Corremos para o hospital, eram 03:32 da madrugada, minha mãe me olhava sendo levado pela maca até o centro de cirurgia, ela estava apreensiva, não deixava de mexer nas fileiras de seu cabelo castanhos, ela roia a unha e chorava ao telefone com meu pai.
-É, é, ele começou a sangrar muito, Carlos, eu não sei se vou aguentar ficar aqui sem você, se acontecer algo de mais grave, que Deus o livre, e você estiver em São Paulo?
-Será que é o lugar que esta o fazendo mal?
-Não, de jeito nenhum. O medico disse que se ele estivesse em São Paulo a situação seria 3 vezes pior
Minha mãe deu um longo e demorado suspiro sobre o telefone enquanto andava pelo quarto como se estivesse perdido alguma coisa.
-Tá tudo bem, mãe, já estou me sentindo melhor.
Estava mentindo, não estava nada bem. Meu pulmão havia se enchido de sangue novamente, minha respiração estava uma merda, meu rosto pálido e gelado como um sorvete de creme, meus lábios estavam azuis e ressecados. Aquele foi o momento mais triste que já vivi, minha mãe estava com o telefone grudado no rosto enquanto tentava disfarçar as lagrimas que saiam como chuva de seus olhos castanhos, ela o apertava tão forte contra suas bochechas coradas, como se esperasse que meu pai fala-se que um milagre havia acontecido, que ele havia achado um medico competente o bastante para me tirar aquela doença.
Por breves momentos fiquei apenas observando o que acontecia no quarto; a aurora no céu, as lagrimas no rosto de minha mãe, o frio congelante que se distribuía em formato de nevoa lá fora. Tudo, tudo, tudo me empurrava para o choro. Tive que ser forte, limpei as pequenas lagrimas que vazaram do meu rosto e entrei naquele casulo que eu mesmo havia criado a um bom tempo atrás, aquele casulo que eu entro e finjo não estar acontecendo nada e esqueço do passado e do futuro, aquele mesmo futuro que eu não terei ou que eu luto insistidamente para ter.
Minha mãe, sem ter o senso do ridículo, quis ligar para Lucca para avisa-lo que eu fui internado novamente, porque ela fez aquilo? Lucca não era da família, não era amigo, era apenas um conhecido do qual minha mãe esta começando a criar um obsessão maluca, daquele tipo que só as mães pessoas com câncer consegue ter.
Lucca entrou e desespero e avisou que estaria indo passar a noite com a gente no hospital. Só era o que me faltava. Aquele gosto ferroso saindo de dentro de mim e o sangue no meu lábio seco e azul -por causa dos hematomas que a minha doença ocasiona- fizeram minha mãe ficar louca, ela não conseguia dormir, deitou ao meu lado e agarrou meu braço, assim como eu fazia quando tinha 3 anos, ela chorava baixinho achando que eu estava perdido no mundo da musica apenas pelo fato de eu estar usando um fone de ouvido, mal sabia ela que eu escutava tudo, desde seus soluços até suas lagrimas mornas em contato com minha pele.
Lucca chegou suando, o cabelo loiro se resumia em uma massa compactada dourada na cabeça. Ele estava tremendo, usando o tipico moletom da GAP e os tenis All Star vermelho.
- O Caique esta bem?- ele parecia tão apreensivo por um garoto que conheceu ontem.
- Sim Lucca, ele esta melhorando.
Lucca veio até perto de mim e me observou com as duas pequenas bolas de gude brilhantes que eram seus olhos. Ele franziu a testa mudando suas feições rapidamente, contraia os olhos como se eles estivessem "sorrindo" para mim e soltou um grito abafado e baixo enquanto se apoiava no chão.
-O que aconteceu?- os olhos dele estavam brilhando e as lagrimas escorreram por suas bochechas coradas.
-O que aconteceu com você, Caique, por que esta com o rosto roxo? Porque não me respondeu a verdade quando eu perguntei o que tinha?
-Não queria te incomodar com minha pequena doença.
-Não queria o que?- ele limpou as lagrimas como se estivesse embaralhando seu rosto- Você devia ter me contado...
-Vou deixa-los a sós- minha mãe saiu do quarto rapidamente.
Ela esperava que Lucca brigasse tão feio comigo que eu tomaria vergonha na cara e começaria a falar para todo mundo da minha doença.
-Qual a diferença? você não é meu amigo, não é meu irmão, nem meu tio.
