Chegamos à parte 20! Nossa! Parece que eu comecei a escrever aqui ontem e agora já estamos na viségima parte. E o que mais me anima nisso é a participação de vocês meus queridos leitores. Obrigado e beijos!
(Este conto é totalmente verídico! Por mais que pareça inventado, mas têm pessoas que apresentam suas vidas bem transtornadas)
Continuação...
Fui para o quarto arrumar minhas coisas para ir embora. Estava sozinho no quarto quando o Ralph entra. Continuo arrumando minha mala tentando evitá-lo. Mas ele me chama:
-Emmanuel! Olha pra mim! –falou com uma voz estranha.
Tomei coragem e olhei e para minha surpresa eu vi o Ralph com os olhos inchados e com a expressão de uma pessoa depressiva. Acho que ele tinha chorado durante todo esse tempo que eu estivesse pensando fora do quarto.
-Ralph, eu estou indo embora! –falei fechando a mala, já com todas as minhas roupas.
-Eu queria dizer pra você que mesmo depois de tudo que aconteceu com a gente, eu ainda quero ser seu amigo. –falou triste.
-Olha Ralph, eu só quero que saiba uma coisa! –Cheguei mais perto dele. –Eu Te Amo! E sempre te amarei. Quero-te como meu namorado, mesmo que você não me queira, eu sempre vou te desejar. –dei um abraço nele e depois fui à espera do Mariano em uma área mais reservada do hotel.
Fiquei lá, pensativo, por aproximadamente uma hora. Pensei em todas as dores e problemas que eu teria que enfrentar dali pra frente sem o Ralph, e também por causa do que aconteceu conosco. E meu problema maior logo veio a minha mente... Matheus! Eu sabia do que ele era capaz e estava com muito medo de voltar e sofrer muito nas mãos dele sem o estar com o Ralph para me proteger.
Logo meu irmão chega. Pergunta por mim na recepção e vem ao meu encontro.
-Emmanuel! O que aconteceu? –perguntou preocupado.
-Nada! Leva-me logo pra casa, só isso!
-Cadê o Ralph? Aconteceu alguma coisa entre vocês? –perguntou.
-Não quero responder! –falei estressado. –Só quero que você me leve pra minha casa.
-Está bem! Vamos!
Ele pegou minha mochila e colocou no carro. Olhei para os lados e não vi o Ralph, achei isso muito bom. Eu não estava em situações de vê-lo naquele momento.
Mariano deu a partida e eu voltei para minha casa. Ainda com o Ralph em meus pensamentos, mas agora sem esperanças de revê-loDuas semanas depois...
Sabe aquele momento da tua vida que você deseja nunca ter nascido. Que nada te agrada e parece que você está prestes a ter uma depressão? Era assim que eu me sentia, sem esperanças e com muita vontade de morrer. “Ah, não! Todo aquele sofrimento novamente!” pensei comigo.
Os dias iam se passando e nada de eu me alegrar. Larguei da academia, minha vida era escola- casa, casa- escola. A única coisa boa que ocorria era o fato do Matheus não ter me procurado mais. Segundo ouvi meu pai comentando com minha mãe, ele tinha até saído da agência em que papai trabalhava. Um mínimo de esperanças aparecia em mim pensando que ele nunca mais iria me procurar.
Um dia eu saí de casa para ir até a escola como todos os dias eu fazia.
Andava normalmente pela calçada sem muito movimento. Para chegar até minha escola eu preciso andar aproximadamente umas doze quadras ou algo próximo disso. Enquanto eu andava um carro passa perto de mim, era o Taylor e sua mãe. Eles perguntaram- me se eu não queria uma carona, mas eu disse que preferia ir caminhando, pois estava uma manha bonita para uma caminhada, mesmo que fosse somente até a escola. Eles concordaram e seguiram a diante.
O pior lugar que eu passo no trajeto para o colégio é uma rua pequena e deserta. Têm bastantes terrenos baldios e poucas, quase nenhuma, moradias. O que mais tem ali são galpões que acho que são utilizados por lojas para guardar os estoques. Bem, só sei dizer que sempre passei por ali e nunca de mal me aconteceu, e minha mãe sempre me falou para eu ter cuidado ao passar por aquela rua. Tinha uns becos nela, mas nada de assustador.
Mas naquele dia eu estava passando por aquela rua e vejo em um dos becos um cara barbudo e alto, que quando me viu fez a mesmo cara de um pirata que achava seu baú de tesouro. Fiquei com medo e resolvi apresar o passo. Logo ele sai do beco e vem andando atrás de mim e quanto mais eu me apresava, mais rápido ele me seguia. Até uma hora em que comecei a correr, mas outro cara aparece em minha frente e me segura.
-Pronto! O dinheiro esta garantido hoje! –falou o cara barbudo.
Eu não tinha a menor ideia do que eles estavam fazendo e o que queriam. Até que um deles coloca uma fita adesiva na minha boca para eu não poder gritar e me enfiam em um carro que estava parado logo à frente.
Eu me encontrava em total desespero. Não sabia o que fazia e estava morrendo de medo do que aqueles homens iriam fazer comigo.
O carro foi andando por caminhos bem periféricos e desertos para que ninguém me achasse. Até que chegamos a uma casa que apesar de bonita era bem isolada. Os vizinhos mais próximos se encontravam a pelo menos uma quadra da casa.
Eu fui sendo empurrado pelos caras até entrar na casa e quando entro, eles tiram a fita da minha boca, me empurram no sofá e me fecham lá dentro.
Fiquei sem entender nada. Até que alguém aparece. Eu devia saber, era ele! Matheus! Com uma cara maliciosa e um roupão preto.
Ele se aproximou de mim e disse:
-Está na hora de acertarmos nossas contas Emmanuel! Você tem muitas dívidas comigo! – e sorria.
Eu não sabia nem o que falar e nem o que fazer. Só sei que estava com muito ódio dele naquele momento.
Logo depois de falar ele venho andando até mim e...
Continua...