Olha aé, bati meu recorde consegui fazer duas postagens. :D Gostaria de agradecer ao povo que eu agradeci no conto anterior, principalmente ao afonsotico, por do sol e Oliveira Dan que já leram o anterior, é pela força que vocês me dão que eu continuarem este conto, sei que sou uma presença inconstante, mas fazer o que? :P
Vamos ao conto:
Existe uma música brasileira que na letra tem uma parte que fala: “mas o relógio esta de mal comigo”, só quem sente falta de quem gosta vai entender o que isto realmente significa, mas no meu caso era o calendário. Como assim ainda faltava um mês para eu poder voltar pra casa e resolver tudo o que deixei pendente, quando digo tudo me refiro a uma coisa, ou melhor, uma pessoa em especial, o Meu loiro, o meu gato, o meu amor. Eu imaginava que ele ainda devesse estar sofrendo por minha causa e isso me fazia querer morrer, a sua dor era a minha, mas de alguma forma eu iria recompensá-lo era só ele ter um pouco mais de paciência.
Depois de um longo dia de treinamento eu iria para a minha morfina diária, conversar com minha irmã, ela não me dava mais o boletim detalhado de como o Sam estava, ela disse que mamãe não deixava mais. Eu não entendia, será que a minha própria mãe não queria a minha felicidade? Ou ela achava que no quartel eu seria feliz e esqueceria daquele que é meu? Mas, por sorte minha irmã burlava o cerco e me dava notícias.
- Diz aé sem futuro, como é que estão as coisas ai? Tá gostando? Volta quando? – perguntava meu irmão.
- Tá tudo tranquilo, acho que até tu se daria bem aqui, sabe aqueles joguinhos que o papai fazia toda vez que íamos acampar? Eleva a 10 e tu sabe como eu tô aqui.
- Cruz credo, eu detestava aquelas coisas, mas pelo visto tu tá se dando bem... o que não deve faltar é gente pra tu agarrar... – eu senti que ele falaria algo indevido.
- É tem muitas oficiais gostosas, tem uma que, meu Deus..
- Olha aé, o parrudinho agora tá machão, gostei de ver. – ele falava rindo, mas depois fez uma pausa e começou a falar sério – Mano, a Vivi não vai poder falar contigo hoje, mamãe fechou o cerco.
- Porra, a mamãe é foda. – falava chateado – mas tu sabe se pelo menos...
- Ele tá bem, tá se alimentando direito, voltou pra academia, ou seja, já respira sem a ajuda de aparelhos. – ele falava imitando a voz da Vivi. – Não é isso que ela fala quase todo dia?
- É sim. - eu ria da palhaçada dele ao falar como nossa irmã.
- Mas aconteceram umas paradas ontem, cara... se tua situação tava complicada, agora então... – ele começava a falar em um misto de piada, e coisa séria.
- Que situação? Do que você esta falando? – eu começava a ficar nervoso.
- O irmão dela ficou puto com a sua palhaçada e quer comer o seu fígado... – quando ele falou isso eu, de certa maneira me acalmei, sei que Sam é uma garota orgulhosa e não esperava menos dela, mas eu sei contorná-la.
- Deixe, depois eu me resolvo com ele. – falava começando a rir.
- Cara é sério, a Vivi voltou de uma festa ontem e se encontrou com eles lá. – ele fazia uma pausa como se estivesse procurando as palavras – cara, não sei nem como te dizer um negócio desses, tu tá sentado?
- Para de me assustar criatura, ele.... quero dizer, ela tá bem não tá? – meu coração quase saia pela boca ao imaginar como meu amor estaria.
- O irmão dela mandou um recado pra você pela Vivi: “Somos filhos de Hera”...
- Oh, Shit. (gente, teve que ser em inglês)
- Eu não entendi o que era isso. – ele indagava.
- Ou eu estou enganada, ou estou sendo enganada. Era isso que Hera falava em relação a Zeus, ou seja eles sabiam o que a Vivi estava fazendo. Era só isso? – eu não sabia o que fazer? Não poderia continuar... não poderia fazer de minha irmã bucha de canhão, ou soldado raso nesta disputa.
- “Diga pro seu irmão que o próximo namorado ‘dela’ quem vai escolher serei eu e eu já tenho um nome em mente: Taylor”. Foi este o recado.
