Parecia que eu estava num sonho. Vê-la daquele jeito, pronta para se entregar à mim, depois de tanto tempo de espera, era surreal. Eu caminhei em sua direção, olhei bem fundo nos seus olhos e disse que a amava. Ela também disse que me amava e pediu que eu fosse carinhoso. Eu a abracei e a beijei. De início, o beijo era doce, casto, romântico. Depois ficando mais apaixonado, quente. Ela começou a desabotoar minha camisa. A cada botão que ela abria, ela ia beijando a parte da minha pele que ficava exposta, era uma sensação maravilhosa. Quando ela desabotoou eu já estava à ponto de bala. Ainda estávamos em pé, ela me sentou em sua cama. Eu parei um momento apoiado em meus braços e fiquei admirando-a. Ela sentou-se em meu colo e continuamos nos beijando e nos acariciando, minhas mãos deslizavam em suas costas, próximas ao seu sutiã. Eu o abri, ela se esquivou um pouco de mim para tirá-lo, enquanto ela fazia isso, eu admirava seus lindos seios. Nossa, como eu desejava aquela mulher! Ela era perfeita, e minha! Ela jogou o sutiã no chão e continuamos nos beijando. Ela começou a beijar meu pescoço, peito, abdômen, até que chegou na minha calça. Sem que ela fizesse qualquer menção que ia abri-la, eu me adiantei e a tirei,ficando só de boxer preta. Ela parou, ficou me olhando por um instante. Eu já estava explodindo galera. Daquele Jeito! Eu resolvi tomar conta da situação. Ela estava em cima, eu fiz um movimento deixando-a por baixo e eu em cima, comecei a beijá-la. Beijava cada parte do seu corpo. Quando ficamos nos, passamos um tempo admirando um ao outro. Eu sentia no ar um nervosismo misturado com desejo de ambos. Ela veio pra cima e começamos a fazer amor. Foi maravilho. O corpo daMalú se encaixa perfeitamente ao meu. Temos uma sintonia, uma química, não tenho nem como explicar. Naquela noite, eu bati meu recorde. Fiz três vezes seguidas (Acho que era o acúmulo de tempo, heheh). Quando terminamos, já estava quase amanhecendo. Ficamos conversando, relaxados, ela em meus braços. Eu disse que a amava e ela também disse que meamava. Eu perguntei: Posso ficar?
Malú: Ficar?
Eu: Sim, pra dormir. Posso?
Malú: que hrs são?
Olhei no meu celular e disse: 5h30min!
Malú: Pode sim, mas daqui a pouco temos que acordar! Minha mãe marcou de sairmos às 8 para o sitio, lembra?
Eu: tinha esquecido. Então é melhor não dormirmos. Comecei a beijá-la novamente.
Malú: Vc quer de novo?
Eu: Só estou aproveitando o meu presente! Hahah
Malú: Desse jeito, seu presente vai quebrar por falta de cuidado no uso!
Eu: hahaha to brincando,amor! Vamos ficar assim, só nos beijinhos até clarear. Quando o sol aparecer nos levantamos, ok?
Malú: Ok!
Levantamos às 6h15min. Não fiz barulho algum. Não quis acordar minha sogra.Não sabia se a Malú tinha pedido pra eu ficar. A Malú me levou à porta. Quando cheguei em casa, meus pais já estavam acordados se arrumando para pegarmos a estrada para irmos ao sítio da minha sogra. Quando minha mãe me viu,falou: Ué? Vc não dormiu em casa?
Eu: é....eu...não!
Mãe: Menino, eu jurava que vc estava em casa! Onde vc estava?
Eu: Ah mãe....coma Malú!
Minha mãe ficou vermelha, deu uma risadinha e disse: Ah! Vai se arrumar que daqui a pouco estamos saindo. Fui tomar meu banho. Fiquei um tempo debaixo do chuveiro, pensando na noite incrível que eu tive. Nunca tinha feito um sexo tão bom. Deve ter sido porque não era só sexo e sim amor. Saí do banho, pus uma sunga, bermuda e uma camiseta. Meus pais e eu descemos e nos encontramos com a Malú, minha sogra, o Cadú, a Gabi e os pais dela na garagem. Nos dividimos em dois carros. A Malú, eu, o Cadú e a Gabi fomos no meu carro. Meus pais, minha sogra e os pais da Gabi, foram no carro da minha sogra. Saímos na frente, a Malú disse que devimos ir na frente porque minha sogra, que estava dirigindo o outro carro, ia nos seguir, pois toda vez que iam ao sítio quem ia dirigindo era a Malú, e sua mãe nunca acertava as entradas certas que davam acesso ao local.
