NO ULTIMO CAPÍTULO...
NARRAÇÃO ALEXANDRE DE MELO...
Eu matei o meu amor? Eu...eu sou um monstro...eu estava ajoelhado diante do Adriano, seu corpo perdia muito sangue, logo o SAMU veio e o socorreu e eu fui para o hospital, estava arrasado, eu dei quatro tiros no Adriano...e via tudo mas não fazia nada para impedir...ficava só assistindo, eu soltei o André e o Mariano que eu me sentia um merda ele fez tudo aquilo por mim, queria me trazer de volta, mas, eu voltei só quando ele estava já inconsciente...
Logo o cheguei no hospital, e sentei na sala de espera, e o Mariano também estava na cirurgia tirando a bala do braço, e eu, me sinto vontade de matar eu mesmo e a Andressa...sumiu!
MEU PEQUENO MEU AMOR PARTE 15
ARREPENDIMENTO
CONTINUANDO...
NARRACÃO ALEXANDRE DE MELO...
Eu estava tenso na sala de espera do hospital, faziam 13 horas que o Adriano estava na sala de cirurgia, eu estava
chocado comigo mesmo como que eu dou quatro tiros NA PESSOA QUE EU AMO?
Isso para mim era o ápice, o Adriano não vai me perdoar, eu sou um bipolar e ainda por cima um psicopata, sadomasoquista eu sinto ódio de mim mesmo, mas sou surpreendido com a minha mãe entrando no hospital, estava
chorando e me abraçou, Deus aquele abraço me confortou muito, sentia suas lágrimas pingarem no meu rosto, e ela simplesmente me disse...
Mãe – não vão tirar o meu bebe de mim... – falou entre lágrimas...
Eu – do que vc tá falando mãe? – perguntei limpando as lágrimas dela...
Mãe – A Andressa foi na delegacia, e te denunciou de tentativa de homicídio, e lesão corporal estão de procurando por mandato de prisão, não vou deixar eles te levarem... – disse me abraçando forte...
Eu – mas de qualquer forma eu tenho que pagar mãe...de um jeito ou de outro... – falei vendo ela me olhar triste...
Mãe – mas não era vc...foi culpa da sua dupla personalidade... – falou me acariciando...
Eu – de qualquer forma eu vou ser preso mesmo...mas mãe por favor...para de chorar se não eu choro junto... – falei fazendo ela sorrir...
Mãe – tá bom seu chato... – disse me abraçando...
Logo quando dou por mim, os policias já estavam na sala...
Policial – Alexandre de Melo Cabral? – falou olhando todos os presentes na sala de espera...
Eu – sou eu... – falei me levantando...
Policial – temos um mandato de prisão contra vc...por favor nos acompanhe até a delegacia... – disse pegando a algema...
Eu – precisa algemar? – perguntei o encarando...
Policial – sim, é preciso filho... – falou me algemando de forma bruta, e senti dor pq ele apertou muito forte...
Ele me guiou até a viatura e me empurrou para dentro e fechou o “camburão” e fui diretamente para a delegacia...
NARRAÇÃO ADRIANO DE MORAES...
Eu acordei e estava na sala de cirurgia, mas não sentia nada, estava anestesiado tentei me mover mas meu corpo
estava inteiro paralisado e logo escuto...
Enfermeiro – Doutor...ele acordou... – disse apavorado...
Doutor – coloque a mascara nele... – falou e vi o enfermeiro colocando a mascara em mim, e apaguei de novoLogo depois acordei em um quarto e vi flores e balões no criado mudo ao lado da minha cama, minha visão estava embaçada por causa da forte luz, e vi alguém sentado na poltrona ao lado da minha cama...
Quando a minha visão voltou ao normal e a pessoa era o André...
André – Graças a Deus que vc acordou... – falou me olhando com os olhos inchados e vermelhos...
Eu – cadê...cadê o Alexandre... – perguntei com a voz fraca...
André – ele...foi preso... – falou isso e minha reação foi instantânea...
Eu – eu sabia... – falei triste...
André – ele é um louco...quase matou vc na minha frente e na frente do Mariano... – falou me encarando...
Eu – não...ele não é louco...ele só tem um problema...ele tem dupla personalidade... – falei com ele ficando surpreso...
André – Dupla Personalidade? Ele é bipolar? – perguntou chocado...
Eu – sim...ele só precisa se tratar...só isso... – falei e o André concordou...
André – eu não acredito que a Andressa estava ao lado deles... – falou deixando uma lágrima escapar...
Eu – ela já sabe que nós descobrimos o que ela é de verdade...velho ela ia te matar...mas ainda bem que eu não deixei...mas mesmo assim quase custou a vida do Mariano... – falei vendo ele me olhar incrédulo...
