A vontade que eu tinha era de dar um tapão na cara desse safado. Quase que eu engulo uma aliança, e agora ele vei com esse sorriso lindo, digo, besta na cara e me pede em... CASAMENTO!
—COMO!! CASAMENTO?? — perguntei assustado.
—Isso mesmo que você ouviu. Eu quero me casar contigo, formar uma família contigo. Lucas, eu te amo, e te quero pra sempre ao meu lado! Casa comigo! — declarou-se com lágrimas nos olhos. Porra, ele tinha que chorar? Por que fazer isso?! (rsrsrs).
—Vou pensar no seu caso. — disse pegando a aliança da mão dele e colocando no meu dedo e com cara de desdem.
—Como assim pensar no meu caso? — perguntou assustado e com a cara triste.
—Tô te trolando bobo! Eu te amo, é claro que eu aceito casar contigo. — ele abriu um largo sorriso, levantou-se e me beijou. Ao fundo algumas pessoas nos aplaudiam, mais eu estava centrado naqueles lábios. Como ele beija bem! Era um beijo calmo, sem pressa. Um beijo apaixonado!
Paramos com selinhoa e olhamos em volta. Estavamos sem graça, alguns ainda aplaudiam, outros se levantavam indo embora e murmuravam algo que eu tava fudendo pra saber o que era.
—Então, pra quando vai ser o casório sô?! — perguntou a dona Mácia quando estavamos adentrando a porta de casa.
—Aí mãe, que susto! — falei pondo a mão no peito, ela tava sozinha ba sala vendo TV — então a Sra. já sabia e nem me contou né? — perguntei dando um beijo na testa dela.
—Claro que eu não diria nada, e estragar a surpresa?! Nunca! Mas e aí, como foi? — perguntou curiosa, se colocando de joelhos no sofá e apoiando os cotovelos no encoste do sofá.
—Ele me deu o maior susto mãe! — disse o Ló me abraçando por trás.
—Como assim? — fez uma cara de confusa.
—Ele quase engole a aliança. — esse cagueta falou caindo na risada e sendo seguido pela mamãe.
—Esse doente mental não tem o que inventar me põe a aliança dentro do Mousse de maracujá -.-
—Foi idéia da mamãe! — falou o Ló em sua defesa.
—Eu lá ia adivinhar que o Lucas ia fazer isso? Ele sempre come doce feito louco — isso é verdade! Amo doce! -'9
—Ah, por hoje chega né?! — disse me espreguiçando — eu vou é domir, tive um dia daqueles hoje na escola! — é que como estava perto do fim do ano, estavam naquele corre corre pra cerimônia dos formandos.
—Tudo bem, eu também já vou dormir — disse minha mãe.
—Boa noite — dissemos eu e o Ló subindo as escadas.
Naquela noite não durmimos, tranzamos a noite toda! -'9. A mamãe foi umas duas vezes reclamar do barulho, também, o Ló parecia um touro! rsrsrs.
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—Aí Paula, tô aprencivo demais! Caralho! — falava pra Paula, uma amiga da minha antiga sala.
Já era Janeiro, dia 27/01 para ser exato. E sim, aquele era o dia do meu casamento. Eu tava vestido com um calça social branca, blusa social também branca, e um blaizer, a vocês sabem a cor. rsrs. Estavamos no meu quarto, a cerimônia foi no jardim de casa. Estava surpreendentimente repleta de gente.
—Calma Cacá, se continuar assim tu vais ter um troço gurí! — dizia ela me abanando.
—Pra ti é fácil falar, não é tu que vai casar! — disse afroxando a gravata.
—Eu sei, mais te acalma — disse voltando a apertar o nó da gravata.
—Então, o noivo mais lindo já está pronto? — perguntou minha mãe entrando no quarto, acompanhada da irmã do Marcos.
Ah sim, o Marcos. Ele foi a julgamento pelo o que fez, mais no meio do julgamento ele surtou e tentou derrubar um dos guardas pra tentar me agarrar, mas foi detido, e constatado que ele sofria de disturbios mentais. Seus pais sofrenram demais, e ainda me culparam, disseram que eu era um viadinho imundo que tinha contaminado o filho e tals. Resultado o Ló quase mata ele na porrada, sorte que os guardas deteram ele. Por fim só a irmã dele que ainda fala com agente.
