Numa noite fria de inverno, onde as arvores ao invés de terem sua coloração verde devido suas folhas eram tomadas pela cor branca da neve, o solo também estava coberto trazendo dificuldade para caminhar sobre ele, em um enorme vilarejo no meio da floresta a jovem Anabela casada com Wiliam dava a luz a uma criança. Wiliam que estava com seus 38 anos era considerado como o líder do local, e executava sua tarefa com determinação, todos os moradores o respeitavam, e matinha sua pose de guerreiro perante todos, aprendeu a li dar com uma espada muito cedo, seu falecido pai o ensinou bem. Anabela ainda era nova, uma jovem moça com um par de olhos de cor azul bem claro, sua pele era pálida e cabelos castanho, e seus traços eram leves parecia um anjo, estava com seus 25 anos, eles eram muito apaixonados apesar do marido às vezes ser um pouco rude mais amava sua esposa.
- Vai Querida bote força, já estou vendo a cabeça. – Dizia sua mãe Morgana com as mãos um pouco a baixo do ventre da jovem, que gritava de tanta dor.
- Aaarrrrgg...fufufu... aaaarrrrg... – a jovem gritava, respirava, e pedia para que aquela dor passasse logo.
E na sala estava seu marido, apreensivo, queria logo ver a criança para saber se seria um menino ou uma menina, ele torcia para ser um menino para lhe ensinar tudo que sabia, sonhava com tudo. Até que é despertado por um choro alto, a criança acabara de nascer, um sorriso surgiu em sua face queria logo entrar no quarto, e sua sogra minutos depois abriu um pouco a porta de madeira fazendo um aceno para o rapaz adentrar.
- O que é? – perguntou ele querendo saber o sexo da criança.
- É um menino. – disse a bela moça com um pouco de cansaço, mais não tirava o seu belo sorriso do rosto. – Pegue-o. – disse ela estendendo os braços para o marido segurar o menino.
Wiliam pegou seu filho nos braços com cuidado, pois tinha medo de quebrar aquele pequeno ser, olhou a criança por inteiro, seus lábios eram finos e rosados, os cabelos apesar de poucos eram bem pretos como o dele, a pele era pálida como a da mãe e os olhos eram idênticos era um azul bem claro como o céu sem nenhuma nuvem, o bebê sorriu, para um recém nascido ele era bem esperto, o pai passou os dedo na sua barriga e ele acochou com sua pequenina mão.
- Tem seus olhos, mais com certeza a força é a minha. – disse o homem com orgulho.
- Dei-me aqui acriança, ela precisa se alimentar. – disse a avó retirando o bebê dos braços de Wiliam. – vá da uma volta lá fora, pois Anabela precisa descansar.
Ele saiu do quarto, já sabia aonde iria, tinha que comemorar o nascimento de seu filho e beber com seus amigos. Minutos depois estavam mais ou menos uns quinze homens dentro do estábulo onde guardavam os cavalos bebendo e gritando, no vilarejo havia outras mulheres grávidas. As pessoas ali viviam em casas de madeira, nada de luxuoso, vez ou outra enfrentavam invasores a mando de governadores a fim de tomarem suas terras. Sobreviviam da caça, e da plantação de alimentos, suas vestis eram feitas de pele de animais mais peludos devido à temporada fria que estava enfrentado. Voltando a casa do líder, no quarto estava a jovem moça amamentando seu primeiro e único filho.
- Já pensou em um nome para ele. – disse Morgana sua mãe sentando na cama.
- Sim, ele irá se chamar Brian. – disse a moça aparentando cansaço.
- Um belo nome, agora descanse enquanto a criança dorme. – disse a mais velha se levantado e pegando a criança dos braços de sua filha e a colocando-a dentro do berço de madeira feito a mão pelo pai do bebêmeses depoisBrian já começava a dar seus primeiros passos, e falar suas primeiras palavras, outras crianças mais velhas corriam pelo local, o homens dividiam-se em grupos, enquanto uns caçavam e pescavam outros tomavam de conta do plantio, quando os garotos entravam na idade de 12 anos já começavam a ajudar nos serviços mais leves como pegar gravetos para aquecer as famílias a noite, os que já tinham de 15 a 18 cortavam as lenhas. E nessa harmonia aquelas pessoas viviam. Um dia ensolarado as mulheres estavam nas margens de um riacho lavando as roupas de seus maridos e filhos quando escutaram um barulho de pisadas fortes de animais, eram cavalos e não eram poucos era uma quantidade alta, pessoas corriam gritavam.