-A diferença seria que eu não teria me apaixonado tanto por esse seu sorriso falso, nem por esse seus cabelos encaracolados, muito menos por esses seus olhos cor de mel- por minutos permanecemos calados, os dois, tão perto e tão longe ao mesmo tempo.
-Como assim?
-Não faria "diferença" se eu explicasse, e eu não quero ser seu amigo...
Lucca era um garoto que me deixava louco em todos os sentidos, minha vontade era de pular da cama e o empurra-lo no chão, enquanto metia meu pau bem no fundo da bunda dele.
-Vou embora...- ele abriu a porta e foi para sua casa.
Olhei para os lados e senti que havia acabado de perder algo que poderia ter se transformado em mais que amizade, talvez uma paixão. Me senti tonto quando o vi sair por aquela porta, como se o meu sol acabasse de ser apagado, olhei para o chão do quarto e me lembrei de uma frase de nosso querido amigo, Confúcio:
"Quem não sabe o que é a vida, como poderá saber o que é a morte?
-Confúcio"
E foi ai que percebi que estava a beira da morte e ainda não havia vivido nada, foi ai que percebi não podia deixa-lo fugir por entre meus dedos, foi ai que eu percebi que tinha que me levantar daquela cama se não perderia a unica chance que tinha de um dia tocar em outro menino. Levantei-me cambaleando da cama e arranquei todos aqueles fios conectados ao meu peito, fui mancando até o corredor onde Lucca já estava entrando no elevador.
-ESPERA!- gritei levando a mão ao ar como se pudesse impedi-lo com o poder da mente.
Ele virou o rosto para mim e franziu a testa -oh meu deus, como eu amava quando ele franzia a testa-, ele correu para me ajudar a ficar de pé. Colocou os braços em volta de meu ombro e me segurou para não cair.
-O que houve? você sabe que não pode sair da cama.
O puxei até o canto escuro do corredor o empurrando contra a parede, não estava em mim naquele momento, estava perdido nos olhos azuis daquele garoto.
-Eu também não te quero como meu "amigo", quero como algo mais forte.
Ele se empurrou contra mim amassando os labios contra os meus, abri a boca, pela primeira vez para que uma linguá a invadisse, não precisava fazer nada, Lucca comandava nossas linguás dentro de nossas bocas. Ele agarrou com as pequenas mãos meu colarinho e pressionou mais meu rosto contra o dele. Passei as mãos no cabelo úmido dele, o cheiro de shampoo da Disney adentrou nas minhas narinas.
Foi naquele momento que eu percebi que minha estoriá não era triste, que meu coração estava batendo naquele momento por apenas um motivo, o motivo obviamente era Lucca com toda a sua graça, seu sorriso branco, suas mãos pequenas, seu corpo bonito. E eu poderia gravar aquele momento em que nossas línguas se misturavam, que nossas babas se juntavam em uma só, e os assistir repetitivamente para o resto da minha miserável vida -que não demoraria tanto para acabar-.
Quando paramos para respirar percebi que os lábios dele estavam com sangue, meu sangue, aquilo poderia simplesmente acabar com todo o desejo que ele podia ter sobre mim, e todos os planos idiotas que eu fiz sobre minha estória ser feliz seriam descartadas e jogadas diretamente na lata do lixo.
-Seu sangue tem gosto de ferro- ele disse com um sorriso.
Luccas encostou os lábios nos meus novamente mas não introduziu a lingua na minha boca, na verdade ele contraiu os lábios para fazer o tipico *plac* que os selinhos fazem quando acabam. Virou de costas e voltou ao corredor principal, se virando e acenando para mim enquanto entrava no elevador. Eu estava usando aqueles roupões descartáveis e uma samba canção que não disfarçava o volume de minha ereção. Voltei ainda mancando para o quarto, nele minha mãe me esperava com a mão no peito e algumas enfermeiras estavam junto a ela...
-Viu? seu filho só foi tomar um arzinho Sra. Hurst, é elementar que ficar preso nesse quarto 24 horas por dia não seja muito legal para um adolescente de 16 anos.
-Ele nem avisa nem nada- minha mãe coçou a testa-, fiquei muito preocupada com você, filho.
-Tá tudo bem.
Me deitei na cama novamente com um sorriso que fez meus lábios secos racharem de tão largo e grande no meu rosto. Esperei as enfermeiras recolocarem os fios do monitor cardíaco que voltaram a fazer a linha verde subir e descer com cada pulsação do meu coração. A enfermeira disse que os batimentos estavam um pouco elevados, mas nada para se preocupar... Meu coração estava sentindo os efeitos daquele doce beijo nos lábios de mel daquele loirinho.
