Olá pessoal, olha eu aqui de volta. Sentiram minha falta? Bom, primeiramente devo um pedido de desculpas a vocês por ter ficado por todo esse tempo longe, sem publicar, porém tive meus motivos, aliás, vários motivos, principalmente alguns problemas pessoais que me levaram a se afastar da CDC, mas felizmente estou de volta, e espero que mais nenhum problema interfira nas minhas postagens. Obrigado pela compreensão de todos e boa leitura!
Continuando...
Após aquela discussão com o André, fui direto para minha casa tomar um banho, tentar esfriar a cabeça um pouco, afinal o sangue tinha me subido a cabeça de uma tal maneira que se eu visse o André mais uma vez na minha frente eu não sei do que teria sido capaz de fazer. Enfim, depois do estresse tomei meu banho, descansei um pouco e voltei para o hospital, quando lá cheguei Rafael estava à minha espera com toda a sua ansiedade que lhe é de praxe, parecia até que eu tinha saído há tempos.
Rafael: - Onde você tava pequeno? Porque me deixou sozinho?
Eu: - Nossa Rafa, deixa de ser exagerado, não sei o porquê de todo esse drama, você não estava sozinho não, sua mãe estava aqui o tempo todo. E eu só fui em casa tomar um banho, tava precisando de um, mas já estou aqui de volta.
Rafael: - Eu sei pequeno, mas é que não gosto de ficar longe de você. Disse ele fazendo um biquinho. E continuou – Mas vai passar a noite aqui comigo né?
Eu: - Claro que sim grandão, mas graças a Deus amanhã você já vai receber alta né.
Rafael: - graças a Deus, já não aguento mais ficar aqui, quero minha casa urgente.
Eu: - Então o que temos a fazer é dormir, assim o tempo passa mais rápido.
E assim fizemos, eu fiquei do lado do Rafael até ele pegar no sono e quando ele dormiu me deitei em um pequeno sofá que tinha ali do lado e acabei adormecendo, acordei no dia seguinte com a dona Maria me acordando e mandando que eu fosse comer alguma coisa, e foi exatamente o que fiz, quando voltei ao quarto o médio estava lá para dar alta ao Rafael, após ele receber alta fomos direto para a casa dele, era contagiante ver a alegria dele ao chegar em casa, parecia um menino.
Rafael: - Que saudade eu tava da minha casa, não aguentava mais ficar naquele hospital.
Eu: - É senhor Rafael, eu sei que é bom estar em casa, mas não é porque o senhor está em casa que vai fazer estripulias não viu, lembra do que o médico disse, são três meses de muito repouso, isso se você quiser se recuperar logo.
Maria: - Isso mesmo filho, o Alberto está certo, você tem que ficar quieto, não pode fazer esforço.
Rafael: - eu sei, e sei também que esse vai ser o meu maior desafio, vai ser complicado ficar todo esse tempo sem fazer nada.
Eu: - Eu sei que vai ser difícil, principalmente você que é hiperativo não consegue ficar parado, mas infelizmente não tem outro jeito, mas não se preocupa não, eu vou ficar aqui com você tá?
Rafael – Obrigado pequeno.
Eu: - De nada meu amor, mas agora mudando de assunto vocês estão com fome?
Rafael; - Nossa, muita, porque? vais preparar alguma coisa pra gente?
Eu: - Sim, quer dizer se sua mãe não se incomodar que eu mexa na cozinha dela.
Maria: - Claro que não me importo meu querido, a cozinha é toda sua, pode ficar à vontade.
Eu: - Obrigado. Respondi.
Rafael: - Ai amor, você não tem noção de como estava com saudades da sua comida!
Eu: - Que bom pois vou caprichar, mas então o que você ta com vontade de comer?
Rafael: - O que você fizer com certeza vai ficar muito bom, então use sua criatividade e me surpreenda, afinal o cozinheiro aqui é você né.
Eu; - E a senhora dona Maria, alguma sugestão?
