz familiar chama meu nome, era o Lucas o cumprimentei com um sorriso no rosto, afinal de contas tudo que eu não queria era sair com uma cara de derrota na rua, seria o atestado de fracasso e por mais que eu estivesse baqueado pelo que tinha ocorrido, eu só queria parecer bem, começamos a conversar e nos sentamos em umas poltronas pra dialogar ele tinha duas sacolas de lojas nas mãos, conversamos um pouco e ele já tocou no assunto...
– Eu soube que você e o Ferrugem terminaram o namoro, poxa vida bem chato isso.
– Imagino mesmo você deve estar pulando de alegria nem adianta esconder, mais por falar em relacionamento e o seu namoro com o Top Chef? Estão firmes?
– Não é namoro, eu só fiquei com ele algumas vezes pra te irritar mais não quero mais nada com ele não, ainda mais
agora que eu tenho chances de voltar contigo né!?
– Chances tem, mais fora tudo aquilo que eu já te falei que não abro mão, tem a fila né, vai ter que aguardar porque eu estou pensando em investir em um boy, e creio eu que vá dar certo dessa vez.
– Só pode estar de brincadeira né Deo, mal terminou e já esta azarando outros caras por ai? E eu que pensei que o Edgar é quem era o vagabundo da historia.
– Olha só como fala comigo, eu estou solteiro, ele disse que me queria, só vou juntar a minha fome, com a vontade dele de comer, literalmente falando.
Por incrível que pareça o clima não mudou entre a gente, os ânimos não se alteraram tivemos uma conversa civilizada e demos ate umas risadas mesmo falando sobre minha vida sexual, ele tinha se tornado alguém agradável e aquela boca, meu Deus aquela boca, quando parto pra cima sempre que vejo ele, adoro aquela boca e ela me adora, conversamos um tempão no shopping e depois fomos a uma choperia do shopping mesmo pra relaxar um pouco já tinha bebido toda vodca do mundo e ainda misturei com chopp fiquei linda, mais alegre que nunca, já se aproximava das onze da noite quando o Gustavo me ligou me chamando pra encontrar com eles em uma outra choperia chamada Santa Hora, pagamos a conta e descemos pra estacionamento convidei ele pra ir comigo, mais ele não quis porque o Ferdinand iria e ele o odeia.
Já estava entrando no meu carro ele veio pra cima de mim, me virou e me beijou, estávamos com gosto de Halls extraforte na boca, e isso deixou o beijo ainda mais gostoso, se pegar na minha nuca já era eu derreto mesmo e ele sabe disse me deu uma puxada pra ficar colado com ele e me beijou segurando minha nuca, o estacionamento subterrâneo é morto então poderíamos ter transado ali que não iria dar nada mais ficamos no beijo mesmo, quando ele me soltou eu o puxei pelo braço de novo e foi minha vez de beijar ele, ai sim o negocio esquentou ele ficou sem camisa, e eu não tirei minha roupa pra não amarrotar, eu queria chegar impecável onde os meninos estavam ficamos na pegação uns vinte minutos até que finalmente nos desagarramos e cada um seguiu seu caminho.
Cheguei na choperia ainda recuperando o folego e com sinais de embreagues, me sentei com os meninos e pedi um suco de morango com leite pra dar uma amenizada no negocio, ficamos de papo na mesa o Napoleão de frente pra mim e me encarando toda hora, vez ou outra eu olhava e dava uma risadinha pra ele, fomos pro The Pub nos misturar com o pessoal do nosso meio, na boate o Napoleão o tempo todo do meu lado o que definitivamente estava afastando todos os boys que me olhavam, já aproveitei que estava bêbado mesmo e disse...
– Eu acho bom você ficar comigo essa noite, porque esta afastando todos os boys que estão me encarando estão achando que somos um casal.
– O Objetivo aqui é esse mesmo afastar esse pessoal que fica te olhando como carne, quem sabe eu não fique contigo essa noite, mais vai ter que merecer muito pra conseguir isso.
