NO ULTIMO CAPÍTULO...
Nós tomamos banho e fomos para a frente do CT onde meu pais nos esperavam sorrindo orgulhosos...
Nem preciso falar que no caminho inteiro foram tantos elogios, que senti minhas bochechas queimarem...
Quando chegamos em casa fui direto para o Quarto, coloquei as minhas coisas no chão, (é eu sou bagunceiro um pouco hehe)e me deitei, nem acreditava que aquilo acontecia comigo...
Mas essas glórias iriam acabar e virar um inferno...
MEU PEQUENO, MEU AMOR PARTE 14
RECORDAÇÕES INFERNAIS
EXPLICAÇÃO
Para vcs entenderem melhor, eu decidi deixar um suspense no ultimo capítulo, pq todas as minhas mágoas que quero escrever nesse conto explica o quão eu passei de sofrimento por causa de três coisas...
A Dupla Personalidade de Alexandre, o Roberto e a Andressa, agora só fazem o seguinte, imagina eles na mesma
equipe, pois é foi isso mesmo mas explicarei no decorrer nesse conto, vou ser até sincero, mesmo teclando essas palavras já sai lágrimas de meus olhos, E EU NEM COMEÇEI...
CONTINUAÇÃO
Depois daquela vitória gloriosa, fomos festejar um pouco, zoar e depois nos concentramos de novo, fomos
normalmente cada jogador para sua respectiva casa, o meu baixinho me disse que tinha que ficar em casa por causa da natação que ele tinha, e era segunda de noite, já que ele estudava de manhã...
Fui para casa normalmente, e logo dormi, aquele jogo sugou todas as minhas energias, foi apenas o prazo de eu colocar o meu equipamento para lavar, e ir para cama, só cai e dormi no mesmo instante...
No decorrer da semana eu fui ás aulas e aos treinos normalmente (só quero passar disso logo pq não tem muita importância)...
No jogo foi difícil, muito difícil empatamos com o Grêmio primeiro colocado, e o pelotas perdeu para o Novo Hamburgo, no qual ganhamos pelo meu sortudo gol...
E na pontuação da liga dos juniores ficamos todos empatados, mas o saldo de gols foram os verdadeiros resultados, o grêmio sagrou-se campeão, e o Internacional o meu time de junior, ficou o segundo colocado, e o pelotas terceito...
Bom, comemoramos muito pq a chance de não classificar para a Copa São Paulo de Futebol Júnior era muito grande e
batalhamos muito para conseguir esse resultado...
Como a liga acabou, ficamos de recesso até janeiro, para começar os treinos para a Cobiçada competição...
Mas nesse foi nesse recesso que a minha vida deu uma revira volta...
Vamos adiantar um pouco a minha história...
PORTO ALEGREFoi nessa MALDITA quarta feira, que as coisas começaram a dar errado, realmente, eu comecei o dia com o pé esquerdo...
Como já ficado de recuperação em nenhuma matéria eu fiquei de férias na primeira semana de Dezembro, o
Alexandre tinha a sua ultima aula de natação hoje e entraria de férias...
Mas, no dia seguinte, eu fiquei sabendo que o meu pequeno se afogou e foi para o hospital e eu mais que imediatamente fui apreensivo...
Quando cheguei lá me deparei com o meu baixinho sentado na cama pensativo...
Eu – oi amor...como vc tá? – perguntei vendo ele imóvel, parecia até uma cena de filme de terror...
Eu – Alexandre? Ei meu pequeno fala comigo... – falei me aproximando dele...
Logo levantei o seu rosto delicadamente e ví os seus olhos grandes com a íris verde, era a outra personalidade do meu baixinho...
Alexandre – o que foi Adriano? – perguntou de forma grossa...
Eu – fiquei sabendo que vc se afogou na aula ontem...fiquei sabendo na hora que acordei, me desculpa... – falei vendo ele sorrir maliciosamente e caminhar até a mim...
Alexandre – É SÓ AGORA VC SE IMPORTA COMIGO? – gritou comigo de forma muito rude...
