A semana se arrastou parecia não mais ter fim, eu não vi o Agnaldo nem mesmo o Edgar na faculdade, eu precisava mesmo ter uma semana só pra mim, o Lucas ainda forçou alguma vezes mais deixei claro que não rolaria nada eu não conseguiria viver de restos, ainda mais se ele envolvesse outra pessoa na relação o que provavelmente aconteceria, Na sexta-feira fui para meu trabalho e já deixei minhas coisas dentro do carro, para de lá ir para minha casa eu estava morrendo de saudades da minhas coisas, e assim o fiz, cheguei na minha casa o carro do Edgar estava na porta da casa deles, o cheiro da casa da gente não tem igual, adoro minha casa e as sensações que ela me passa, tomei um banho e como era dia de correção de provas eu não iria para faculdade ficaria quietinho na minha casa assistindo tv comendo pipoca.
Fiz umas pipocas com bacon, suco e fui ver filmes até chorei assistindo Gigantes de Aço, tamanha a sensibilidade emocional que eu estava, o pessoal me ligou queria ir pra minha casa fazer uma festinha mais eu desconversei e não deixei, nunca mais ocorreriam as típicas festas na minha casa, não mesmo. Já estava no meu segundo filmes e já tinha tomado uns dois litros de suco minha campainha tocou atendi totalmente despretensioso ainda não eram nem quatro da tarde, mais para minha surpresa era o Edgar, abri a porta mais fiquei bloqueando a passagem, ele pediu pra entrar eu disse que o independente do motivo da visita o recado poderia ser dado ali mesmo na porta, sabem aquelas crianças que fazem bico quando dizemos não a um pedido? Ele fez a mesma expressão, então resolvi deixa-lo entrar...
– Porque não me disse que tinha chegado, eu teria vindo pra cá na hora, eu só vi que chegou porque seu carro está ali.
– Talvez eu não tenha dito por que não queria visitas, muito menos a sua, talvez tenha se esquecido do que aconteceu mais eu não meu querido.
– Poxa não fica me tratando assim não, eu já me desculpei um monte de vezes nem sei mais o que fazer, e sinceramente não esqueci meu corpo dói até hoje da surra que levei, também o que eu queria enfrentando um trator daqueles...
Ele levantou a camisa me mostrando as costelas estava muito vermelhas, tinha uns riscos roxos semelhantes aqueles que mulheres tem quando rompem pequenos vasos sanguíneos na perna, eu fiquei preocupado, ele me disse que o médico falou que isso era comum, e que poderia usar apenas a pomada e tomar as injeções que passaria, ficou daquela forma porque ele é muito branco, então dá a impressão que o problema é maior do que na verdade é, chamei ele pra se sentar no sofá comigo, até pra sentar ele tinha cuidado pra não arquear demais as costas fiquei com o coração na mão a impressão que eu tinha era que a culpa daquilo era minha, sendo que na verdade era dele, ficou sentado do meu lado sem falar nada, admito ele é um lorde um verdadeiro gentleman ficou quietinho vendo o filme, eu dei aquela respirada funda quando o filme acabou e decidi que iria perdoa-lo.
– Quer comer alguma coisa Edgar?
– Não, quero apenas que me desculpe por tudo.
– Já desculpei, agora esquece esse assuntou, vou te fazer alguma pra comer, uma sopa, alguma coisa solida pra dar sustância.
– Se me perdoou mesmo aceita a camisa que eu te dei de volta por favor.
– Depois traga ela, eu vou ficar com ela sim.
Ele abriu um sorriso e se jogou por cima de mim no sofá mais não tentou me beijar ainda bem que não, porque se tivesse tentado eu teria beijado, sou fraco nesse ponto, resumo ele ficou a sexta toda na minha casa, e como homem é manhoso quando esta doente, no caso dele uma surra mais o principio é o mesmo, fomos a casa dele buscar os remédios dele, a casa ainda estava limpinha, ele me entregou a camisa que estava limpinha e em um cabide no guarda-roupa dele fiquei me sentindo mal com tudo, conversamos um tempo sobre como ele iria fazer agora com o Aluguel ele me disse que tinham dois caras que queriam rachar com ele o aluguel e que ele iria aceitar, porque sozinho seria barra, era mais ou menos R$ 900,00 o aluguel realmente caro quando se mora sozinho, mais pra três pessoas dá tranquilo, voltamos pra minha casa ele deitou na cama e enquanto eu passava pomada em suas costas e massageava ele me disse que queria me contar uma coisa sobre ele...
– Pode falar o que é?
