Eu gostei dos comentários, uma boa dedução a do sobre o Rafael e o Bernardo. Resolvi então liberar tempo na minha agenda e escrevi mais um pedaço da história. Espero que agrade.
Parte 8
“Eu acho que era começo da noite, a rua era escura e não se via ninguém. Eu estava correndo desesperadamente de alguém e ele estava chegando cada vez mais perto. Desta vez eu olhei diretamente para o seu rosto enquanto ia tropeçando, reconheci imediatamente as feições e não podia acreditar no que estava vendo, Bernardo sem camisa, com uma cara de poucos amigos. Então eu pisco, neste milésimo de instantes, não atinjo o chão, pois alguém me segurava fortemente, mas de tal maneira que eu me sentia protegido. Eu olhei para um lado era noite, uma asa branca que parecia ter uma luz própria pendia em um lado. Receoso de olhar para o rosto daquele que me carregava, olhei para o outro lado e vi que era dia. Neste lado a asa era negra como a noite e parecia sugar a luz de tudo a seu redor. Eu não queria acordar, mas minha curiosidade foi maior e quando eu estava quase chegando ao rosto do ser que me segurava, eu acordei”.
Eu acordei ofegante e muito suado. Comecei a me preocupar mais, primeiro porque o garoto do sonho era o Bernardo, segundo, não é normal um sonho se repetir tantas vezes, e terceiro, ele (o sonho) estava me fazendoeu perder o sono. Olhei para o relógio e este marcava cinco da manhã. Comecei a me remexer na cama no intuito de voltar a dormir mais o sono não veio. Quando estava próximo do meu horário, eu fui ao banheiro e tomei um longo banho e pensei – algo que estou fazendo muito ultimamente – e decidi que não dar bola para o sonho, esquecê-lo (tentar).
Logo que chego à escola eu percebo que Rafael não chegou. Como sempre, Carol me agarra e começa a falar de suas atividades extracurriculares que eu ouvia com um sorriso no rosto e acenando com a cabeça, hora ou outra, um sim ou não, mas minha mente estava no fato de Rafael ter faltado à semana toda e ter perdido muitos trabalhos. A verdade era que eu estava preocupado que ele tivesse mudado de sala ou de escola. Tudo bem, eu nem o conhecia direito, mas eu gostava da presença dele, mesmo que ele estivesse sempre coberto e não falasse nem uma palavra com ninguém.
Isso me fazia lembrar do sonho e automaticamente de Bernardo. Fazia tempo que eu realmente havia conversado com ele. O horário ia passando, o Rafael não aparecia, O Bernardo não olhava para mim nem mandava qualquer mensagem pelo celular, Cada professor era mais redundante que o outro – sim redundante, pois eu já sabia tudo o que eles falavam porque eu estava estudando como um condenado – Carol hora ou outra mexia no celular (percebi que Alex também). Resumo eu estava só, um tédio. No fim do dia o ultimo professor passou um trabalho em dupla que deveria ser entregue na próxima semana. Como eu não conhecia quase ninguém ficava difícil.
Carol – Então amigo já sabe com quem você vai fazer o trabalho – disse ela com o seu habitual sorriso.
Eu – não sei, pensei em fazer sozinho porque não conheço ninguém aqui – Eu fale começando a arrumar minhas coisas.
Alex – é bom você arranjar alguém porque esse professor detesta que contrariem as ordens dele, se ele disse para fazer em dupla, é dois e fim de papo – disse se aproximando e dando um beijo na Carol.
Carol – é mesmo. Muitos não gostam dele porque ele é muito rígido tanto nas decisões quanto nas provas que ele passa, alguns chegam até a falar que são as mais difíceis da escola – ela disse com um semblante de quem conta uma história de terror.
Bernardo – Ele não vai fazer sozinho. Eu serei seu parceiro – ele disse com um sorriso no rosto (cheguei a me perguntar se sua frase teria um duplo sentido e se meus amigos perceberam) – Mais tarde eu passo na sua casa e te pego para começarmos – de novo o duplo sentido. Acho que minha mente está muito poluída.
Carol e Alex – já – eles disseram em tom de surpresa.
Eu – tudo bem, quanto antes melhor – eu disse para todos e logo depois ele vai embora.
Carol – amigo, tome cuidado com esse ai – ela disse preocupada.
