succubus

Um conto erótico de sshthtr
Categoria: Heterossexual
Contém 1902 palavras
Data: 18/06/2013 20:43:27

Pela janela panorâmica do “santuário” no vigésimo quinto andar, “Seu” Mendonça, como lhe chamavam todos os funcionários da Dufran, podia contemplar boa parte da capital paulista. Voltada para Sudeste como estava, dava vista para a região dos Jardins, Pinheiros e Itaim Bibi que o diretor do conselho deliberativo da companhia, Luís Felipe Mendonça, considerava sua propriedade particular e território de caça.

Normalmente gostava de “trabalhar” até tarde no seu escritório na “companhia” da sua secretária, uma moça que fora escolhida mais por sua aparência física do que por sua competência administrativa, mas naquela sexta-feira à noite Seu Mendonça tinha dispensado a fogosa Srta. LaFace. Alguns amigos importantes na Câmara Municipal lhe haviam indicado uma “Agência de Modelos” que abrigava algumas das melhores e mais caras profissionais do prazer do estado e aquela noite ele encomendara uma das garotas para aquele horário. Os seguranças da Dufran já estavam acostumados as reuniões de “negócios” de Seu Mendonça que costumavam se estender até o dia seguinte e não ousariam se intrometer na vida particular do patrão.

Mendonça tinha cinqüenta e dois anos de idade e seus cabelos outrora negros como o corvo, agora eram brancos, mas seus olhos atentos conservavam a cor cinza escura de outrora. Na sala adjacente ao seu escritório havia equipamento de musculação e uma máquina de bronzeamento artificial responsáveis pelo corpo malhado e acobreado do homem forte da Dufran.

Naquele momento, contemplando seus domínios e aguardando a chegada da sua companhia, Mendonça sentia-se como um daqueles imperadores romanos que eram tidos por divinos por seu próprio e ignorante povo.

Desde que se formou Bacharel de Direito até um lugar na capitania da Dufran e o cargo de Assessor Técnico de Suporte Administrativo do C.F.V. da Câmara Municipal de São Paulo, Seu Mendonça passara por maus bocados, cometera inúmeros erros e aprendera com cada um deles. Angariara amizades importantes em Brasília e uma considerável fortuna pessoal graças a sua astúcia e seu inestimável pendor para a intriga. Recentemente conquistara o título de Intendente da Cúpula Sagrada, em uma determinada ordem secreta chamada por seus membros de Sociedade de Hágora, que para Mendonça nada mais era do que um clube secreto dos ricos e despudorados.

A grande verdade sobre Mendonça é que ele durante toda a vida fora um Casanova, um conquistador de mulheres que se apoderava de títulos e angariava fundos para o sustento da sua vida sexual. Tudo o que construíra servia a um único propósito: impressionar garotas e leva-las para a cama.

Uma batida discreta nas enormes portas do seu escritório interrompeu suas reminiscências. Com sua ainda potente voz, Mendonça mandou a pessoa entrar.

Ainda de costas para a porta, contemplando a paisagem urbana a sua frente, Mendonça ouviu as portas se abrirem e passos delicados no assoalho de carvalho do escritório.

Ao se voltar soltou um suspiro impressionado e excitado: a sua frente estava uma das adolescentes mais encantadoras que ele já tinha visto, e ele já as tinha visto em todas as partes do globo.

Vestia uma camiseta tingida de preto cheia de desenhos feitos de nós, calça jeans e sandália, tinha cabelos loiros compridos e prendia a franja com um grampo, carregava uma bolsa de náilon a tiracolo.

“Devo agradecer Siqueira pela dica”, pensou.

— Qual é o seu nome, menina? — perguntou Mendonça, mal contendo sua libido.

— Anna, senhor.

Sua voz tinha uma cadencia tão melodiosa que por um instante Mendonça pensou tê-la ouvido cantar a resposta.

— Venha cá, Anna. — seus olhos passeavam pelo corpo da menina. Seus seios apontavam para frente, os bicos duros, ameaçando furar a camisetinha fina.

Era mais baixa que Mendonça, parecia pequena e frágil diante da enormidade do escritório dele. Por um instante o velho vacilou:

— Então a Agência mandou você aqui, heim?

— Sim, senhor.