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Sentado no chão de casa, fiquei a imaginar se ele sentia o mesmo por mim, cheguei a me questionar se ele também havia pensado no beijo a madrugada inteira, até conseguir dormir e quando o tivesse, se havia sonhado comigo assim como eu sonhei com ele. O jeito marrento quando andava, os furos das covinhas em sua bochecha. Tudo, tudo me fazia querer envolve-lo em meus braços e beijar a boca vermelha e carnuda dele.
Submerso na banheira de água quente voltei a me questionar se Lucca também sentia o que eu sentia, se ele também estava me vendo em tudo, assim como eu o via em tudo (desde a embalagem de shampoo vermelha da mesma cor do all star, até a parede azul da mesma cor que seus olhos), não havia para onde fugir, eu estava totalmente e incondicionalmente apaixonado por um menino no qual eu só vi duas vezes, e uma dessas vezes foi beijando-o de língua.
No jantar o assunto era apenas eu e como eu havia melhorado desde minha ultima ida ao medico, minha mãe mal sabia que o que estava me curando não era a Termoquelina, mas sim aquele beijo que me torturou todas as noite nos meus sonhos eróticos com Lucca.
No dia seguinte Lucca veio jantar conosco, fiquei com um sorriso grudado na cara toda a janta. A cada palavra que saia dos lábios vermelhos de Lucca ocasionava em uma risada da minha mãe, Lucca de longe era do tipo mais sociável de pessoa, daquele tipo que faz todo mundo o ama-lo, mas que era capaz de amar poucos.
-Vocês tomam algum tipo de remédio para beleza ou sei lá?- ele perguntou para a família, enquanto fatiava o pedaço de bife no prato branco.
-Não...- minha mãe disse estranhando e rindo.
-Pois sua família é linda, pelo menos você e o Caique sim...
Ele soltou um rápido sorriso virando-se para mim que atravessou a mesa e foi se alojar diretamente no meu peito.
-Oh, obrigado...
Me levantei da mesa com raiva, fui para a varanda, Lucca não se moveu da mesa. Tive que sair para não acabar mandando ele ir tomar no cú ali mesmo. Como assim o menino vem me chamar de lindo na frente da minha mãe.
-Tá tudo bem, filho?
-Sim, mãe, só deu uma ânsia de vomito.
-Vou ver como ele esta, Sr. Hurst
Lucca se levantando da mesa e entrou na porta que dava para a saída da casa.
-Sentiu saudades dos meus lábios?- ele sentou no sofá gelado.
-Você é idiota?- sussurrei- vem me chamar de lindo na frente da minha mãe?
-Por que? não posso? tem vergonha de ter me beijado?
-Não...
-Então o que é? Não se assumiria se estivesse me namorando?
Lucca se levantou do banco e passou a mão por entre meus cachos capilares e as apoiou na minha nuca, puxando-me em direção a ele. Nos beijamos novamente e eu pude perceber que ele sentiu mais saudades que eu- percebi pelo beijo que tirou nossos fôlegos-. Os lábios dele tinhas gosto de coca cola, provavelmente por causa do copo que ele acabara de tomar. Lambia a boca dele como se aquela fosse a ultima vez, o empurrei em cima do sofá . Apertei suas duas bochechas ao mesmo tempo com apenas uma mão, fazendo-o fazer um biquinho que me fez tremer de tesão, lambi o biquinho que ele mostrava orgulhoso, como um puta mostra sua bunda nas avenidas.
Fomos interrompidos pelo grito de minha mãe:
-Tá tudo bem ai em cima?
-Tá sim, mãe, já estamos descendo.
Larguei a bochecha dele e me virei em direção a porta.
-Te amo.
Aquelas duas palavras que saíram dos vermelhos lábios de Lucca me atingiram mais forte que 2 balas de uma espingarda, diretamente nas minhas costas.
-Eu também te amo- aquelas palavras selaram para sempre nossos destinos, estávamos agora misturados como um só...
Lucca convenceu minha mãe a me deixar dormir na casa dele essa noite, aquilo foi a primeira gota de liberdade que minha mãe havia jogado para mim durante todo esse tempo. Lucca realmente tem um jeito todo especial de falar com alguém, fazendo com que fizessem que ele quer, ou ao menos fingir que estavam fazendo só para ver as covinhas aparecerem em sua bochecha junto aos dentes brancos.
