Durante a noite, tive sonhos estranhos onde, um homem de estatura mediana me caçava em uma floresta sua agilidade e locomoção entre as arvores, indicavam que ele não seria um ser humano, isso eu somente confirmei no final, quando fui derrubado e deixado inconsciente.
Uma vez inconsciente no sonho acordo, e lembro ao olhar pro relógio a hora do encontro, apresso-me para que desse tempo de me preparar seguindo os conceitos do meu novo estilo.
O primeiro passo é no banho, foi mais uma das poucas vezes que ousei me tocar. Realizei a mais “famosa” das limpezas presentes na internet, meio esse que sempre me cedeu informações que sempre fiquei preocupado em usar, porem na minha vida isso não vai mais acontece, meu cheiro depois do banho, honestamente, era muito agradável, eu gostava do sabão de uvas, caseiro. Que minha mãe tomava o cuidado de sempre repor sempre que faltasse. Agora finalmente vinha a parte mais legal, a roupa, minha camisa era branca, com um “v” na frente bem mais acentuado que o normal, ela era curta, colada, e delineava meu corpo, que apesar de não ser musculoso, não deixava a desejar, meu short preto como sempre era colado porem dessa vez, deixei-o mais curto um pouco, alem de fazer acabamentos bem típicos de calça jeans, seu tênis um addidas, preto, com detalhes em branco e azul.
Assim que acabo, me olho no espelho e pisco.
Felipe- Hoje, eu quero ver quem é que vai ser o acuado, o calado, e o tímido.
Descendo as escadas, falo com meus pais e peço o dinheiro, eles me olham e perguntam pra onde eu vou, falo sem medo que marquei de ir me encontrar com um garoto da escola.
Acho que eles se preocupam por um segundo, principalmente meu pai, graças a Deus que minha mãe como sempre me ajuda a convencer o estressadinho.
Armado e preparado. Sigo em direção ao carro, onde o motorista me aguarda, ele não parava de me olhar a estrada toda, “acha que eu exagerei, Fernando?”
Fernando- N...Não senhor, -responder ele com dificuldade, acho que o deixei constrangido-.
Chego a praça com alguns minutos de atraso, vasculho ela com o olhar a procura de Roberto, ele me vê, e logo acena com a mão, seguindo em minha direção.
Felipe- Fernando obrigado ligo pra você quando precisar- falo enquanto sigo em direção também há Roberto-.
Conforme vamos nos aproximando, Roberto fica, mais acuado, aparentando ter vergonha, quando nós chegamos perto um do outro, nos olhamos nos olhos.
Roberto- Oi fê.
Felipe- Haha, oi Rô.
Roberto- Você ta muito bonito, sabia?
Felipe- Brigado lindo, você também ta :D.
Roberto- Vem- fala, se sentando- senta aqui do meu lado.
Todos na praça nos olhavam, eu e Roberto estávamos sendo o foco das atenções, claro que nos sentimos desconfortáveis, no inicio em parte eu me senti mais, já que provavelmente a culpa disso era minha e da minha roupa. Mas, depois de algum tempinho já nem ligávamos mais pra isso, era como se nos estivéssemos juntos a muito tempo, sabe... Sorriamos com o final da frase de cada um, não olhamos o tempo passar, fomos dar conta disso, somente com o entardecer, quando a luz do sol não brilhava e sim a da lua, mesmo assim continuamos a conversa, que durou ate 10:00, quando Roberto viu a lua ele não demonstrava a calma de alguns minutos atrás, estava nervoso.
Roberto- Fê, desculpa mais eu tenho que ir, podemos nos ver outro dia?
Felipe- Claro que sim, mais o que foi Rô?
Roberto- Nada eu só tenho que ir.
Ele ameaçou uma tentativa de beijo, infelizmente tentativa essa que foi frustrada... Levantou-se e seguiu com passos rápidos em direção a lua, pra essa área, existe pouca urbanização, sendo famosa apenas pela sua abundancia em florestas.
O meu primeiro encontro, pode-se dizer que não foi um fracasso porem não acabou em tragédia, o que é muito bom. Ligo, alguns minutos depois de observa a lua para o motorista que pouco tempo depois para na praça, desce e abre a porta.
Assim que me aproximo do carro, uma mão me pega pelo pulso.
Marcos- Oi.
Felipe- Marcos, nossa você quase me matou de susto, o que você quer?
Marcos- Ei calma ai, que tal uma trégua e um bom papinho?
Felipe- Não posso, chamei o motorista, já.
Marcos- Dispensa ele, eu te levo pra casa.
Felipe- Marcos outro dia a gente conversa ta.
Marcos- Felipe, por favor, uma conversa não vai te fazer mal. Quanto tempo vai demorar pra que você se toque que eu to te pedindo desculpas pelo que eu fiz com você? Eu to arrependido, prometo.
Felipe- Eu te desculpo Marcos, mais eu tenho que ir pra casa já ta muito tarde e meus pais estão preocupados, amanha ta legal- digo entrando no carro e não dando chance de resposta-.
Marcos- Tá legal, boa noite, durma com os anjos e sonhe comigo *_*.
Felipe- Vai com calma, você ainda não tem tanta liberdade.
Marcos, Ta bem foi só uma, brincadeira. Boa noite.
Felipe- Boa noite.
O motorista entende que terminamos a conversa e liga o carro, quando chego em casa meu pais realmente estavam preocupado e estipularam um horário que eu deveria cumprir. Tendo que estar em casa as 9:00, caso contrario ficaria de castigo.Não liguei muito pro “novo horário”, estava mais preocupado, com o estranho comportamento de Roberto, ele estava muito nervoso depois que a lua apareceu, seja la o que aconteceu eu vou descobrir, alem disso vou conseguir completar o beijo falho dele.
Troco de roupa, faço a higiene, como bolo na cozinha, e vou deitar.
Assim que, me ajustei a cama sentia algo estranho, o meu quarto não estava normal, era como se estivesse sendo observado a noite, esse pensamento, revira minha cabeça durante muito tempo, ate que foi vencido, pela persistência do sono.
Marcos- Meu Felipe, você é muito bonito enquanto dorme.