“Quando a noite caí, o véu do desconhecido vem perseguir nossas almas, e por mais que lutemos, no fim, restará apenas a dor!
O tapa foi tão sonoro que mesmo o grito de dor da vítima acabou por ser suprimido. O rosto de Florence ficou vermelho, quente e inchado. Mas mesmo a dor daquele tapa não foi enérgica o bastante para suprimir a vergonha que ela sentia. Afinal, estava nua, amarrada e jogada ao chão em frente ao seu pai e seu irmão que também estavam dominados pelo ódio de Jefferson, o traficante local, para quem o irmão de Florence – Gonçalo – devia tanto dinheiro que nem mesmo uma reencarnação seria suficiente para pagar, razão pela qual Jefferson decidira que aquela noite era a noite do acerto de contas; e o preço era Florence!
Jefferson, um sujeito grande e musculoso, de olhar duro e rosto marcado pelas cicatrizes da vida olhava para Florence como o predador que olhava para a sua presa indefesa e disponível, pronta para ser sacrificada para salvar a vida de outros. Olhou para Gonçalo (o irmão) e Thomaz (o pai) desferindo um sorriso sarcástico e repleto de desejo de vingança. Ninguém enganava Jefferson por muito tempo sem receber o que merece. E fora Florence que se oferecera em sacrifício em troca das vidas de seu pai e de seu irmão. E ela estava disposta a fazer qualquer coisa que aquele monstro desejasse.
O criminoso aproximou-se da jovem curvando-se sobre ela e tomando-a pelos cabelos. Puxou-a para cima como quem levanta um objeto e não uma pessoa. Fê-la ficar em pé olhando para ele, os olhos avermelhados de tanto chorar e o rosto marcado por pequenos hematomas fruto da agressividade dos capangas de Jefferson. As mãos dele passearam pelos seios joviais da jovem sentindo-lhe a textura e a firmeza exemplares. Apertou cada um dos mamilos fazendo Florence gemer baixinho pela dor impingida, para, em seguida, descer uma das mãos até o monte de Vênus procurando avidamente pela vagina ainda intocada daquela prenda que representava o pagamento pelas fraquezas do irmão.
Jefferson acariciou os pelos pubianos da moça e com um leve tapa dado na região ordenou que ela abrisse as pernas para ele. Florence estava sentindo-se humilhada e dolorida, e mesmo desejando resistir à ordem dada pelo marginal, recusando-se a fazer o que ele lhe ordenava, olhou para o irmão e o pai aprisionados ali próximos dela sentindo que a sua resistência poderia significar a morte de ambos, resignou-se cumprindo o comando que lhe fora dado.
Todavia, o momento foi suspenso pela aparição de uma convidada inesperada. Tratava-se de uma linda e esbelta mulher de traços finos e insinuantes. Tinha longos cabelos lisos e negros como uma noite sem estrelas e seu rosto parecia uma belíssima pintura renascentista, cujos olhos destacavam-se do conjunto. Eram grandes e tão profundos que pareciam emanar uma aura que desestabilizava quem os encarava. Os capangas de Jefferson bem que tentaram encará-la, mas após um breve segundo, eles desviavam-se dele, sentindo um frio inesperado percorrer-lhes o corpo e a alma. A mulher era uma uma beleza assustadoramente inebriante, ao mesmo tempo em que emanava sensações duvidosas e quase medonhas. Seu corpo, esbelto e sinuoso, era uma delícia aos olhos, prenunciando os desejos mais selvagens nos corpos e mentes dos homens ali presentes. Suas vestes resumiam-se a um minúsculo biquíni de tecido preto e transparente que denunciava suas formas deliciosamente obscenas e provocantes, e ainda um par de sapatos de saltos tão altos que pareciam não serem capazes de suportar o corpo da visitante que não demonstrava qualquer dificuldade em caminhar com eles.
Jefferson olhou para ela e, ao que parece, foi o único a quem ela permitiu se encarada frente a frente. Ele deu um sorriso sarcástico perguntando se ela tinha vindo para alguma festa. Ela sorriu-lhe de volta e depois de caminhar para mais próximo dele e de Florence, tocou-lhe o ombro respondendo com uma voz sensual e que parecia ecoar por todo o seu corpo.