André – quem era aquele cara? – perguntou me olhando entristecido...
Eu – o padrasto do Alexandre...ele abusou do meu pequeno e eu dei um trato nele... – eu expliquei do começo até o
fim e ele entendeu tudo...
Do nada nós vimos a porta ser aberta e meu pai e minha mãe surgiram apreensivos...
Mãe – o que houve com vc meu filho? – perguntou chorando...
Eu – ei...não chore...eu tô aqui não é? – perguntei e ela limpou as lágrimas...
Eu – bom... – eu expliquei tudo de novo para eles, e eu tinha esquecido que os meus pais foram a uma viagem a negócios, por isso não tinha ninguém no dia do “ataque”...
Pai – eu mato aquele infeliz... – falou incrédulo...
Mãe – ele usou o Alexandre para deixar vc assim? – perguntou me vendo deitado na cama...
Eu – mãe entenda...ele tem dupla personalidade e por isso aconteceu...houve um incidente com ele e o maldito do Roberto usou o baixinho contra mim... – falei sem reação...
Pai – onde ele está? – perguntou com uma cara de “vou acertar as contas com ele”...
André – ele foi preso, está na delegacia xxx – falou o local e meu pai saiu em disparada...
Eu tentei gritando por ele mas não me escutou e eu fiquei com medo do meu pai fazer sei lá o que com o meu pequeno...
Mãe – vai ficar tudo bem... – ela lembrou do Mariano e vi ele chegando com o braço engessado no meu quarto...
Mariano – oi gente... – falou envergonhado...
Eu – e ai maninho como vc tá? – perguntei e ele estava com o seu braço direito engessado por causa do tiro...
Mariano – vou indo...a bala acertou o osso do meu braço, e o médico teve que removê-la e me disse que tinha que
engessar...vou ter que ficar com isso por mais dois meses... – falou vendo a minha mãe me olhar incrédula...
Mãe – VC DEIXOU ELE FAZER ISSO COM VC E ISSO COM ELE? – gritou furiosa...
E eu pensei “pronto fudeu tudo agora” pq se o braço dele estava engessado a minha perna também estaria, e logo pensei que o futebol já era...
Eu expliquei a ela tudo novamente e ela finalmente entendeu...
Mãe – tudo bem...agora querido descanse... – falou fazendo cafuné no meu cabelo e logo adormeci...
NARRAÇÃO ALEXANDRE DE MELO...
Eu fiquei dando depoimento por mais de duas horas e o Delegado entendeu e me encaminhou para um psicólogo, e eu
fui mas quando ia saindo da delegacia o pai do Adriano me pegou de forma bruta...
Luiz – o que vc pensa que é? Quase matou o meu filho caralho! – disse me sacodindo e com os olhos vermelhos de plena fúria...
Eu – por favor...me deixa explicar... – falei já deixando uma lágrima escapar...
Luiz – sim...mas em um lugar melhor... – ele pegou o papel da minha mão e leu...
Luiz – hum...então vc vai para um psicólogo... – ele pegou o meu braço de forma bruta...
Eu – ai...ai vc tá me machucando... – falei vendo ele sorrir maliciosamente...
Luiz – VC VEM COMIGO! – disse me levando brutalmente para o seu carro, eu fiquei com medo do que ele iria fazer, apenas obedeci já chorando apavorado...
Eu – me deixa explicar...por favor... – falei choramingando...
Luiz – então explique...TUDO MEU ENTIADINHO TUDO! – gritou puto e batendo a mão no volante de forma ignorante...
Eu – tudo começou quando... – falei para ele desde o meu afogamento e até o “sequestro” que houve com ele...
Luiz – espera...vc se lembra, mas não fazia nada pq? – perguntou olhando nos meus olhos, parecia que a qualquer momento ele ia me bater...
Eu – não sei como explicar, mas parecia que eu parecia uma marionete, e o “meu outro eu” fazia aquelas coisas horríveis com ele... - minha voz ficou embargada – eu tentava de qualquer jeito tomar os meus movimentos para parar de machuca-lo, eu parecia lutar contra eu mesmo, eu tentava a todo custo, mas eu não conseguia... – falei já chorando...
Luiz – que desculpa mais esfarrapada... – eu reparei que chegamos no local onde estava agendada a minha consulta – me faz um favor? – perguntou me olhando com decepção...
Eu – qual favor? – perguntei olhando para ele...
Luiz – fique longe do meu filho...senão não vai ser a polícia que vai te prender, eu sou capaz até de te matar vc me entendeu? – quando ele me falou aquilo senti uma forte pontada no meu coração...