Fomos conversando durante a viagem toda. O papo estava muito divertido. O clima estava super descontraído, até que a Gabi e o Cadú se desentenderam. Eu não sei o que houve, ó o que sei era que a Gabi pedia que eu parasse o carro porque ela queria ir com seus pais no outro. Eu falei: Gente, calma! O que houve?
Gabi: Nada, Henrique. Encosta o carro aí, por favor?
Malú: O que foi Gabi? Oq o Cadú falou aí atrás que te deixou irritada?
Eu olhei pelo retrovisor e o Cadú estava com uma cara de quem não estava entendendo nada. A Gabi não falava o que havia acontecido, só pedia para parar o carro. Eu parei no acostamento, minha sogra parou logo em seguida. A Malú foi falar com ela, e a Gabi foi junto com eles o restante da viagem. De volta ao carro, a Malú perguntou pro Cadu o que havia acontecido para a Gabi ficar daquele jeito. Ele disse que não sabia.
Eu: Como não sabe? Estava tudo bem aí atrás, alguma coisa aconteceu!
Cadú: Sei lá, Henrique. A Gabi de vez em quando pira comigo ultimamente.
Malú: Mas vc não fez nada agora? Tem certeza?
Cadú: Tenho. A gente tava rindo e tals, daí eu mostrei pra ela um sms que uma menina lá do estágio me mandou. Depois que ela leu a mensagem ficou de bico pro meu lado e vcs já sabem oq aconteceu. Não entendi nada.
Malú: Posso ver a mensagem?
O Cadú passou o celular pra ela. Ela leu e devolveu o aparelho pra ele. Eu, morto de curioso disse: O que dizia a mensagem?
Malú: Basicamente, a menina tava dizendo que o bonitinho aí é o máximo na cama. Uma vadia essa menina por sinal, hein Cadú.
Cadú: Ah vá! Sempre conversei de tudo com a Gabi e ela nunca teve isso. Tá cheia de frescura ultimamente...
Eu olhei de relance pra Malú e nós dois sacamos o que estava rolando com a Gabi. Eu disse: Cadú, vc tem certeza que não sabe oq ta acontecendo?
Cadú: Eu sei oq ta rolando, Henrique, não sou otário. O negócio é que eu não quero nada com a Gabi.
Malú: Henrique, o Cadú ele simplesmente não gosta de meninas direita. Ele só gosta de vadias!
Cadú: Falow rainha da mora! Quem decide da minha vida sou eu! A Gabi é como vc pra mim, uma irmã! Não vai rolar!
Eu: Amor, deixa quieto. Ele que sabe da vida dela. Mas Cadú, conversa com ela, aproveita que estaremos no sítio e conversa com calma com ela.
Continuamos conversando sobre a Gabi no caminho. Chegamos ao sítio e eu disse: PUTA QUE PARIU! Que lugar fodástico!
Malú: rsrs é lindo né?
Eu: demais! Tem até quadra de futebol! Caralhooooo! Dá pra fazer altas festas aqui! Porque vc nunca me trouxe aqui?
Malú: Nunca tive oportunidade. E tb, a gente não vem com muita freqüência. Quem mais vem são meus primos e tios.
Eu: Humm...mas me diz uma coisa....Quantos quartos tem aqui?
Malú: Seis, porque?
Eu: quantos já estão ocupados?
Malú: Apenas um. O da minha mãe. Restam cinco, que serão divididos entre a gente!
Eu: hummm...tem o seu, o do Cadú, um pros meus pais, um pros pais da Gabi, e um pra Gabi. E eu? Vou dormir onde?
Malú: Com o cadú!
Eu: Sério????
Malú: kkkkk Não, seu bobo! Já conversei com a mamãe. Vc vai ficar comigo!
Eu: Ufa!
