Sobre Nós - Parte 25

Um conto erótico de Roitfeld
Categoria: Homossexual
Contém 622 palavras
Data: 16/06/2013 06:57:52
Assuntos: Gay, Homossexual

´´Cada pessoa que passa em nossa vida, passa sozinha, porque cada pessoa é única e nenhuma substitui a outra. Cada pessoa que passa em nossa vida passa sozinha e não nos deixa só, porque deixa um pouco de si e leva um pouco de nós. Essa é a mais bela responsabilidade da vida, é a prova de que as pessoas não se encontram por acaso``

Charles Chaplin.

A vida as vezes pode ser dura e nos pregar peças tão cruéis que nem nós sabemos porque. Gustavo não queria acreditar que aquilo estava realmente acontecendo, que Leandro tinha mesmo morrido. Ele queria que tudo aquilo fosse apenas um pesadelo e que ao acordar encontraria seu grande amor bem e seriam felizes juntos para todo o sempre.

- Gustavo, acorda Gustavo – disse Ricardo.

- Ricardo, me diz que é tudo mentira – disse ele desesperado, depositando em Ricardo todas as esperanças de sua felicidade.

- Como eu queria que fosse mentira Gustavo, como eu queria – disse ele com a voz embargada.

- Então não foi tudo um pesadelo?

- Infelizmente não, mas, vamos se não atrasamos o velório.

- Por que Ricardo? Por que o Leandro tinha que morrer?

- Eu não sei Gustavo, também estou completamente destruído.

- Sabe eu ia pedir seu irmão em casamento, queria ficar junto dele para sempre, já tinha até comprado as alianças, eu ia fazer o pedido na segunda quando estivéssemos a sós.

- Eu tenho certeza que ele iria aceitar, ele te amava tanto Gustavo.

- Ele era um ser humano incrível, ele morreu para salvar a vida do meu filho – disse ele chorando.

Tantos planos feitos que nunca mais vão se realizar, tantos sonhos despedaçados, tudo que Gustavo havia construído desapareceu de repente com a morte de Leandro. Ao chegar ao velório não houve como não sentir uma enorme dor ao ver seu grande amor deitado no caixão frio, sem vida. Aquela imagem doía muito, pois era a confirmação de que ele jamais voltaria às lágrimas desciam pelo seu rosto.

- Gustavo – disse Álvaro.

- Pode falar – respondeu ele.

- Eu posso te dar um abraço? – perguntou ele.

- Pode – respondeu Gustavo ainda surpreso com o pedido.

- Eu queria te agradecer.

- Pelo o que?

- Por você ter dado ao meu filho a maior dádiva que um ser humano pode receber nessa vida: o amor. Ele te amava muito, você não sabe como me arrependo de não ter percebido como era bonito o amor de vocês – disse Álvaro enquanto as lágrimas desciam por sua face.

- Sabe Álvaro só com o Leandro eu conheci o que realmente é amar alguém de verdade.

- Eu espero mesmo que você possa ser feliz novamente Gustavo, mas, deixa ver como a Fátima está – disse ele indo em direção a mulher.

Todo aquele velório estava tornando-se pesado demais para ele, a dor que sentia dentro de si, que sentia em seu coração era algo inexplicável. Se Gustavo ficasse mais um minuto naquela sala iria enlouquecer, então decidiu sair para poder respirar melhor. Na parte externa do cemitério não havia lápides, todos os caixões eram gramados por cima. O espaço parecia um imenso campo de golfe.

Enquanto divagava em seus pensamentos, lembrava dos bons que ele e Leandro viveram juntos. Do dia em que se conheceram, do primeiro beijo, da primeira vez que fizeram amor, Gustavo fora o primeiro e único homem da vida de Leandro, de todos os momentos felizes, da doçura e ternura de seu amado, e da sua bondade coisas que o transformavam em um ser especial.

- Por que você me abandonou, meu menino, por quê? – perguntou ele olhando para o céu não conseguindo conter as lágrimas.

- Gustavo, vamos que já vão fechar o caixão – disse Ricardo.

Os dois entraram para dar seu último adeus a Leandro. Continua...

Espero que gostem e que comentem. Abraços.

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Comentários

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estou tao abalado q nao consigo nem falar to mt triste,INJUSTIÇA

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Porque? Como assim ele morreu msm? E a história vai fik como?

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