Aqui fica o capítulo 3 & 4. Agradeço àqueles que comentaram o conto e deram notas. Já tinhas saudades (muitas) de postar, estou já a preparar a continuação.
Espero que gostem!Eu - Eu só quero que você me responda: o que eu sou pra você? Uma brincadeira? Um objeto sexual? Me diga!
Diego - Me diga porra: Quem te falou dessa aposta? - Ele amarra os meus pulsos e encosta-me à parede.
Eu - Me larga, me está magoando. - Eu tentava soltar-me mas ele tinha muita mais força que eu.
Diego - Só largo quando você me contar. Fala porra! Quem te contou essa merda? - Ele gritava e não consegui conter o choro... Pelos gritos, pela cena, pela dor que já sentia nos meus pulsos!
Eu - Quer saber? Eu te odeio, eu sinto nojo de você. Você não passa de um idiota e de uma basta. Me larga, por favor... Você me está machucando... - É então que a porta se abre, e entra a Ana, o Filipe e o André. Eles logo me soltaram e expulsaram o Diego da enfermaria.
Ana - Você está bem? Calma, vai ficar tudo bem lindo. - ela questiona me abraçando.
Filipe - Carlinhos, o que é que ele te fez? Me diz, eu rebento ele.
André - Vocês estão enchendo ele de perguntas e isso não o vai ajudar em nada. Deixem ele respirar um bocado, apanhar ar e ele se quiser nos conta.
Eu - Obrigado por toda vossa ajuda e por me salvarem das mãos daquele nojento, mas eu preciso de apanhar um bocado de ar... Aliás, melhor é eu ir pra casa. Não tenho mais paciência pra ficar aqui... - informei me soltando do abraço da Ana.
Filipe - Não se preocupa, eu te levo até casa. - Filipe já tinha carta e carro.
Eu - Obrigado mas não se preocupa, eu vou a pé.
Filipe - Eu te levo, a sério, não tem mal...
Eu - Filipe, eu não quero que você falte à aula por minha causa. Amanhã já estará tudo bem, só estou mesmo é a precisar de descansar.
Ana - Deixa-lo ir. No fim das aulas eu passo em sua casa, se quiser claro.
Eu - Você é sempre bem-vinda linda, sabe disso. Apareça quando quiser!
André - Também quero ir. Se há festa a minha pessoa tem de estar presente!
Eu - Tem toda razão amiguito. Apareçam os três e falem à Dany para ir também e hoje jantam lá. Os meus pais estão fora por isso temos a casa só pra nós...
Cheguei a casa, tomei um banho e fui ao mercado, e comecei a preparar o jantar - eu estava habituado a cozinhar uma vez que meus pais muitas vezes estavam fora de casa e por isso sei me desenrascar.
Eram 18h e eles chegaram, conversamos de tudo, eles adoraram a comida e me conseguiram fazer distrair de tudo o que se tinha passado de ruim naquele dia. Sabia que tinha de me afastar de Diego, mais embora não saiba muito bem como.... Ele não me faz nada bem!
Quando estava a pôr a loiça na máquina o Filipe entra na cozinha...
Filipe - Você está bem lindo?
Eu - Sim e, mais uma vez, tenho que te agradecer por tudo que você fez por mim. Nunca terei como te agradecer!
Filipe - Não tem de agradecer. Você é um irmão mais novo pra mim.
Eu - Por acaso cê me tá chamando de criança?
Filipe - Por acaso sim, você até tem uma carinha de criança, mas vá, ela é muito lindinha rsrs.
Eu - Que graça que tu tem! - Ele me abraça. Eram tão bons os abraços dele, sinto-me sempre tão bem nos seus braços, eu sabia que Filipe nunca me iria desiludir e que ele sempre estaria do meu lado.
A noite se passou e os dias também, a minha relação com meus amigos era cada vez melhor, na escola tudo corria bem, à exceção dos olhares de Diego que sempre caiam sobre mim, mas já nem ligava. Eu revelei ao meu grupo minha orientação sexual para que não houvessem segredos e eles reagiram super bem e confessaram que já achavam que era homossexual.
Três meses se passaram e eu continuava tendo um fraquinho por Diego, mas não era amor porque na verdade eu não o conhecia realmente. Era apenas uma atração física e uma troca de olhares, nada mais...