Eu – por favor me escuta... – falei paciente...
Alexandre – PELO AMOR DE DEUS...O QUANTO EU TE GRITEI NAQUELA MALDITA PSCINA E NÃO VI VC ME SOCORRER...VC É UM PÉSSIMO NAMORADO! - cuspiu as palavras e ficando vermelho...
Eu – me escuta... – falei indo até ele, segurei os seus braços, quando ele tinha esse ataque a única forma de acalma-lo era essa, mas não estava funcionando...
Alexandre – EU NÃO QUERO TE ESCUTAR...EU SÓ NÃO TERMINO COM VC PQ ESSE SENTIMENTO QUE EU SINTO POR VC
É MAIS FORTE DO QUE EU...SAIA DO MEU QUARTO...AGORA!!! – gritou se soltando brutalmente e eu sem saída saí mais que depressa, com os olhos vermelhos, chorando muito...
Eu sai de lá e vi pelo vidro que tinha na porta ele bater no seu travesseiro brutalmente...
Eu – o que houve com vc? – perguntei baixinho com os olhos transbordando de lágrimas...
Eu limpei as minhas lágrimas e fui até onde a mãe dele estava e quando cheguei lá...
Estela – oi Adriano – ela reparou meu estado – o que houve querido? – perguntou preocupada...
Eu – a dupla personalidade dele atacou de novo...mas dessa vez...ele não voltou ao normal...continua frio e calculista... – falei vendo ela baixar a cabeça...
Estela – não se preocupa...o médico disse que ia fazer um exame nele e ia descobrir o que houve ok...não fique triste... – falou acariciando as minhas costas...
Logo o doutor chegou...
Doutor – Estela...vem comigo...o exame saiu... – disse a chamando até a sua sala...
Doutor – pode vir vc também... – falou para mim e eu fui também...
Quando chegamos na sala vi que tinha um quadro que era luminoso, e ele colocava o exame que ele fez na cabeça do meu pequeno...
Doutor – bom o estado dele é regular fisicamente, mas mentalmente é grave, - ele executou um programa no computador e reproduziu a animação no data show – isso era antes, estava tudo bem, mas ele engoliu água demais, e os pulmões dele estavam em busca de ar, mas invés disso, foi para o cérebro, e aconteceu isso – ele apertou uma tecla, a imagem do cérebro se manchou e se espalhou por toda cabeça - isso é agora, atacou os sentimentos, e a personalidade, já sabia que ele tem dupla personalidade e isso – ele apontou para a imagem – fez com que piorasse o estado mental dele...
Estela – quer dizer que... – foi interrompida...
Doutor – quer dizer que a outra personalidade dele pode ser permanente... – falou fazendo ela e eu chorar muito...
Eu – Meu Deus... – falei pensando que o meu pequeno não seria mais aquela pessoa doce, gentil e amorosa e iria ser aquela pessoa calculista, fria e furiosa...
Eu saí de lá e fui para casa foi muitas emoções que me senti muito ruim com isso, sentia que isso tudo era culpa minha, por não ter cuidado dele direito...
Logo dormi e acordei no dia seguinte, e vi o meu celular tocar e atendi e ouvi a voz da Estela nervosa, com certeza não era coisa boa...
Estela – Adriano? Vc tem que achar o Alexandre...ele recebeu alta hoje e disse que ia sair com a Andressa – até ai
tudo bem – mas...eu liguei para ele agora a pouco e ouvi ele conversar com o Roberto – agora o inferno começou...
Eu – onde ele tá...ME FALA ONDE ELE TÁ – gritei angustiado...
Estela - Ele me disse que ia para ai na sua casa... – eu nem tinha entendido o contexto de “vc tem que achar o
Alexandre” sendo que ele vinha para minha casa...
Eu - o que? – quando ouço a porta bater fortemente e vi o Alexandre de roupa casual me olhar com olhar frio e calculista, os olhos das íris grandes e verdes, não era O MEU PEQUENO...NÃO ERA ELE...
