Entre Homens
Capítulo II – De volta pro meu aconchego
Depois do primeiro capitulo estou dando continuidade a uma saga que conta a história de muitos homens, suas vidas, como eles vivem o amor e sua sexualidade, dai o título deste romance. Espero que você possa ser meu convidado a embarcar nesta aventura humana...
Estava se aproximando as férias, sempre acontece quando se encerra um semestre do curso, no meu caso estou na teologia. Para quem não sabe, teologia é a ciência que procura entender, compreender e até mesmo amar mais a Deus, pois só se ama quem conhece não é verdade mesmo sabendo que Deus não pode ser alcançado pela razão humana.
Falei com Frei João sobre os últimos procedimentos antes de deixar o convento São Francisco. Este convento fica próximo de Barretos, numa cidade vizinha chamada Batatais. Pois bem resolvi pegar um ônibus pra aproveitar a paisagem, sou amante da natureza, gosto de sentir o cheiro da mata, das flores, de sentir o meio ambiente como o todo.
Sempre pensei que o nosso lar era onde nos sentíamos bem. Contudo, não sei bem se estava pronto pra retornar pra casa do meu pai. Meu pai se chama Fernando. Ele é bem forte, afinal carrega no coração a dor de não ter mais o convívio de minha mãe. Ele é viúvo desde muito tempo e nunca se casou. Procurou viver pra construir o império da família. Sempre colocou sobre mim todos os seus sonhos, como todos os pais. E o meu velho não era diferente. Porém sempre foi um paizão pra mim. É um homem muito justo, verdadeiro e amigo. Pra falar a verdade já tinham quatro anos que não visitava a minha família, sempre por causa de cursos ou atividades pastorais, estava um pouco ansioso pra saber como estariam as coisas por lá nesses tempos.
Bom, tenho que continuar a minha viagem. Enquanto isso tiro um cochilo entre uma parada e outra de ônibusEnquanto isso na Fazenda Paraíso...
“Senhor Fernando, preciso ver as coisas da fazenda,” falou Miguel.
“Tudo bem Miguel, e aproveita pra ver o cavalo que o meu filho tanto ama, o Ventania.” Disse-me o senhor Fernando.
“O senhor deve está ansioso pra ver o seu filho né senhor Fernando?”
“Muito. Muito mesmo... Afinal só tenho notícias do meu filho, há muito tempo que ele não nos visita, sempre fazendo seus afazeres juntos aos freis. Espero que dessa vez ele venha pra ficar de vez!”
“O senhor não curte muito a ideia do seu filho ser padre, seu Fernando?”
“Na verdade não meu filho, como você sabe ele é meu filho único, meu herdeiro e quero que ele toque a fazenda pra frente, tenha uma família, me dê muitos netos, rs... Outra coisa Miguel, veja também a acomodação para senhorita Rita. Ela vai ser a nova professora da escolinha.”
“Tudo bem seu Fernando,” disse Miguel, apertando a mão de Fernando. Então Miguel saiu para seus afazeres daquele diaEu sou Miguel, sou um jovem peão, tenho 30 anos, vim pra essas bandas por causa dos rodeios que acontecem em Barretos. Cheguei a participar de alguns rodeios, dos quais sai como vencedor mais tenho um desafio a enfrentar ainda, montar por alguns segundos o touro mais furioso da região, o Minotauro, mais um dia vou realizar esse meu plano com a ajuda de Nossa Senhora Aparecida que sou muito devoto. Sou de uma família muito humilde, porém honesta. Sou filho único. Faz tempo que trabalho pro seu Fernando aqui na fazenda Paraíso, já me tornei uma espécie de braço direito dele ao longo desse tempo. Sou um cara muito centrado, simples. Ultimamente estou solteiro. Mas devo confessar que sou meio moderno quanto ao assunto da vida sexual. Gosto de meninos e de meninas, rs. Sou bissexual, mais digamos diferente, se estou com homem não curto mulheres e vice-versa, rs. Mais espero encontrar um grande amor. Bom, tenho que cuidar da vida. Afinal alguém aqui tem que trabalhar.
