A História de Caio – Parte 31

Um conto erótico de Kahzim
Categoria: Homossexual
Contém 1462 palavras
Data: 16/07/2013 23:07:03
Última revisão: 14/08/2013 00:50:12
Assuntos: Homossexual, Gay, Romance

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A História de Caio, completa e revisada para leitura on line e download e contos inéditos no meu blog:

http://romancesecontosgays.blogspot.com.br/a-historia-de-caio-leitura-on-line-e.html

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Talvez algumas das pessoas que mais se iludem com a vida são aquelas que acham que possuem estabilidade. A vida é momento, mutação constante. Não estamos aqui por estabilidade. A estabilidade deve ficar para as pedras. Devemos aceitar as mudanças como parte da maravilha que é viver. Isso é uma coisa que entendo hoje, mas que não entendia muito bem naquele tempo. Eu não aceitei uma forte mudança que ouve em mim quando vi o Daniel com uma arma apontada para o meio da sua testa. Demorei para aceitá-la e sofri um pouco por isso.

Ver aquele rapaz jovem, bonito e sorridente que há poucas horas estava dizendo que me ama a um passo de perder a vida na mão de um descontrolado como era o meu pai naquele momento, me fez perceber que eu também não queria viver sem ele, que minha vida perderia uma boa parte do sentido se ele não mais estivesse caminhando ao meu lado.

Eu gelei e não consegui pronunciar uma palavra, o Yoh deixou cair uma panqueca com que estava comendo. Apesar desse momento de susto, ele tinha muito mais autodomínio do que eu e foi ele quem respondeu meu pai:

- Dr. Carlos Olegário, isso é completamente desnecessário. Baixe essa arma e conversaremos.

- Não tenho nada para conversar com você seu viado. - Berrou meu pai. - Eu só quero a porra de uma coisa que esse moleque me roubou.

- Tira a arma da cabeça dele, pai. - Falei me controlando. - Eu faço tudo que você quiser.

- Ah é? Porque? Ele é o seu namoradinho? É pra ele que você dá o seu rabo, seu viado? Você é uma vergonha. Uma aberração.

- Ele não é nada do Caio, apenas um amigo. - Falou Yoh. - Ele é um adolescente, nós somos os adultos aqui Dr. Carlos, vamos resolver isso entre a gente.

- Já disse que não tenho nada para resolver com você, seu maricas.

- Deixe o rapaz sair da mira da sua arma, e eu fico no lugar dele, pode ficar apontando a arma para mim.

Eu olhava o Dan de costas, não dava para ver o rosto dele. O que ele estaria sentindo naquele momento. Eu queria também estar no lugar dele, não queria que ele passasse por aquilo, era tudo culpa e responsabilidade minha. Por causa do sentimento dele por mim ele tinha se envolvido em tudo aquilo.

- Venha então. - Respondeu meu pai. - Mas venha de mãos erguidas. Qualquer movimento que você faça eu mato você e esse moleque. Eu sou rico. Posso matar todos aqui e nunca irei para a cadeia.

- Daniel. - Falou Yoh. - Eu vou caminhar até ficar ao seu lado. Quando eu fizer isso, ele apontará a arma para mim e você voltará de costas, sem fazer nenhum movimento brusco. Ok?

- Ok. - Ouvi a voz trêmula de Daniel pela primeira vez desde que meu pai começara a ameaça-lo.

Então o Yoh foi caminhando lentamente até a entrada do apartamento. Até naqueles momentos de tensão, ele me passava uma segurança incrível. Sempre achava que ele ia saber o que fazer. Eu temi por ele, mas temi muito mais pelo Daniel. Ele parecia saber exatamente o que estava fazendo.

Meu pai afastou lentamente a arma da testa do Daniel e apontou para o meio do peito do Yoh. O Dan então deu 5 passos para trás de costas, e eu vi o rosto dele que estava muito pálido.

- Pronto. - Falou Yoh. - Tiramos as crianças do assunto. Agora podemos nos encarar como homens e resolver isso.