- Depende, meu querido, … o que vai rolar nessa festa?
Jefferson fitou aquele rosto de uma beleza desconcertante perguntando-se o que aquela mulher queria ali, naquele momento e naquela exata hora. A convidada desconhecida aproximou-se de Florence e suavemente acariciou seus seios sentindo-lhes a forma e a consistência, como quem examina uma mercadoria a ser negociada ou consumida. Com um movimento cuja rapidez era inexplicável, ela abriu a braguilha de Jefferson expondo seu pênis endurecido e tomando para si com a destreza de uma mulher muito mais experiente para a sua idade.
Ela tomou Florence pelos cabelos, libertando-a do jugo de seu algoz, mas, ao mesmo, obrigando-a a ajoelhar-se frente o membro exposto do criminoso que a tudo olhava incapaz de ensaiar qualquer reação. Com um movimento digno de uma dominadora, a mulher obrigou que a jovem tomasse na boca aquele membro enorme e grosso cuja pujança já dava claros sinais da excitação do sujeito que estava completamente a mercê dos comandos da recém-chegada. Florence ainda sem entender muito bem o que estava acontecendo, abocanhou aquela peça de carne descomunal chupando-a com toda a força de seu ser e lambendo-a como uma cadelinha servil e obediente. Jefferson estava em pleno êxtase, sentindo o carinho com que Florence lambia e chupava seu membro ainda sobre o comando e controle da recém-chegada que, aos poucos tornava-se a anfitriã de um bacanal inesperado. Ainda sem entender bem o que acontecia à sua volta Jefferson mal percebeu quando a mulher de olhos profundos o despiu por completo exibindo seu corpo atlético e bem cuidado por uma vaidade infinitamente além de qualquer expectativa.
As mãos dela passeavam pelo dorso nu do criminoso que tinha os olhos semicerrados em uma franca demonstração do prazer que estava sentindo. As chupadas e lambidas de Florence, embora tímidas a princípio, tornavam-se, pouco a pouco, mais esmeradas e apuradas, proporcionando um intenso prazer no marginal que tinha a respiração acelerada, emitindo gemidos contidos para não denunciar o quanto aquilo estava sendo bom. Passado algum tempo, Jefferson gozou ejaculando na boca de Florence urrando de prazer e de satisfação. “Trata de engolir tudo, sua vadia! Não deixe nada escorrer, senão vai apanhar até sangrar!”
Florence engoliu toda a carga de esperma que Jefferson despejara em sua boca, resignada com seu destino de ser humilhada para salvaguardar a vida do pai e do irmão. A anfitriã olhava para aquele casal insólito com um sorriso estranhamente sarcástico nos lábios, com um ar de quem saboreava não o tesão que estava no ar, mas sim o sofrimento impingido à Florence, … uma virgem submetida aos devaneios de um criminoso sem escrúpulos e que apenas queria saciar seu desejo animal em uma franca demonstração de poder de vida e de morte sobre as pessoas.
Jefferson ainda se recuperava do orgasmo que lhe fora propiciado por Florence quando observou incrédulo a visitante desconhecida tomar a jovem nos braços jogando-a por sobre um sofá deixando a jovem com o traseiro à mostra, elevado e oferecido em uma posição que deixou todos os homens daquela sala extremamente excitados com aquela visão do paraíso na terra, … afinal, Florence tinha um lindo traseiro, com nádegas bem feitas e firmes que eram realçadas por sua cintura juvenil e suas pernas bem torneadas. O criminoso olhou para a visitante imaginando que intenção tinha ela em mente quando forçou que Florence ficasse naquela posição. E o que veio a seguir apenas confirmou as suspeitas do marginal.
A estranha que havia surgido do nada caminhou na direção de Gonçalo e depois de libertá-lo das amarras feitas pelos capangas de Jefferson, conduziu-o até a irmã, ordenando que ele deflorasse o ânus da menina. Gonçalo olhou para todos na sala com um olhar horrorizado, detendo-se em Jefferson quase numa súplica de que ele intercedesse em favor de sua irmã. Mas o sujeito, inescrupuloso por natureza, apenas sorriu um sorriso irônico e ameaçador indicando que o rapaz não tinha qualquer escolha. Gonçalo, mesmo sabendo das consequências de seus atos, recusou-se a fazer o que lhe fora imposto, olhando para a estranha que tinha um olhar cujo negror parecia mais ameaçador do que as exigências do traficante.
