Virgindade Taxista

Um conto erótico de Gabriel Myslinsky
Categoria: Homossexual
Contém 2777 palavras
Data: 19/07/2013 14:36:26
Assuntos: Virgindade

... Ficção ...

Aos quatorze anos de idade, Rodrigo sentia que não era como os garotos que conhecia. Não gostava de futebol, nunca havia brincado de carrinho, tinha vergonha de urinar na frente de quem quer que fosse e pior, não se interessava pelas garotas como se interessavam os amigos que tinha.

Algo está errado! Pensava ele enquanto se esforçava para parecer um menino comum. Mas tudo o que fazia era em vão. Não conseguia, pois aquela força esquisita se mostrava mais forte e ele não se conformava.

Aos quinze anos começou a prestar atenção nos garotos, uma atenção diferente, que tentava, mas não conseguia repelir. O formato brusco de seus corpos, os pêlos das pernas, a barba que se formava nitidamente na face eram motivos para fazê-lo brigar consigo mesmo, pois uma atração indesejada lhe avassalava os sentidos em todas as vezes que um homem se aproximava dele.

Rodrigo não queria ser assim, mas a força do instinto não o deixava fugir.

“Porque não sou um cara normal? Deveria estar paquerando as meninas do colégio, mas não, é exatamente o contrário que acontece. Os homens me agradam mais. Merda! Mas por quê?”

Pobre menino, tão novo e já lidando com aquele problema, a dificuldade de aceitar que não nasceu para se reproduzir. E estava longe disso, era praticamente impossível.

O pai machista lhe cobrava atitudes, estranhava que seu filho ainda não lhe houvesse contado nenhuma experiência com as garotas. Marcelo lhe cobrava, mas toda vez que o fazia, Rodrigo se avermelhava como alguém que ouvia sacanagem pela primeira vez e dava um jeito de se livrar das perguntas.

- Rodrigo – disse ele certa vez. – Venha comigo, vamos fazer um passeio. Quero te levar a um lugar especial.

O menino estranhou o convite, mas entrou no carro do pai, que dirigiu até uma casa de prostituição.

- Antônia – disse Marcelo a uma jovem prostituta que usava roupas curtas e quase transparentes. – Ele é tímido e essa é sua primeira vez. Peço que cuide bem dele.

A mulher esbelta, de cabelos longos e encaracolados, seios volumosos e quadril bem desenhado, piscou para Diogo e o segurou pelas mãos.

- Pode deixar. Ele entrará no quarto menino, mas te garanto que sairá homem. – Respondeu ela para o pai, puxando o filho pelo braço e o fazendo acompanhar seus passos.

Entraram num quarto espaçoso que possuía uma cama de casal impecavelmente arrumada, música suave tocando no mini system e iluminação vermelha. O cheiro do ambiente era fetidamente erótico, as paredes texturavam sexo e a mulher em sua frente o deixava nervoso. Diogo não se sentia bem e temia não conseguir.

- Não tenha medo amiguinho. A mamãe aqui cuidará bem de você – disse Antônia, tirando o suéter e o jogando para a esquerda, mostrando o lingerie azul que destacava suas belas curvas. – É normal se sentir assim na primeira vez. Você não é o primeiro virgem que atendo e te garanto que os outros adoraram. Com você não será diferente.

Ela se aproximou, beijando-o nos lábios, mas o que ele sentiu não foi nada animador. Começou a acariciar-lhe o pênis, lamber-lhe o pescoço. Segurou sua mão e a colocou sobre o sutiã para que ele o desabotoasse. O menino seguiu o gesto mecanicamente, mais por medo do que por prazer. Se sentia na obrigação de fazer aquilo, pois o que diria seu pai se soubesse que na hora “h” o filhão broxara e deixara insatisfeita aquela mulher sedenta de sensualidade? Temendo levar uma surra, pois Marcelo era bem capaz de lhe dar, ele fingiu passividade e a deixou continuar, mesmo na vontade de sair correndo.

Antônia abaixou-lhe as calças e começou o sexo oral. Naquele instante Diogo estremeceu, não porque gostava ou sentia-se homem enfim, mas porque aquela boca feminina, em suas partes íntimas, lhe causava desgosto. Para sua primeira vez, descobriu que não era assim que queria que fosse.

Ela tentou de tudo, mas o pau do garoto nada fez, de nenhuma forma reagiu. Para ele tudo estava confuso e sem respostas, deveria gostar, mas estava detestando. Que tipo de homem era ele? Porque nada sentia? Por pressão do pai ou até ligeira timidez não conseguiu fazer o que deveria? Diogo se questionava, tentando afastar o óbvio do pensamento.