Tempos atrás tive uma excitação só de ver um peão tomando banho no riacho que tem aqui na fazenda. Ele não me viu mais estava seguindo um caminho quando me deparei com ele nu tomando banho. Fiquei escondido apenas apreciando o dito cujo. Comecei a acariciar o meu pênis sob a calça. Senti do nada o desejo por aquele cara. Ele estava se esfregando e se ensaboando a beira do riacho. Nossa mirei a sua bunda. Foi como algo que nem tinha a mínima intenção. Mais a sua bunda era grande. Ai o meu pau respondeu com uma ereção involuntária. Às vezes penso que curto mais cuzinho do que uma vagina. Sempre tive mais tara por macho. Acho tesão demais domar um macho. Fazê-lo me obedecer em tudo na cama. Mais deixa eu me ater ao que estava narrando. O sujeito nem suspeitava que estivesse sendo observado por mim. O meu pau latejava em minhas mãos. Comecei tirar a minha roupa. Quando dei por mim estava nu.
Comecei a me tocar. Beliscava de leve os meus mamilos. Tenho uma tara por meus mamilos. Amo quando mamam meus peitos. Delicia mesmo, rs. Passava a língua entre os lábios apreciando aquele cara nu em pêlo diante de mim. Comecei a salivar de desejo. Ai eu comecei passar cuspe na minha rola, diga-se de passagem, é bem grande e grossa. Comecei num vai e vem. Quando olhei novamente pro cara vi que ele estava num ângulo que o seu cuzinho ficou bem a vista. Nossa que visão do paraíso, tinha vontade de avançar o sinal. Ai de boa não deu outra continuei a me punhetar, rs. Quando estava pra gozar tive que me calar pra que o cara não percebesse que estava sendo motivo da minha transa indireta, rs.
Depois que gozei me arrumei... Deixei o cara lá tomando banho, mesmo sem saber que foi comido por mimNo casarão da fazenda...
Chego a casa, e começo a chamar por meu pai. Sem nenhuma resposta imediata. Comecei olhar cada detalhe da casa afinal faziam quatro anos seguidos que não ia visitar a minha família. Talvez que a falta de minha mãe em casa fosse o maior motivo, sempre fui apegado a minha mãe. Ela sempre me deu apoio quando me decidir ser franciscano. Quando ela veio a falecer senti-a me sem chão. Acho que na verdade a minha mãe era o esteio da casa, da família. Sentia-me órfão. Meu pai sempre se mostrou forte diante de tudo, com pouca ternura para comigo. Sempre ocupado aos afazeres da fazenda. Senti muito a ausência masculina na minha formação como ser humano. Cresci vendo mais as qualidades e virtudes de minha mãe. Meu pai com a morte dela ficou ainda mais envolvido no mundo dele. Ai como já estava na vida consagrada decidi me dedicar inteiramente a ela. Mas agora estava em casa. Nossa como tudo mudou mesmo! Parece que tudo ficou diferente! Suspirei um pouco e sentei-me no sofá da sala. Fechei os olhos e de repente senti uma mão tocando minha cabeça. Voltei-me pra ver quem era. E para minha surpresa era o meu velho. Levantei-me e dei um longo abraço.
“Filho como você está mais forte, pelo visto você comeu muito do pão de São Francisco!”
“Pai, para com isso, afinal o seu filho estava sendo bem tratado.”
“Meu filhão agora que você está em casa espero que seja para sempre.”
“Pai, não sei se vai ser para sempre, rs. Mais estou muito feliz em está aqui com o senhor, voltar pra casa.”
“Mas me diga qual o motivo de você abandonar o seminário?”
“Pai, não abandonei o convento. Apenas estou dando um tempo na minha vocação para uma reflexão maior se devo ou não dar um passo para ser padre. Como o senhor sabe, ser padre é um passo muito importante na vida de um homem. É se casar com a Igreja de Cristo. Mas por enquanto não quero falar nisso. Quero apenas curtir está aqui de volta. Como estão as coisas por aqui?”
“Filho procuro sempre fazer a minha parte afinal, tudo o que eu faço é para que você tome conta no futuro. Seu pai está muito velho. Agora quero passar o bastão pra você.”
“Isso veremos com o tempo seu Fernando.”
“Eu tive a sorte de ter aqui na minha fazenda um jovem muito dedicado e trabalhador, ele se chama Miguel. Você vai conhecê-lo. Ele é o meu braço direito.”
“Ok pai, agora preciso me ajeitar na casa. Quero cavalgar no Ventania. Tenho muito amor por aquele cavalo.”