- Se ele não vai comer a irmã, … então, você fode com ele!”; a ordem da estranha ressoou por todo o ambiente e o tom gutural fez a alma de todos tremer com um medo quase primal. Jefferson, cegado pela situação insólita, porém, deliciosamente obscena, não hesitou, caminhando até o rapaz e arrancando-lhe as calças e a cueca, jogando a vítima no sofá ao lado da irmã e tencionando um coito anal bastante doloroso.
Lamentou-se quando percebeu que sua ereção não era completa, mas ficou ainda mais surpreso quando a estranha tocou-lhe o membro, provocando uma excitação inesperada que fez com que o mastro do sujeito experimentasse um “renascimento” inexplicável cuja pujança era tal que parecia estar além do corpo e da alma do criminoso, que não preocupando-se com explicações inúteis currou o garoto, fazendo com que ele urrasse de dor à medida em que aquele membro enorme rasgava-lhe as entranhas em uma penetração repleta de sofrimento e humilhação. Thomaz, o pai, era obrigado a ver tudo aquilo com lágrimas escorrendo de seus olhos, imaginando como pudera chegar em uma situação como aquela, vendo seus filhos serem agredidos violentamente por um homem cruel e sanguinário.
Jefferson estocou o ânus de Gonçalo com tanta força, impingindo uma dor crescente que não dava tréguas ao rapaz que urrava, choramingava e implorava que aquilo tudo acabasse. A visitante, mais uma vez, deliciava-se com aquele espetáculo grotesco que parecia agradar não apenas ao criminoso como também aos seus capangas que riam baixinho divertindo-se com a submissão de Gonçalo e o consequente sofrimento advindo da penetração vigorosa de seu chefe. Jefferson estocou o quanto pode o ânus de Gonçalo, esforçando-se até o limite de suas energias, até que o orgasmo lhe sobreveio causando-lhe estertores e contrações musculares involuntárias enquanto ejaculava dentro do garoto.
A anfitriã desconhecida soltou uma gargalhada sonora e repleta de maldade, divertindo-se com a submissão de Gonçalo ao vigor másculo de Jefferson que parecia tontear ante o esforço desprendido naquela curra imperdoável. Mas, ao que tudo indicava, a tortura ainda não havia acabado, pois a tal mulher caminhou até o pai do casal e puxou seu corpo em sua direção, libertando-o da mesma forma que fizera com seu filho e ordenando que ele se despisse imediatamente.
Thomaz ficou sem ação, não sabendo o que fazer, mas um sonoro tapa desferido em seu rosto, dado pela estranha fez com que ele se desse conta da situação insólita em que se encontrava que exigia que ele fizesse o que lhe mandavam sob pena de ver seus filhos sofrerem as consequências. O homem de meia-idade, despiu-se com a rapidez que lhe era possível face àquela situação insólita e assim que viu-se nu percebeu também o olhar guloso da visitante que parecia querer devorá-lo, sugando sua essência até a última gota. Ela encostou seu corpo ao de Thomaz sentindo-lhe o calor e o suor que escorria às bicas e acariciando seu peito com suas mãos finas, delicadas e gélidas (um frio quase que mortal!, pensou o homem).
Em poucos minutos ela tinha o membro endurecido do indefeso pai em suas mãos, massageando-o com certo vigor, provocando-lhe a excitação que Thomaz supunha não ser possível de ocorrer dada as circunstâncias em que sua família se encontrava, mas que a fisiologia comprovava ser muito mais que possível, já que o membro tornava-se cada vez mais firme e ereto. A anfitriã cuidou do membro de Thomaz até deixá-lo “no ponto”, para, a seguir, conduzi-lo até o local onde sua filha, Florence encontrava-se ainda prostrada na mesma posição em que fora deixada. Thomaz arregalou os olhos incrédulo, … não podia crer na intenção daquela estranha, …
- Vamos lá, “titio”, … quero ver você enrabar a filhinha querida na frente de todos, … Thomaz olhou para a mulher incapaz de pronunciar qualquer palavra ou emitir qualquer som; ele estava em choque com a ordem que aquela mulher detestável havia proferido, … ele simplesmente não podia fazê-lo, … não podia deflorar o ânus de sua única filha! Não podia, … mas, por outro lado, ele sabia muito bem que o destino de todos de sua família naquela sala já estava selado há muito tempo; mais cedo ou mais tarde eles estariam mortos por vontade de Jefferson, … Thomaz supôs que aquela mulher talvez fosse alguma espécie de serviçal demoníaca do traficante, trazida ali apenas para satisfazê-lo em sua insano senso de poder de vida e de morte sobre tudo e sobre todos.