Malú me levou pra conhecer o sitio. Passamos um dia e uma noite lá. Foi demais. Nos divertimos bastante. A Gabi e o Cadú conversaram e a Gabi resolveu que ela tinha que ficar um tempo afastada dele. Ela confessou que estava apaixonada por ele. O Cadú não a maltratou nem nada.Ele conversou numa boa e explicou que não a via como namorada, mas sim como uma irmã! Uma pena, eu jurava que eles ficariam juntos.
Voltamos à cidade. No ano novo, meus pais estavam com viagem marcada para SP, iam passar o réveillon com nossa família. Eu não fui. Queria passar a virada do ano com o meu amor. Na noite do dia 31, Malú e eu fomos passar a virada do ano no Tropical Hotel. À meia noite, teve queima de fogos. Foi tudo muito bonito! Exatamente às 00h01min do primeiro dia de 2012 eu falei no ouvido da Malú: Prometo que esse ano vai ser muito melhor que o que passou! Que vou ser tudo oq vc sempre desejou e que vc será muito feliz!
Malú: Obrigada por estar na minha vida! Que esse ano seja repleto de sucesso para nós dois!
Nos beijamos. Passamos o resto da noite num quarto do Hotel.
O ano começou. Dia 11 de janeiro foi meu aniversário. Ganhei de presente da Malú um relógio da Tommy,mito bonito por sinal. O restante do mês passou voando como todos os anos. Em fevereiro, as aulas começariam uma semana antes do carnaval. Nós decidimos que só iríamos pra faculdade após o carnaval. Brincamos muito o carnaval. Fomos para todas as festas, e foi numa dessas festas que eu arrumei uma confusão FEDERAL e admito, muito idiota! Era o chamado, “Bloco das piranhas”. A Malú me falou que nesse bloco, os homens ia fantasiados de mulheres, bem vagabundas mesmo. Fomos à esse bloco. Ela me fantasiou, me maquiou e td mais. Confesso, fiquei horrível! Sabe traveco pobre? Assim fiquei! Haha. Então, fomos curtir o bloco. Realmente é muito divertido. Tem várias atrações musicais e todos os tipos de ritmo. Encontramos uns amigos nossos da facul e ficamos lá com eles. Mais ou menos no meio da festa a Malú me pediu pra comprar uma água pra ela. Eu fui comprar. Afila do bar tava enoooorme. Passei uns 30 minutos esperando pra ser atendido. Quando voltei, ela tava conversando com um cara. Eu falei: Aqui, sua água.
Malú: Obrigada, amor! Amor esse aqui é o Gabriel.
Eu: Olá! Henrique!
Gabriel: Tudo bom, cara?
Eu fiz um sinal de positivo e apertei a Malú junto à mim.
Gabriel: Então, Malú. Eu vou dar uma voltinha, procurar um pessoal amigos meus. Qualquer coisa estou por aí, valeu?
Malú: Falou!
Ele me cumprimentou mais uma vez e saiu pela multidão. Eu perguntei: De onde vc conhece esse cara?
Malú: é um amigo meu, dos tempos de escola. Fazia um tempão que eu não o via.
Eu: Hummm...
Malú: Que foi?
Eu: nada pq?
Malú: Vc ta com ciúmes?
Eu: Ciúmes? Daquele cuzão?
Malú: Ah pára! Deixa de frescura. Vamos curtir a festa!
Eu confesso à vcs que eu tentei ficar de boa,mas eu fiquei irritado com aquele cara. Ele sorria demais pra Malú e eu não gostei daquilo. Eu já tava na sexta latinha de cerveja e então resolvi procurar um lugar para urinar. Falei pra ela que ia procurar um banheiro e pedi que ela me esperasse em um determinado local. Quando eu voltei, o Gabriel tava conversando com ela de novo! Ele tava abraçando ela. Eu fiquei cego na hora, gente! Parti pra cima do cara. Não deu tempo nem dele se defender. Quando percebi nós já estávamos no chão. Admito, o cara briga muito bem. Fiquei todo fudido, mas tb não deixei barato. A cara dele ficou toda fudida. Os seguranças apartaram a briga. Nos levaram ao posto policial que haviam instalado no local. A Malú deu um telefonema pra minha sogra que em 20 minutos, resolveu a situação. Fomos liberados. Do caminho do posto policial, até o estacionamento, a Malú não deu uma só palavra comigo. Até que ao chegarmos perto do meu carro ela disse: Eu vou dirigindo, chega de confusão por hj!