"Mas que casona" pensei comigo mesmo.
Lucca nem quis que eu visse os pais dele, só me levou para o quarto e avisou que tinha visita, trancou o quarto e arrumou a cama enquanto eu tomava banho.
Minha surpresa foi imensa ao ver Lucca deitado em uma cama de casal, ele dava batidinhas no outro lado da cama como se dissesse "é aqui que você vai dormir, comigo", pulei com toda a força e energia de uma criança de 8 anos, me cobri com o lençol de lã caseiro, virei do lado contrario a Lucca. Ele tocou em minhas mãos e as puxou com toda a força para o seu lado, me fazendo virar de bruços, me arrumei atrás dele encaixei minhas pernas nas pernas levemente flexionadas dele, enfiei meu rosto por dentre seu pescoço e beijei sua orelha, enquanto o abraçava por trás.
Aquilo era um sonho? Se fosse eu não queria acordar nunca mais, queria ficar apenas o abraçando para sempre, para todo o sempre, nunca cansaria nem resmungaria nem nada do tipo, só queria ficar com ele, ali naquela cama quentinha que tinha o cheiro delicioso dele espalhado por toda ela.
-Boa noite, amor.- ele disse beijando meu punho.
-Boa noite.
Eu não queria dormir, minha ereção dizia por mim. Coloquei minhas mãos sobre a coxa dele. Ele suspirou fundo se virou e arqueou a sobrancelhas, enquanto mantia seus olhos azuis virados para mim.
-O que foi? A gente nem se conhece direito e você já quer me agarrar.
-Não é is...
-Eu não sou um prostituto.
Ele se levantou da cama e andou até a porta, destrancou-a e olhando para o corredor, virou a cabeça de um lado para o outro na procura de alguém.
-Eles estão lá embaixo- disse se virando e trancando a porta novamente -sorte sua...
Pulou em cima de mim e pegou um creme hidratante na gaveta em cima. Colocou as duas pernas em volta do meu corpo e empurrou meu peito contra a cama. Eu amava aquele jeito com que ele conseguia comandar tudo. Desbotou a parte de cima do meu pijama, passando as mãos sobre minha barriga e meu peito. Ele queria sentir cada centímetro do meu corpo, e eu queria beijar cada parte daquela pele pálida. Lucca hipnotizava qualquer um com seus olhos azuis quase transparentes. Tirou as calças e se apoiou na cabeceira da cama, jogando as pernas para o ar em formato de V. Pegou o pote de hidratante e o apertou em suas mãos, depois com a mão melecada passou em volta do anel de seu anûs, pressionou os dois dedos no canal anal para abrir o caminho -ou para me deixar mais excitado-, ele gemia baixo para os pais não escutarem. Me olhava enquanto virava os olhos.
-Vai de vagar, sou virgem- ele disse em um suspiro.
Eu já não estava mais em mim, peguei suas coxas e as apoiei no ombro, meu órgão já estava duro. Tive que um leve espasmos causado pela excitação. Apoiei minhas duas palmas da mão na cama. Lucca arrumou meu órgão mirando-o diretamente na entrada de seu anus. Ele lambia e mordia as duas pequenas pimentas que formavam sua boca de um jeito que me fez ter outro espasmos sexual. Puxei seu cabelo com ferocidade para trás e beijei seus lábios já quentes de tanto ele ter mordido. Enfiei meu penis tão forte que vi seu olhos perderem a vida, o vi ficar catatônico por alguns minutos, seus olhos sem expressão alguma, e seu lábios vermelhos meio abertos com uma pequena parte de sua linguá rosa para fora. Ele soutou um gemido de dor que em meus ouvidos, tampei sua boca rapidamente com a mão, antes que o grito pudesse ser ouvido pelos seus pais.
-Lucca, que merda é essa?
-Vai de vagar
Ele suspirou fundo, estava lacrimejando mas queria sentir meu pau adentra-lo, ele queria me sentir dentro dele como se fossemos um só. Me olhou com um olhar fatal e cravou suas unhas curtas nas minhas nádegas, empurrando-me para perto dele. Sentia suas perna bater em meus pentelhos, me deitei sobre ele e beijei sua boca, lambendo aqueles dois lábios seduzentes, lambendo o pescoço dele, e beijando cada parte de seu rosto de deus grego, desde os olhos até ao o queixo.