— E… Você sabe o que deve fazer?

Anna corou visivelmente. Parecia tímida, o que excitou o velho ainda mais.

— Sim, senhor.

Estranhamente Mendonça se sentia mais paternal, apesar de sua vasta experiência com rameiras e seus truques, ele se sentia particularmente atraído por aquela.

— Deixe sua bolsa naquela cadeira, filha.

Ela se voltou e Mendonça pôde apreciar sua bundinha redondinha e arrebitada, evidenciada pelo jeans justo.

Sentou-se na sua confortável cadeira e ficou a imaginar o restante da noite.

— Muito bem, querida. Agora venha aqui, por favor.

— Sim, senhor.

Anna deu a volta pela enorme mesa, ainda de maneira tímida e hesitante. O velho acompanhava a menina como um lobo espreita sua presa. Quando ela chegou até seu lado, deu umas batidinhas na própria perna e disse:

— Aqui, filha. Sente-se…

Assentindo com a cabeça, com um meio sorriso no rosto adolescente, o que enterneceu o coração de Mendonça, a menina sentou-se na perna do empresário. Apesar de toda a aparente timidez, ela encarava o velho com bastante ousadia.

Outra vez, Mendonça sentiu uma pontada de emoção a surgir no peito. De uma maneira estranha como nunca havia acontecido antes com uma prostituta, ele sentia uma intimidade extasiante com relação àquela menina. Era quase como saudade, como ver um rosto há muito esperado, há muito perdido de alguém muito querido.

“Eu acho que agora sei”, pensou Mendonça, “Realmente penso que sei como é o Amor À Primeira Vista”.

Tomou seu rosto entre as mãos trêmulas e balbuciou encantado:

— Meu Deus, Anna. Você é linda.

Ela sorriu agradecida e corou de novo.

— Obrigada.

Mendonça aproximou-se para cometer um erro, ou aquilo que ele sempre considerara um erro. Ele queria lhe dar um beijo. Ela simplesmente abriu a boca deixando sua língua entrar, fechando os olhos e curtindo o momento. Sua boca era quente, foi a primeira coisa que ele percebeu. O beijo foi ao mesmo tempo terno e selvagem. Ele afagava seus cabelos enquanto sua língua trabalhava incessantemente dentro daquela boquinha quente e ferina.

Durante alguns minutos eles se beijaram e quando pararam parecia que suas línguas não queriam se separar.

Ela parecia feliz e Mendonça se perguntou porque desejava tão ardentemente faze-la feliz, porém sem resposta.

Abraçou a menina sentindo a rigidez dos mamilos contra seu peito. Excitado passou a mão na sua bundinha linda e sentiu ela empina-la ainda mais.

Enlouquecido pelo tesão o velho ergueu a menina sentando-a na mesa tirando suas roupas de maneira apressada.

Anna sentiu que o velho lhe penetrava, sentiu sua vitalidade e o sangue que fluía pelo seu pênis para deixa-lo rígido. Tocou-lhe a garganta e sentiu o fluir do vitae pelas veias e artérias. Seus olhos passeavam pelo corpo desnudo de Seu Mendonça que lhe parecia apetitoso com toda aquela hemoglobina dimanando por ele.

— Como você deve ser gostoso, Seu Mendonça.

— Quer experimentar, Anna?

— Quero sim…

Anna sentiu o humano tirar o pênis de dentro dela e tomou-o na mão com um ar de satisfação, o velho lhe sorria.

Mendonça viu a adolescente ajoelhar-se no chão com seu membro em suas mãos macias, parecia que gostava de tê-lo nas mãos. Sentiu uma emoção forte ao vê-la aproximar seu pênis daquela boquinha de anjo.

Quando a sua língua tocou o falo cheio de sangue do humano, Anna sentiu um prazer parecido com o de um homem faminto ao sentir o cheiro um prato apetitoso.

Nunca Mendonça sentira aquelas sensações antes, nunca tinha visto alguém gostar tanto daquilo, nem a mais depravada das prostitutas daqueles obscuros e exclusivistas bordéis de Madagascar. Os movimentos que aquela garota fazia com a boca faminta, quente e ávida eram tão extasiantes que ele não conseguiu conter o orgasmo brutal.

