E aquele momento ele continuou de olhos fechados aproveitando aquela sensação de proteção, era uma coisa boa que ele sentia naquele momento, como se alguém o segurasse no colo o tirando do chão, estava mais confiante, mais calmo, um sorriso brotou naquele semblante que a poucos minutos estava confuso, Brian respirou fundo e abriu os olhos bem lentamente, e então voltou sua atenção para o pequeno livro e passou para a próxima pagina.
“Irei te esclarecer algumas coisas, mais outras você terá que descobrir sozinho. Vá há uma cabana que fica um pouco afastado de onde você senta pra refletir, não se assuste, como eu já te disse muitas coisas eu já sabia, sabe por que você se sente bem lá? É simplesmente porque eu preparei aquele lugar pra você, você pode não lembrar muito bem, pois ainda era muito novo, mais eu fui queimada por um cavaleiro que mais a frente irei te explicar melhor. Bom eu já sabia que seu pai se mudaria pra cá, eu já sabia de muita coisa. O mais importante agora é você ir à cabana, chegando lá você encontrará uma caixinha, que vai estar em uma gaveta com um fundo falso de um armário velho. Depois que encontrar o anel leia a próxima parte.”
Brian levantou-se, ele trajava uma meia que ia do pé até a altura da cintura (era uma espécie de calça.) que era bege, usava uma camisa de botões e manga longa de cor branca, e usava outra peça de roupa que mais parecia um colete que passava um palmo abaixo da sua cintura (comprimento) de cor cinza essa peça se fechava na cintura com a ajuda de um cinto de cor bege. Ele pegou a sua caixa e foi rumo a sua casa, chegando lá sua mãe estava na cozinha.
- Oi filho, o Jonathan veio aqui, eu até pensava que você estava com ele mais ele perguntou por você.
- Depois eu falo com ele, agora eu to com pressa. – ele falou isso e entrou no seu quarto, pegou uma capa cinza com um capuz, e vestiu, a capa tinha um bolso onde o jovem colocou o pequeno livro, e quando ele estava passando novamente pela cozinha despediu-se de sua mãe. – Volto na hora do almoço. – e saiu.
Já fora de casa ele colocou o capuz e saiu um pouco desconfiado olhando pros lados para ver se ninguém o observava, ele caminhou um pouco, até que chegou onde ele costumava ficar, ele pensava pra qual direção ir, não fazia a mínima idéia de qual caminho seguir, foi ai que ele sentiu uma forte intuição e escolheu uma direção, começou a caminhar por entre aqueles galhos secos, alguns de coloração preta, era tudo muito parecido, alguém se perderia facilmente ali. O jovem já estava um pouco cansado suas pernas doíam, até avistar uma cabana velha de madeira.
“Só pode ser aquela a cabana.”- pensou indo para a mesma.
Chegando em frente a cabana, Brian pos um pé no primeiro degrau que quebrou de tão frágil que tava, o barulho assustou um corvo preto que estava ali perto que vôo fazendo um som estranho assustando também o belo garoto. Ele procurou pisar com mais cuidado no chão, para não correr o risco de se machucar, chegou à porta, e a empurrou, ela abriu-se e fez um rangido. Brian entrou e procurou logo acender uma luminária que tinha na porta, fazendo isso ele segurou a o objeto com a mão no intuito de iluminar por onde andava, aquela casa tinha um aspecto esquisito, ele localizou o armário e foi em direção a ele, vasculhou as gavetas, e na ultima achou a pequena caixinha. Quando ele abriu tinha um anel de ouro com uma pedra de cor vermelha, o vermelho daquele objeto chamou muita atenção do jovem era um vermelho tão vivo da cor do sangue, e Brian ficou deslumbrado, acariciou e logo colocou no seu dedo anelar na sua mão direita. Lembrou do livro colocou a luminária do chão e pegou ele que estava em seu bolso, sentou-se e começou a ler, colocando na pagina certa.