Estava ele em sua prova final, na hora da verdade, no momento de descobrir se o que sempre sentira era mesmo verdadeiro. Mas se fosse, o que faria? Procuraria por um homem a fim de se descobrir por completo? Ou seja, com um homem seria diferente?

Antônia se levantou, disfarçando o sorriso de deboche que continha no rosto e encarou o menino que a olhava envergonhado.

- Não se preocupe, garanhão, acontece... – Disse ela educadamente.

- Vai contar ao meu pai? – Temeroso Diogo perguntou.

- Vou dizer a ele o que quiser que eu diga, contando que me pague direitinho.

Um suspiro de alívio se fez ouvir, pelo menos não apanharia, mesmo que apanhar fosse o menor dos problemas, pois sairia dali diante de mais um dilema. “Será que eu sou... Meu Deus, como posso, porque eu?”

- Diga a ele que mandei bem.

Marcelo ficou orgulhoso e perdeu a preocupação quando ouviu o relato de Antônia que dizia o quanto Diogo havia se saído bem. Levou o filho para casa, deixando a dúvida sobre sua masculinidade no caminho.

Mas para Diogo a dúvida ainda perdurava. Passou dias pensando no assunto, com medo de não ser homem, se sentindo uma bichinha que esteve frente a frente a uma mulher nua e não endurecera por ela.

Não conseguia aceitar o fato de que sempre foi assim, de que sempre se sentira derretido na companhia de algum cara. Tentava não pensar no fato, procurava reprimir, mas seu corpo o traía e seus nervos ferviam quando algum gostosão descamisado lhe passava por perto.

Enquanto os dias iam se passando, na hora do banho, Marcelo se olhava no espelho, demasiadamente intrigado. Fechava os olhos, imaginava uma bela mulher – loira e peituda lhe chupando o pau. Mas nada acontecia! Não conseguia endurecer pensando em mulher alguma. E um dia, após várias tentativas sem sucesso, se cansou de tentar e resolveu fazer o que seu instinto lhe pedia quando o pênis estava na mão.

Mais uma vez na frente do espelho, deslizando os dedos na superfície das nádegas e imaginando um homem ali atrás, ele conseguiu se masturbar. E gozou...

“Para mim chega!” Disse Rodrigo para a própria imagem. “Se assim sou, então assim serei!”, respondeu convicto as indagações do espelho e saiu dali disposto a dar vazão à aquele desejo que por longos meses tentou reprimir.

Foi para o quarto e se arrumou, colocando sua melhor roupa. Com uma blusa vermelha, camiseta preta, calça jeans, tênis esportivo e boné na cabeça ele se encontrou com o pai que no sofá da sala assistia o noticiário.

- Porque está arrumado? – Disse Marcelo, assustado. – Já são onze da noite, onde pensa que vai?

- Me desculpa pai, por não te dizer nada, mas a idéia me veio em cima da hora e eu não consegui resistir. De qualquer jeito eu teria que lhe pedir permissão, pois para sair preciso que me empreste uma grana.

O pai do garoto se levantou, sério. O filho nunca havia tomado atitude parecida e ele realmente estava surpreso. Olhou-o com rigidez e pergunto.

- E que idéia é essa, posso saber?

Rodrigo não poderia lhe dizer para onde realmente queria ir, mas já tinha um plano e pensara cautelosamente antes de abordar o pai.

- É a Antônia pai. Desde aquela noite não paro de pensar nela. Agora pouco peguei o cartão que ela me deu e fiz uma ligação do meu celular, falei com ela e marquei um encontro para daqui a meia hora. Quero mais, não agüento esperar nem mais um minuto por isso.

O pai deu um grito de felicidade e Rodrigo sorriu por ter conseguido lhe enganar. “Ele caiu direitinho”, pensou ele.

- Claro, claro. Já entendi, não precisa me explicar mais nada – Marcelo abriu a carteira e lhe deu algumas notas. – Vá se encontrar com Antônia, meu filho!

Com orgulho Marcelo viu o menino sair, havia conseguido e não precisava mais se preocupar. Rodrigo era macho e sobre isso ele não tinha nenhuma dúvida.

O menino virou a esquina e se dirigiu ao ponto de táxi, onde um homem grisalho, coroa bem arrumado, de corpo esbelto e olhar sedutor o atendeu.

- Para onde gostaria de ir? – Perguntou ele.

Mas Rodrigo não sabia para onde ir. Sabia onde Antônia estava, mas não sabia onde procurar o que queria. Então, acanhado, ele se arriscou.

- Conhece algum lugar freqüentado por homossexuais? – Depois da pergunta, seu rosto enrubesceu de vergonha.