Eu deixei o meu telefone cair, fiquei apavorado...
Alexandre – surpreso? – perguntou rindo debochadamente...
Eu – mas...como... – me embaracei todo não tinha palavras...
Logo escuto...
Andressa – oi Adriano... – falou me olhando de forma consumidora...
Roberto – olá moleque... – disse ficando atrás do meu pequeno...
Eu – o que está havendo? – perguntei sem entender...
Quando vi uma coisa que não acreditei...o Alexandre sacou a arma e apontou para mim...
Alexandre - vc vem conosco... – falou apontando a arma para mim e eu levantei as mãos...
Logo vi o Mariano entrar e ficar sem entender porra nenhuma...
Mariano – Dinho...o que está havendo aqui...pare... – foi interrompido pq ele tomou um tiro...isso mesmo...um tiro da arma do Alexandre...
Eu – MAARIANOO... – gritei vendo ele cair...
Mariano – AI CARALHO MEU BRAÇO... – gritou deitado no chão...
Alexandre – é bom vc não se intrometer viu Mariano...se não a próxima bala vai parar no seu cérebro... – falou vendo o meu irmãozinho caído no chão se contorcendo de dor...
Eu – é só eu que vc quer...pode me levar e fazer o que quiser comigo...mas não machuca mais ninguém... – falei me entregando...
Roberto – bom garoto... – falou pegando uma algema que nem sei onde ele pegou e colocou nos meus braços...
Andressa – não espera..cadê o André...quero acertas as contas com ele... – ela olhou para mim – não se preocupa
cunhadinho...ele não me entrega uma boa gorjeta a muito tempo e tô aqui para cobrar... – falou sorrindo safadamente...
QUE CACHORRA VOU MATAR ELA...
Alexandre – não melhor...quero que leve todos...eles tem que ver o sofrimento dele de perto... – falou me olhando...
Eu – não...tudo menos isso... – falei com medo e deixando as lágrimas caírem...
Roberto – boa ideia...sabia que vc era o meu afilhado... – disse bagunçando o cabelo de Alexandre...
Eu tentei me debater mas o Alexandre foi mas rápido pegou clorofórmio e jogou em um pano e colocou bem no meu nariz...
Alexandre – shi...shi...boa noite... – falou isso e apaguei...
NARRAÇÃO ALEXANDRE DE MELO...
O que está havendo comigo, onde estou, parece que estou em um poço sem fundo na escuridão, mas logo depois veio uma luz e vi o meu grandalhão acorrentado me olhando chorando, vi o Mariano baleado no braço e me olhando apavorado, e apenas eu apaguei ele mesmo sem querer, parecia que o meu cérebro não correspondia para os meus movimentos, isso é horrível, vê-lo desmaiado, e o desgraçado me olhando e rindo, a vaca do caralho me olhando e sorrindo da mesma forma, apenas vi ele levar o Adriano nas costas e leva-lo no carro, na minha visão, eu arrastei o Mariano que desmaiou também, mas de dor, do tiro que eu dei nele mesmo não querendo de forma alguma, EU VIA TUDO E NÃO AGIA, NÃO FAZIA NADA, eu sou um imprestável...
NARRAÇÃO ADRIANO DE MORAES...
Eu acordei acorrentado em uma cadeira, minha cabeça doía por causa do cheiro forte de clorofórmio, e vi o
Alexandre bem perto de mim me olhando e sorrindo, tinha certeza que não era ele...ele não é um psicopata...
Eu estava amordaçado, o maldito do Roberto olhou para mim e sorriu...
Roberto – aí ô Alexandre...o seu namoradinho acordou... – disse rindo debochadamente...
Alexandre caminhou até a mim, e me desferiu um soco, e o mais incrível é que eu não fiz nada de mal com ele, só foi falta de informação mesmo assim ele parecia estar se vingando de mim, de uma coisa que eu não fiz com ele...
Alexandre – Seu Maldito...me colocou naquela porra de Natação só para me afogar...toma – disse dando socos na minha cara sequencialmente...