- O que vocês querem aqui. – disse Wiliam encarando o cavaleiro melhor vestido ali, julgou como comandante dos demais. – nós não fizemos nada, pagamos os preços exigidos pelo seu governador.
- ouvimos boatos que aqui residia uma feiticeira. – disse o cavalheiro vestido em sua armadura dourada, e m cima do seu cavalo branco sua voz era grave e autoritária, mesmo assim Wiliam não deixou se amedrontar, mais sabia de quem se tratava, era sua sogra, ela tinha um dom e fazia coisas estranhas.
- Nós desconhecemos suas acusações. – disse ele se mantendo firme, sua voz soava grave. – não abrigamos nenhuma feiticeira.
Já dentro de casa Morgana conversava com sua filha.
- Você entendeu tudo Anabela, não se esqueça de nada, guarde essa caixa com sua própria vida e quando Brian estiver mai-s velho entregue a ele. – disse ela. Uma lagrima desceu pelo rosto da linda moça. – Não chore, eu lhe avisei que esse dia chegaria. Dei-me aqui a criança. – a mais velha segurou o bebê no colo e lhe deu um beijo na testa, Brian sorriu para a avó. – agora vá, e esconda-se em um lugar seguro.
Anabela saiu pelos fundos, indo para as margens do riacho de águas cristalinas juntamente com seu filho, chegando lá ela escorou-se detrás se uma enorme rocha e escutava barulhos de espadas se chocando, pessoas correndo, pedindo ajuda, mais adiante um grito ecoou por toda a floresta, ela olhou em direção a antiga moradia e viu uma pessoa pegando fogo assim como todas as casas do vilarejo, só assim os cavalheiros foram embora, ela olhou atordoada para o ser que queimava e era sua mãe que se aproximava de onde ela estava, Anabela chorava vendo sua mãe em chamas.
- Lembre-se Anabela, guarde-o com sua própria vida. – e antes de falar mais alguma coisa ela caiu no chão. Aos poucos o fogo foi se apagando, a jovem estava desesperada, seu marido chegou e a abraçouanos depoisÀ noite o jovem menino dormia em seu quarto e mesmo dormindo ele começou a chamar por ajuda, ele suava, estava tendo um pesadelo, e seus pesadelos aparentava ser tão reais que quando ele acordava sentia suas pernas doer de tanto que ele corria.
- Nãooooooo. – gritou o garoto sentando-se na cama ele estava cansado e ofegante, sua mãe logo entrou no quarto e o abraçou.
- Shhhiiii, calma querido, já vai passar, dorme. – dizia ela enquanto abraçava seu filho tentado o acalmar. – volte a dormir, procure pensar em coisas boas. – e assim ela retornou para o seu quarto chegando lá seu marido começou a falar que mais uma vez Brian havia acordado aos berros com esse tal pesadelo, e discutiu com sua esposa dizendo que a culpa dele ser assim era de Morgana, o pequeno garoto ouvia tudo de seu quarto e chorava silenciosamente.
Era outono, as folhas caiam, tinha um tom mais amarelado, Brian brincava um pouco afastado da floresta, depois do ataque que sofreram quando a avó do garoto morreu eles mudaram de lugar, o garoto gostava de ficar sozinho, pois sempre que os outros meninos estavam com ele o chamavam de estranho. O menino estava cada dia mais belo, seus cabelos estavam um pouco abaixo das orelhas, eram lisos e negros como a escuridão, o que dava um belo contraste devido sua pele pálida e seus olhos azul, sua boca rosada era bem feita, até parece que tinha sido desenhada com todo cuidado por um anjo . A bela criança avistou uma ave de plumagens amarela e foi se aproximando lentamente, vendo que o pequeno pássaro não se mexia ele o pegou na mão e olhou bem pra ave, vendo que estava com a asa machucada.