“Já pedi ao Miguel que celasse o Ventania pra você. Ele está no estábulo. Tome seu banho, depois você pode curtir um pouco o seu cavalo, ok!”Então fui até o estábulo e encontrei o Ventania. Acariciei o meu cavalo predileto. É um cavalo de raça, muito bonito. Sai de lá cortejando meu cavalo, afinal há muito tempo não montava mais em um animal como esse. Quando cheguei num local mais amplo, com gramado verdejante, resolvi montar. Comecei com passos vagarosos até me acostumar com o meu cavalo. Nossa como é bom sentir o frescor daquela paisagem ainda mais montado no Ventania. Comecei a percorrer os campos da fazendo. Na nossa fazenda temos criação de muitos animais dentre eles: bois, cavalos, galinhas, patos, marrecos, perus, cabras e carneiros. Pelo visto meu pai construiu um grande império na região. Louvo o criador por todas as suas criaturas. Louvado sejas meu Senhor pela mãe terra, pela irmã água, pelos irmãos céus e ar. Tudo reflete o teu amor por nós seres humanos. Obrigado Senhor da vida por tudo mesmo.
“ONIPOTENTE E BOM SENHOR/ a Ti a honra, glória e louvor/ todas as bênçãos de Ti nos vem e todo o povo te diz Amém!
Louvado sejas nas criaturas/ Primeiro o sol, lá nas alturas, clareia o dia grande esplendor,/ Radiante imagem de Ti Senhor!
Louvado sejas pela irmã lua/ No céu criastes é obra Tua/ Pelas estradas claras e belas/ Tu és a fonte do brilho delas.
Louvado sejas pelo irmão vento/ E pelas nuvens, o ar e o tempo e pela chuva que cai no chão/ Nos dá sustento Deus da criação.
Louvado sejas ó meu Senhor/ Pelo irmão fogo e seu calor, clareia a noite robusta e forte/ Belo e alegre, bendita sorte.
Sejas louvado pela irmã Terra/ Mãe que sustenta e nos governa, produz os frutos, nos dá o pão/ com flores, ervas sorrir o chão.
Louvado sejas meu bom Senhor/ Pelas pessoas que em teu amor perdoam e sofrem tribulação/ Felicidade em Ti encontrarão.
Louvado sejas pela irmã morte/ Que vem a todos ao fraco e ao forte/ Feliz aquele que em Ti amar/ a morte não o matará.
Bem aventurado quem guarda a Paz/ Pois o Altíssimo satisfaz/ Vamos louvar e agradecer/ com humildade ao Senhor bendizer.”
Enquanto cavalgava o Ventania nem percebi que existia uma cobra enorme diante de mim. Meu cavalo começou a ficar inquieto e de repente levantou as suas patas dianteiras e me jogou no chãoMiguel estava passando de carro próximo onde eu estava quando avistou o Ventania. Ele desceu do carro e foi ver o que estava acontecendo. Quando foi se aproximando ele percebeu que eu estava caído no chão desacordado. Correu para me socorrer e percebeu que tinha uma cobra próximo de mim a alguns metros. Sem pensar duas vezes tirou da bainha uma arma e atirou contra a cobra. Ele se aproximou de mim, colocou minha cabeça no seu colo. Começou a me acordar sem muito uma resposta imediata. Depois de algum tempo comecei a recobrar. Assustei-me quando vi aquele rapaz tentando me acordar. Mais ao mesmo tempo pensava que estivesse sonhando, pois o rapaz era muito bonito. Será que eu morri e fui pro paraíso, indaguei-me. Aos poucos fui percebendo que era tudo real, aos poucos fui me levantando. Respirei um pouco mais. O rapaz perguntou se eu estava bem, apenas acenei com a cabeça que sim. Ele disse que eu tive sorte, afinal tinha uma cobra próxima de mim, mais um pouco eu poderia ter sido mordido por ela. Levantei-me e comecei a sacudir a grama que estava na minha roupa.
“Posso saber o seu nome rapaz?”
“Sou o Miguel, sou peão aqui da fazenda.”
“Você é o Miguel, prazer. Eu me chamo Taumaturgo.”
“Prazer, o senhor é o patrãozinho.”
“Patrãozinho, rs.”
“Sim, o senhor o filho de seu Fernando, não é verdade?”
“Isso mesmo... não sou o patrãozinho, pode me chamar de Taumaturgo.”
“Taumaturgo vamos voltar pra casa, pode ser que você precise de cuidados né. Deixa que eu dirijo, quero que você descanse ok.”
“Tudo bem Miguel, pelo visto estou em boas mãos, rs.”
“Claro que sim, sempre vou cuidar de você, meu anjo!”
Fiquei pensando no que ele disse que eu era um anjo. Fitava-o sem que ele percebesse que eu estava admirando toda a sua beleza masculina. Oh, meu Deus, que homem é esse. Putz! Estou apaixonado.
Continua...
Observação: quero agradecer a todos os comentários e leituras... até a proxima!!!