- Eu já disse que não tenho nada a resolver com você. - Falou meu pai e notei que ele estava encarando o Yoh diretamente nos olhos para reforçar a ameaça. - É sua vida que está em jogo agora, vou pedir apenas mais uma vez para … para.

Eu vi as palavras falharem na voz de meu pai e achei muito estranho. Porque ele é uma pessoa muito autoritária que nunca perde o rebolado por nada. Ele então emudeceu completamente e notei que sua expressão de raiva encarnado o Yohan se tornou numa expressão de apatia. Como se ele estivesse de repente parado para observar nuvens. Ele então baixou a arma lentamente e entregou ao Yoh.

- Está me ouvindo Carlos? - Perguntou Yoh.

- Estou. - Respondeu papai abobalhado diante de minha total perplexidade. O Daniel não pareceu estranhar nada.

- Então antes de qualquer coisa, eu te direi uma coisa. - Começou Yoh enquanto mexia na arma. - Deixe isso bem gravado na sua mente. Da próxima vez que você ameaçar alguém que eu amo ou alguém debaixo do meu teto, eu farei você realmente se arrepender do dia que começou a fazer peso sobre a terra. Você gravou isso?

- Gravei.

- Ótimo. - Ele cochichou no ouvido de meu pai varias coisas. Depois afastou-se e completou: - Agora você vai sentar naquele sofá. - Falou ele apontando o sofá menor da sala. - E eu vou te fazer ouvir uma coisa.

Meu pai caminhou como um cordeiro manso e sentou-se. Então Yoh sentou-se numa poltrona diante dele, ainda segurando a arma e estalou os dedos. Imediatamente meu pai pulou do sofá.

- O que diabos foi isso? Seu filho de uma puta. Devolva essa arma.

- Eu devolverei, mas será ao seu cadáver se você não se sentar nesse sofá e comportar-se. - Falou ele apontando displicentemente a arma para meu pai.

Meu pai sentou-se amedrontado.

- É com esse tipo de marginal que você anda agora? Perguntou me olhando. Não respondi, eu estava tão surpreso que não conseguia falar nada.

- Minha mãe costuma dizer que não se deve discutir com bêbados, loucos e pessoas armadas. O senhor faria bem em seguir esses conselhos. - Falou Yoh. - Não se preocupe que eu já vou liberá-lo, com arma e tudo. Daniel, o pen drive. - Pediu.

Daniel trouxe uma caixa de som portátil e um pen drive e colocou na mesinha de centro da sala. Yoh ligou a caixa e plugou o pen drive na entrada USB. Logo ouvimos uma voz familiar.

“Sim, eu estuprei ele. Tentei esganar, mas não consegui. Seria tão fácil matar. Tão fácil matar ele ali desmaiado. Mas não tive coragem.”

“Eu odeio ele sabe. A mamãe só gostava dele. Para me vingar eu comi, comi muito ele. O garotinho perfeito era a minha putinha”

Eu chorei quando reconheci. Era o Carlos.

“Papai me protegeu quando descobriu. Ele também não gosta do meu irmãozinho tosco. Ele sabe que sou o único filho macho. O herdeiro legítimo dele.”

“Sempre quis comer de novo. Sempre quis comer de novo”.

Notando meu choro o Yoh parou a execução da fala. Puxou o pen drive e jogou no colo do meu pai, que estava pálido e assustado.

- Pode se divertir ouvindo isso em casa. Que tipo de pai permite que o filho seja estuprado? Você merece uma morte lenta e dolorosa, você e seu filho doente. Eu poderia ter tornado isso público ontem e levado o Caio à polícia para provar mais um estupro. Corrija-me se eu estou sendo precipitado, mas acho que isso sepultaria o nome da sua família por todas as gerações que ainda estão por vir.

- Não há necessidade de divulgar nada. - Falou secamente meu Pai. - O que você deseja, deve ter seu preço.