Foi quando eu e Diego acabamos por ser selecionados para fazer um trabalho de história para ser apresentado à turma. Eu até me safava na disciplina, mas ficar com o Diego era muito mau quando eu fazia de tudo pra me afastar dele. No final da aula ele veio ter comigo...
Diego - Pode vir logo em minha casa pra fazermos o trabalho?
Eu - Porque não fazemos na biblioteca? - Arrumava meu material, eu não o queria olhar, eu ainda sentia tristeza pela aposta...
Diego - Lá estamos mais à vontade e o trabalho até pode demorar por isso você janta lá.
Eu - Eu chegando em casa janto, não se preocupa comigo não.
Diego - Não se preocupe que eu não mordo e não vale dizer que não!
Eu - Feito.
Diego - Às 17h passa em minha casa, então.
Ele me deu seu endereço e no fim das aulas fui a casa lanchar, tomar um banho e fui para sua casa.
Era enorme, família dele devia ter muita grana, era evidente. Fui rececionado pela empregada que o foi chamar ao quarto... Enquanto aguardava por ele na sala de estar, muito bonita por sinal, com muito bom gosto mas ao mesmo tempo simples, fui vendo algumas fotos, o sorriso dele era lindo...
Diego - Pensei que você não viria. - Olho para as escadas e vejo-o descer com o cabelo molhado e de boxers.
Eu - O trabalho tem de ser feito e logo não podia faltar! Quando digo que venho, eu venho mesmo!
Diego - Vamos para o meu quarto, eu tenho lá o PC. - O quarto dele é arrumado, jovem, uma cama de casal bem grande, uma TV, PlayStation, muitos jogos, alguns livros, um roupeiro enorme e casa de banho privativa.
Diego - Fique à vontade. - Sentei-me na sua cama. Ele me entregou o PC para ver a pesquisa que ele havia feito. Mas na verdade meu olhar parou no seu corpo, naquele corpinho que qualquer cara gostaria de ter, peitorais fortes, abdominais super trabalhados, braços fortes, pernas grossas, sem pelos. E aquele sorriso perfeito e olhar divino que me embevecia.
Diego - Se incomoda se eu ficar assim? Se quiser eu me visto.
Eu - Não! - Eu respondo rapidamente. - Quer dizer, não é preciso, você tá em sua casa né... - Tento disfarçar.
Diego - Relaxa... Eu sei.
Eu - Tu sabe o quê? - eu perguntei um pouco com receio.
Diego - Que tu tá gostando do que está vendo... - me responde enquanto passa a mão na sua barriga com abdominais bem definidos.
Eu - Do que tu está falando rapaz?
Diego - Que você gosta do meu corpo, eu sei, pode olhar... E tocar!
Eu - Eu... a... e... quer dizer... - Ele tira o PC das minhas mãos, me empurra contra a cama e se deita sobre mim.
Diego - Fala nada não. - É então que encosta os seus lábios aos meus... E nos beijamos durante algum tempo, foi... Divinal. Eu estava no paraíso e me senti tão bem, mas...
Eu - Nós não podemos fazer isto! - Eu disse empurrando-o.
Diego - Não podemos fazer isto porquê? Se você gosta de mim e eu gosto de você, qual é o problema?
Eu - O problema é que você não me ama aliás, você nunca gostou de mim. - eu disse me afastando dele.
Diego - Isso é mentira Carlinhos, eu sempre me senti atraído por você e quero ter a certeza do que sinto por você. - ele continuava se aproximando de mim, mas eu me afastava ainda mais.
Eu - E o que propõe pra confirmar? Fazermos sexo e depois você não me voltar a falar? Eu não sou desses e, muito menos, burro.
Diego - Você acha que eu iria fazer isso com você?
Eu - Se você foi capaz de apostar que me levava pra cama com seus amiguinhos babacas, então de si eu posso esperar qualquer coisa...
Diego - Eu sei, mas...
Eu - Não há mas. Eu vim cá foi para trabalho, por isso vamos focar no que interessa.
E assim fizemos o trabalho que acabou super cedo porque tínhamos as informações quase todas no livro. Eu logo comecei a pegar nas minhas coisas até que ele amarrou minha mão.
Diego - Você vai ficar pra jantar, você aceitou.
