Um vinho e um segredo

Um conto erótico de Cecília Spielvogel
Categoria: Homossexual
Contém 1452 palavras
Data: 26/06/2013 22:21:07

Sempre que posso combino de encontrar minhas amigas. Nem sempre conseguimos sair para um bar, por vezes temos que ficar em casa mesmo. Nossos filhos e maridos as vezes nos prendem, mas não abrimos mão do nosso encontro quinzenal. É o tempo que temos para falar besteira, rir e esquecer um pouco os problemas da rotina. Esse último encontro na minha casa foi marcado com muita dificuldade pois a Deborah não podia ir. Acabamos demorando um pouco mais para nos encontramos. Como sempre tinha muita comida, muito vinho e muita risada. As minhas filhas ficaram um pouco conosco e depois subiram com o meu marido. Ele estava com muitas dores nas costas e decidiu colocar as meninas na cama e tomar um remédio para dormir.

- Amor, não estou aguentando essa dor. Vou tomar um remédio e provavelmente vou apagar em alguns minutos. Se as meninas acordarem eu não vou ouvir...

- Não se preocupe, qualquer coisa eu subo.

E assim ele me beijou e subiu. Em poucos minutos já ouvíamos o ronco dele.

- Amiga, seu marido apagou mesmo!

- É Cris, ele agora só acorda amanhã... Vamos abrir mais uma garrafa?

- Meninas eu tenho que ir, amanhã acordo muito cedo para levar as crianças ao médico.

- Fica mais um pouco Deborah, agora que o Alberto dormiu vamos poder reclamar dos nossos maridos!

- Não posso mesmo... Depois eu ligo para saber como essa noite terminou! Beijos

Deborah saiu e ficamos eu, Cris e Carol numa conversa muito profunda para a hora e a quantidade de vinho que tínhamos bebido. Depois de uma hora, o marido da Carol ligou oferecendo carona.

- Acho melhor eu ir embora com ele. Não sei nem como abrir o meu carro...

Combinamos de nos falar no dia seguinte e de marcar logo o próximo encontro.

Ficamos eu e Cris confortavelmente sentadas no longo sofá da minha sala. Conversamos sobre os nossos empregos, as crianças, as escolas e nossos maridos. Quer dizer, a Cris tem um ex-marido.

- Eu sinto falta de carinho Cris, ultimamente o Alberto tem andado muito estressado. Só pensa em trabalho, vive ocupado e quando esta em casa não temos mais um momento nosso.

- Casamento é assim mesmo Tati, temos uns momentos ótimos e muitos momentos que nos desafiam. Colocamos na balança e analisamos o que vale a pena... Sua família, sua casa, tudo isso pesa muito.

- Eu sei... Mas o que eu posso fazer se sinto falta desses momentos? Acho que nem o sexo é igual mais. Não tem mais novidade, é sempre a mesma coisa...

- Mas você gosta?

- Gosto, claro. Só que queria uma coisa diferente. Penso em fazer plástica nos seios e na barriga. Quem sabe assim ele se anima mais...

- Você é linda do jeito que é...

Ela passou as costas da mão pelo meu rosto e me olhou de uma forma muito intensa.

- Obrigada Cris!

Fiquei sem graça e levantei para ir ao banheiro. Olhei meu reflexo no espelho e me perguntei se aquilo estava mesmo acontecendo. "Não é possível, será que isso é coisa da minha cabeça??" Lembrei de alguns encontros com a Cris. No último halloween fomos comprar fantasias juntas e eu percebi como ela era linda. Lembro de observar o corpo dela, como ela se movia com sensualidade e como articulava cada palavra. No verão ela veio com o filho tomar banho de piscina aqui em casa e acabou se vestindo no meu quarto. Enquanto ela passava hidratante no corpo, pelada, eu me peguei algumas vezes olhando aquela mulher. Desviava o olhar e no final fingi que nada aconteceu. "O que esta acontecendo Tatiana??" Desci um pouco sensibilizada pelas lembranças e sentei novamente no sofá. A Cris tinha servido mais vinho.

- Você pensa mesmo em fazer plástica nos seios?

- Ah penso! Com certeza! Quero que eles fiquem atraentes, bonitos... Assim posso colocar um decote bem sexy!

- Posso ver?

- Claro!

Levantei minha blusa para ela ver se eu tinha razão. Ela olhou com carinho para mim, não tinha um olhar de quem estava vendo seios que precisam de plástica.

- Você é linda, seus seios são lindos.

Começou a passar uma mão pelo meu peito. O olhar dela foi se transformando... O carinho virou desejo. Ela sentou bem perto de mim e beijou meus seios. Passou a outra mão pela minha cabeça e segurou na minha nuca. Foi aproximando seu rosto do meu, sem desviar o olhar. Comecei a sentir a respiração dela cada vez mais perto, mais quente, mais ofegante. Fechei os olhos e senti a boca da Cris encostando na minha. Seus lábios macios, seu beijo suave e seu carinho me entorpeceram. Ela era uma grande amiga e, agora, uma perfeita amante.

- Estava querendo te beijar há muito tempo, você sempre me atraiu. E sei que você também já me olhou com outros olhos. Quando marcou esse encontro eu já vim pra sua casa pensando nisso... Eu sabia que tínhamos uma ligação.

- Cris, não sei se isso é uma loucura, mas eu estou adorando.