- Com essa asa machucada você não irá voar, e será devorada pelos animais da floresta. – disse ele passando a mão pela asa da ave, e depois disse a ave ficou de pé assustando o garoto que não entendeu como aquilo aconteceu. O pequeno pássaro voou cantando alegremente, cantando uma linda melodia, o garoto olhou para trás e se assustou ao ver um menino loiro, com cabelos arrepiados, o olhando, os olhos verdes do menino que mais pareciam duas esmeraldas, encaravam Brian com espanto. O garoto era um pouco mais alto que Brian
- Não conte para ninguém o que você viu, por favor. – disse o menino de lindos olhos azuis olhando para o outro.
- Não... Não se preocupe, não irei comentar. – disse ele indo em direção ao menor. – quer conversar, você vive sozinho. – indagou o jovem loiro.
- Não se importa de ficar conversando comigo. – disse Brian
- Não, quer ser meu amigo. – indagou o jovem de olhos verdes.
- Sim. – disse o menor assustado, pois os outros o achavam estranho e não se aproximavam dele, mesmo ele sendo o filho do líder, ele não ligava muito mais de vez em quando sentia falta de um amigo, por isso às vezes conversava sozinho, ele dizia que tinha um amigo, seu pai achava que o filhos estava louco, pois nunca via ninguém. – Qual é o seu nome? – indagou Brian
- Jonathan, o seu eu já sei nem preciso perguntar, mais quantos anos você tem?
- Tenho oito anos, e você? – ele disse rindo pelo comentário do seu mais novo amigo.
- Ah, eu tenho nove.
Assim eles levaram à tarde, o jovem Brian finalmente fez amizade com alguém que o entendesse.
Alguns anos se passaram e Brian já havia completado 16 anos, era inverno, ao contrario dos outros garotos ele não precisava trabalhar apesar do seu pai vez ou outra mandava ele ir cortar lenha, mais sua mãe sempre que podia livrava o filho, o jovem estava sentado em uma arvore caída, estava pensativo, a brisa fria e gelada tocava sua face a tornado mais pálida que o normal, Brian pensava em sua vida e em como coisas estranhas aconteciam com ele todo tempo, parou por um instante e disse:
- Pode chegar mais perto Jonathan, eu não mordo. – disse o mais novo com um sorriso no rosto, sua voz havia mudado, não era tão grave como a de Jonathan era mais doce e calma.
- Ainda não entendo como você faz isso, você me dar medo. – disse o mais velho se aproximado de Brian. – é legal ser o filho de o Wiliam, você nem vai cortar lenha. – disse Jonathan colocando a ferramenta que usava para realizar seu trabalho no chão e rindo do seu amigo.
Por um momento Brian fez um gesto que ia falar algo mais logo se manteve em silencio, por fim falou:
- Você está mais forte. – disse ele olhando bem o corpo do loiro.
- É o trabalho, ajuda a manter a forma do meu corpo, Renan hoje estava falando pra todo mundo que você não trabalha e isso não era justo, você precisava ver como ele estava com raiva. – Renan era primo de Jonathan.
- Não me importo. – disse o garoto dos lindos olhos azuis, o loiro ficou por um tempo a olhar o menor, o deixando constrangido. – por que me olhas tanto, pare eu estou ficando constrangido.
- Sua pele é tão delicada. – disse Jonathan passando sua mão no rosto de Brian com delicadeza, fazendo o mais novo fechar os olhos. – seus olhos me lembram o céu sem nenhuma nuvem, são muito bonitos. – o garoto corou na hora que recebeu esse elogio. – eu estava pensando em uma coisa mais não acho muito certo.
- o que? – indagou Brian curioso.
- Dois homens juntos. – disse o maior fazendo com que o menor se envergonhasse.
- Eu não sei. Acho que é errado. – disse Brian ainda constrangido.
Jonathan ficou frente a frente com Brian, a respiração de ambos estavam aceleradas, o coração do jovem garoto batia mais rápido cada vez que via que seu amigo estava se aproximando.
Oi meus queridos, tem mais ou menos dois dias que eu escrevi esse conto, eu estava meio receoso de publicá-lo , mais hoje resolvi, gostaram da narrativa assim? E o enredo, ficou bom? Dêem sua opinião para eu saber se gostaram ou não, não custa nada comentar. Eu amo historias medievais, espero que gostem também. Beijussssss...