Eu - É melhor eu ir indo, até porq...
Diego - Você já tinha aceite, não é você que diz ser um garoto de palavra? - ele interrogou com um sorriso de lado.
Eu - Tudo bem, eu fico.
Diego - Será que dá pra gente falar um pouquinho?
Eu - Sim... Quer dizer, acho que sim.
Diego - Eu queria combinar uma coisa com você...
Eu - Combinar o quê?
Diego - Que durante uma semana você aceite aquilo que eu te peça, eu quero conquistar você, mostrar meu amor, mas pra isso me tem de deixar tentar. Me deixe provar que te consigo fazer feliz.
Eu - Isso não vai resultar. Nós somos opostos.
Diego - Os opostos se atraem.
Eu - E de que vale isso? Sempre que nós dois estamos juntos acabamos brigando, na melhor das hipóteses...
Diego - Eu te peço, me deixa tentar, por favor.
Eu - Tudo bem, mas com uma condição!
Diego - Todas as que você quiser.
Eu - Você não me irá pressionar a nada, nem sequer a beijar você. Tudo com calma!
Diego - Eu ainda vou fazer você me implorar por um beijo!
Eu - Veremos... Mas não tenha muita esperança, eu não sou de implorar...
Acabamos por contar um pouco de nossas vidas, quem eramos, de onde vínhamos... Soube que o seu pai era médico e sua mãe advogada, que se preocupavam com ele e mantinham uma relação bacana e que nunca teve um namorado... Apenas curtes (todas segredo). Falamos sobre o que gostávamos de fazer, estar e a conversa rolou com facilidade. Era agradável conversar com ele...
No fim de jantarmos com seus pais, ele me levou até casa, no seu carro. Ele pôs a tocar uma música que eu gosto muito - Closer to the Edge (30 seconds to Mars) e fomos os dois a cantarolar até que ele parou em frente da minha casa.
Eu - Como você sabe onde eu moro? - eu interrogo admirado.
Diego - Sou muito bem informado Carlinhos... E sempre me disseram que as fontes nunca se revelam!
Eu - Bem, só me resta agradecer jantar, gostei muito.
Diego - Tem nada que agradecer, para a próxima seremos só nós dois... sem ninguém para nos interromper ou chatear.
Eu - Combinado. Vou indo. - me despedi enquanto saía do carro.
Diego - Espera só um segundo. Te quero pedir uma coisa. Posso?
Eu - Sim, fala.
Diego - Posso abraçar você? - Eu apenas o abracei, encostei a cabeça no seu ombro e ele me fez um pouco de cafuné. Depois nos despedimos com um beijo no rosto e entrei em casa. Dormi como se estivesse nas nuvens.
No dia seguinte chego à escola e vi a Ana e o Filipe no portão.
Ana - Que sorrisinho tão bonitinho é esse garoto? - (é assim tão óbvio ??)
Eu - É uma longa história na verdade.
Filipe - Nós não temos muito tempo, mas você pode resumir... - Sinto uma mão sobre minhas costas e um perfume que reconhecia...
Diego - Bom dia galera!
Filipe - Se você não sair daqui agora eu vou... - Filipe já ia avançar sobre Diego quando o interrompo.
Eu - Calma Filipe. Eu e o Diego resolvemos os nossos problemas e eu dei uma chance pra ele.
Filipe - Você só pode estar brincando. Depois do que esse cara te fez... Você se vai arrepender.
Eu - Diego, nós falamos depois. Eu preciso de esclarecer isto com eles...
Diego - Claro, falamos depois.
Ana - Quero saber tudo, me conta... - Eu contei tudo direitinho para eles até que o Filipe fala.
Filipe - Você vai ter que se decidir, ou Diego ou eu!
Eu - Como assim? Você é meu amigo e nada mudará isso. Eu te adoro, você sabe que não é justo me pedir isso.
Filipe - Ou Diego...ou eu!Obrigado por lerem e caso possam e queiram - atribuam notas, comentários, sugestões, tudo!!
*Tive que alterar a maior parte do texto uma vez que não me era permitido repostar um conto mantendo a maior parte do mesmo semelhante a um já postado... (Que por sinal eliminei do site julgando resolver a situação sem ter de alterar o texto e afinal, nada...)