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A História de Caio, completa e revisada para leitura on line e download e contos inéditos no meu blog:
http://romancesecontosgays.blogspot.com.br/a-historia-de-caio-leitura-on-line-e.html
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Todos os momentos que se seguiram poderiam ser misturados em um caleidoscópio de muito prazer, desejo contido, saudade. Eu deixei de lado meu orgulho, meu rancor, minha mágoa. Deixei meu corpo e meu coração falarem por si só e me guiarem naquela noite. Não exatamente como saímos da sala e fomos parar em sua cama. Era uma cama maior ainda que aquela do velho apartamento. Eu lembrei das minhas fantasias com ele na minha cama nova e achei irônico que ia realizar naquela outra cama.
Eu arranquei as roupas dele e ele arrancou as minhas, sem que parássemos de nos beijar. Ele me jogou na cama e simplesmente pulou em cima de mim. Sua língua invadiu minha boca novamente, me fazendo sentir aquele gosto tão dele, tão meu. Ele desceu com a língua do meu queixo até o meu sexo, e novamente fez o mesmo da outra vez. Senti sua língua envolvendo meu membro e suspirei de prazer. Completamente entregue, deixei que ele levantasse minhas pernas e me lambesse por trás também. A explosiva combinação de sexo oral na frente e por trás me fez alcançar um orgasmo bem antes do que esperava, gozei muito na boca dele meu tesão acumulado de meses.
Mais uma vez ele veio me beijar após meu orgasmo, mas dessa vez enquanto nos beijávamos, bebeu junto comigo o produto do meu prazer. Ele não se cansava nunca de me fazer experimentar coisas diferentes. Eu preferia o gosto do sêmen dele que do meu, não sei porque, mas aquela experiência foi simplesmente algo inenarrável. Percebendo seu pênis em ponto de bala, fui retribuir o prazer que ele acabara de me dar. Cai de boca, que saudade do gosto, do cheiro, da textura daquela rola. Fechei os olhos para me concentrar apenas no paladar, queria sentir a sensação de cada centímetro do órgão dele invadindo minha boca.
Ele não se fez de rogado, colocando-se em cima de mim, penetrou fortemente minha boca, me fazendo quase engasgar várias vezes. Ele também sentiu falta do meu corpo. E mostrava isso em cada atitude. Cada gesto seu era ávido, urgente. Eu sabia que não demoraria muito até ele procurar o contato máximo. E não demorou. Após babar completamente seu pau. Ele me virou de lado e enfiou tudo em mim, lubrificando apenas com minha saliva. Doeu bastante, fazia bastante tempo desde a última vez. Mas aguentei firme e logo o prazer me invadiu.
Confesso que eu fui preparado para fazer sexo. Fiz serviço completo durante o banho. Eu queria aquilo. Queria ele. Não foi acidental. Cada estocada que sentia ele dando em mim, era como se apagasse cada um dos dias, horas, minutos, segundos sem ele do meu lado. Eu ansiava por sue corpo como uma fera em busca de água fresca. E como tal fera, eu ansiava pela semente dele dentro de mim. Queria seu prazer escorrendo dentro do meu corpo, me completando, me possuindo.
E ele não demorou a atender meu anseio, que que esperasse, ele deu um urro de prazer e pulsou forte dentro de mim, o que foi seguido por vários fortes jatos de esperma. Eu estava já completamente duro novamente, aquele homem me dava prazer em um nível que eu não acreditava mesmo que existisse antes de conhecê-lo.
Deitamos exaustos um do lado do outro. Em nossos olhares, uma satisfação e um cansaço em cumplicidade que só os amantes são capazes de compartilhar. Ele alisou meu cabelo, se aproximou e beijou meus lábios mais uma vez.
- Eu não sei viver sem ser assim. Do teu lado. - Falou.
- Nem eu. Eu não sei como consegui viver esses dias todos fugindo do que sentia.
- Eu te amo Caio. Não tenho mais medo de falar isso.
- Eu também te amo Yohan. E também resolvi deixar de ser otário e fugir disso.
Mais beijos, mas abraços, corpos suados pressionando-se um contra o outro, como instrumentos de uma sinfonia de amor e prazer. Eu alcancei um orgasmo, ele outro. Mas eu ainda queria mais, e claro que ele também. Era o meu tourinho insaciável.
- Y, me chupa de novo.
- Hã?
- Chupa meu pau, é tão bom. Sabia que só você fez isso?