Detalhe...ele mesmo quis fazer natação...e eu ainda perguntei para ele “vc tem certeza” e ele confirmou “sim quero muito” ele MESMO QUIS EU NÃO FIZ NADA...
Eu não reagia e ele viu isso...
Alexandre – ah tive uma ideia...hehe...ô roberto...me bate...quero vê-lo sofrer agora...pode com força... – disse bem próximo a mim, ele estava possesso, essa outra personalidade dele, é muita pior...tem que ser tratada...e tenho certeza o meu baixinho não teria coragem de fazer o que o outro “ele” tá fazendo comigo...
O maldito começou a bater nele, forte, eu me debatia na cadeira e gritava que era abafado pela mordaça, chorava vendo aquela cena que até hoje não sai da minha cabeça, isso é imperdoável, ele sorria enquanto sofria, isso era sadomasoquismo, ele sentia prazer enquanto sofria os tapas...
Alexandre – ai...adorei...agora...solta ele...vamos acabar com isso... – mandou o maldito me soltar ele tirou a minha corrente e rapidamente tirei a mordaça, e gritei...
Eu – VC ME AMA? – gritei vendo ele rir muito...
Eu não havia reparado, mas os meus dois irmãos estavam acorrentados nas cadeiras mas afastadas de mim...
Alexandre – não...eu não te amo mais Adriano... – falou ainda rindo...
Eu – TENHO CERTEZA QUE VC ME AMA... – mal terminei de falar e o maldito me deu um soco no estômago...
Roberto – para de falar...porra sua voz me irrita... – eu perdi a cabeça com ele...
Eu – CALA A BOCA SEU MALDITO...FILHO DA PUTA...INVEJOSO... – quando terminei de gritar com ele dei uma cabeçada forte na cara dele, e dei um gancho e ele caiu desmaiado...
Meus olhos estavam vermelhos de raiva, e fui correndo até o Alexandre mas ele deu um tiro no meu ombro direito...
Alexandre – NÃO CHEGA PERTO DE MIM... – gritou apontando a arma para mim que ainda saia fumaça do cano...
Eu senti uma dor maldita, nossa o meu ombro estava jorrando sangue, mas mesmo assim eu me levantei e andei para perto dele e ele deu outro tiro...cada tiro que eu tomava era um flash na minha visão, lembrava, do meu pedido de namoro, outro tiro, da nossa primeira vez juntos, outro tiro na perna, do meu gol no time que ele me deu assistência no dia anterior...
Tudo isso era passado, estava com quatro balas alojadas no meu corpo, eu com minhas ultimas forças ajoelhei diante dos seus pés, ele me olhava com ódio, e eu disse...
(ai eu vou chorar)
Eu – lembra do que...que eu te falei? – perguntei fraco...
Alexandre – não...não me lembro... – disse com olhar de fúria em suas grandes íris verdes...
Eu – não...não importa se me internarem...sempre estarei ao seu lado...pq eu te amo... – falei com a minha visão escurecendo...
Logo seus olhos ficaram azuis, e a íris diminuiu...
Alexandre – Adriano? ADRIANO FALA COMIGO... – só me lembro disso e mais nada...
NARRAÇÃO ALEXANDRE DE MELO...
Eu eu matei o meu amor? Eu...eu sou um monstro...eu estava ajoelhado diante do Adriano, seu corpo perdia muito sangue, logo o SAMU veio e o socorreu e eu fui para o hospital, estava arrasado, eu dei quatro tiros no Adriano...e via tudo mas não fazia nada para impedir...ficava só assistindo, eu soltei o André e o Mariano que eu me sentia um merda ele fez tudo aquilo por mim, queria me trazer de volta, mas, eu voltei só quando ele estava já inconsciente...
Logo o cheguei no hospital, e sentei na sala de espera, e o Mariano também estava na cirurgia tirando a bala do braço, e eu, me sinto vontade de matar eu mesmo, e a Andressa? sumiu!
CONTINUA...
