Sangue Quente: O Feiticeiro

Um conto erótico de V.
Categoria: Homossexual
Contém 1668 palavras
Data: 06/06/2013 19:51:22

A voz era grave, de um homem. Quem é esse cara? E , por que ele está com o celular do Thomas? Meu coração começou a acelerar. Eu senti que algo de ruim estava por vir, mas dessa vez eu tenho forças o suficiente para lutar. Acredito eu.

- Quem está falando? - Perguntei com a voz firmeSó uma respiração

- Responde seu maldito

- Você o quer? - disse a voz desconhecida

- Juro se você fizer algo a ele eu te caço nem que seja no inferno

- Então venha busca-lo - O homem deligou na minha cara.

Meu coração se apertou ao máximo. Meu mundo estava caindo como uma cidade de vidros, desmoronando e se espatifando em milhares de pedaço. Quem poderia fazer algo desse tipo? Era alguém que conhecia o segredo de Thomas e talvez o meu também. Eu não conseguia ficar parado no meu quarto, precisava fazer algo para tirar o meu amor das mão desse desconhecido. Algo ainda mais me assustava, era a voz dele, que não sei como, mas ela emanava um poder imenso e forte.

Fui até a mansão Castellani ver se tinha algo que pudesse me ajudar. Passei quase o dia todo lendo livros, diários, qualquer coisa, qualquer feitiço para rastreamento. Eu consegui aprender coisas novas, só que o mais importava não achei. A chuva começara a cair lá fora, forte e intensa. Parecia que iria demorar para passar. Thomas estava mais próximo da morte a cada minuto que se prolongava. Se algo, qualquer coisa acontecesse a ele, jurei a mim mesmo que o culpado iria ter uma morte agonizante e dolorosa.

Meu celular toca. Miah me ligava, perguntando onde eu estava, porque tinha ido na minha casa e tia Vivian disse que eu tinha saído. Conto tudo para minha melhor amiga, ela só ficou escutando e quando eu terminei de lhe contar os fatos, a menina me pediu para ir em sua casa que talvez pudesse ajudar.

Ando e corro, vou alternando, o mais rápido possível até a casa. Não me preocupo com a chuva me molhando ao máximo e nem com o vento que vinha cortante como uma lamina fria que conseguia passar pelos meus ossos. Só conseguia ir para frente.

Toco a campainha e a mãe de Miah me atende. A senhora Fairy era uma mulher baixa, como sua filha, tinha cabelos ruivos e ondulados que iam até o ombro, bochechas avermelhadas, nariz fino, parecia como Miah ficaria quando começasse a envelhecer.

A menina tinha em mãos um grimório, enquanto descia a escada.

- O que está fazendo com isso menina? - perguntou a sua mãe

- Só lendo - respondeu Mia, tentando decifrar a minha expressão

- Tá, mas tenha cuidado, pois era da sua avó - Falou entrando na sala

- Ok mãe, vem Nicco - Miah me puxou para seu quarto.

O quarto estava diferente, tinha cortinas tons mais escuros, as paredes não tinham mais Posters dos garotos que ela era viciada. As coisas mudaram bastante depois que a garota descobriu que era uma bruxa, e eu só percebi naquele momento que entrei em seu quarto. Meu corpo estava suado, pois tinha corrido bastante. Miah parecia ter a maior calma do mundo e se sentou na cama abrindo o grimório, eu sentei a sua frente, mais nervoso.

Miah passa a mão pelas páginas, procurando algo. Suas unhas estavam pintadas de preto, seus dedos estavam mais finos e tinham anéis em três deles e tinha alguma coisa escrita em cada um, mas não consegui decifrar. A garota para em uma página e vira para mim.

- É isso - ela apontou com o dedo indicador para um texto.

Eu comecei a ler. Era um ritual de como se matar um vampiro primário, ou como eu chamo, um dos antigos. O ritual tinha que conter um humano, o vampiro e outros ingredientes que eu não sei o que são, e estava escrito que só poderia ser em dia de lua cheia, em outras palavras, eu tinha uma semana para achar Thomas e salva-lo de sabe-se lá quem.

- Miah, tem como você descobrir onde o Thomas está?

- Não... Me desculpa Nicco - falou a garota

- Tudo bem... - Eu fechei os olhos, pois minhas lágrimas já começaram a rolar pelo meu rosto. Tentei me controlar ao máximo.

- Mas - Começou a falar e eu a olhei - Tem como descobrir o feiticeiro, porque se ele vai fazer esse ritual , o maldito tem que ser poderoso e se for, a áurea é forte também e consigo localizar.

- Eu nem sei o que dizer.... Miah obrigado, eu te amo - Eu a abracei.

Meu coração estava um pouco menos apertado, só que meu estomago estava, e muito. Fazia várias horas que eu não comia.

Estava olhando para o teto do meu quarto quando cai no sono. Sombras, eu estava nas sombras, até aparecer uma luz e vi com clareza onde eu estava. Era um salão, com uma decoração estilo Idade Média. Eu estava sozinho, com um trono grande na minha frente. O trono era feito de algum tipo de madeira, com detalhes em ouro. Eu me aproximei e como por pura mágica surge um corvo grande, lustroso, com as penas tão negras como o universo. Suas garras eram imensas e pareciam que podia destruir qualquer coisa. Quando viro para a saída aparece um lobo gigante, negro, olhos amarelos, tinha o tamanho de um urso. Totalmente assustador. E, no momento que tento fugir das criaturas, as duas pulam em cima de mim, na mesma hora, para me atacar.

