Logo é segunda, acordo pela manha ainda desnorteado, por ainda não ter despertado totalmente, finalmente após alguns minutos parado, olhando em direção ao chão, desperto do até então transe, pensando apenas em uma palavra, “ROUPAS”. Corro em direção á porta, torcendo para que eles não tenham atrasado, minhas preces foram atendidas.
Sigo com a caixa para o andar de cima, em seguida, ao meu quarto pego o estilete na escrivaninha e a abro, todos os conjuntos, acessórios estão ali, “implorando” para que fossem usados, enquanto comprava as roupas lembro-me que havia uma separada, para comemorar essa minha mudança de estilo.
Antes, faço minha higiene de costume, e estão volto ao mais importante no momento.
O Conjunto era composto por uma camisa gola “v” com um rosa chamativo, um short branco, um cinto de couro, e um par de sapatos com detalhes brancos e pretos. Olho-me no espelho depois de após ter me vestido. É realmente eu demorei muito pra mudar esse meu estilo.
Cato a mochila do chão, e desço para o café. Meus pais esboçam uma reação de espanto ao me verem, reação que logo é substituída por um sorriso e um dedão positivo pra cima.
Felipe- Bom Dia!
Mãe e Pai- Bom dia filhote.
Mãe- Ta lindão, hein gatinho da mamãe.
Felipe- Se você acha quem sou eu pra discorda hein mamãe.
Pai- Eu ate, estranhei e me perguntei quem descia aquela escada.
Felipe- Consome-se agora pai, eu só vou andar assim>.<.
Com o fim do café sigo em direção ao carro o motorista me espera la dentro, porem como de costume ele logo, sai e vem abri a porta.
Motorista- Senhor, FeFEEEEEEEEEEEEEEEFE..FE.LIPE.
Felipe- Pois não?
Logo ele acorda do transe e perde desculpa pelo momento “bobão”, de certa forma aquilo me fazia sentir mais alegre, a monotonia da minha vida estava passando e eu estava esboçando sorrisos alegres cada vez mais.
O carro logo para na escola, o Fernando, motorista logo sai e vem abrir a porta, tive pouco tempo para, repassar e me convencer de, o passado é passado e que o presente é uma dádiva, e deve ser vivido agora.
Com a porta do carro aberta, “desfilo” radiante pela entrada, passando por grupo de garotas que olham e cochicham sobre mim, que sempre sou o foco desses “tipos de conversa”, um olhar intimidador foi o maximo que conseguir fazer por agora, no entanto elas entenderam que eu não vou mais aturá-las como sempre fiz.
O sinal toca, e todos se dirigem a sala, subindo as escadas bato a cara, com quem eu menos esperava, sim, Marcos. Estava descendo enquanto eu subia.
Minha vontade era um: “Oi marcos, como vai”.
Isso eu não podia fazer, minha dignidade estava a prova, ele que quis ele que sofra.
Sua reação, por alguns segundos de espanto, apesar de não ter convivido muito comigo uma súbita, mudança de estilo não, é ignorada não facilmente. Ainda assim ele nem uma palavra direcionaram a min.
Chegando na sala sento no lugar que escolhi no primeiro dia. O primeiro horário é de matemática, matéria que sou “fera”, assim como nas demais. Abro a bolsa, e percebo que ontem eu havia me esquecido de arrumá-la, infelizmente, o meu dia até então perfeito, acaba de mostra um defeito.
Marcos depois de alguns minutos da aula ter começado volta e entra na sala. O professor, sendo uma pessoa gentil desculpa seu atraso, vou à direção do mesmo, e falo a situação que me encontro, ele sugere como solução, eu me sentar ao lado de um colega, gritando bem auto quem se disponibiliza.
O que aconteceu depois disso é de longe a maior surpresa que eu tenho no dia, todos, “TODOS”, os “HOMENS” e algumas mulheres, levantam a mão, dentre eles, Roberto, capitão do time de futebol, da escola.
Marcos me chama atenção porque a sua expressão havia mudado, ele estava esboçando raiva e seus olhos estavam estranhos, diferentes dos normais.
Sento-me OBVIAMENTE, com Roberto, ele é um cara legal, tem um corpo ao meu gosto, e do contrario do que eu pensava e citei a vocês, ele era mais esperto do que pensava, seu cabelo era maior em cima, fazendo um topete sabe “/\”, eu não sei quanto ao que vocês pensam agora, ai meu deus que delicia, de homem, ele diferente de Marcos não demonstra ser homofônico.
O resto das aulas passei basicamente ao lado de Roberto, por dois motivos, primeiro todos os meus materiais estavam trocados e segundo motivo, ele se sentia bem perto de min “diz ele” e eu me sentia bem perto dele.
Marcos por outro lado não parava de nos olhar.
No fim eu e Roberto combinamos de nos encontramos de tarde, na pracinha no centro da cidade, trocamos números e etc.
É quando estou saindo que recebo a segunda maior surpresa do dia, Marcos vem como um “touro” me segura pelo braço.
Marcos- Com quem que você vai se encontrar na praça da cidade ?
Felipe- Isso não é da sua conta e me solta marcos -falo puxando meu braço do seu, que pela estatura não solta, e nem sede diante de minha tentativa-.
Marcos- Felipe, olha-so me desculpa por ontem eu não devia ter feito aquilo, agora isso não é motivo pra você ir se oferecer pra um cara que você mau conhece.
Felipe- E desde quando eu tenho alguma coisa que me prenda a você se toca garoto.
Roberto- Tem alguma coisa acontecendo aqui…? Solta o braço dele agora, seu merda.
Marcos- Vamos ver quem é o merda aqui.
Marcos solta um soco na cara de Roberto, que logo em seguida parte pra cima de Marcos, eles agiam como dois animais, e ai é que me vem o “TCHAM” eles tão brigando pro min>.<.
Felipe- Chega vocês dois!
Entro no meio da briga e os separo, uma decisão eu tinha que tomar e ela pode ser julgada por vocês como errada, mais eu pego Roberto pelo braço e coloco ele no carro do motorista, que chega após alguns minutos, vamos em direção a casa dele, já que ele se negava a ir para minha. Enquanto saímos da escola, olho para traz e vejo Marcos em pé sem demonstra nem um ferimento. Ao meu lado Roberto, estava calmo, respirando devagar. O que diabos foi isso pergunto a mim mesmo, eles estavam morrendo há poucos minutos.
Depois de deixar Roberto e retribuir a sua ajuda com um abraço-não pensem que eu não queria ter feito isso, mais a questão é que eu não sabia como ele iria reagir então um abraço foi a melhor forma-. Sigo para casa, durmo pelo resto da tarde, e acordo bem em cima do “encontro”.
A roupa? HAHA; Agora sim vem a parte ousada.