—Nossa filho! Você tá lindo! — disse emocionada — quem diria que eu estaria lenvando meu filho pro altar pra se casar com meu outro filho! — rimos — eu não vou chorar! Estou bela e num vô borrar a maquiagem! — rimos novamente.
—Tá linda mesmo mãe. Mesmo com essa barriginha — ela já tava com 3 meses.
—Eu sei que arraso! Agora vamos!
—Vamos — disse de pernas bambas.
Estavamos nas portas dos fundos. Estava tudo lindo! Estavam presentes meus amigos e uns parentes que vieram do Amapá. Fui em passos lentos, a típica música de casamento tocava ao fundo.
Meu olhar se encontrou com o dele. Ele estava deslumbrante naqueles trages. Aquele sorriso lindo me aliviava, se aquilo era um sonho? Não mesmo! Era mais real que tudo.
—Cuide bem do meu caçula! — brincou a mamãe.
—Pode deixar — disse o Ló me encarando com um sorriso no olho.
O juíz começou o bla bla bla. Nunca gostei desse falatorio todo. Minha vontade era de assinar aqueles papéis dar boa noite pra todos e fugir dalí com meu homem.
—Você tá nervoso? — perguntou o Ló susurrando pra mm.
—Não Ló, tô tranquilissímo, tá sentindo minha mão transpirando mais que suvaco de atleta?! — rimos. Estavamos de mãos dadas.
—Eu tô demais, mais em pensar que daqui a uns minutos você vai ser meu marido fico mais tranquilo. — eu amo esse homem! -'D
—Eu também mor! Eu também!
De prache vocês sabem como se acaba um casamento. Fomos para a festa que seria ali mesmo. Só que dessa vez minha mãe que arrumaria a bagunça. rsrsrs
A lua de mel foi em uma chácara em Minas, duas semanas em que saimos pra fora 3 vezes penas. kkk... Acabou que o pau do Ló ficou esfoladinho... kkk... tadinho!
—Nossa amor, nunca mais tranzo tanto assim! — reclamava ele andando de pernas abertas quando chegamos na frente de casa.
—Acredito muito em ti Ló! — rimos — ué por qué nossas malas estão na porta de casa? — perguntei intrigado.
—Acho que estamos de mudança — disse ele com aquele sorriso travesso no rosto.
—Como assim? Mais que droga! A mamãe disse que seria a última vez! — esturrei com raiva.
—Calma amor. Somos nós que e estamos de mudança — falou ele me abraçando na frente de casa.
—Heim? — fui calado por um beijo.
A despedida foi uma choradeira que só vendo!
E depois de longas horas de voô desembarcamos aqui em N. Y. onde moramos, eu o Lorenzo há 5 anos.
Moramos em uma aréa residencial, o Ló e um bem sucedido arquiteto e eu estou no último ano da faculdade de... Advinhem... Arquitetura também. rsrs
Ah sim mora com agente também o Enzo, nosso filhote que tem apenas 1 aninho. Descidimos por optar pela inseminação artificial. Depois de um longa burocrácia conseguimos ter nosso filhos. Digo nosso porque misturamos nossos semes. rsrsrs.
A mamãe quando soube ficou mega feliz e tivemos que leva-lo para apresenta-lo ao pequeno Lúcio (ela descidiu continuar nos nomes com "L" rsrs), lindo meu novo irmãozinho!
O que posso dizer e que somos muito felizes e... Bom amores essa é minha história, minha e do meu bebê cabeça dura. Quebramos o paradigma dessa sociedade, e mostramos para os preconceituosos que o amor entre pessoas do mesmo sexo e ainda entre irmãos sempre dará, deu e dá certo. Afinal, esse é só mais um paradigama(modelo) de outras diversas paixões!
FIM
Aí gente, foi tão sofrido acabar com esse conto. Esses dois são muuto fofos. Mas logo vos digo, ja tô escrevendo uma série nova, vou começar a posta-la...Num sei quando... kkk... Tem dois atos do 1° cap. feitos já. Ela vai se chamar: "UM ROMANCE NADA CONCENCIONAL". Vai ser algo bem diferente de um romance normal, vou fazer de tudo pra não ficar clichê. rsrs... bjs..