O motorista ate então desconhecido, não tentava disfarça a situação, ele estava praticamente colado no nosso carro, sentia medo admito, agora essa era primeira vez que estava sendo seguido e acredito eu que essa reação seja normal a qualquer um que se encontra na mesma situação, Fernando, não parava de olha no retrovisor, assim como eu que virava minha cabeça a cada cinco segundos, tentando advinha o motorista, ele não me era estranho, porém não conseguia identificá-lo, pela falta de claridade.
Estávamos quase acabando o caminho quando o carro simplesmente virou, faltando apenas duas quadras ate que chegássemos em casa.
Fernando- Graças a Deus. Parece que ele parou.
Felipe- Sim, mais João, fique atento, não podemos contar com a sorte sempre.
Fernando- Sim, claro.
Viramos a primeira quadra, vasculhamos, mais nada nos chamou a atenção, ate que bem na frente de casa, após atravessamos a segunda quadra, achamos, o carro estava parado bem em frente ha casa, virado na nossa direção, Fernando, não tinha reação assim como eu que apenas fiquei observando, assustado.
O carro para, dele sai um homem de estatura alta, não aparentava músculos trabalhados, era apenas um pouco mais alto que a media, ele fecha a porta e vem em nossa direção com uma mão atrás da cintura.
Felipe- Fernando será que ele esta armado?
Fernando- Não sei... Não estou conseguindo ver muito bem.
Felipe- Abro a janela do carro gritando bem alto- Quem é você?O que você quer?
Ele não fala nada, e continua se aproximando sua mão porem não estava mais, na parte de trás da camisa, estava exposta, e graças a deus sem arma, um alivio certamente, me invadiu naquele momento, pelo menos se ele quisesse o meu mal de tiro eu não iria morrer. Ele aproxima-se ate estar bem ao lado da janela.
Gabriel- Bom dia, sei que você talvez não possa me conhecer Felipe, já que faz um bom tempo que não te vejo, mais eu sou o Gabriel, seu tio, e vim visitar sua família a perdido de seu pai.
Eu não confiei em sua palavra afinal, ele era um estranho nas situações, para me prevenir ligo pra papai e confirmo a tal historia de visita.
Gabriel- Peço desculpas se te assustei, não queria ter causado essa reação.
Felipe- Tudo bem, a culpa não é sua, eu que devo pedir desculpa pelo péssimo anfitrião que mal sabe quem vem visitá-lo.
Fernando abre o portão e ambos os carros são direcionados a garagem, após estacionarmos, vamos a sala, onde meus pais estavam, meu rosto não estava nem um pouco amigável, “vocês fizeram eu passar vergonha na frente dele”.
Ambos pediram desculpa, e disseram que na correria da minha saída não se lembraram de avisar que ele iria me pegar na escola hoje, todos nós estávamos sentados, em volta da mesa feita da madeira maciça encontrada na região.
Felipe- Pois bem, já que todos nós já estamos acertados, vou subir. Chame quando o almoço estiver pronto.
Julia- Mostre ao seu tio antes, onde ele vai ficar Felipe.
Eles sabem que não gosto desse tipo de tarefa, porem eles sabem que valorizo muito mais minha educação aos olhos dos demais.
Felipe- Vamos Gabriel,é por aqui, digo subindo as escadas.
Gabriel- Gabriel, não tio.
Felipe- Tudo bem, tio.
O quarto dele ficava no 1° andar da casa semelhante ao do, meus pais, era antigo assim como o resto da casa, com exceção ao meu que era bem mais moderno, coisa que eu sempre pedi aos meus “velhinhos”.
Depois de a tarefa ser comprida, meu quarto aguardava, pego a mochila na sala e subo as escadas, mais uma vez ate que me celular vibra.
Felipe- Alô.
Roberto- Alô. Mô e ai você ta livre a tarde?
Felipe- Não sei mô, meu tio chego agora, e talvez eu tenha de ficar com ele pra mostrar a cidade.
Roberto- Que chato, ele não podia chegar amanha?
Felipe- Há, para com isso, faz assim eu te ligo um pouquinho mais tarde pra dizer o que a gente faz, ta?
Roberto- Você que manda, um beijo na bunda.
Felipe- Aiai se controla se não meu pai, não me deixa sai mais com você, quando eu te apresentar pra eles.