Eu – por quê?
Alex – Ele nunca foi um aluno exemplar costumava deixar para fazer o trabalho em cima da hora alem de geralmente colar nas provas.
Carol – Então é estranho ele mudar agora e eu não vou muito com a cara dele.
Eu – não se preocupem – eu disse levantando para ir embora – eu tomarei cuidado, o que de pior pode acontecer – logo que eu disse isso eu tive um mau pressentimento, mas relevei e sai da sala.
O caminho de volta para casa eu pensei no que Carol e Alex me disseram e comecei a duvidar das intenções do Bernardo. Ele havia sido carinhoso comigo algumas vezes. Então eu decidi acreditar na teoria de que as pessoas realmente possam mudar. Eu recebi uma mensagem dele que dizia para levar uma muda de roupa porque ele queria que eu passasse a noite com ele. Na minha cabeça eu imaginava que não tinha mal algum em dormir por lá, até porque eu não sabia quando iríamos acabar o trabalho. Na hora do almoço eu conversei com meus pais.
Eu – Eu vou dormir na casa de um amigo hoje porque preciso fazer um trabalho em equipe e não sei a hora que ira acabar.
Maria – Eu estou muito feliz que você esteja arranjando amigos tão rápido – ela dizia esboçando um sorriso de alegria.
João – Tudo bem filho, mas juízo – dizia meu pai bem sério.
Conversamos sobre algumas outras coisas menores. Depois que Acabou o almoço eu fui dormir um pouco já que Bernardo vinha só as quatro. Acordei as três e me arrumei coloquei uma muda de roupa na mochila e os livros que eu precisaria. Logo depois ele chega em seu carro e rumamos para sua casa. No caminho íamos conversando.
Eu – então, já falou para seus pais que eu irei dormir em sua casa.
Bernardo – Não precisa, eles viajaram ontem e só voltam na terça-feira.
Eu percebi que sua casa era bem longe da minha. Quando chegamos lá, reparei que era uma casa grande, de dois andares e bem decorada. Bernardo me explicou que sua mãe era decoradora. A tarde passou normal, Bernardo de vês em quando roubava beijos, mas nada que comprometesse o andamento do trabalho. Quando deu umas cinco e meia ele falou que acabaríamos (eu estava fazendo praticamente sozinho) outro dia, falou que convidou uns amigos para relaxar um pouco. Logo eles chegam e vão beber perto da piscina que tinha atrás da casa. Ele me convidou e eu recusei, mas ele insistiu tanto que me convenceu. Quando os amigos chegaram, ele me apresentou os amigos dele.
Bernardo – Lucas, este é o Tiago e este é o Diogo – ele disse fazendo com que eu apertasse a mão de um e depois de outro. Eles eram musculosos como o Bernardo, mas não eram tão bonitos quanto.
Eu – Prazer – eu disse, mas a verdade era que eu não fui com a cara deles, sei lá, algo não me cheirava bem.
Sentamos e começamos a beber e conversar, eu fingia tomar um gole ou outro porque eu tinha receio dês de a ultima vez que eu tinha bebido e tudo aquilo tinha acontecido. Passamos acho que uma hora e meia eu não tinha bebido nem um copo, mas eles já estavam mais para lá do que para cá. Em certo momento o Bernardo passa a mão em minha perna e me olha cheio de malicia, eu logo fiquei preocupado pelos amigos dele estarem olhando.
Bernardo – e ai gostosinho, vamos brincar? – dizia ele passando a mão em minha cocha.
Eu – para com isso Bernardo seus amigos – eu falava baixo para que somente ele pudesse ouvir.
Bernardo – Eles também vão participar da brincadeira.
Tiago – é vai ser divertido – ele dizia levantando e chegando mais perto.
Eu – Acha que eu sou o que em? Uma vadia para ficar com tantos ao mesmo tempo – nisso Bernardo me da uma tapa.
Bernardo – fica quieto e curte o momento – ele disse num tom de ordem que gelei. Carol tinha razão, ele não estava interessado em compromisso, só se aproveitar de mim.
Eu fiquei paralisado e não sabia o que fazer,...
E agora?
O que vocês acham? Comentem, critiquem e dei uma nota, pois isso é como eu sei se devo prosseguir com a história e os detalhes que eu estou deixando escapar.