Como Chamas 1x17: A NOVA MANEIRA DE GANHAR O JOGO!
- O que vai fazer amanha a noite? Perguntou Felipe enquanto concertava sua postura no sofá de sua casa.
Ele havia recebido alta no dia anterior, mas eu estava ocupado demais para atender suas varias ligações.
Graças a Deus, Alice deixou escapar que os pais dele tinham algum lugar para ir e Felipe ficaria sozinho, então vim para a casa dele assim que sai do serviço.
- Tenho compromisso. Porque?
- Não pode desmarcar? Estou com saudades e pensei que nós poderíamos...
- Não vamos transar Felipe. Você machucou as costelas, precisa estar totalmente curado.
- Uns amassos não vão me matar...
Disse ele pegando minha mão puxando para mais perto. Tentei recuar, mas seus lábios ja tocavam os meus.
Seu beijo era quente e molhado, e perfeito. Suas mãos massageavam minhas costas carinhosamente. Quando dei por mim, estava sentado em cima do seu membro e rebolando sem pudor. Felipe me fazia perder o controle.
Meu celular apitou e eu interrompi o beijo. Uma mensagem de Jonh.
O garoto tinha bombardeado minha caixa de entradas com mensagens bonitinhas sobre o quanto estava animado para sair comigo. Ao envés do café, ele preferiu me levar a uma boate na cidade.
- Eu preciso ir. Falei pulando de seu colo.
- Calma baby, ta fugindo de mim?
- Talvez. Respondi correndo porta a fora.
- Dan, eu... Pude ver que ele enfiou a mão no bolso, provavelmente pegando o celular que devia estar vibrando e sai.
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- Meu Deus, quanto tempo agente não fazia isso? Falou Marcie colocando uma bandeja de papelão com dois copos de café fumegante na mesa.
- Muito. Falei.
Estávamos sentados na cafeteria Stean's que ficava alguma quadras da escola. Eu não iria na aula esta noite, tinha um encontro com John.
E é claro que havia pedido minha Best para me cobrir.
- O que vocês vão fazer?
- Não faço idéia. Espero que seja seguro. Falei.
Ontem, assim que cheguei em casa, John havia mandado uma mensagem dizendo que havia mudado de idéia e preferia algo mais agitado que o café antes da aula.
- Sabe, Gregori me ligou ontem a noite. Ele esta bem.
Marcie sorriu como se estivesse me dando uma boa noticia. Eu estava pronto para dizer a ela para ficar longe dele, mas depois da outra noite eu não sei mais o que dizer. Gregori era mesmo bonzinho? Como acabou metido em tudo isso?
- Então, será que o senhor gostozinho é gay? Ela perguntou.
Fiquei surpreso com a mudança repentina de assunto.
- Não sei, mais eu convidei e ele aceito.
- Eu morreria. No outro dia na educação física, ele tiro a camisa e quase desmaiei. Que corpo.
- Você é uma safada.
- Que tipo de cueca acha que ele usa?
- Marcie. Eu gemi.
Eu já tinha dificuldade em não pensar no corpo maravilhoso de Felipe nu, a ultima coisa que eu queria era ter que pensar em outro garoto gostoso de cueca.
E também John não era nenhum pretendente nem nada. Pensar nele de cueca me fazia pensar que ele tinha um pênis, e o pênis de John era algo muito além dos meus limites mentais.
- Ei, só me toquei agora. Porque convido esse garoto pra sair? Esqueceu o Felipe?
Desviei o olhar para outra direção. Eu não podia encara-lá e mentir.
- Estou tentando. Não era exatamente mentira.
Marcie deu uma olhada na tela de seu celular e se levantou.
- Best, eu tenho que ir, me liga mais tarde para me contar como foi.
- Ta bom.
Beijamos a bochecha um do outro e nos separamos. Aquela ainda seria uma longa noite.
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- Voce tem que estar zuando comigo. Falei para John quando paramos em frente a uma boate gay. Isso mesmo.
Ele sorria inocente para mim.
- Eu disse que era um programa diferente.
- Mas isso já chega a ir longe demais.
Ele fez beicinho.
- Eu sei o que você curte Dan. Não tem que se esconder pra mim.
Eu tentei dizer que não estava me escondendo. Mas eu estava, e pior, estava usando ele como escudo.
Entramos na boate e fomos para o bar. Eu encarava tudo de boca aberta.
Nunca tinha estado em bar gay antes e agora eu sabia o que porque. Havia vários garotos, alguns bombados e outros magricelas usando shortinhos e camisetas apertadas. Havia três dançarinos de sunga prateada rondando o lugar. Tenho quase certeza que um deles piscou para mim.
- Vem, vamos dançar.
John me puxou para a pista de dança. Eu fiquei um pouco tímido no meio de todas aquelas pessoas espalhafatosas, mas então comecei a me soltar.
Quando toda essa bagunça acabasse, e eu e Felipe não estivéssemos mais juntos, eu iria precisar de um namorado, certo?
No meio da dança, o dançarino que piscou antes grudou em mim. John apenas olhava e ria.
Dancei colado nele por varias musicas e depois sai para tomar ar.
Quando pisei no estacionamento, eu o vi.
Por trás de alguns carros, escondido nas sombras e, é claro, usando um capuz. Alguém estáva me espionando.
O dançarino com que dancei estava fumando ali perto, prendi a respiração e fui ate ele. Sem que ele pudesse dizer algo, eu o beijei.
Não um beijo completo, nossas línguas não se tocaram, mas os lábios ficaram juntos por um bom tempo.
- Eu não sou gay. Ele sussurrou no meu ouvido.
Passei a mão em seu abdômen e puxei o cós de sua sunga. Eu não iria além daquilo, então estava torcendo para funcionar.
- Bom, quem ta na chuva é pra se molhar. Ele falou vindo para cima de mim novamente.
Coloquei o dedo em cima de seus lábios e sorri.
- Me espera só mais uns minutos. Falei.
Corri de volta para dentro e vi uma cena louca e cômica. John estava cercado de rapazes, alguns bonitinhos, alguns nem tanto, e ele parecia estar se divertindo.
Fiquei olhando por alguns minutos e então puxei ele para fora. O estacionamento estava frio.
- Vamos embora.
- Por que? Não gostou?
- Não é isso. To fugindo de um garoto.
- É só me mostrar quem é o otário que eu...
- Só... Vamos pra casa. Falei.
John ficou calado o caminho e eu também. Me perguntei se ele não estava chateado por ter saído mais cedo. Eu certamente não estava. Alguém do bando dos traficantes haviam visto eu beijando o dançarino safado e a esta hora já devem estar espalhando rumores.
- Fez alguma besteira? Ele perguntou.
- Não.
- Se sentiu culpado então? Você me parece do tipo fiel.
- Bom, eu sou. Mas a ultima pessoa com quem me envolvi meio que meteu em problemas e sumiu.
John se remexeu no banco e parou no sinal.
- Então, esta sozinho?
- Completamente.
- O que ouve com o garoto?
- Essa é uma boa pergunta. Eu disse admirando a noite.
Tudo havia corrido tão bem que eu estava assustado. Geralmente, meus planos são ótimos apenas na minha cabeça.
- Ei, antes que eu em esqueça, obrigado.
- Pelo o que?
- Por me levar aquela boate e também por querer ser meu amigo.
Ele riu e apertou levemente meu braço.
- Eu não ligo para quem você beija.
Rimos ate chegar na minha casa. Fui direto para cama. Tudo que faltava era apenas uma boa noite dormida!