– Olha geralmente essa fala é minha, mais tudo bem pode ficar se achando, te dou certeza que melhor que eu, hoje ninguém.
– Melhor pra casar acredito que não deva ter mesmo, mais se for pra comer uma noite só eu vi uns dois ou três que não perdem em muita coisa não.
– Debochado né Tio. Cuidado, tem limite de idade pro pessoal da casa.
– Nossa pegou pesado, me chamando de tio eu nem aparento ser tão velho assim, mais beleza um a zero pra você, mais nem adianta porque eu vou continuar aqui do seu lado.
Pode ficar ai me admirando eu deixo, começamos a beber mais e logo ganhamos a pista de dança, e não é que o Napoleão dança bem, todo sensual e com olhar fixo, o Gustavo dando show de coreografia e eu dançando do meu jeito, todos animadíssimos, em alguns momentos o Napoleão vinha pra trás de mim e ficava se esfregando eu deixava porque Sou desses. Passamos a noite toda sem ele me dar um selinho se quer, apenas afastando os boys que me queriam, e devo comentar uma coisa: O que passa na cabeça de uns caras na boate, que ficam chamando os outros pra fazer banheirão? Nossa eu fico pra morrer de raiva com isso, eu lá sou homem de banheiro! Voltando ao assunto, a noite toda foi dessa forma, saímos da boate todos juntos e o Napoleão nos chamou pra dormir na casa dele, eu topei essa era a primeira vez que todo mundo não queria se amontoar na minha casa.
Ele mora no setor Flamboyant na casa, a única coisa da casa que eu não gostei foi da cozinha, eu detesto cozinhas minimalistas parece que ninguém tem amor na casa, cozinha tem que ser aconchegantes e essa modinha minimalista tira o calor da casa, enfim todo mundo foi comer, e pasme ele preparou a comida e fui direto pra piscina adoro agua, eu estava de cueca mais tudo bem era preta não ficaria transparente, o Gustavo costuma me chamar de Peixe de agua doce, Piranha. O pessoal comeu, e eu me limitei a um suco de abacaxi, ficamos acordados até oito da manha ele distribuiu o pessoal por quartos, eram quatro quartos, e por fim eu sobrei...
– E você Deo vai ter que dormir comigo, já que o quartos estão todos ocupados, e dormir no sofá não é uma opção nessa casa, eu não deixo minhas visitas ficarem em sofás jogadas.
– Isso é uma indireta porque na minha casa você dormiu no sofá? Dormiu porque quis, se tivesse falado comigo poderia ter ido pra cama, não teria problema algum.
– Não foi indireta não imagina.
Fiz aquela cara de bosta ele me deu um abraço rindo e foi me mostrar onde era o quarto, subimos as escadas e fomos ao quarto dele, dormia umas quatro pessoas de boa naquela cama se ficar uma esfregando na outra durante a noite, eu pedi pra tomar um banho fiquei limpinho e voltei para o quarto apenas de toalha...
– Como eu faço minha cueca ainda esta meio úmida, tem uma sua pra me emprestar?
– Eu preferiria que dormisse pelado mais tenho sim.
Peguei a cueca dele e vesti, ficou folgada ele me disse que ele tem muita coisa pra empacotar na cueca dele por isso era folgada pra mim e mais uma vez caiu na risada, eu me sentei na cama e fomos conversar um pouco, teríamos pouco tempo de sono pois eles queriam ir a uma churrascaria pra almoçar, e eu estava morto de sono, mais mesmo assim papeamos um pouco, ele ligou o ar-condicionado et tirou a roupa ficando apenas de cueca, realmente em termos de volume parecia ser muita coisa, mais isso nem sempre faz jus ao recheio, por exemplo o pacote da batata Ruffles é bem volumoso e já em termos de conteúdo vem pouca coisa, se deitou novamente na cama de pernas abertas, minha vontade obviamente era de atacar, me contive e virei pro outro lado pra dormir...
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