Ola à todos, obrigada aos que acompanharam meu conto, ele foi curto mas essa sempre foi minha intenção, vou começar a publicar outro em alguns dias.
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Não é possível, novamente o câncer cerebral me tirando alguém que eu amo.
-Viny posso te pedir um favor antes de morrer.
-Não amor, você não vai morrer.
-Eu posso pedir.
-Claro amor.
-Sabe eu não procurava você com frequência para nossas relações sexuais porque eu já não tinha mais forças, a cada dia me sinto mais fraco. Agora quero pedir que faça amor comigo, quero te deixar feliz.
-Claro que faço amor, mas você não vai morrer.
Ele estava tão gelado seu beijo era calmo, cheio de amor e ao mesmo tempo tão frágil. Eu tinha medo de machuca-lo, mas não podia negar isso ao Edu, que me fez tão feliz e agora eu nada poderia fazer por ele.
A única parte quente do corpo dele era a virilia, comecei à chupa-lo bem devegar, nas podia ser muito forte. Preferi ele deitado, era mais confortável para ele, foi tão calmo, foi rápido mas muito bom, senti que apartir daquele momento estariamos sempre ligados, algo que nem a morte poderia separar. E então ele desmaiou.
-Pai socorro, me ajuda pai rápido.
-O que foi?
-ele está morrendo pai, temos que leva-lo ao médico.
No hospital ele foi atendido pelo mesmo médico da minha mãe, e novamente aquela sensação de perda.
-Pai ele não pode morrer, eu não posso ficar sem ele, não posso.
-Calma filho vai ficar tudo bem, olha o doutor ali, vamos lá.
-Como ele está, me diz que ele está bem, fala por favor- eu estava tão apavorado.
-Olha quadro clínico dele era muito complicado, o câncer estava muito evoluído e infelizmente ele faleceu.
-Não, não isso não pode ser verdade.
-Calma Vinícius, ele te amava muito e viveu os dias dele para te fazer feliz, ele sabia que morreria por isso seu pai tentou separar vocês_ disse a Fátima, tia do Edu.
-Por que ninguém me disse nada. Por que?
-Acalme-se.
O velório foi tão triste, eu queria ser enterrado junto ao meu amor, ele levou parte de mim. Os dias posteriores à morte dele foram sem vidas, apagados, minha vida acabou naquele momento.
Como viver sem ele, realmente eu não sabia, mas teria que apreder e ele me ajudou. Todas as noites ele falava comigo nos meus sonhos, as vezes durante o dia também.
Aconselhado pelo médico da família e por imaginar que eu estava louco, meu pai me colocou em uma clínica de reabilitação, na verdade um hospício, faz quatro anos que ele morreu fisicamente, mas continua comigo, ainda conversamos.
FIM
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Obrigado novamente e qualquer dúvida, deixe sua pergunta nos comentários. Beijos e agradecimento especial à aghata1986 por acompanhar todos os capítulos.