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A História de Caio, completa e revisada para leitura on line e download e contos inéditos no meu blog:
http://romancesecontosgays.blogspot.com.br/a-historia-de-caio-leitura-on-line-e.html
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Eram 20:00 horas, eu precisava agir. Imediatamente. Ou poderia ser tarde e aquela oportunidade ser perdida. O Caio estava em seu quarto, como ele havia planejado, o cenário estava armado, precisava de todos os atores presentes e o espetáculo poderia começar. Começou as ligações.
- Yoh? Irmão? Desculpa ter sumido, você sabe que eu não concordo com seu ponto de vista. Vim falar com o Caio sobre o que o Roney disse e ele foi ferido pelo verdadeiro espancador. Vem até aqui agora que precisamos cuidar disso. O Caio tá sangrando, mas se nega a ir pro hospital.
Começou:
- Dan? Oi cara. Ramon. To aqui com o Caio. Calma. Não fiz nada de mal a ele. Ele me chamou para conversar e quando cheguei ele tinha sido ferido pelo espancador. Sim, ele não viu o rosto. Pois é. Ele está sangrando e se recusa a ir pro hospital cara. Pode vir? Claro, traz tua mãe, ela é medica.
Ia fazer um terceiro telefonema quando ouve uma voz atrás de si.
- Ramon. Você aqui de novo.
- Oi Efigênia. Não tinha te visto aqui ainda.
- Trabalho para a família do Caio antes dele nascer. - Explicou. - Pode me chamar só de Fi. E vou indo para deixar vocês a vontade.
Só o que faltava, a irmã achava que ele era mais um caso do Caio.
- Irmã. Espera. - Interveio. - Vão chegar umas visitas importantes, o Caio pediu pra você esperar elas irem. Quando todos forem, ele manda o motorista ir deixá-la em casa.
- Tudo bem. - Respondeu ela voltando para a cozinha enquanto ele concluia a ligação interrompida.
- Samia? Oi gatinha. Também gostei da noite. Claro, a gente repete. Escuta, eu estou aqui no Caio. Calma, calma, me ouve. Ele foi atacado pelo verdadeiro espancador. Isso, ele e o Roney juntos podem juntar as pistas para identificar o criminoso. Você pode vir para cá com o Roney?
Pronto. Alea Jacta Est. A Sorte está lançada.
Sentou-se no sofá e pegou o celular e foi ter uma conversinha com a empregada. O primeiro a chegar foi Yoh, como ele esperava.
- Ramon, cade o Caio?
- Calma, ele está bem. A empregada está lá em cima cuidando dele e a mãe do Daniel está chegando, como médica ela pode dar uma opinião melhor sobre o estado dele.
- O que fizeram com ele?
- Foi só uns socos e chutes.
- Ramon. Se você tiver machucado o Caio...
- Claro que não fiz nada, deixa de surtar. E não foi você que queria triturar ele há poucas horas?
- Eu só quero por essa história a limpo.
- Eu também Y. Não aguento mais te ver sofrer assim. Eu me voltei contra você para aliviar esse teu sofrimento.
Tentou dar um abraço no irmão mais foi rejeitado. Doía muito nele ver alguém como o Yohan naquele estado. Um cara tão inteligente que estava sem conseguir até raciocinar direito. Mas aquilo ia acabar. Muito em breve.
Foi interrompido na discussão com Yoh pela chegada de Samia e Roney, ela estava super produzida e ele sabia que era para ele aquele visual caprichado. Ela queria dar de novo e ele acabaria comendo, não era de dispensar uma gata daquelas. Mas aquele não era momento de pensar com a cabeça de baixo e sim a de cima e o importante naquele momento era que nada podia dar errado no seu plano.
- Samia, Roney. Obrigado por virem. Sei que vocês tem todos os motivos para não quererem estar aqui.
- Tudo bem, Ramon. - Falou a Samia encarando-o. Roney nada falou.
- Vocês podem todos sentar. Vamos esperar a o Dan, ele está vindo com a mãe dele.
- Ramon, vou falar calmamente para você entender. Eu quero ver o Caio.
- Y. Vou responder bem calmamente também, ele não está querendo ver ninguém. Vamos esperar um pouco, poxa.
Yohan muito contrariado sentou no sofá junto com Samia e Roney enquanto Ramon permaneceu de pé. Todos se voltaram quando ouviram-se passos descendo a escada, mas era apenas a Fi.
- Tudo tranquilo lá em cima, Fi? - Indagou Ramon.
- Tudo, vim só pegar mais água, mas se ele não ver um médico logo, acho que pode acontecer alguma coisa. - As palavras dela fizeram Yoh dar um pulo do sofá.
- Você não pode querer que eu fique parado com o Caio correndo risco de vida, Ramon. - Esbravejou. - Eu vou subir.
- Y, você não está na sua casa. Está esquecendo o básico de educação que nossa mãe ensinou?
Foi uma alfinetada forte apelar para a educação. Aquilo fez Yohan sentar-se novamente, mais emburrado que da outra vez.
Samia e Roney não demonstraram nenhuma preocupação com a saúde de Caio. Talvez porque ambos estivessem bastante chateados com ele. Mas aquilo de certa forma aliviou Ramon, eram dois raivosos a menos para conter até a hora certa.
Quando finalmente ouviram passos fortes entrando pela sala, Daniel parecia possuído, entrou às carreiras chamando por Caio, Liana corria atrás tentando alcançado e acalmá-lo ao mesmo tempo.
Quando ele entrou na sala e viu todos ali reunidos menos Caio, voltou para Ramon furioso.
- VOCÊ, seu corno. Onde está o meu namorado?
- Está bravinha? - Zombou Ramon. - Fica calmo que a gente precisa resolver uma coisa.
- Resolver o caralho. - Vociferou Daniel puxando Ramon pela gola da camisa. - Eu quero ver o Caio agora e se você tiver feito algo com ele, eu ferro com você.
- Se você não me soltar, garanto que talvez o Caio sofra consequências desagradáveis. - Falou Ramon ameaçadoramente.
Daniel o Soltou e se voltou para o Yoh.
- Yoh, cadê ele?
- Ele está lá em cima ferido, não quer ir para o hospital.
- Vou lá em cima ver ele. - Replicou Daniel fazendo menção de subir as escadas.
- Não vai não. - Sentenciou Ramon.
- Porque Ramon? - Zombou Daniel. - Me diga um motivo porque eu não subiria para ver o meu namorado?
- Porque sua mãe deve ter lhe ensinado. - Respondeu Ramon sacando sua pistola tranquilamente e apontando para Dan. - Que não devemos discutir com uma pessoa armada. Agora sente nesse sofá como uma linda e comportada boneca que todos precisamos ter uma conversa reveladora.
Continua..
P.S: Desculpem a Demora.
PS2: Já to escrevendo o próximo, até 21:30 ele sai.