– Essa semana eu contei pra minha mãe o motivo da minha briga resumindo, agora eu to por conta própria, ela começou com aquela choradeira disse que eu não sabia o que estava falando, que não quer nem lavar minhas roupas mais ou me ver, eu sou de família evangélica então acho que se minha mãe ainda for ser sua sogra, é melhor nós evitarmos ela.
– E como vai fazer com sua mensalidade da faculdade, o carro e a casa?
– Eu tenho meia bolsa o que ganho da pra pagar as custas da casa e da faculdade, se o pessoal for morar comigo dá, o carro é quitado e meu trabalho me dá um tanque de combustível por mês, então dá pra andar bem.
– E porque foi contar isso pra sua mãe, poderia ter dito que era qualquer outra coisa, não deveria ter falado nada sabe que os evangélicos são mais conservadores.
– Eu prometi a mim mesmo que não mentiria mais sobre nada, jogaria sempre de forma transparente.
Achei triste e louvável a atitude dele, tinha subido no meu conceito, considerando que tinha caído muito ele estava agora subindo a escalas decrescentes dormimos na mesma cama no sábado eu fiquei preocupado em machuca-lo então dormimos meio longe um do outro, acordamos no domingo com o celular dele tocando ele atendeu e quando desligou levantou assustado, era o pai dele no telefone dizendo que estava indo buscar ele pra almoçar com a família, ele tomou banho na minha casa eu passei as pomadas nele, e ele foi na casa dele se arrumar e eu voltei pra cama, enquanto ele se arrumava ele me ligou perguntando se eu queria que ele apresentasse a mim aos pais dele, eu disse que não mesmo, isso só iria piorar o almoçar, era melhor deixar essa ideia pra lá.
Parece coisas armadas pelo destino mais dez minutos depois de desligar o telefone com o Edgar eu já tinha escovado os dentes a campainha tocou, eu fui atender a porta era o Agnaldo, quase cai pra tras, fiquei pensando que iria apanhar dele, na minha cabeça só passava uma coisa o numero 190. Ele foi entrando me dizendo que tínhamos que conversar...
– Pode falar Agnaldo.
– Se eu deixar minha namorada tu me da uma chance de recompensa-lo por tudo que fiz de errado?
– Isso significa o que?
Ele não falou mais nada veio pra cima de mim e me deu um beijo, totalmente diferente do beijo do Edgar porem muito mais gostoso, tomara que ele não leia esse conto, mais demoramos um pouco até encaixar o beijo do Edgar com o meu, enfim... me beijou ali na porta da sala, passava a mão na minha nuca e cabelo o controle dele no beijo é profissional me deu vontade de pagar pelo serviço dele, quando ele me soltou eu quase fui pra cima querendo mais, mas me contive...
– Olha Agnaldo, você me disse uma vez que era muito bem resolvido com sua sexualidade mais estou te achando mais confuso que o Lucas, sua mãe é um amor, ela disse que já te acha gay qual o seu problema então?
– Nunca tinha ficado com um cara, esse era meu problema, é tudo muito novo entendeu, por isso eu fico em duvida de fazer ou não.
– Sinceramente eu não acho que seria uma boa ideia ficarmos juntos, voce agrediu o Edgar, e coitado ele tem passado uma barra com remédios e tratamento por conta disso, eu preciso que vá embora pra eu pensar um pouco.
– Então já voltou a ver aquele cara?
– Já sim ele dormiu aqui em casa de ontem pra hoje.
O Agnaldo deu um soco na minha parede que me arrepiei todo, ele tem problemas em controlar a raiva, virou as costas e foi saindo, quando já chegava na porta ele voltou e me deu mais um beijo melhor que o primeiro, e saiu dizendo que ainda iriamos conversar de novo que não acabaria daquele jeito...
Respostas:
Imperador Celta... Eu li um conto chamado De Skinred a Ativo Apaixonado. E gostei da narrativa do cara, é direta e despretensiosa então decidi que usaria a mesma a leitura fica mais leve.
Amante de Séries... O Nome do estilista é Frederico mesmo, tu é de Goiânia o cara esta estourado aqui a loja dele fica no setor Marista, mais parece que no rio de janeiro tem revenda na NK Store ou coisa assim...
Jhoen... Apesar de grande a cidade a “Burguesia” de Goiânia frequenta os mesmos lugares então sempre vemos os mesmos rostos na rua, obrigado pelo link estou lendo a historia do cara e parece mesma pessoa, o que é estranho me sinto lendo um diário...
A leitora que pediu receitas, mais no final da série eu posto algumas pra vocês, de sobremesa pode ser? É minha especialidade