Jatos de esperma molharam todo o rosto de Anna que sorria maravilhada. Nem o cheio forte daquele liquido nojento eram capazes de suplantar o cheiro doce do sangue no membro daquele humano.

De repente Mendonça viu seu escritório dar um giro louco e sentiu o impacto de algo duro nas costas. Quando deu conta, estava no chão com Anna a lhe cavalgar. Ela rebolava, gemia alto e lhe dizia coisas que só de ouvir quase o levavam ao orgasmo novamente. Quando finalmente gozou, foi dentro dela.

— Não se preocupe, Seu Mendonça. Eu já me preveni, pode gozar dentro.

Anna queria tirar daquele humano toda a virilidade e só depois se alimentaria. Excitava-o novamente, transava em uma posição diferente e esperava que ele gozasse. Durante uma hora e meia ficou brincando com o velho Mendonça, vergava o corpo, ficava de quatro, abria as nádegas para o velho penetrar-lhe, saracoteando, rebolando, falando obscenidades para mantê-lo estimulado e sorvendo sua gala a cada orgasmo.

A doce criatura por quem o velho pensava estar apaixonado, a menina que corava ao ouvir a menção de sexo agora se mostrava um demônio, uma vadia do inferno com tal furor uterino que roubava toda a masculinidade de Mendonça.

Quando Seu Mendonça não tinha mais forças para canhonear o bruto no interior das suas carnes molhadas, Anna começou a cavalga-lo. Ele sentia-se devorado pela adolescente que cavalgava insanamente no seu membro, começava a ouvir rosnados, uivos, chiados e vozes estranhas.

Olhou para a parede e viu correntes enferrujadas dependuradas em uma grade negra. Voltou seus olhos para a janela panorâmica e viu a cidade em chamas. No teto, em meio à escuridão, olhos vermelhos o fitavam.

Quando Anna sentiu que havia esgotado todo o esperma e a libido do velhote saiu de cima do seu pênis flácido e sorriu para ele:

— Já acabou velho? Não tem mais nada para mim?

Mendonça ainda gaguejou uma resposta, mas Anna tapou sua boca com a mão melada de esperma. O cheiro forte penetrou em suas narinas e o líquido se insinuou por seu queixo. Uma lágrima solitária de dor, desespero e vergonha foi derramada.

Sentiu Anna tocar-lhe o peito, beliscar seus mamilos e entoar um mantra em uma língua estranha.

Os estranhos olhos vermelhos no teto escuro pareciam brilhar com mais intensidade, os uivos, os rosnados pareciam ficar mais próximos e um medo ancestral apoderou-se de Mendonça.

Viu a menina-demônio abaixar a cabeça e parecia que seu coração iria explodir, quando a adolescente começou a beijar e lamber seu torso. Um calor fluía de todas as partes do seu corpo como que impelido pela língua de Anna. Seus membros ficavam gelados e duros na medida que a costumeira calidez lhes abandonava.

Anna começou a descer, lambendo o corpo do humano, levando consigo o sangue que corria contra a natureza, para a sua boca faminta. Desceu até o pênis do velho, flácido e desprovido de tato.

Quando pegou nele e começou a masturba-lo, Mendonça sentiu uma onda de prazer e o sangue roubado das outras partes do seu ser, inundaram o membro endurecendo-o novamente.

Anna tinha no rosto de anjo uma expressão extremamente depravada enquanto masturbava o humano com mais força. O fluir do sangue a deixava louca de fome e tesão.

Olhou para o velho e perguntou:

— Posso chupar?

Sem esperar uma resposta meteu-o na boca e começou o movimento de vai-e-vem, trabalhando com os lábios e a língua no falo duro. O sangue começou a romper os vasos sanguíneos e espirrar tanto pelos poros da pele quanto pelo canal da uretra invadindo a boca da vampira e descendo por sua garganta.

Ao terminar, a menina-demônio olhou para o corpo seco e retorcido de Mendonça e disse:

— Obrigada e adeus.

Caminhou altiva até a porta, sem deixar impressões digitais, nem nada que a equipe de procedimento forence da polícia de São Paulo pudesse averiguar. A onda de assassinatos similares varreu o Brasil, mas estranhamente nunca nenhuma nota jamais foi publicada em nenhum dos grandes jornais da Capital.

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