Meu coração parou, alguém me ajude, o meu corpo começava a suar, as mãos tremer, não poderia ser, não, Taylor não, tudo menos isso, mas poderia ser outro, alguém que... não, não aquele.
- Ela por acaso disse o sobrenome? – perguntava, não sabendo da benção na qual se converte a ignorância.
- Meyer, eu acho. – ele falava dando uma flechada certeira em minha mente e em meu coração.
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Estávamos eu e meu amado em nosso dormitório conversando.
- Como você percebeu que era, você sabe, gay? – eu perguntava.
- Simples, eu me apaixonei por um garoto. – ele falava com uma fala carregada de pesar.
- Foi aquele desgraçado do Christian? – eu falava já cerrando os punhos.
- Não, o Chris era um amigo, depois namorado. O primeiro garoto que eu realmente tive uma queda não quis nada comigo, sabe... – me doía ver seus olhos ficarem mareados – ele era um bom amigo, mas quando eu me declarei ele me deu um soco na cara e simplesmente parou de falar comigo.
- E... você por acaso ainda sente alguma coisa por ele? – Eu perguntava fazendo uma carinha de cachorro sem dono.
- Tá com ciúmes é, seu besta? – ele falava rindo.
- Me chamar de besta não responde a pergunta que eu te fiz, é bem simples, não? – eu ficava cada vez mais curioso.
- Eu não vou mentir pra você Timmy, existe uma coisa em aberto, ele não me respondeu simplesmente sumiu e nunca mais voltou e eu não creio que esta seja a atitude de um homem. Mas, eu te amo seu bobo e enquanto estivermos juntos não existe isso de outro homem. – ele falava segurando minha mão – tá vendo, só existe Timothy & Samuel, não só existem Timmy & Sam.
- Não foi bem a resposta que eu queria ouvir, mais tá valendo. – eu começava a rir para relaxar. – mas ele é um tremendo idiota, como alguém não vai querer nada contigo? – Eu falava o abraçando. – Vamos me diz o nome do Mané.
- Isso não importa, não mais. – eu percebia que isso ainda importava e, de certa maneira doía nele.
- Eu preciso saber. – olhei no fundo dos olhos dele e continuei – eu tenho que agradecê-lo, imagina se ele tivesse ficado contigo? Imagina o tormento que seria a minha vida se eu não pudesse fazer isso – eu disse o beijando – todas as vezes que tenho vontade?
- Tá certo – ele disse rindo – o nome dele é Taylor Meyer.
Quando ele me disse o nome eu me levantei, abri a janela do dormitório e gritei a plenos pulmões: Meyer idiota, obrigado, você não sabe e nunca vai saber o que perdeu, pois este carinha aqui é meu e ninguém tasca. Depois disto fechei a janela e voltei a beijá-lo.
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- Não, você só pode estar brincando... ela... ela não faria isso comigo. – O meu chão havia sumido e eu caía em um poço sem fim.
- Calma, brow, quem diabos é este cara pra te deixar tão alterado, confia no teu taco, ou quem usa o taco é... – ele tentava fazer piadas, mas não surtia efeito.
- Foi um golpe muito baixo esse, eu vou ter que... ela, ela... desgraçada, pilantra, vadia... – eu não sabia o que falar.
- Mano, calma tu contorna a situação.
- Oh idiota eu sou a realidade ela chamou a ilusão. Sam ficou comigo, mas o Taylor foi o seu primeiro amor... eles nunca ficaram juntos, ou seja, agora com o Sam fragilizado o caminho esta livre, entendeu oh manezão. – eu respondia ríspido, sei que ele não merecia, mas, mas...
- Pois seu viado, o manezão aqui vai desligar pra você aproveitar bem a dor de corno. – ele disse isso e desligou o telefone.
Ele, ele tinha me chamado de que? Como ele pôde, se alguém escuta um negócio desses estou ferrado. Eu tô ferrado aqui, eu tô ferrado em casa, eu só me ferrava nessa porra, mas ela vai me ouvir, se a safada pensa que vai ser assim... que eu vou desistir tão fácil... ela esta redondamente enganada. Eu peguei o meu celular, procurei os números, encontrei o dela e disquei. Chamou, chamou e ela atendeu.
- Alô, Samantha... – ela dizia.