Maria: - Não, nenhuma, fique à vontade para preparar o que você quiser, sabe que estava até ansiosa para provar da sua comida de tanto que o Rafael fala.
Eu: - Então quer dizer que ele fala da minha comida, pois então prometo que não vou decepcioná-los
Rafael: - Assim espero, meu chefe preferido.
Todos começamos a rir, e eu fui imediatamente para a cozinha dei uma olhada no que tinha, fucei a geladeira e encontrei algumas coisas que me seriam úteis, porém tive que ir ao supermercado comprar mais algumas coisinhas que eu precisaria.
Eu: - Grandão, to indo lá no supermercado comprar umas coisas que estão faltando. Disse me dirigindo até a sala onde Rafael se encontrava com sua mãe.
Rafael: - Sério que você vai sair, tem certeza? Pode ser perigoso, vai que você encontra aquele louco por ai.
Eu: - Fica tranquilo, não acredito que eu vá encontrar ele por ai, e ele não seria louco de fazer alguma coisa comigo em plena luz do dia né, até porque a rua é bem movimentada a essa hora, aliás, não vou deixar de viver minha vida por causa dele.
Rafael: - Mesmo assim, toma cuidado, do jeito que aquele cara é louco, eu não duvido de nada.
Maria: - Eu vou com você Alberto, é melhor, se esse rapaz for tudo isso que o Rafael diz, é melhor ter alguém contigo.
Eu: - Se é assim então tudo bem, vai ser até bom andar na companhia da senhora.
Fomos até o supermercado e compramos o que estava faltando, como o supermercado é perto da casa de Rafael, fomos andando devagar enquanto conversávamos.
Maria: - Você ama muito meu filho né Alberto?
Eu: - Muito, acho que a senhora não tem ideia do quanto eu amo seu filho. Respondi.
Maria: - Mas eu percebo pelo jeito que você o trata, vocês dois formam um casal muito bonito, é lindo ver o amor de vocês.
Eu: - Sabe dona Maria as vezes fico pensando porque a gente tem que passar por tudo isso que estamos passando.
Maria: - Meu querido, as pessoas não consegue ser felizes vendo a felicidade alheia, o que esse rapaz está fazendo com vocês é doentio, é obsessão pura, ele não o ama como diz, se amasse de verdade ficaria feliz por ver você feliz, porque quem ama não machuca, nem fisicamente, nem emocionalmente.
Eu: - Eu sei disso, tanto que falei a mesma coisa pra ele, mas a obsessão dele comigo é enorme, ele não se conforma de maneira alguma. Por quantas provações será que vamos ter que passar hein, porque será que é tão difícil viver em paz?
Maria: - Meu filho, vocês vão viver em paz sim pode ter certeza, mas não se esqueçam que não vai ser somente isso não, vocês irão ter que enfrentar o preconceito de toda essa gente ignorante, enfrentar preconceito é o preço que se paga por ser diferente, mas pode ter certeza que vou estar do lado de vocês quando precisarem, não deixe que as pessoas estraguem o relacionamento de vocês, é melhor nem dar ouvidos a esse povo que adora falar da vida dos outros.
Eu: - Quanto a isso pode ficar tranquila, não ligo para o que as pessoas falam ou deixam de falar de mim, o que eu não posso é deixar de ser quem eu sou, deixar viver minha vida por causa de uns e outros, o que mais me preocupa é o psicopata do André.
Maria: - Mas esse rapaz não pode continuar fazendo essas barbaridades, alguém tem que dar um basta nele o mais rápido possível, e os pais dele, você já falou com eles?
Eu: - Não, eles estão viajando e não sei quando voltam, mas não sei se adiantaria alguma coisa.
Maria: Porque?
Eu: - Eles sempre mimaram demais o André, ele sempre teve tudo o que quis, os meus tios nunca deram importância para alguma reclamação sequer que fizessem do filho, pra eles o André é um verdadeiro anjo, e se eu fosse falar com eles, com certeza não acreditariam em nenhuma palavra do que eu dissesse. Bom, mas agora vamos deixar de falar desse cara, é melhor até esquecer da existência dele.
