NO FIM DO CAPÍTULO ANTERIOR:
Não sei como, mas todos acreditaram, me despedi de Lucas e todos saíram do quarto, deixando-o mais uma vez sozinho naquela sala azul.
Voltamos pra casa, mais demora na estrada. Meu pai chegou cedo dessa vez, brigou bastante com a gente por termos chegado um pouco tarde (pra ele, porque ainda eram 19h) mas, infelizmente, tivemos que ouvir tudo calados. Em casa, meu pai é o dono da razão. Subi pro meu quarto furioso, fiquei trocando mensagens com a Victória, informando tudo que tinha acontecido hoje, eis que uma mensagem vinda de outro número me surpreendeu: "Tô voltando Bubu :)". Não podia ser, só uma pessoa me chamava desse apelido. E eu estava certo, o número era de...
Chegada em hora errada.
JÉSSICA! Não lembra dela? Se eu me lembro bem, falei dela na primeira parte desse conto. Vou fazer uma breve recordação dela: Jéssica era aquele tipo de garota meio patricinha, se irrita com tudo e é toda cheia de mimimi. Mas quando precisava ser séria, ela era. E foi isso que me atraiu nela. Ela era minha namorada no passado, e acabamos terminando por comum acordo, já que as briguinhas que tínhamos, principalmente da parte dela, só deixava o relacionamento com um clima chato, nunca ia pra frente. Acabamos terminando em comum acordo, mas foi triste, afinal, nos gostávamos muito. Na verdade, nem sei o que ela sente por mim atualmente. De minha parte é concreto que o que eu tive com ela é passado. Parando pra pensar, como será que ela vai reagir quando saber que, agora, eu namoro com o Lucas? Mandei uma mensagem pra Jéssica dizendo: "Oi Jéss, quando você volta?". Ela demorou um pouco pra responder, mas finalmente, retornou: "Daqui a um mês, tô com saudade mô :(". Putz, será que ela acha que ainda temos uma chance juntos? Sempre fui ruim em dar foras nas pessoas, me sentia mal por isso. Não respondi a mensagem dela, me despedi de Victória por mensagem, desci para jantar e depois de algumas horinhas no computador, fui dormir.
O outro dia soou como qualquer outro, me levantei e me higienizei, tomei o café da manhã e fui pra escola. Mais um dia sem o Lucas seria triste, principalmente porque naquele dia eu não poderia visitá-lo, minha mãe já tinha me avisado disso. Percebi que Emanuel havia faltado. Cumprimentei Victória e logo fui dando as novidades:
— Adivinha quem vai voltar?
— Quem?
— Jéssica.
— Aff, por que aquela jararaca não continuou morando no Rio, hein? — Victória odiava Jéssica por motivos que até hoje eu não sei
— Sei lá, só sei que ontem ela me mandou uma mensagem dizendo que em um mês volta pra cá.
— Já pensou como vai ser quando ela saber que... Você sabe.
— Não tenho nem ideia da reação dela. E nem quero pensar nisso.
— Ai, o Lu faz falta pra caramba.
— Se faz pra você, imagina pra mim.
— Deve ser dureza ter o namorado hospitalizado né?
Nem respondi, só fiz uma carinha de carente. Victória me deu um abraço e o professor chegou.
Passou-se um mês. Emanuel, por aquele momento, deixou de atormentar nossas vidas, acho que depois da ameaça que ele fez a Lucas, tudo ia acontecer como ele queria e seguiu sua vida. Vez ou outra ele tentava falar comigo, mas nunca dava bola. Constantemente recebia mensagens de Jéssica dizendo que estava com saudades e ansiosa pra me ver. E eu nem aí pra essa garota, só respondia positivamente, nunca dizendo que sentia o mesmo. De vez em quando visitava Lucas, ele já deixou de usar o "objeto de respirar", o que me deixava dar uns beijinhos nele, hahah.
Lucas finalmente recebeu alta do hospital, minha mãe mais uma vez não podia me levar, mas logicamente eu não podia perder esse tão esperado dia. Fui na casa da minha tia, e meu tio aceitou me levar. Chegamos lá, mais uma vez, tive que dar meus dados, pedi pro meu tio ficar me esperando na recepção e fui sozinho. Ele já estava sem o gesso:
— Lucas! — quando ele me viu, logo abriu aquele sorriso que eu tanto amo
— Bru! Vem aqui mô, olha, já tirei meu gesso! — ele parecia uma criança quando ganha algo novo
— Eu vi. Ah, finalmente você vai sair desse hospital, não via a hora disso acontecer!