Eu acordei todo suado, graças ao meu despertador. Hora de ir para a escola.

Miah estava no estacionamento me esperando. Por onde eu passava alguns alunos começavam a me olhar, com caras de espanto, melancolia ou até de pena. Alguma coisa estava errada, isso eu tinha certeza.

- O que foi? - Pergunto para ela.

- Aconteceu alguma coisa...E seu nome está envolvido...

Miah me arrasta para um corredor da escola.

- Como assim?

- Olhe - A garota aponta para a parede da escola.

Estava escrito meu nome, com tinta vermelha ou até mesmo ....Sangue!

''VOCÊ É O PRÓXIMO NICCO BENNET!"

- Você acha que foi....?

- Sim, e eu sei o nome dele...- Ela revirou a bolsa que estava em seu ombro, procurando por algo. - Aqui está. - Miah me entrega um papel. - Fausto Bane...

- Eu já ouvi esse nome antes... Tenho certeza disso.

Tenho que admitir, eu estava com medo. O próximo seria eu, mas em que? Esse feiticeiro vai me raptar também? Enquanto olhava para a professora se movimentar de um lado para o outro recitando Shakespeare minha mente encontrava-se em outro universo.

As aulas acabam por hoje. Minha mente estava pulsando, talvez por perigo ou por estar planejando muito. Miah caminhava ao meu lado enquanto íamos para as nossas casas. Combinamos de nos encontrar na praça, que se localizava no centro de Fall's Church.

A tarde estava a pino, acredito que eram umas 4 da tarde. As ruas estavam movimentadas para aquela hora. Atravessamos uma rua ali, viramos a esquina depois e achamos a praça. Tinha crianças brincando no parque, namorados passando de mãos dadas, pais gritando com os filhos para não comerem isso ou aquilo. Um dia natural.

Miah e eu começamos a planejar uma maneira de encontrar Fausto, mas nada vinha em nossa mente. A minha estava bloqueada de ideias e eu odiava isso, porque eu sempre fui bom em bolar planos.

Então, minha pele começa a ferver. Algo está para acontecer, pensei comigo. Miah também sentiu algo pois esta me olhou com uma cara estranha.

- Você está sentindo isso ne? - Perguntei e ela confirmou lentamente com a cabeça.

A lojinha de mangá explodiu, fazendo tudo tremer. Uma fumaça negra começou a surgir e com um impulso corro para lá. Eu me percebi de que Miah me seguia. A fumaça era densa, como a névoa do cemitério naquele dia. Pedras e destroços estavam por toda parte, pessoas feridas, sangrando e talvez até algumas mortas também encontravam-se por lá.

Mas eu não consegui achar ninguém naquela fumaça que se criou graças a explosão dentro da loja. Quando eu saio por lá, quase sem conseguir respirar eu vejo um vulto preto saindo normalmente pela multidão. Invoco todas as minhas forças e o sigo. É ele, é ele, fiquei repetindo para mim mesmo.

O homem se virou e ficou me encarando. Era um homem de aproximadamente 24 ou 25 anos. Tinha cabelos um pouco grande, negros como a fumaça e lisos como os meus. A pele era branca, mas não pálida. Tinha olhos com a pupila idêntica a um felino e com íris verdes, e possuía dentes afiados como de um gato. Era alto, não era musculoso mas dava para perceber alguns músculos. Usava cordões com alguns tipos de símbolos, um deles eu consegui distinguir, que era o da eternidade em egípcio. Vestia calça preta, com corrente presa, uma camisa social azul marinha com detalhes em prata, botas negras como a fumaça e um sobre-tudo também negro.

- Ora, ora, ora, não é que você me encontrou seu danadinho. - Disse fausto ainda olhando para mim sem piscar.

- Fausto, diga onde está o Thomas! - Eu quase já não tinha força

- Você já até sabe meu nome...Mas assim mesmo me apresentarei, pois sou um cavalheiro. Meu nome é Fausto Bane, o feiticeiro. - O home se aproxima de mim

- Seu desgraçado, fala logo onde ele está. - Reuni novamente minhas forças e consegui ficar de pé.

- Ele está vivo por enquanto, faltam apenas 6 dias... Melhor correr contra o tempo.

Fausto disse algumas palavras em latim, acreditei eu, e um fogo roxo surgiu na ponta de seus dedos. Uma fumaça começou a brotar do chão a sua volta.

- Tenha bons sonhos... Ou nem tanto - E atacou as chamasVoltei gente, eu sei que ando demorando um pouco para postar as histórias, mas prometo que to começando a me ajeitar com o horário. Então, gostaram desse conto? Ta meio sem sal? Essa é sua opinião? Escreve ai no comentários para eu saber se eu devo continuar ou parar de escrever, porque eu não sirvo para isso.

bj bj...do V. :D

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Nem pense em parar de postar este conto, pois eu sou fascinado por ele e por tudo que é sagrado, não demora muito pra postar o próximo capítulo não

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