- Sua desgraçada, como você pode fazer isso? – eu ia direto ao ponto. – Pensei que fôssemos amigos?
- Oh, eu estou ótima e você, como está amigo? – ela perguntava de forma displicente.
- Do jeito que você deve imaginar, o Taylor foi golpe baixo. Ele, ele esmurrou o seu irmão, você sabia disso? – eu jogava baixo.
- Sam, eu vou ter que sair aqui, um amigo tá precisando de mim, vou falar com ele e volto daqui a pouco. – ela dizia. – Depois quero saber como foi sua noite com o Taylor.
- Tá certo, pode deixar. – O MEU loiro dizia.
- Noite com Taylor, que história é essa? Você dopou o meu... – eu dizia, mas ela me interrompeu.
- Seu coisíssima nenhuma. O meu irmão não é mais nada seu, desde que você decidiu começar essa palhaçada. Ele é um homem livre e desempedido. Você achava o quê? Que ele iria ficar aqui te esperando, que você voltaria e só seria preciso estalar os dedos e o teria de volta, negativo. Eu não vou permitir isso.
- Você não entende.
- Não me venha com choro, seja homem e assuma as consequências daquilo que faz.
- Você não acha que esta muito velha pra tentar arrumar homem pro... pra sua irmã. – eu consegui me controlar.
- Credo, tem alguém por perto é? Você não pode dizer irmão, não pode dizer nada que te relacione a outro homem? – ela era ríspida – Mas você também não acha que tá muito grandinho pra pedir pra sua irmãzinha empatar a vida do meu IR.MÃO?
- A vida é nossa e você não tem o direi...
- Ele é meu IR.MÃO. e eu tenho todo o direito de me meter. Beijos querido. – faz uma pausa e continua – Se você quiser me passa o endereço daí que eu te mando uma foto dele com o novo namorado. Ah, é mesmo pegaria mal você ver uma foto com dois homens. – Ela falava isso enquanto desligava.
Acho que a forma como cheguei ao alojamento dispensa comentários, uma cara de quem chupou limão azedo, de que queria comer o fígado de um. E vocês sabem muito bem que, quando você esta com raiva as coisas sempre tendem a piorar. Antes não conseguir dormir fui alvo de uma série de piadas. “Alguém brigou com a namorada”, “Quando voltar pra casa o pau vai comer” (Nestas eu pensava, quem me dera), e outros diziam que agora eu iria aproveitar as maravilhas da vida de solteiro e as recrutas que davam em cima de mim.
Se eles soubessem que eu trocaria todas as recrutas, até as mais gostosas pelo gostoso que tinha deixado em Ashley. Que eles nunca imaginariam o vulcão que existi entre suas pernas, tanto de um lado quanto do outro, nenhuma recruta, nenhuma ninfeta poderiam se comparar ao meu gato. Naquela noite eu senti vontade de voltar, de pegar o primeiro avião de volta e lutar por aquele que eu amo, seria simples, só três palavras e tudo estaria acabado, apenas “eu sou gay” me separavam da dispensa, me separavam dele, mas pensei que ambos havíamos sofrido tanto com esta realidade e que foi uma escolha minha e não deveria voltar atrás. Por mim, por ele, por nós.
Como não existe noite tão densa que a manhã não vença eu decidi aguentar, o meu humor não estava melhor, pois eu pensava em Taylor, em como ele seria e o que estaria fazendo com o meu namorado.
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- Sam, me desculpe, eu fui um tremendo idiota. Eu quero ficar contigo agora, eu estou pronto para o seu amor.
- Não Taylor, eu tenho o Timmy e eu o amo. Eu não quero você. – Enquanto Sam falava isso Taylor chegava mais perto.
- Tem certeza? – ele falava com uma cara de cachorro sem dono, olhando no fundo dos olhos de Sam. (Não faça isso, evite contato visual, este é um dos pontos fracos do meu namorado).
- Te... Tenho – Ele tentava se esquivar, mas o idiota chegou mais perto, encostando os seus peitorais... começou a falar qualquer coisa no ouvido de Sam que começa a se derreter (segundo ponto fraco). Quando as pernas de Sam começam a balançar. Taylor começa a cheirar o cangote...
- Ahh, como eu gosto de homem cheiroso.