Porém, um par da tapas em seu rosto, desferido pela anfitriã, que agora tinha um olhar odiosamente sarcástico, fez com que Thomaz fosse dolorosamente despertado de suas divagações, compreendendo que não havia escolha, … ele tinha que fazer o que a anfitriã havia lhe ordenado, mesmo sabendo que iria odiar-se pelo resto de seus dias.
Thomaz aproximou-se da filha e depois de sussurrar-lhe um doce pedido de perdão segurou as nádegas de Florence, abrindo-as docemente enquanto avançava seu membro duro na direção do orifício incólume da menina. Mas antes que ele continuasse, a estranha que acompanhava tudo bem de perto – saboreando cada segundo de sofrimento de Thomaz e de sua filha – aproximou seu rosto do vale entre as nádegas da moça cuspindo saliva e espalhando-a com a língua hábil e experiente. E quando terminou, voltou seu olhar para Thomaz, sinalizando que ele podia continuar com a sua “tarefa”.
O sujeito, com o coração estraçalhado e a alma em pedaços, empurrou sua pélvis, arremetendo a glande inchada na direção do ânus de Florence, invadindo-o com um só golpe, cujo impacto provocou um grito insano da jovem que de tão alto ressoou por todo o ambiente, reverberando na alma de cada uma das pessoas que estava naquele recinto. Thomaz, mesmo sentindo-se o pior homem da terra, não compreendia como era possível manter a ereção ante aquela cena, no mínimo, dantesca e horripilante. Ele hesitou em persistir com sua investida, porém, as mãos da anfitriã tocaram-lhe as nádegas forçando a penetração que prosseguiu causando dor e sofrimento ao corpo de Florence que sentia as estranhas arderem em uma inexplicável ferida interior que lhe corroía o corpo por dentro e pulsava por fora.
Thomaz, vencido pelo enorme poder de dominação da estranha, quedou-se ante o inevitável; avançou até que seu membro desaparecesse no interior do ânus rasgado de sua filha. Havia dor, mas, no mesmo tempo, proporcionava um prazer insólito no espírito de Jefferson e de seus capangas que riam e divertiam-se com aquela cena, vendo um homem de meia-idade praticando sexo anal em sua própria filha. Sob o comando da estranha, Thomaz iniciou movimentos de vai e vem, extraindo e retornando ao interior do ânus de Florence numa curra insolitamente feroz; por um momento ele sentiu-se dominado por uma força incompreensível que o fazia sentir prazer naquele sexo obsceno e proibido.
O pai trepava no traseiro da filha, agora, mais se parecendo com um fauno insaciável cuja única intenção na vida era sentir prazer com a dor causada ao sangue de seu próprio sangue. A anfitriã desconhecida fitava o rosto de Florence que também havia se transmutado; ela gemia e sibilava demonstrando que também sentia imenso prazer ao ser currada pelo próprio pai! Seu rosto era a mais perfeita expressão da obscenidade do prazer obscuro e proibido que teimava em deixar claro que aquele homem que penetrava tão vigorosamente – mesmo sendo seu pai – lhe causava tanto tesão que apenas isso importava.
Nesse clima perverso e insano, os dois chegaram ao orgasmo, com Thomaz ejaculando furiosamente no interior de sua filha, inundando-a com uma enorme onda quente e viscosa de sêmen, enquanto urrava como um animal selvagem que havia conseguido saciar seu instinto mais baixo. Florence por sua vez, gemia balbuciando palavras desconexas, evidenciando que também ela havia sucumbido ao prazer causado pelo pênis de seu pai.