Eu: Td bem. Toma a chave.
Entramos no quadro. Pegamos um congestionamento infernal. A cidade toda estava pulando o carnaval. Fiquei calado, ainda tava irritado com o que tinha acontecido, e tava todo doído. A Malú não agüentou muito tempo e falou: O que foi aquilo? Porque vc partiu pra cima do Gabriel daquele jeito? Ficou maluco?
Eu: Eu vi ele te agarrando! Vc queria que eu fizesse oq? Chegasse e dissesse pode dar um beijinho nela tb meu camarada, ela beija muito bem. Queria que eu dissesse isso?
Malú: Meu Deus! Ou vc está muito bêbado ou é um completo idiota! O Gabriel é meu AMIGO, Henrique! Ele estava se despedindo de mim! Era um ABRAÇO de despedida!
Eu: do meu ângulo de visão não parecia um abraço de amigo!
Malú: Seu ângulo de visão é de gente louca e bêbada!
Eu: Eu não estou bêbado!
Malú: Não?
Eu: Um pouco...mas sei discernir oq vejo! Aquele cara tava querendo te dar uns pegas!
Ela começou a rir. Eu disse: Tá rindo de que? Ficou maluca?
Malu: Ele NUNCA iria me agarrar, Henrique! JAMAIS!
Eu: Ah não? Como vc sabe? Manda no pau dele? Homens solteiros pensam com o pau minha filha!
Malú: Nojento!
Eu: Sim, pq vc tem tanta certeza? Me diz então...
Malú: Ele é gay,meu filho! Ele é super bem resolvido desde os 15 anos e namora com outro homem. Viu? Taí o motivo de eu ter certeza!
Eu fiquei sem ação! PUTA QUE PARIU! Tinha fudido a cara do menino por nada. Fiquei me sentindo mal. Com vergonha mesmo.
Malú: Reze à Deus, por ele não te processar! Vc o xingou de tudo quanto foi nome pejorativo contra os homossexuais. E bateu nele!
Eu: Mas eu não bati nele por isso! Nem sabia que ele era gay. Eu não tenho nada contra gays, vc sabe muito bem disso.
Malú: Eu sei. Mas ele não!
Chegamos em casa em silencio. Ela nem me deu um beijo de despedida. Minha mãe viu meu estado e quase que eu apanhei de novo. Ouvi horrores dela. Ela fez uns curativos, me deu uns analgésicos e mandou que eu fosse deitar. Eu apaguei. Na quarta de cinzas eu acordei às 13 horas. Comi um lanche e resolvi ir pra academia treinar, aliviar a cabeça. Eu tava com uma puta de uma ressaca moral, fora a dor no corpo. Não peguei pesado, fiz só esteira. Queria pensar. Eu nunca devia ter feito aquilo. Aos poucos minha idéias foram clareando. Lá na festa eu tava cego, não prestei atenção no Gabriel, pensando bem, eu lembrei que já tinha o visto uma vez em no caixa de uma padaria perto de casa. Saí da academia e passei lá. Ele não tava no caixa. Perguntei da moça: Olá, boa tarde! Vcs tem algum funcionário de nome Gabriel?
A moça: Funcionário, não. Mas o filho do dono tem esse nome.
Eu: Hummmm...ele ta aí por acaso?
Moça: Tá sim. Quer que eu chame?
Eu: Por favor!
Moça: E qual é seu nome,moço?
Eu: Henrique.
Fiquei esperando um bom tempo até que ele apareceu. Eu pensei que eu tinha deixado ele mais fudido do que eu, mas olhando pra ele, eu vi que eu tava pior!
Gabriel: fala, quer apanhar mais um pouco? Não bastou ontem?
Eu: Calma, campeão! Vim em missão de paz!
Gabriel: Paz? Qual a sua, cara? Ontem vc do nada me mete a porrada e agora que paz?
Eu: vc me dá um minuto pra eu explicar?
Gabriel: Bora alí pro escritório que a gente conversa melhor.
Eu expliquei pra ele o que eu tinha pensado. Que tive ciúmes dele com a Malú,mas que depois, a Malú me contou a história dele,falei que não tinha preconceito, que em SP tinha uma amiga lésbica e um gay. Ele disse: Tem que controlar esses teus impulsos,cara! Numa dessas vc se fode de verdade! Mas ta tudo certo. Foi bom vc ter vindo falar comigo. Meu pai já queria dar queixa de vc por discriminação.