Taylor coloca parte de seu peso sobre Sam o fazendo deitar na cama, eles começam a rir com aquela situação. Taylor vestia uma blusa preta mais justa e uma espécie de cueca samba canção, Sam está com uma calça preta e uma camisa de botão... Eles começam a se beijar alucinadamente... Taylor sente a excitação que a presença de Sam causa e como os botões são complicados nesta hora e sente vontade de arranca-los, mas isso não seria certo... Sam tira a blusa de Taylor, para sentir a textura de seu corpo, começa a beijar sua barriga, subindo do umbigo, para um momento nos peitos, onde começa a brincar com sua língua, enquanto encara o amante com um olhar devasso, depois começa a subir para o pescoço, não seria justo apenas Taylor sentir o cheio dele, este gostaria de retribuir o favor, no cheiro ele começa a subir um pouco mais até o ouvido.
- Era isso que você queria, safado? – Sam questiona antes de colocar a língua no ouvido do outro.
- Ahhhhhh, você não imagina o quanto. – respondeu antes de segurar o rosto de Sam e beijá-lo.
Ele chega mais perto de Sam e começa a roçar a sua barriga na barriga ainda vestida e descobre uma utilidade para os botões, a cada botão que é liberto um beijo, um beijo mais quente. Quando Sam percebeu a dinâmica começou a rir, aquela situação toda é muito excitante... então Taylor começa a acariciar a barriga sua, e passar o dedo no decorrer de sua espinha até chegar aos cabelos...
- Nã...
Antes que Sam pudesse dizer alguma coisa, Taylor tira de uma vez as calças deste e começa a acariciar sua virilha, passando os dedos lentamente, em movimentos ritmados, fazendo-o começar a suar e tremer-se...
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- Não, não e não, eles não podem estar fazendo isso. Eu tenho que parar de pensar neste tipo de coisa. – Eu dizia enquanto tentava me desvencilhar deste verdadeiro pesadelo.
Tomei meu café rapidamente deixei passar alguns minutos e fui para a corrida de aquecimento, no momento em que eu termino esta bateria sinto estar sendo observado.
- Soldado Miller, posição. – Ordenava a 1SG Potter.
- Sim senhor. – respondia.
- Descansar. – ela falava.
- Soldado, percebi que você tem potencial, que é um diamante bruto que precisa ser lapidado, então você fará um treinamento diferenciado, será mais duro, eu quero ver sangue, quero ver sua alma nisso soldado.
- Sim senhor.
- Sendo assim designei um de meus melhores homens para o serviço, a partir de hoje a SFC (Sargento Primeira Classe) Montez vai ser responsável pelo seu treinamento.
- Sim senhor.
Após dito isto a 1SG Potter saiu e Montez se apresentou, era uma mulher linda cujo os traços latinos lembram a Naya Rivera (Santana do Glee), quando eu a vi fiquei embasbacado, será mesmo, não poderia ser.
- O que você esta fazendo aqui? – eu não me contive e perguntei sem seguir o protocolo.
- Soldado, soldado, tenha mais respeito quando se dirigir a um superior. – ela falava com certa autoridade. – Vamos me diga o seu nome.
- Miller, senhor. – Como eu reconhecia os seus traços eu tive que dizer – Timothy Brian Miller.
- Eu não perguntei seu nome completo Miller, só responda aquilo que lhe for solicitado. Estamos entendidos? – Ela falava com mais severidade, acho que não foi uma boa ideia.
Depois de um treinamento de tirar o meu couro, do qual até hoje não sei como consegui sair com vida a SFC Montez me dirigiu a palavra.
- Sentido Soldado.
- Sim senhor. – eu respondia.
- Pronto senhor Timothy Brian Miller nunca mais use este nome para tentar conseguir nada comigo, compreendeu. – eu não entendia, eu gostaria apenas de dizer um oi, ou algo do gênero. – Compreendeu?
- Sim senhor.
- Eu batalhei muito pra estar aqui e estou subindo aos poucos, não posso permitir que um soldado ponha em risco a minha autoridade...
- Este não era o meu desejo senhor. – oh mulher brava, o gênio não mudou nenhum pouco.
- Que isto não volte a se repetir.
- Não irá senhor.
- Agora venha comigo. – ela ordenou.
- Sim senhor.