“Se já está lendo essa pagina é porque você já achou o anel, preste bem atenção no que eu vou lhe dizer agora. Esse anel vai lhe dar um controle melhor dos seus poderes, você vai poder fazer varias coisas que nessa idade você não teria como, sem esse anel você só pode fazer o básico, como magia que envolva os quatro elementos: fogo, água, ar e terra. Mais com ele você pode ir muito mais além, pois você só não será dependente dele quando fizer seus 18 anos, você será um feiticeiro completo, mais esse anel nas mãos de um feiticeiro completo o torna mais poderoso. Mais não abuse, treine seus outros dons, estude mais sobre ervas, será muito útil. De inicio a cada magia você vai sentir um pouco de esgotamento físico, o que é normal, não se esforce muito. Agora vá pra casa, e fique de olhos abertos, não quero lhe assustar, mais é sempre bom observar bem o lugar por onde anda.”
Ele apagou a luminária e saiu fechando a porta da cabana. No caminho de volta Brian escutou um barulho semelhante a alguém pisando em galhos, mais não deu muito importância e seguiu seu trajeto, chegou a sua casa na hora marcada, exatamente na hora do almoço, sua mãe o notou mais alegre, porem ficou calada, já tinha mais ou menos uma noção do por que. O garoto cumprimento sua mãe e seguiu para seu quarto, ele estava um pouco cansado devido a caminhada, suas pernas doíam um pouco, tirou a capa e se jogou em cima da sua cama, e passou a olhar fixamente para o anel que lhe chamava muita atenção, mais logo algo interrompeu seus pensamentos, era sua mãe que o chamava para comer.
- Brian, venha comer. – disse ele na porta de seu quarto.
Brian levantou-se e assim foi para cozinha, eles almoçaram em silencio, o garoto pensava por onde começar, o que fazer, logo lhe veio na cabeça Jonathan, ele ainda não havia falado com o loiro naquele dia, e estava com saudade.
- Mãe, quando terminar posso ir à casa do Jonathan, fiquei de treinar com ele? – indagou o jovem.
- Sim só não volte tarde.
Ele terminou sua comida as pressas e seguiu para casa de Jonathan, chegando lá a mãe dele disse a Brian que seu filho já havia ido cortar lenha. Brian agradeceu e foi ver se o encontrava. Chegando ao ponto onde se cortavam a madeira, o jovem avistou seu alvo e seguiu de encontro a ele.
- Oi. – disse o Brian espantado com a expressão que o outro fazia.
- Oi. – respondeu seco.
- É. Será que dava pra gente ir conversar.
Jonathan nada respondeu apenas fincou sua ferramenta em uma lenha e seguiu para o lugar onde eles se encontravam sempre, no caminho o silencio reinava, ninguém falava nada, vez ou outra Brian olhava para Jonathan. Quando chegaram ao local o silencio foi rompido.
- Então. Pode falar.- disse Jonathan encarando Brian.
- É, desculpa por não ter ido te procurar hoje, mais eu tava ocupado, resolvendo aquele negocio. – respondeu com um semblante triste. Jonathan suspirou e disse:
- Ta, eu fiquei um pouco nervoso, pensei que você estava me evitando, mais tudo bem, deu tido certo? – indagou.
- Sim. – respondeu. – mais é tanta coisa que eu nem sei por onde começar.
- Faz o seguinte, amanha a gente ver isso melhor, eu te ajudo. – disse ele puxando o menor para um abraço.
Novamente eles escutam um ruído.
- Você ouviu isso. – disse Brian sussurrando.
- Sim. Quem será?
Eles olharam mais na viram ninguém, continuaram abraçados e conversando sobre como foi o dia um do outro, então eles sentaram no tronco e Brian contava onde tinha ido, o que descobriu, e mostrou o anel para Jonathan que teve a mesma reação de seu amigo quando o viu pela primeira vez.
Bem longe dali.
- O garoto tem o anel e os poderes da velha.
- Como assim? – indagou uma voz grave e alta.
- Ele.. ele, tem poderes. – falou um homem magro e curvado.
- Quem lhe informou isso?
- O guarda que ronda a região do vilarejo onde a filha dela vive.
- Então quer dizer que aquela velha deixou seus poderes com um garoto, isso vai ser mais fácil do que eu pensava.
- Quer que eu mande os cavalheiros.
- Não, por enquanto não, quero só que continue a observá-lo, siga todos os seus passos, vamos ver o que ele já sabe. – disse isso com um sorriso diabólicoBom mais um capitulo, sei que saiu curto comparado aos outros, mais é como já disse, meu tempo ta corrido, espero que gostem, sei que deve está chato, mais como leitor eu gosto de contos com detalhes, acho melhor de se compreender, desculpem pelos erros. Beijos... obrigado a todos que comentaram...