Maria: - É melhor mesmo.
Continuamos andando e conversando, ela foi me contando várias coisas que que Rafael aprontava quando criança, e pelo que pude perceber ele era muito levado quando pequeno, era daqueles que aprontava de tudo, ela me disse que desde criança seu senso de humor era incrível, segundo ela, nas festas de aniversário dos primos ele adorava se vestir de palhaço e ficar fazendo brincadeiras com os convidados. A cada situação que ela me contava sobre ele eu dava altas gargalhadas.
Eu: - Nossa dona Maria, pelo que eu vejo ele não mudou nada né? Pois ele continua o mesmo brincalhão de sempre.
Maria: - Nada meu filho, continua o mesmo palhaço de sempre e não é só isso não, ele é muito estabanado também, quando ele era mais novo, sempre evitava pedir algum favor a ele, pois sabia eu ele iria fazer alguma besteira.
Eu: - Isso eu já pude notar e presenciar, outro dia levei ele até a cozinha comigo para me ajudar, mas posso dizer que ele mais me atrapalhou do que ajudou. Falei rindo.
O papo estava ótimo, foi muito bom conhecer um pouco mais do Rafael, mas finalmente havíamos chegado em casa. Quando entramos Rafael estava impaciente a nossa espera.
Rafael: - Porque vocês demoraram tanto?
Eu: - Desculpa amor, é que eu e sua mãe viemos no caminho andando devagar e conversando sobre várias coisas, inclusive sobre você, nossa amor ela me contou cada coisa sobre você.
Rafael: - Ai meu Deus, o que a senhora inventou sobre mim hein, dona Maria das graças?
Maria: - Não inventei nada, apenas contei as suas peraltices quando criança.
Rafael: - Minhas mãe? Eu sempre fui um santo, a senhora sabe disso.
Maria: - Sei sim, sei muito bem.
Sai e deixei eles conversando sozinhos enquanto preparava o almoço, já estava ficando tarde e se eu não me adiantasse, não seria mais um almoço e sim um jantar. Depois de um pouco mais de uma hora e meia já estava tudo pronto, não fiz nada muito caprichado, até porque não havia tempo para isso.
Eu: - A comida está pronta, vamos comer? Falei entrando na sala.
Rafael: - Oba finalmente, esse cheiro já estava me deixando mais faminto ainda.
Maria: - Então vamos logo, estou morrendo de fome e morrendo de curiosidade também pra saber o que você preparou para nós.
Eu: - Não foi nada muito elaborado não, mas espero que vocês gostem.
Fomos até a mesa onde a comida estava posta e nos sentamos.
Maria: - Bom, e o que temos para comer?
Eu: - carré de cordeiro com purê de mandioquinha.
Rafael: - Nossa pequeno, imagina se tivesse caprichado hein?
Eu: - Vamos deixar de falar e vamos comer. Disse sorrindo.
Rafael: - É pra já.
Rafael simplesmente avançou na comida, parecia realmente estar faminto e que não comia a séculos até hoje me impressiono com o jeito que ele come parece estar com fome sempre. Era gratificante ver ele e a sua mãe comer, comiam com vontade era bonito de se ver. Depois daquele almoço agradabilíssimo, e depois de ser bastante elogiado por ambos, (devo confessar que fiquei bastante envergonhado com tantos elogios, a cada elogio que ouvia ruborizava) fui até minha casa pegar algumas coisas, para poder dormir na casa de Rafael como ele pediu, segundo ele ficar esperando o tempo passar sem eu do seu lado era insuportável. O dia estava correndo maravilhosamente bem, isso até eu chegar perto de casa e dar de cara com o patife do André.
André: - Então, resolveu sair da toca e vir em casa foi? Perguntou ele debochadamente.
Continua...