Nos dirigimos a um local mais afastado, onde não tinha muita gente, o que será que aquela doida queria fazer comigo? Será que... não ela não faria isso. Nós paramos, em uma clareira onde não havia ninguém, ela depois faz um movimento de reconhecimento para saber se alguém estava por perto, ou poderia ouvir alguma coisa, até ter certeza de que estávamos a sós.
- O que a senhora pretende fazer comigo? – eu perguntava.
- Eu? Nada seu idiota. Só quero saber o que diabos você veio em um lugar como este? – ela perguntava sem nenhuma formalidade.
- Eu tenho todo o direito de estar aqui Montez, assim como a senhora. – eu respondia mantendo a hierarquia.
- Miller, você sabe que aqui é um lugar muito perigoso, se é para os outros pra você é bem mais. – Ela falava como se já soubesse das coisas.
- Sei muito bem disso, não precisa me lembrar. – eu tentava fugir destes questionamentos.
- Lembro sim, pois agora quem é a responsável por você sou eu. – ela fala séria.
- O que a senhora sabe sobre mim? – Eu perguntava com receio.
- Quem é Sam? É com quem você estava falando ontem ao telefone, o “me resolvo com ele.” Não, você deveria estar falando sobre este rapaz, “ele.... quero dizer, ela”. E depois com muita raiva de alguém que estava fazendo algo que você não queria: “Você dopou o meu tentar arrumar homem pro...”– eu não sabia o que responder, apenas olhei nos olhos dela com a minha melhor cara de gato do Shrek.
- Ai não me venha com esta cara? – ela falava.
- Você vai me denunciar? – eu indagava com certo receio e também com vontade.
- Oh idiota, se eu fosse te denunciar eu estaria falando contigo abertamente? Seria bem mais simples só dizer o que eu ouvi para os meus superiores e pronto, você poderia dar adeus a sua carreira militar. – ela começava a se soltar mais e eu ficava mais relaxado. – Mas eu quase faço isso ontem...
- E não fez por que? – eu fiquei gelado.
- Eu te reconheci idiota. – ela falava apertando a minha bochecha. – Eu não iria trair o Grande Tim, este ainda é o seu apelido? – perguntava com carinho.
- Sim, algumas pessoas ainda me chamam assim, mas... – eu falava ficando um tanto vermelho, mas ela fez um sinal para que eu ficasse em silêncio. Devo admitir que Montez tinha uma habilidade invejável, ela fez uma pequena ronda para se certificar de que ninguém estava por perto e depois voltou.
- Algum problema Montez? – eu perguntava com receio.
- Por enquanto só um. – ela fez uma cara séria. – Eu te chamei aqui pra falar contigo, não como oficial, mas como amiga, então pode parar de me chamar de Montez...
- hauhauhauahuahauhau, certo Carol.
- E como Sam te chama? – ela perguntou na lata.
- Timmy. – eu respondia ruborizado.
- Timmy? Tem certeza, Timmy? Quase o Jimmy daquele programa infantil do menino lá, ou aahuahuahuah aquele menino que usa boné cor de rosa? – ela falava rindo sem parar.
- É tá bom. Pode parar com isso. – respondia também rindo.
- Que fofinho. – ela faz uma pausa e para de rir. – Finalmente este apelido pegou.
- Como assim?
- Na base militar eu tentei te colocar este apelido, mas como você era o maior ninguém aceitou, esqueceu lesado– preferi não responder, mas tinha esquecido completamente disso, ao que ela continua rindo.
- Cadê, quero vê-lo. – ela dizia.
- Você quer ver quem?
- A sua avó Abigail. – ela falava como se fosse o óbvio. – o seu namorado lesado.
- Eu não tenho nenhuma foto, a minha tia...
- Tim, por favor, você esta falando comigo. – mais uma vez ela apresentava o óbvio – Eu sei que sua tia deve ter te alertado sobre todos os perigos que você corre aqui, mas se eu te conheço direito, e acho que não mudou tanto, você iria trazer pelo menos uma foto dele. A única diferença é que ficaria mais bem escondida.
- Droga Carol, quando você ficou tão esperta? – eu questionava enquanto me agachava para tirar os sapatos.
- Eu sempre fui bobo. – ela começava a rir com a cena.
Eu sempre andava com uma foto dele aonde eu fosse, achava que na carteira seria muito visível e poderiam desconfiar de alguma coisa. Então eu enrolava uma foto 3x4 dele em 3 saquinhos pequenos, para protegê-la e colocava abaixo da palmilha do sapato. Quanto eu sentia saudades dele eu olhava para a foto.
