*CONTINUAÇÃO
Porque quando tudo parecia estar as mil maravilhas sempre tem que aparecer alguém para estragar? Era isso que eu estava pensando quando o primo dele nos fez essa pergunta, e mais um milhão de coisas vinham a minha mente. Olho para Bruno que encarava o primo com cara de poucos amigos.
- que é isso, não posso mais nem brincar com vocês, Bruno você me assustou agora. Diz o primo tentando sair do “bolo” em que tinha se metido.
Ainda bem ele não tinha visto nada, melhor assim imagina a confusão que ia ser se soubessem que a gente estava transando no quarto enquanto eles davam uma festa.
A mãe do Bruno era super gente boa e muito engraçada, o pai dele não estava presente, ele não o conhecia sempre que tocava no assunto sua mãe mudava e ele sempre ficava sem resposta.
Passada algumas horas decido ir embora, já estava perto da meia noite, eu nunca tinha ficado tanto tempo fora de casa, ainda mais numa festa. Bruno insiste para que eu fique mais um pouco só que eu não queria, poderia me meter numa baita confusão. Ele acha melhor assim e me leva pra casa. Paramos varias vezes no caminho pra dar uns beijinhos. (risos)
Quando chegamos frente a minha casa ficamos conversando por um tempo dentro do carro. Ele falando que tinha adorado o que aconteceu entre a gente esta noite, que sentiu o homem mais realizado desse mundo. Minhas bochechas coram, dou um beijo nele e saio do carro, abro a porta de casa e o carro sai.
Meu rosto estava com um sorriso de canto a canto, me sentia realizado, o que eu mais queria aconteceu e com a pessoa que eu amava, não tinha como essa noite ficar pior. Tinha sim, ao me virar meu pai estava parado na sala como uma estatua, seu semblante sério como sempre fez com que meu sorriso terminasse e meus olhos marejassem quando ouvi as seguintes palavras:
- Onde você estava até essa hora.
- Pa..Pai, eu ta.. ta...
- Fale direito que você não é nenhum deficiente a menos que seja e eu não fiquei sabendo.
Ele gritava e aquilo me deixava cada vez mais nervoso, eu não conseguia dizer uma palavra, lagrimas teimaram em cair acho que pra piorar a situação.
- Porque você está chorando? Eu te fiz uma pergunta e ainda não me respondeu. Eu via ódio no seu olhar, porque ele me tratava assim? Eu nunca fui ruim para ele, nunca fui um filho mal, não entendia o motivo de ele não me tratar direito.
- eu estava no aniversario de um amigo pai.
- Que amigo?
- O Bruno pai, será que dá pra me deixar em paz, eu não posso dar um passo nessa casa sem que tenha que dar satisfações. Falei sentindo raiva, queria falar tudo que estava sentindo, que estava preso em mim durante todos esses anos.
- Sou que te sustento, essa casa é minha e enquanto você estiver sobre as minhas custas eu mando em você sim.
Minha mãe desce as escadas voando parecendo um fantasma com a camisola branca, ela não foi capaz de falar nada afinal os dois eram iguais, se mereciam. Olhos para os dois por um instante e subo para o meu quarto, o único lugar onde eu me sentia seguro, livre das perturbações, de tudo e de todos.
Me jogo na cama e choro, muito, pensei que minhas lagrimas fossem acabar, eu não queria mais viver naquela casa, pensando bem eu não queria mais viver,as lagrimas secam, eu não tinham mais forças nem para chorar e o sono me vence.
Acordo me sentindo muito mal, havia dormido até de tênis, levanto com uma dor de cabeça horrível e vou para o banheiro, tomo um banho demorado precisava refletir um pouco sobre tudo o que estava acontecendo, tentava entender o porque dos meus pais agirem daquela maneira, decidi que junto a água que estava indo pelo ralo junto ela estaria levando o Felipe bonzinho, o menino inocente que nada fazia mesmo assim recebia a culpa.
Sentia-me outra pessoa por fora, só que por dentro eu não enganava nem a mim mesmo, por mais que tentasse sempre seria esse bobo que todos pisam. Ai minha cabeça doía mais e mais, deito novamente. Pego meu celular, NOSSA dormi demais, já passava do meio dia, varias mensagens na caixa de entrada do Bruno, perguntando se eu havia chegado bem e algumas de bom dia, não respondi nenhuma, desligo o celular e volto a dormir.
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Acordo já era noite, minha barriga roncava de fome, não sei como agüentei ficar um dia inteiro sem comer, vou para a cozinha, estava preparando um sanduíche quando a campainha toca, minha mãe estava vendo TV com meu pai (coisa rara de acontecer), ela levanta e vai abrir a porta. Da cozinha escuto ela gritar.
- FELIPE, seu amigo Bruno está aqui.
Meu coração acelera, o que ele esta fazendo aqui? Como se atreveu a vir?
*CONTINUA
Galera peço desculpas pela qualidade do conto de hoje mais voces serão compensados no futuro. ;)