Quando, finalmente, aquele ato grotesco chegou ao fim, Thomaz caiu de joelhos alternando uma respiração ofegante com o choro copioso cujos soluços faziam Jefferson e seus asseclas rirem maldosamente, saboreando aquele momento indizível e insólito.
Foi nesse clima que Jefferson, sacando de sua pistola automática, decidiu que era chegada a hora de dar cabo de tudo e de todos. Seus capangas o seguiram, sacando suas armas, engatilhando-as e apontando-as na direção de suas próximas vítimas.
Todavia, a gargalhada quase infernal da estranha fez o sangue congelar nas veias de todos os presentes, enquanto uma aura avermelhada emanava do corpo dela, brilhando com uma intensidade quase cegante. Jefferson, entre sobressaltado e alerta disparou algumas vezes na direção dela, mas, de modo inexplicável, as balas simplesmente dissolviam-se, sendo engolidas pela aura que pulsava de modo assustador, em um crescendo que parecia tomar conta de toda a sala. A mulher continuava rindo e gargalhando quase histericamente, enquanto seu corpo transmutava de forma, deixando aquelas curvas sinuosas e esbeltas serem substituídas por uma silhueta etérea e ameaçadora.
A visitante, agora, era um ser indecifrável, demoníaco, que tinha a pele translúcida, deixando transparecer veias arroxeadas, as mãos substituídas por garras afiadíssimas, assim como os pés que assemelhavam-se a patas de um felino. O rosto, antes lindo e sensual, fora transformado em um escárnio grotesco de pele branca e enrugada com a boca repleta de dentes longos e amarelados. A negrura do olhar tornara-se um buraco escuro de onde emanavam labaredas de fogo azulado intenso.
Jefferson ainda tentou reagir, ordenando que todos atirassem naquela criatura infernal. Mas suas balas de nada serviram para livrá-los da ameaça iminente. Em um movimento absurdamente rápido e preciso a entidade avançou sobre os criminosos, envolvendo-os em uma bruma escura que aos poucos tornou-se sólida como uma prisão avançando na direção dos homens até que faiscou até incandescer-se em um fogaréu que imediatamente consumiu os corpos e almas dos meliantes que foram engolidos, desaparecendo dentro a névoa fulgurante que, logo em seguida, desapareceu da mesma forma como havia surgido.
Em um canto do ambiente, pai e filhos observavam aquela cena, incrédulos e temerosos de seus destinos. A criatura voltou-se para eles e depois de soltar um nova gargalhada satânica, mirou-os com seu olhar incendiário e ameaçador. Thomaz abraçou os filhos, suplicando por clemência e misericórdia. Seu rosto era a expressão de medo e da temeridade ante a possibilidade de que ele e seus filhos fossem as próximas vítimas daquela criatura medonha, cujo olhar flamejante não denotava qualquer hesitação em destruí-los da mesma forma com que fizera, minutos antes, com Jefferson e seus capangas.
Clemência! Não conheço clemência, … apenas dor, … dor e ódio, … ódio e vingança! Suas almas e seus corpos me alimentarão, … clemência não existe de onde venho!”. Com essas palavras a criatura abriu seus braços partindo para cima do trio que de tão atemorizados pareciam estátuas de cera que, em breve, seriam derretidas e consumidas pela criatura, cujas gargalhadas feéricas tomavam conta do ambiente, ao mesmo tempo em que uma nova bruma surgiu envolvendo Thomaz e seus filhos que, em poucos segundos foram consumidos.
Quando tudo acabou, a criatura retornou à forma anterior e com um andar rebolante e sensual retirou-se do ambiente, não sem antes olhar para trás olhando para aquela sala vazia e sem vida, sorrindo maldosamente. Em instantes, ela ganhou as ruas desaparecendo na escuridão que, pouco a pouco, ia sendo rasgada por os primeiros raios de sol da manhã. E quando o dia surgisse com toda a sua luminosidade e calor, o que acontecera na casa de Thomaz e seus filhos seria um mistério desconhecido e inexplicável, cuja verdade pertenceria apenas ao mundo inferior de onde aquela criatura havia sido enviada para cumprir seu destino contínuo de alimentar-se de almas e corpos, quer sejam culpados, quer sejam inocentes.