Roberto- Ta...um beijo....na bochecha.....no olho.....na testa.....e na parte esquerda do bumbum....melhoro?
Felipe- Se não tem jeito haha, ta um beijo, tchau.
Roberto- Hahaha, tchau.
Ele parecia bem mais fundo na relação do que eu, não estávamos ainda “namorando”, porque nunca havia acontecido o pedido. Éramos como dois garoto que gostavam um do outro sem estarmos namorando sabem... Eu queria uma relação agora não sabia se Roberto era pessoa certa, gostava dele, ele tinha tudo que me chamava a atenção agora, o medo ainda mantinha uma brasa de duvida acesa.
Mais se tem algo que é pra dar certo, vai dar minha mãe sempre diz que, o que Deus quer fazer, o homem não atrapalha.
Nó quarto o banho que tomei nesse dia foi o mais demorado da minha vida, a água não estava fria, mais não estava fervendo, era morna, graças ao chuveiro elétrico. Estava pensando sobre como minha vida havia mudado nesse pequeno período em que conheci Marcos, me aproximei de Roberto, eles eram como duas perguntas, que só poderia ser respondida por uma resposta em comum, mas eu só poderia escolher uma para responder, e o que iria acontecer com a outra?
Minha relação com Marcos, nunca começo ele se demonstro muito duro comigo, apenas pela minha orientação e agora ele esta apaixonado, querendo que eu largue Roberto, que foi quem mais me notou quando eu mudei minha forma de “viver”, claro tudo ainda era muito recente, mais a vida é isso ela, nós traz surpresas, e problemas, um maior que o outro, cabe a nós escolher qual surpresa aceitar, e os problemas solucionar.
A empregada me chama na porta dizendo que o almoço está na mesa, acabo com o chuveiro, me enxugo com a toalha visto uma roupa leve, e desço, as escadas, sento-me no lugar de costume, todos estavam a minha espera. Começamos a nós servirmos, e sou o ultimo a fazer o prato, meus pais gostavam de conversa enquanto comiam, não achava chato, ao menos acabava com o silencio da casa.
Julia- Gabriel, conte as novidades, o que anda fazendo?
Gabriel- Nada em especial, trabalhando, viajando.
Gabriel- E você anda pegando muitas garotas? Herdou a fama de seu pai-Fala ele direcionando a pergunta a min-.
Felipe- Não, diria que herdei a da minha mãe.
Gabriel- Como assim?
Pedro- Gabriel, preciso de sua ajuda para resolver....
Felipe- Calma pai, não tente mudar o assunto, tio acontece que eu sou o primeiro gay dessa família, achei que você soubesse.
Gabriel- O que? Não, nunca soube da sua escolha.
Felipe- Pois é espero que não tenhamos problemas com isso.
Gabriel- Não claro... Claro que não.
Acho que minha fala, na mesa acabou com as idéias dos demais, o almoço transcorreu em um puro silencio.
Felipe- Vou me retirar, o almoço estava ótimo, Graça, nome da empregada.
Subo a escada, pego o celular e vejo uma mensagem de Roberto:
Fê acho que hoje eu não vou poder sair com você, espero que me desculpe, amanha nada vai me impedir, peço desculpas.
Ta, ótimo- Falo a mim mesmo- e agora o que vou fazer de a tarde toda. A conversa na mesa ainda acontecia. Ouvia apenas chiados, me aproximei da sala e não vi eles na sala de estar, descendo as escadas, cheguei em frente ao escritório e aproximei a orelha da porta de madeira branca.
Gabriel- Dois animais foram encontrados, cadáveres humanos estraçalhados, praticamente sem sangue. É obvio eles voltaram, retornaram ao lar.
Pedro- E o que faremos?
Gabriel- O mesmo da ultima vez. Vamos extermina todos os que foram gerados da magia negra, convoquem o conselho.
Julia- E Felipe? Ele é muito jovem, tem o treinamento desde criança, mais nem uma informação.
Gabriel- Ele é um Saitmor, e deve arca com o peso do nome.
_______________________________________________________________________________________________________Gente eu to gostando muito de escrever essa historia e espero que vocês também, continuem com os comentários e apontem tudo que vocês gostam ou não gostam na historia. Beijos B.