O taxista o olhou admirado, pensou um pouco e respondeu:

- Conheço algumas boates, quantos anos você tem?

- Dezoito – mentiu Rodrigo.

- Pois não parece. Está com sua identidade?

- Não – Rodrigo estranhou. – Mas porque tantas perguntas? Para um taxista, não acha que está perguntando demais?

- Para um taxista, sim. Mas para alguém que se encantou com você, acho que não.

Rodrigo sorriu levemente. Aquela parecia sua primeira cantada recebida. Não negava que aquele homem, apesar da idade, lhe agradava bastante.

- Eu só tenho quinze. Acho que não posso entrar em nenhuma boate né?

- Para ser sincero com você, não mesmo.

- Então acho que vou para casa, isto é, se você não tiver mais nada a me sugerir – o garoto desafiou, mal acreditando no que estava fazendo.

- Podemos dar um passeio, se você quiser.

- Mas é claro, porque não?

Eles entraram no carro e pelo caminho foram conversando. Rodrigo lhe falou sobre a vontade de estar com um homem e que aquela era a primeira vez que teve coragem de sair de casa com o objetivo de encontrar alguém. Contou sobre a experiência com a prostituta e como descobriu que estava preparado para experimentar. Foi falando, falando, falando e finalizou:

- Foi assim que vim parar aqui.

O carro entrou numa rua deserta, seguiu para uma estrada de terra e parou num terreno abandonado.

- Sendo assim, não posso te entregar para qualquer um – disse o taxista quando desligou o motor. – Você é uma graça e eu quero ser o primeiro, se você me permitir.

Rodrigo se sentiu satisfeito com aquelas palavras. Pensou - “É agora ou nunca”, respirou fundo e num gesto rápido deu um beijo no homem, que logo reagiu.

- Calma lá amiguinho – empurrou-o levemente para trás. - Não é bem assim que funciona.

Rodrigo levou um susto com tal atitude.

- Então como é? – Perguntou ele, afobado e leigamente surpreso.

- Entre homens não existe essa de beijo. Um deles faz a mocinha e o outro o mocinho, ou seja, um dá e o outro come.

Rodrigo aos poucos foi percebendo que estava sendo enganado, pois a simpatia do taxista cessava pouco a pouco, mostrando quem ele realmente era.

- Mas não foi isso que pensei e também não acho que seja bem assim como você está dizendo.

- Pode não ser com os outros, mas comigo é assim – ele continuou.

- Então me desculpe, mas do seu jeito eu não quero. Por favor, me leve embora.

O homem puxou o freio de mão e fechou os vidros do carro. Rodrigo tentou sair, mas as travas automáticas impediram que ele abrisse a porta. Nervoso, começou a chorar. No meio do nada, com um desconhecido que não era bem o que no começo aparentava.

- Não chore mocinha – disse o estuprador, sarcasticamente. – Você não me tirou do trabalho para nada não é mesmo?

- Mas eu não disse que queria alguma coisa com você. Só pedi para me levar para algum lugar onde eu pudesse me virar, só isso.

- Não se faça de sonso. Eu avisei que você não entraria em boate alguma. E você aceitou meu convite. Vai continuar dizendo que não queria nada mesmo?

- O que... quer de mim? – Rodrigo gaguejou, já tremendo de tão amedrontado.

- Primeiro um boquete bem gostoso.

- Não! – Rodrigo gritou. – Me deixe ir embora! Eu não vou fa...

O taxista se jogou pra cima dele, tapando sua boca com violência e pressionando sua cabeça contra o vidro da janela. Com a outra mão puxou seus cabelos para trás, chegando o rosto bem próximo ao seu ouvido.

- Vai fazer o que eu quiser – sussurrou. – Vou destapar sua boca, soltar o seu cabelo e tirar o pau para fora. E você vai chupar, quietinho, pois se gritar, eu te mato aqui mesmo. Entendeu?

Rodrigo fez que sim com a cabeça, traumatizado. O homem abriu o zíper a pôs o “negócio” para fora.

- Vem cá vem, boneca. Dá uma mamadinha bem gostosa aqui não meu cacetão dá?!

Rodrigo olhou para baixo e viu que o pênis era realmente grande, escuro e cabeçudo. Ele não conseguiria! Tentou, mas mesmo sob ameaça não conseguiu fazer o que o estuprador queria.

O homem perdeu a paciência e agarrou-o com força, jogando-o no banco de trás do carro. Seu corpo mais robusto do que o dele lhe deu vantagem e com facilidade conseguiu deitá-lo de bruços, enquanto rasgava suas roupas.