Nos beijamos de novo, dessa vez com mais intensidade, mais paixão. Ela segurava meu cabelo, passava a mão pelo meu corpo. Eu apertava a perna dela, passava a mão por onde eu conseguia. Quando cheguei no alto da coxa, por baixo do vestido, estiquei meu polegar e encontrei sua calcinha úmida. Passei o dedo de leve e senti o tesão crescer em mim. Ela estava tão úmida que meu dedo ficou molhado. Levemente cheguei sua calcinha para o lado e deixei meu polegar passear por aquele lugar tão excitado por mim. Ela gemeu no meu ouvido. Eu gostei e fiquei mais louca. Ela continuou gemendo.

- Tira a calcinha, quero sentir você.

Fiz o que ela pediu, ouvindo lá longe os roncos do Alberto. Sentei novamente ao seu lado e ela levantou. Ficou em pé na minha frente e se ajoelhou. Beijava minha boca com determinação, a mesma com que seus dedos entravam e saiam de mim. Ora deslizando, ora invadindo meu sexo. Um dedo, dois dedos. Estava completamente entregue e gemia me segurando nela. Seus beijos escorregaram pela minha barriga e ela me começou a me chupar deliciosamente. Deitei no sofá, apoiei os pés na mesa de centro e fechei os olhos. Que sensação maravilhosa. Nunca ninguém me chupou daquele jeito. Ela sabia exatamente o que fazer, como me agradar. Ela me lambia de baixo para cima, chegava no clitóris e sua ali sua língua dançava incontrolavelmente. Estava quase gozando quando ela parou e começou tudo de novo. Dessa vez ela, enquanto chupava e lambia, enfiou dois dedos em mim. Estava quase lá quando ela parou de novo. Virou-se, pegou a taça e lentamente derramava o vinho no meu sexo e chupava, lambia, bebia e saboreava cada gota. Não aguentei muito tempo essa doce tortura... Gozei como há muito tempo não gozava, sentindo cada músculo do meu corpo se contrair, me sentindo completamente viva e desejada. Olhei para a Cris e ela estava delirando de tesão de me ver ali, completamente entregue e satisfeita. Sentei novamente e a beijei tomada de desejo. Deitamos no chão da sala e continuamos nos beijando, acariciando e brincando com nossos corpos. Minhas mãos percorriam todo o corpo dela enquanto minha boca se direcionava para seu clitóris. Tirei a calcinha dela e a beijei lá. E beijei mesmo, movendo minha língua e meus lábios, sentindo toda sua excitação. Seus lábios nos meus, meus dedos dentro dela, meu polegar acariciando seu ânus. Ela segurava meus cabelos com força, por vezes fechava as pernas, prendendo de leve minha cabeça ali. Comecei um movimento rápido, forte e regular com a língua, para cima e para baixo. Ela fechou as pernas, tirou as costas do chão e se entregou, gemendo baixo e sensualmente.

Sentei e fiquei alguns segundos admirando a Cris ali no meu chão. Dei a mão para ela e a ajudei a sentar ao meu lado. Tomamos mais algumas taças de vinho e conversamos sobre nós.

- Isso é loucura! Há tempos que não me sentia tão animada assim.

- Eu também Tati... O que vamos fazer agora?

- Um brinde!!!!

Rimos e nos beijamos. Algumas horas depois nos despedimos e combinamos:

- Sábado o Ed vai buscar o nosso filho de manhã... Você quer ir lá para casa?

- Claro! Posso sair daqui de casa cedo, digo que tenho que trabalhar.

- Ótimo, vamos aproveitar com mais calma. Vai ser muito bom!

- Cris, o que você acha de passarmos naquela loja que tem aqui perto? Ali tem uns brinquedos interessantes...

- Tá animada mesmo! Vamos sim, eu te ligo amanhã.

Ela me beijou novamente, entrou no carro e saiu. Fechei a porta e comecei a arrumar algumas coisas. Depois de uns minutos, subi e tomei um banho quente e lento.

Coloquei meu pijama, deitei ao lado do Alberto e dormi.

Siga a Casa dos Contos no Instagram!

Este conto recebeu 0 estrelas.
Incentive Cecilia a escrever mais dando estrelas.
Cadastre-se gratuitamente ou faça login para prestigiar e incentivar o autor dando estrelas.

Comentários

Foto de perfil genérica

Seus contos me confundem, já não sei mas quem você é: Cecília ou Tatiana. Já havia criado a imagem de Cecília em minha mente. Personagem entendo. Mais um bom texto.

0 0
Este comentário não está disponível
Foto de perfil genérica

PARABENS AMOR E SE QUIZER POSSO DEIXAR VOCE E CRIS JUNTAS A SE DIVERTIR QUE CHA LEIA MEU CONTO ESTOU DISPONIV EL BJUS

PS; AMO CHUPAR UMA MULHER IMAGINA DUAS

0 0
Este comentário não está disponível
Este comentário não está disponível
Este comentário não está disponível
Foto de perfil de Melga38

Parabéns, é preciso ter a sensibilidade feminina para pensar sentir exatamente como descreve as cenas, as sensações e as impressões. Muito bem escrito, narrativa madura e bem dosada, rica na simplicidade. Excelente conto. Parabéns. Dá muito orgulho ver contistas deste naipe no site.

0 0
Foto de perfil genérica

Não tenho habito de ler conto homo, este me surpreendeu, muito bom.

0 0
Este comentário não está disponível