Eu – sim eu entendi...ficarei longe dele... – falei saindo do carro e ele saiu cantando pneu dali...
Eu limpei as lágrimas, ergui a cabeça e fui ao consultório do psicólogo, eu tinha que fazer isso...
NARRAÇÃO ANDRÉ LUIZ DE MORAES...
Eu via o meu irmão, meu parceiro, meu amigo dormir profundamente, e eu estava ao lado do Mariano que estava
triste, eu não sabia o que aconteceria com ele, com o tiro na perna dele, ele poderia nunca mais jogar futebol, e ele
é um excelente goleiro...
Mas agora por causa de um relacionamento que ele se meteu com o Alexandre, resultou nisso...
Agora ele está internado e acabou de passar por uma cirurgia POR CAUSA DELE QUE ATIROU NO MEU IRMÃO...
Logo o Mariano disse...
Mariano – André...isso tudo é minha culpa... – falou deixando uma lágrima escapar...
Eu – não mano...não é culpa sua... – falei sentindo as lágrimas dele na minha calça...
Mariano – é sim...eu vi eles entrarem, e ia já tirar satisfação com eles, mas ai eu vi o Alexandre, e eu não disse nada por que ele já “é da casa” e eu não falei nada... – disse chorando...
Eu – ei...vc não sabia dessa doença do Alexandre...nem eu...isso não é culpa de ninguém...foi apenas um acidente...
Quando terminei de falar vi o meu pai entrar no quarto possesso de raiva...
Pai – agora quero ver aquele veadinho vir fazer mal para o meu filho... – disse olhando para mim...
Eu – o que vc fez pai? – perguntei já com medo...
Pai – eu dei uma chacoalhada nele para ele aprender a mexer com o meu garoto... – falou sorrindo sarcasticamente...
Eu – pai vc não fez nada com ele não é? – perguntei com medo daquele sorriso maléfico do meu pai...
Pai – eu só ameacei ele para ele ficar longe de nós, se não eu acabo com a raça dele... – falou e eu simplesmente ouvi...
Dinho – se vc tocar em um fio de cabelo dele considere-se uma pessoa morta... – falou e todos nós olhamos para ele...
Eu – ah mano como vc se sente... – perguntei mais aliviado...
Dinho – me sinto melhor... – falou sorrindo...
Não sei pq mais o que a Andressa falou é verdade, ele fica mais bonito com o aparelho nos dentes...
Pai – filho...ele quase te matou...não quero ver aquele menino mais na minha casa... – falou de cara amarrada...
Dinho – mesmo assim...eu amo ele porra...e ele tem dupla personalidade, entenda isso aquilo é só uma doença... –
falou raivoso...
Pai – filho...não quero discutir com vc... – falou se virando...
Logo vi o Adriano se levantando e se sentando na cama, o aparelho que estava monitorando os batimentos cardíacos denunciaram que o coração dele se alterou por causa do stress que ele estava passando...
NARRAÇÃO ADRIANO DE MORAES...
Eu estava ficando com raiva, sentia o meu coração palpitar mais rápido, e nem sei como me sentei naquela cama,
logo o meu pai se virou para mim...
Pai – filho por favor me entenda, eu não quero ver mais aquele menino na minha casa... – disse me olhando impacientemente...
Eu – então quando eu receber alta, eu vou ficar na casa dele...EU AMO ELE CARALHO... – gritei já sem paciência...
O aparelho cardíaco já estava apitando igual se fosse uma bomba que estava prestes a explodir...
Mas o pior ainda não estava naquele estresse...
Logo a porta se abriu, e saiu a maldita, vagabunda e puta da Andressa que estava sorrindo maliciosamente...
Andressa – olá pessoas... – falou com uma cara que fiquei vermelho de raiva...
André – O QUE VC TÁ FAZENDO AQUI O VAGABA? – gritou ficando na frente do Mariano...
Andressa – só avisar, que isso é só o começo meu querido... – disse me ameaçando...
Eu – Quando eu sair dessa cama eu vou te matar! – falei possesso de raiva...
Andressa apenas ria, e eu ia socar aquela cara daquela vagabunda, eu estava fazendo força para me levantar, mas André me segurou...
André – não vale apena...vc ainda não tá recuperado...calma...mano...isso calma...respira...isso... – disse me acalmando e eu sentia minhas lágrimas fluírem...
Eu estava chorando de raiva...
Eu – eu vou matar ela cara... – falei e não vi mais a sua imagem na porta do meu quarto...
André – calma...ela não vai mais vir aqui calma... – falou me acalmando...
E por incrível que pareça o meu pai não fez nada apenas ficou olhando...
CONTINUA...