Passados dois meses, depois que tudo tinha acontecido.
Eu, sempre pensando no que os outros sentiam, se o que eu fizesse iria magoar alguém, mas infelizmente isso que me atormentava não mais fazia parte de mim.
Tomei uma decisão e iria começar a curtir a vida, já que não estava mais agarrado com ninguém, e deixar de pensar nas consequências, pois nessa vida estamos aqui para viver ela.
Comecei a sair, beber e numas dessas festas eu encontrei o Paulo e o Lipe juntos com duas garotas, e eu apenas ignorei e já cansado em ficar dançado me sentei em uma mesa e fiquei olhando o movimento.
Quando um garçom chega com um copo de choop e fala que um cara tinha mandado entregar, eu agradeci mas não aceitei, eu achava isso muito idiota.
— Não aceitou meu presentinho? -disse um cara não muito bonito mas dava para o gasto.
— Infelizmente não to afim de beber mais, quero apenas curtir a noite conciente. -disse olhando para o pessoal dançando.
Ele colocou a sua mão em cima da minha e falou.
— Você sabia que eu achei você muito gostoso? - ele disse olhando para mim com uma cara de bêbado.
— Olha sem ofensa mas eu acho que você não faz meu tipo, tu até que é bonito mas eu tenho certeza que você esta aqui apenas porque esta chapado, você nunca teve nenhum relacionamento com nenhum homem, não é mesmo? - eu disse me levantando.
A minha sorte foi que o cara não falou nada e eu sai dali e fui para perto da sacada do choopbar.
Sentei e respirei fundo quando escuto alguém falar, aquela voz que me fazia tremer e agora me fazia sentir uma dor no peito.
— Oi, eu acho que a noite não esta tão boa para nós. - disse Lipe sentando do meu lado - aceita uma bebida ? - Ele perguntou para mim.
— Valeu estou de boa hoje. - eu disse seco sem olhar para ele.
— Você ainda esta bravo comigo? Pensei que poderiamos ser amigos, olha eu tentei sentir algo por você mas...
— Olha nós ja conversamos sobre isso, não estou com vontade de falar de novo. - eu interrompi ele - eu não estou bravo com você, apenas achei melhor deixar você respirar um pouco.
— Eu acho que não ajudou nada, olha eu tentei beijar algumas garotas e sei la não senti nada também, bom não sei se eu estou com algum problema mas eu marquei com um psicólogo e gostaria que você fosse comigo. - ele disse dando aquele sorrisinho dele.
Eu apenas me levantei e sai dali e fui para fora, ele não iria me machucar mais.
Infelizmente sinto alguém me segurar e me puxar e eu sinto as nossas bocas se tocando, sentir tudo aquilo era muito bom, o beijo do Lipe tinha melhorado umas trezentas vezes.
Senti um arrepio nas espinhas e tudo estava tão bom quando nos soltamos e eu vi que quem estava me beijando não era o Lipe e sim o Paulo. Eu o empurrei.
— Você esta louco?
— Estou louco sim, Caio por favor da uma chance para mim cara eu juro que vou fazer você feliz. - ele disse tentando me beijar.
— Você esta bebado, olha Paulo eu ja conversei com você sobre isso...
— Então me diz que você não sentiu nada quando eu te beijei pois eu senti que seu corpo tremeu como o meu quando estou com você, olha eu não consigo mais ok?- ele disse com os olhos vermelhos eu apenas falei.
— Desculpa.
E sai dali, ual, será que minha vida seria assim, eu mesmo já estava enjoando dela.
No outro dia eu levantei atrasado e tomei um banho correndo e fui para a loja do meu primo, ele tinha me arranjado um emprego.
Eu ajudava ele na parte financeira mesmo sabendo que ele dava conta sossegado de tudo sozinho.
Pedi desculpas para ele por chegar atrasado ele disse como sempre que não precisava pedir desculpas que eu não tinha hora para chegar e eu tinha mesmo que sair e se divertir.
Bom estava ali no escritório comparando as vendas do ano passado com os meses desse ano, quando uma atendente fala para mim que tinha alguém querendo falar comigo.
Quando saiu para ver quem era, fico até surpreso por a loja estar tão cheia, isso era ótimo. ( Até eu descobrir o que iria acontecer).
Vou conversar com o tal cliente quando dou de cara com o Paulo de terno em um dia ensolarado. Com um óculos escuro, assim que ele me vê ele tira o mesmo.
— Caio? Oi, bom... Podemos conversar? - disse Paulo parecendo aquelas crianças quando vão aprontar alguma coisa.
— Ok, vamos para o escritório - eu disse me virando.
Não queria conversar com ninguém, muito menos o Paulo.
— Jonas, eu acho que não vai precisar, olha eu fiquei a noite inteira pensando em como aquele beijo de ontem foi perfeito, ou como quando estou do seu lado me sinto um homem completo, eu Juro por tudo que é mais sagrado que eu nunca pensei que na minha vida iria gostar de nenhum Homem, mas desde aquele dia em que trombamos e eu me sujei de café eu simplismente me apaixonei por você, mas eu fiquei com medo do que estava acontecendo comigo, e comecei a querer fazer você sofrer assim pensando que meu amor por você fosse acabar.
" Mas foi aumentando e quando eh vi você com o Bruno isso me machucou tanto por dentro que eu fiz aquilo onde quando você me olhava na cara eu via o despreso mas isso em vez de diminuir aumentou o que eu sentia. Eu não sei o porquê, mas tudo que eu sentia por você foi simplismente amor, e não suporto mais tanto isso, olha Caio... - ele disse se ajoelhando na minha frente.
E todos da loja estavam ali em volta de nós, alguns filmando e eu ali pensando. " Paulo levanta desse chão e para com essa palhaçada."
Droga ele não poderia estar fazendo isso comigo, não desse jeito.
— Paulo por favor levanta - eu disse baixo apenas para ele escutar.
Mas ele continuou.
— Você aceita a namorar comigo?
…
[...]
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Continua…
Agradecimentos:
S2 Marcelo S
diiegoh'
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beel fernandes
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