Ele mexia em meus cachos, fazendo o cafuné mais gostoso que eu já havia sentido na vida. Ele mexia sua língua com a minha, fazendo uma massagem que eu não queria mais deixar de provar, aquela linguá era macia como uma nuvem e quente como uma pimenta.
Mordia meu músculo deltoide a cada vez que eu penetrava meu pau em seu corpo, me olhava com aquelas duas bolas de gude brilhantes. Senti cada músculos do meu corpo se contraírem, minhas pernas se endurecerem e soltei o meu liquido nele, misturando-me a ele para sempre. Logo após meus músculos se relaxaram, e eu caí para trás, olhando para cima.
Lucca também não se levantou, ficou com as pernas moles sobre as minhas, olhando para o teto do quarto.
Não falamos nada. Ele se levantou com as pernas tremulas, caindo para o lado, andava estranho como se estivesse assado, vi meu esperma escorrendo em suas pernas, ele pegou uma toalha e foi para o banheiro.
-Você não vem?- perguntou ligando o chuveiro.
Me levantei calado, entrei no box do banheiro, olhando a água se misturar ao sangue que escorria de suas pernas. Eu havia machucado ele. Ele pegou o sabonete esfregou nas mãos e a passou pelo anûs. Levantou a mão suja de sangue e a virou para mim.
-Viu só o que você fez?- Me perguntou.
-Você pediu
-Não, eu disse para ir de vagar! Qual é Caique? tá querendo me deixar de cama?
-Você não me empurrou para enfiar mais eu você.
-NÃO DESGRAÇADO! - ele me empurrou quase me derrubando no chão molhado - Eu enfiei minha unhas em você para que parasse... Mas eu te perdoou. Eu te perdoou e sempre perdoarei...
Ele veio até perto de mim e beijou minha boca. Senti que aquele momento foi o mais belo da minha vida, Lucca era mais macho que muito hétero por aí...
-..Eu te perdoou...- ele olhou para mim com as duas estrelas azuis que brilhavam em seus olhos-... Eu te perdoou porque te amo.
E aquelas palavras entraram no fundo do meu coração, já falaram que me amavam muitas vezes antes, mas aquela foi a que adentrou no fundo escuro da minha alma, trazendo um pouco de luz a aquela escuridão...
-Eu também te amo..- não havia falado só por falar.
Eu realmente o amava e estava loucamente apaixonado por cada milimetro daquele corpo branco, por cada parte do coração sombrio daquele garoto, por cada ML da saliva quente que preenchia sua boca.
No dia seguinte Lucca ainda estava andando entranho, a mãe dele perguntou o que era e ele disse claramente: "eu caí da cama de madrugada e dei mal jeito na minha perna", a mãe dele era bonita mas era chata como um velho. Ficou me fitando o café-da-manha inteiro. Me despedi e cheguei em casa com um sorriso gigantesco no rosto.
Minha mãe fez todo aquele questionário; se eu havia me sentido melhor e se me trataram bem, todas as respostas foram positivas, acompanhadas por um sorriso sujo de café com leite.
Cheguei no meu quarto e me deitei na cama, naquele momento eu não me importava se eu iria morrer, não me importava com o que o destino guardava para mim, só me importava com aquele belo sorriso adocicado que brilhava no rosto daquele belo adolescente. Eu o amava. Na verdade eu estava totalmente/incondicionalmente apaixonado por aquele garoto.
Notas:
Pessoal, esse conto terá apenas 3 partes, ok? Estou pensando em não prolongar muito...
Essa estoria não é real, desculpem, mas quem nos garante que não tem alguém com leucemia amando um "Lucca" qualquer por aí?
miguelitoVS: Estou feliz por ter gostado, espero que acompanhe até o final :D
Ru/Ruanito: Vou continuar.
Bruno de Lucca: Estou feliz por ter gostado.
chicao02: Obrigado pelo elogio, você não sabe o quão motivador é para um autor amador ver esses comentários.
caius: Obrigado haha, espero que goste da continuação.
Wanderson 16: Obrigado, já estou continuando.
Amante de Séries: Sim, realmente é fictício e não é inspirado nas baboseiras da Disney haha, obrigado por acompanhar.
iSuave: Obrigado, mas eu não tenho essa doença na verdade... eu só me inspirei nela para criar o personagem "Caique".
E pessoal, sempre que der votem nos contos que gostaram, e comentem também, é de extrema importância para os autores. Não deixem suas historias prediletas morrerem!