— Ficar dia após dia aqui me fez perceber o quando você faz falta pra mim, eu te amo demais.
— Também te amo Lucas.
E assim, demos um beijo muito envolvente, como se ele determinasse a saída do Lucas daquele hospital infernal, cenário de momentos mais chatos de nossas vidas. O médico entrou no quarto de surpresa, quase pega a gente nos beijando, felizmente, eu já tinha saído do beijo alguns segundos antes. Ele disse:
— Então, garotão, ansioso pra voltar pra casa?
— Você não sabe o quanto, doutor!
— Já liguei para sua mãe, quando ela chegar você já pode ir.
— Ótimo. — Lucas disse
— Finalmente! — eu disse, e sorri
O médico saiu do quarto, e caímos na gargalhada, pois ele quase nos pegou no flagra. Depois da crise riso que tivemos, contei pra ele que a Jéssica chegaria de volta pra cá em alguns dias, e que eu não sabia como reagir quanto a isso. Lucas me recomendou esconder isso até o momento e que depois nos resolveríamos. Fiquei mais um tempo lá dentro conversando besteiras pra animar o Lucas, deu tempo até de passar a mão na barriga e no peitoral dele pra matar a saudade hahah, mas tinha que ir embora afinal quem me trouxe foi o meu tio e não tenho muito contato com ele:
— Lucas, tenho que ir.
— Ah, mô, vai não. — fez uma carinha de triste
— Não faz essa carinha!
— Por que não?
— Ela me deixa com vontade de te beijar.
— Então vem aqui e mata essa tua vontade.
Eu fui, e beijei ele muito mais intensamente do que qualquer outro beijo que demos. Senti a mão dele apertando minha bunda, eu passava a mão no peitoral dele que eu tanto conhecia, mas tive que parar porque alguém podia chegar.
— Tchau amor, amanhã você vai pra escola?
— Acho que sim Bru, tchau.
Então eu saí de lá, meu tio me deixou em casa. Eu estava super feliz, essa tinha sido a melhor das visitas que eu fiz pra ele.
Quando cheguei em casa, minha mãe perguntou da visita, se meu tio tinha me tratado bem etc. Coisas de mãe coruja. Respondi tudo que ela perguntou e subi. Fiz tudo que deveria fazer pra amanhã. A hora de dormir chegou e, pra variar, eu estava trocando mensagens com Victória. Dormi.
No outro dia, já na escola, saber que Lucas estaria lá já era um ânimo a mais. Quando entrei, todo esse ânimo foi por água abaixo: Jéssica estava na sala, abriu um largo sorriso quando me viu, correu e me agarrou num abraço apertadíssimo:
— BRUNO! Que saudade! — ela gritou
Vi que Lucas quase separa a gente na base da porrada de tanto ciúmes que sentia, mas fiz logo aquela cara de "a culpa não é minha". Ele e Victória só observavam. Emanuel conversava com uns poucos amigos que fez, mas de vez em quando dava umas espiadas no que estávamos fazendo:
— Oi Jéssica.
— Nossa, depois de um tempão sem nos ver tudo que eu ganho é um "Oi"! Você, frio como sempre. Hahaha!
— Pois é, né? Hehe. — minha indiferença era facilmente visível
— Olha só, até que enfim né, Jéssica? Hahaha. — disse Victória, querendo colocar lenha na fogueira
— Eu tava mesmo com muitas saudades do meu Bubuzinho! — a cada palavra de Jéssica, Lucas se irritava mais
— Então, Jéssica, sabia que o Bruno tá namorando a Victória? — Lucas retrucou
— O QUÊ??! — eu e Victória gritamos simultaneamente
Lucas fez aquela cara de "relaxem, eu sei o que eu tô fazendo, dancem conforme a música."
— SÉRIO? Como assim vocês não me contam nada?
~~~~CONTINUA~~~~
MIL, DOIS MIL, UM MILHÃO DE PERDÕES POR TER ATRASADO TANTO ESSA PARTE
MAS ADIVINHEM: FÉRIASSSSSSSSSSSS
AGORA SIM VOU PODER ACOMPANHAR TUDO
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