- Sabia não. - Respondeu ele deslizando para minha região pubiana novamente e enfiando meu pau inteiro na boca de uma vez.
Por instinto puxei o cabelo dele e forcei meu pau mais para dentro da sua boca. Porra, aquilo era bom demais. Ele me chupou de forma tão gostosa que aquilo me fez nascer uma vontade diferente. Olheu o seu traseiro, era bunda firme e levemente arrebitada, nada exagerado. Bunda de macho. Eu desejei comer ele, mas tive medo de pedir aquilo. Aquele ar de macho dominador dele me fazia calar completamente aquele meu desejo.
Mas eu era um cara de sorte, e ele era do tipo que adivinhava os pensamentos dos outros.
- Ca, você já comeu alguém?
- Não.
- Você é virgem na frente? - Perguntou rindo com um ar safado.
- Sou né, todo mundo só quer me comer.
Ele se aproximou do meu rosto, beijou meus lábios e sussurrou no meu ouvido:
- Me come.
Senti o pau palpitar com aquelas palavras. Eu nunca tinha me imaginado comendo, mas ele despertava mesmo em mim todas as fantasias, até as escondidas nas camadas mais profundas da mente. Ele virou-se de lado e ficou a minha disposição. Confesso que fiquei nervoso e não sabia o que fazer. Inaugurei um tubo de gel que ele tinha no criado-mudo. Lambuzei todo o meu pau e tentei enfiar.
- Cuidado rapaz. - Advertiu ele. - Não sou exatamente especialista em ser passivo.
- Desculpa.
- Não pede desculpa. Só come. Bem devagarzinho. - Falou ele surpirando alto enquanto deslizei um dedo para dentro.
Era quente e úmido, era aconchegante, não via a hora do meu membro sentir toda aquela sensação de possuir alguém. Não sei como toda a minha ansiedade não me fez brochar. Enfiei outro dedo, ele suspirou forte mais não pediu para parar.
- Pode tentar por tudo agora. - Comandou.
Era a minha deixa. Dessa vez indo bem devagar, encostei a cabecinha na entrada dele e sem toda a resistência inicial, fui deslizando para dentro, enquanto ele apertava forte o lençol. Notei que ele realmente não era nada acostumado a dar. Estava se esforçando por mim e aquilo me fez amá-lo ainda mais. Eu fiz com muito carinho, para evitar dor nele e logo estávamos os dois gemendo alto. Sem muito costume de comer, logo enchi ele de gozo, mesmo dando apenas estocadas lentas.
- Te amo. - Falei saindo dele. - Só você para me completar assim.
- Eu também te amo. Seu bobo véi. Que os erros que a gente cometeu sejam apenas pedras para construir uma fortaleza em torno do amor da gente.
- Feliz aniversário, Amor...
- Obrigado, amor...
Dormimos com os anjos naquela noite, tal frase não poderia ser mais adequada a uma situação. Acordei meio tonto e só após alguns segundos lembrei de tudo. Eu tinh que ir ao colégio mas nem liguei para isso naquele dia. Tomamos café na cama, e eu não vi o Ramon. Ele deve ter imaginado que eu poderia aparecer e evaporou no ar para não quebrar o clima. Eu ainda não tinha agradecido a ele. Tudo que o Ramon fez foi para tentar salvar meu relacionamento com o irmão dele. Devíamos certamente aquele acerto a ele. Ficamos na cama nos beijando e fazendo amor até a hora do almoço.
- Ca? Quer namorar comigo? - Me perguntou Yoh enquanto comíamos.
- Não posso responder isso agora.
- Porque? - Ele não entendeu.
- Porque eu preciso resolver algo antes. - Respondi me levantando.
- Onde você vai?
- Preciso correr Y. Logo volto.
Ainda bem que o Mário estava próximo. Enquanto ele chegou não falei mais nada com o Yohan, o assunto que eu ia resolver era mais urgente que qualquer coisa.
Pulei dentro do carro quando Mário chegou e disse a ele onde iríamos. Eu estava com o coração tranquilo, finalmente tinha entendido o que deveria fazer. Cheguei naquele prédio de apartamento e me fiz anunciar. Logo estava subindo de encontro a uma conversa muito importante. Cheguei e a porta estava aberta. Ele me esperava.
Quando contemplei seu rosto ali sentado naquela sala de visitas, me encarando reflexivo eu imaginei que ele devia ter intuído qual era o tema da nossa conversa.
- Dan, Boa tarde. A gente precisa conversar.
Continua …