- Taí. – eu entregava a foto a ela, ao que ela ficava olhando, olhando. – neste tipo de foto ninguém fica bonito.
- Se ele é assim em foto 3x4 imagino pessoalmente. Huhauhahaahuahauh
- Há há há.
- Se fizer isso mais uma vez eu confisco essa foto e não te devolvo nunca mais. – ela tinha um brilho no olhar de quem teve uma ideia diabólica, mas depois seu olhar voltou ao normal. – não, não vou fazer isso contigo. – falava me devolvendo a fotografia.
Ao lado dela eu me sentia inteiro e pela primeira vez em muito tempo desarmado, sem ter que estar lutando contra tudo e todos, eu poderia ser eu, poderia falar a verdade, falar o que eu sentia, as minhas angústias e de tantas coisas, eu... eu precisava falar com alguém, se não falasse eu iria explodir.
- Ainda bem, eu não sei o que vai ser da minha vida sem este cara aqui. – falava com um enorme pesar mostrando a foto a ela.
- O que aconteceu? Vocês brigaram? – ela me questiona.
Eu conto a história resumida, de que eu tinha feito a escolha de seguir carreira militar, o término e a vinda de Taylor, e esta era a razão de ontem ela ter ouvido minhas discussões ao telefone. Como toda a boa amiga ela me escuta e depois me chama de idiota, gente eu sou algum tipo de idiota?
- Tu é algum tipo de idiota? Deixar um homem lindo desses a solto no mercado. Olha que se o mercado tá difícil pra mulher, imagino que pra homem também não deve tá uma coisa muito fácil. E com todo o respeito, que gato... ohh lá em casa. – ela falava.
- Acho que ele deveria fazer um fã-clube.
- Oh, ficou com ciúmes foi? – ela apertava as minhas bochechas. – ele é lindo, mas não curto homens gays, eles são lindos de se olhar, mas acho que não devem ser bons de cama. Ele é bom de cama?
- ... – ainda não era o momento pra falar das intimidades, então apenas fiz uma cara que ela entendeu.
Continuamos conversando mais um pouco naquela clareira, ela fazia rondas periódicas, e em outros momentos me mandava executar algum tipo de tarefa, pois segundo ela mesma não poderia me deixar relaxar, éramos amigos, mas aquele também era o serviço e tínhamos uma série de obrigações. Quando fomos a outra clareira e ela fez todo o ritual de reconhecimento do perímetro dizendo que, na minha situação eu deveria aprender a fazer isso, assim quem sabe as pessoas não ouviriam minhas brigas, ela finalmente perguntou o que queria.
- Tim, nossos pais eram amigos, eu soube de várias namoradas suas e depois as notícias pararam, só soube que tinha desistido da vida militar por um motivo maior, ou seja, o seu ex.
- Não diga isso.
- Enquanto você não o conseguir de volta é Ex, fato. – ela era séria. – Mas como foi que você acabou ficando com ele? Digo se interessando, pois com o seu porte eu creio que tanto mulher como homem não faltaram. Por que logo ele?
- Bem....
Continua...
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Oliveira Dan: Eu visualizo um final, mas não sei quanto tempo vai demorar até que este final chegue, pois enquanto escrevo fico pensando em outras coisas, tipo como o Timmy e o Sam se passaram a ficar juntos deveria ser na parte 3, 4 e até agora nada. Eu já tenho um caminho pensado, mas não sei quanto tempo levará. Uma coisa pode ficar tranquilo ainda tem um chãozim pela frente.
por do sol: Não vou mentir dizendo que isto não passou pela minha cabeça, tipo eu estava muito ocupado, estudando, sem tempo pra escrever e sem pensar em uma história legal envolvendo os Sams, eu as vezes demoro por que não quero colocar capítulos muito pequenos, mas como eu não via uma forma de contiuar só consegui pensar em algo mesmo ontem ai o capítulo desenvolveu e eu desisti de desisti.
Afonsotico: Pode torcer, o Taylor foi pensado ontem, foi graças a ele que o capítulo saiu. Prefiro não comentar mais nada, pois com a chegada desta personagem eu mesmo não sei os rumos que a história pode tomar.