Eu: Não, nada a ver!
Gabriel: Pois é, estamos de boa.
Continuamos conversando mais um pouco. Descobri que ele era gente boa. Você só sabe que ele é gay porque ele diz que é, porque se não, vc não tinha como saber. Saí da padaria e fui enfrentar a Malú. Toquei a campainha, minha sogra atendeu, me deu o maior sermão. Escutei caladinho. Ela foi chamar a Malú. Enquanto eu esperava, fiquei brincando com a Tequila (esse foi o nome que ela deu pra maltes que eu dei pra ela, pode um nome desses?). Ela apareceu e disse: Que foi, Henrique?
Eu: Vamos conversar?
Malú: fala.
Eu: Desculpa por ontem. Perdi a cabeça mais uma vez.
Malú: Henrique, ontem fiquei muito assustada. Mantive o controle,mas ontem vc parecia um doido, pior do que aquela vez aqui no condomínio. Não sei se eu quero ficar com uma pessoa assim do meu lado.
Eu: Pelo amor de Deus, não fala isso nem brincando! Eu tava bÊbado! Não faria aquilo se estivesse normal! Foi no calor do momento! Eu já até pedi desculpas do seu amigo,que me perdoou!
Malu: como é?
Eu: Sim! Eu já o tinha visto na padaria aqui de perto! Fui lá me desculpar! Está tudo certo! Agora falta vc me perdoar! Fiz aquilo por ciúmes!
Ela me deu mais umas broncas e eu ouvi caladinho,afinal tava errado mesmo, mas no final deu tudo certo. Fizemos as pazes. E o que dizem é verdade, sexo de reconciliação é muito bom!
As aulas começaram, e voltamos à nossa rotina acadêmica. Em minha sogra perguntou se nós não queríamos estagiar. Dissemos que sim. Ela conseguiu um estágio pra na Promotoria Estadual e pra Malú na Defensoria Pública. A Malú não demorou muito na defensoria. Em abril ela conseguiu um estágio no Tribunal de Contas do Estado. O tempo tava passando depressa. Em maio nós fomos convidados para uma festa de aniversário de um amigo nosso da faculdade. No dia da festa, eu amanheci com a garganta fechada, as amídalas inflamadas. A Malú disse que não iria sem mim,mas eu insisti para que ela fosse. Foi a pior coisa que eu poderia ter feito.
Naquela noite, antes de ela sair, ela passou lá em casa pra se despedir e ver como eu estava.
Malú: Tá melhor?
Eu: Muita dor na garganta. Dói só de falar.
Malú:então fica caladinho. Eu já vou indo.
Eu: Me liga quando chegar em casa. Pra eu saber que ta td bem?
Malú: ligo sim!
Parecia que tinha algo errado comigo. Mesmo tomando remédio forte pra dor, eu não conseguia pegar no sono. Eu estava angustiado. Fiquei assistindo TV até de madrugada. Quando deu umas 4 hrs da manhã, deu a chamada do notícia 24 hrs (jornal daqui de Manaus) que havia ocorrido um acidente próximo à boate onde a Malú tinha ido, que havia uma vítima fatal e uma gravemente ferida. Meu coração gelou. Peguei meu celular e liguei pra Malú. Tava fora da área de serviço. Liguei pra casa dela, mas ninguém atendeu. O celular do Cadú tava fora de área. Resolvi ir até a garagem pra ver se ela havia chegado.Cheguei na garagem e vi o carro dela, senti um alívio. Mas foi momentâneo, pq o carro da minha sogra não estava lá e como minha sogra estava viajando, o carro estava com a Malú. Comecei a sentir falta de ar, até que meu celular toca, vi no visor o nome dela, atendi logo e falei: Oi AMOR, ONDE VC ESTÁ?
Voz: Senhor, vc conhece a Sra. Maria Luiza de .....
Eu: Quem está falando?
Voz: Aqui é do hospital....ela deu entrada agora a pouco e como seu numero é o ultimo discado,ligamos para o senhor para informar que....
Bom,galera! Essa parte da minha vida foi meio tensa. Eu lembrando, até chorei aqui...
Por hj é só! Fiquem com Deus!
Henrique!