- Não quer chupar? Então vou comer o seu rabo!

Rodrigo chorou angustiado, implorando que ele não fizesse aquilo. Mas o taxista não deu importância, quanto mais gritava, mais vontade ele sentia de subjugar o rapazinho. Colocou um preservativo e ferozmente empurrou o pau para dentro dele, rasgando-lhe as entranhas, causando imensa dor.

Bombando com rapidez, o homem gargalhava enquanto o menino gemia. O ânus apertado se dilatou em segundos de tão grosso era o pau que lhe corrompia a inocência. A camisinha se encheu de sangue e algumas gotas chegaram a escorrer no banco.

O homem não ficou satisfeito em comer-lhe sem dó. Quando percebeu que ele não agüentava mais, que estava prestes a desmaiar de dor, despenetrou-o e tirou a camisinha.

Segurando-o pelo pescoço forçou-o a se sentar, se pondo de pé em sua frente, começou a se masturbar, agarrando-o pela nuca.

- Estou quase terminando, minha princesa – ele fazia caretas maliciosas, exibindo o prazer doentio. – Logo logo vai provar do meu leitinho. Não desmaie ainda.

Rodrigo já não conseguia reagir, apenas olhava o genital diante de seu rosto, que vez ou outra era esfregado em sua boca, tentando suportar, rezando para sair vivo dali.

- Agora bote essa língua para fora! - Ordenou, apertando suas bochechas para que abrisse a boca e continuou se masturbando.

Rodrigo, tomado pela ânsia, colocou a língua para fora e em poucos segundo o estuprador lhe derramou o esperma, jogando parte em sua língua, parte em seu rosto. Depois de saciado, limpou o excesso batendo com o pau em sua testa, em seu nariz, em seus lábios. Obrigou-o a engolir a porra e encerrou sua humilhação, jogando-o para fora do carro, junto com as roupas rasgadas.

- Até que você não se saiu mal para uma primeira vez. Espero que tenha gostado! – Disse ele da janela, deu mais uma risada e saiu em alta velocidade, não deixando evidencias de que esteve ali.

Rodrigo encostou-se a uma árvore, fechou os olhos e perdeu a consciência. Acordou no dia seguinte, com o corpo dolorido, mas por sorte sem nenhum hematoma. Checou os bolsos e percebeu que não havia sido roubado. Todo dinheiro que ganhou do pai, a carteira e o celular estavam intactos.

O filho da mãe só queria desvirtuá-lo, como fazia com outros garotos, para satisfazer sua tara pedófila.

- Antônia acabou de me ligar – disse Marcelo assim que o filho abriu a porta e colocou os pés para dentro.

- Me desculpa, eu deveria ter avisado que dormiria com ela, mas estava tarde e eu não queria te acordar.

- Você sabe que o que fez foi errado. Mas não te deixarei de castigo, dessa vez... Primeiro porque quando eu era mais novo cheguei a fazer coisa pior por causa de mulher. Segundo porque estou orgulhoso de você.

- Prometo que isso não vai se repetir – Disse o filho, bocejando.

- Tudo bem, agora vá descansar – Marcelo deu um tapinha nos ombros do filho. – Pelo que estou vendo a noite ontem foi daquelas!

- E como foi...

Rodrigo se deitou e tentou relaxar. Ainda não tivera tempo para refletir, nem pensar na violência que sofrera, pois pela manhã ficou preocupado em se safar. Foi ao prostíbulo e deu tudo o que tinha para que Antônia ligasse e contasse a mentira combinada. Por dinheiro a puta fazia tudo e não foi nada difícil conseguir, ao menos precisou explicar o motivo de tudo aquilo, pois ela não queria saber.

Tentando esquecer as dores, o menino então aproveitou o tempo para pensar. Concluiu que depois do ocorrido, por incrível que pareça, estava certo de que realmente gostava de homens. Pois ele sabia que no fundo desejava tudo aquilo, mas queria que fosse diferente, queria que fosse sem dor.

Da próxima vez, ele não sairia machucado. Foi a promessa que fez antes de fechar os olhos.

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Comentários

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Que pena que vc só escreveu esse conto, pois foi bem escrito daria pra avançar a história, com ele se assumindo depois de formar no ensino médio, é já com emprego na mão e saindo de casa, pra viver longe do preconceito do pai.

Agora se fosse comigo não ia fazer nada forçado, como era primeira vez seria da forma que o Rodrigo quisesse. E se sentisse a vontade, aproveitando pra fazer o que queria.

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Vc publicou essa história em 2013

Não recebeu muito cometário vc continua sendo guei estou no e-mail taxistasp1235@gmail.com

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