- Meu preço é simples, eu vou executar um certo testamento que está comigo. E você não vai colocar nenhum obstáculo a isso. E depois disso vai deixar o Caio em paz e vai fingir que eu não existo. Em troca fingirei que você também não existe e que essa gravação nunca foi feita.

- Tudo bem. Então ele achou mesmo o testamento. Tudo bem. Mas sabe, no fundo você sabe que ainda se arrependerá de ter me ameaçado dessa forma.

- É um risco. - Falou Yoh enquanto levantava-se e tirava o carregador da arma, depois fez um movimento que percebi que era para verificar se não tinha mesmo como disparar.

- Não fará questão de um carregador não é? Disse jogando a pistola no colo do meu pai.

- Não. - Falou ele se levantando.

Ele se dirigiu até a porta e quando já ia sair se voltou para mim.

- Você foi um acidente. - Falou.

- Como? - Perguntei.

- Você nunca deveria ter nascido. Nós queríamos um casal. Éramos muito felizes com o Carlos e a Clara. Você foi uma maldição para essa família. Eu devia ter obrigado sua mãe a te abortar.

E saiu pela porta enquanto eu chorando descobria mais uma vez que por mais que o tempo passasse ele sempre conseguia me atingir com suas palavras agressivas.

Continua ...

P.S: Retorno amanhã, às 17h00min novamente. Obrigado a todos que acompanharam hoje. Beel Fernandes, adorei o seu comentário e fiquei muito feliz que tenha decidido voltar a nos brindar com novos escritos.

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Comentários

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Hipnotismo? Legal... Quero ser amigo do Yoh. Kkk Como sempre, perfeito! Quando acho que está num nível incrível, você se supera. Sou seu fã, parabéns.

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O Yon botanto pra quebrar e aplicando corretivo no pai e filho kkkkkkkkkkkkkk. Tomara que nesse testamento tenha algo de valioso para o Caio. Acho que Yoh vai deixar o Daniel conquistar Caio, bem que eu queria Caio e Yoh. Aff nem sei o que dizer pra ti, você continua em alto nível a cada capítulo!! ;)

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Você não merece um pai assim.

O Yoh continua um amor de namorado.

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Mais uma vez ... Conto perfeito ... Acabei de acordar e antes de sair da cama peguei pra ler os capítulos faltando ... Acho q vou precisar ir pra clinica do Dan... To viciado no seu conto kkkkkkk

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A justiça custou a chegar, mas finalmente foi feita!!! Nota 10

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Eu me seguro aki pq eu torturaria o pai eo maldito irmao do Caio

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que pai maldito vc tem,que irmão horrível vc tem, afinal, que falta de sorte essa sua hein, que família "bendita" essa sua...

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Yoh é um personagem de um anime, tá tudo explicado kkkkk voltando ao sério: Ainda tenho vontade de torturar seu pai e seu irmão

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Parabéns, todos os seus contos são ótimos, até amanha as 17:00 :)

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Nossa, que capítulo maravilhoso, mas não acredito que tenha acabado assim, esse pai do Caio é diabólico. Obrigado você ansioso até amanhã.

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Hipnose?! Acrescentou um parâmetro novo que ainda não foi de meu agrado, mas creio que trate-se de uma explicação a cooperação do irmão de Caio. Agradeço a leitura. =)

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Meus Deus!

Que história louca é essa?

De ontem para hoje li todas as postagens, fiquei impressionado com a qualidade de sua escrita, vc consegue prender a atenção do leitor, eu mesmo nem comentei os outros pq queria ler tudo.

Esperando a continuação SUPER ANSIOSO

PARABÉNS PELO CONTO, ESPERO QUE TUDO ESTEJA CERTO AGORA

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Amanha as 17h00min me parece um eternidade, mas vo ser forte e esperar morrendo de ansiedade!!! Magnifico!!!

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Uffa!Saiu tudo bem, na medida do possível, afinal. E nem precisou de dar raduken nele õ/ AUHuahhuAHuahuHAUhauHA Tentarei não morrer de ansiedade até amanhã as 17 horas '-' Um abraço =) E até a próxima

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