Darkness of Love - Chapter 19: I’m With You
Às vezes o que mais querermos se torna realidade, o nosso desejo mais desesperador vem à tona.
Talvez agora minha vida fosse ficar calma, acho que agora eu teria paz.
Fazer sexo é bom, fazer amor é melhor ainda. Naquela noite tomei banho com Eric e ainda fiquei na banheira com ele. Ficamos falando sobre o futuro e dormimos.
Ouvi um pigarreado que parecia proposital. Abri os olhos e vi que minha tia estava ao lado da cama e de braços cruzados. Analisei bem a situação, e Eric estava com os braços em volta de mim, e um lençol estava jogado em nossa cintura, agradeci por estarmos vestidos... quer dizer, semi-vestidos, porque estávamos só de cueca.
-Bom dia. Ela deu um leve sorriso.
-Bom dia. Falei corado e cutuquei Eric que ainda dormia do meu lado, ele levantou assustado com o cabelo bagunçado e cara de assustado, ele olhou pra minha tia e sorriu sem graça. Tia Eliza nunca tinha pegado Eric dormindo comigo.
-Bom dia dona Eliza. Ele falou coçando a nuca constrangido.
-Diego você podia ter avisado que seu namorado dormiria aqui, eu não iria achar ruim, mas gostaria de saber que tem alguém a mais dormindo em minha casa.
-Desculpa tia, é que ele chegou tarde e eu não queria acorda-la.
-Tudo bem, mas da próxima avise ok? E imagino que Eric tenha pulado a janela, da próxima vez use a porta, querido, não quero os vizinho vendo um garoto entrando pela janela do quarto, eles podem chamar a polícia.
-Desculpa dona Eliza, é coisa de lobisomem.
-Eliza por favor. Minha tia sorriu.
-Ok, Eliza.
-Agora se vistam e desçam pra tomar café. Minha tia disse constrangida.
-Isso foi constrangedor. Eric coçou a nuca novamente e sorriu, ele era lindo.
-Agora sabe como me senti quando sua mãe pegou a gente no seu quarto.
-È, tipo isso.
-Bom dia. Dei um beijo nele.
-Bom dia, agora vamos que o cheiro de bacon está ótimo. Ele falou levantando e colocando a calça, e indo em direção a porta.
-Eric, creio eu que tia Eliza, Jason e Brittany vão se importar de tomar café com um garoto sem camisa na mesa.
-Ih é verdade, sinto muito, mas hoje não vou poder te emprestar minha camiseta.
-Tudo bem.
Nós descemos, tomamos café, no sempre silencio, que meus primos faziam quando Eric estava presente. Eric foi embora e eu fui para meu quarto, mas pouco tempo depois ele pulou a janela.
-Porta da frente. Eu falei rindo.
-Putz é verdade. Ele saiu e logo em seguida ouvi a campainha tocando, desci e ele estava lá sorrindo.
-Oi. Falei.
-E aí?. Ele me beijou.
-Voltou porque?
-Hoje tem treino, e quero que você vá.
-Ah ok, deixa eu trocar de roupa. Subi para o meu quarto, me troquei e desci rápido, avisei a minha tia onde e fui para o carro de Eric. Nós fomos para a casa de Caius. Ao chegar lá avistamos, Sarah e Caius conversando, Lena e Sam, brincando de jogar pedra numa árvore.
Caius:-O que você faz aqui?. Ele apontou pra mim.
Eu:-Vim ver o treino. Falei.
Sarah:-Não senhor, pra você quebrar qualquer outra parte do corpo?
Eric:-Eu vou protege-lo.
Caius:-Assim como fez da última vez?
Eric:-Eu me descuidei ok.
Sarah:-Já sei, eu e Diego saímos enquanto vocês treinam e depois voltamos.
Eu:-Mas quero ficar, e aliás aonde vamos?
Sarah:-Acredito que você ainda não comprou a roupa do baile, certo?
Eu:-È, mas...
Eric:-Vai amor, o baile é daqui a quatro dias, e eu já aluguei meu smoking.
Eu:-Não quero usar smoking, nem terno.
Eric:-Por mim você pode até ir nu, peraí não, não pode, vá do jeito que quiser, mas não quero que fique aqui ok?
-Tudo bem. Dei um selinho nele e Sarah me puxou pra sair da clareira e segui até o carro dela.
-Hoje vai ser divertido, acredite. Ela falou destravando as portas do carro.
-Não sei o que usar. Falei me sentando no banco passageiro, e ela dando partida e manobrando o carro até a estrada.
-Use algo legal, não seja clichê indo de terno, vá diferente.
-Vamos aonde?
-Ao centro da cidade.
-Queria ter ficado.
-Eric não quer que se machuque, nenhum de nós querermos, ele quer seu bem sabe que comigo estará protegido.
-Eu sei.
-Por mais que esteja com caçadores, você é o companheiro de um de nossa alcatéia e isso faz com que você faça parte também, não é só Eric que te protege, você sendo companheiro dele, também é nosso dever protege-lo.
-Acho isso legal.
-Uma alcatéia é uma família.
-Eu perdi a minha e ganhei outra.
-Nossa. Sarah falou e começou a me farejar, sem tirar os olhos da estrada.
-O que foi?
-Seu cheiro.
-O que tem?
-Esta diferente, sei lá, mudou um pouco, esta mais forte.
-Isso é bom?
-Não, só é sei lá, estranho.
Seguimos para o centro e entramos em uma loja normal, provei algumas roupas, mas nenhuma me agradou, fomos à outra, e comprei uma calça preta, e par variar Skinny.
Fomos a outra e comprei uma camisa branca, e comprei um colete preto. Fomos a uma loja feminina e Sarah começou a provar umas roupas no provador e fazer um desfile particular pra mim. A vendedora que estava nos atendendo trazia roupas que não tinha nada haver com ela, e quando ela vestia eu ria.
Andamos por um bom tempo até que decidimos ir a uma sorveteria. Eu peguei sorvete de maracujá com calda de morango. E Sarah pegou de pistache com chocolate. Sentamos em umas mesinhas que havia do lado de fora, colocamos as sacolas ao lado.
-Você não tinha que pagar tudo. Falei bufando.
-Fui eu que te trouxe, aliás quero que fique lindo para Eric, também porque o que não me falta é dinheiro, herdei tudo da minha família.
-Você ainda tem contato com eles?
-Com poucos, meus pais já morreram.
-Sinto muito.
-Não sinta, eles mal existiam na minha vida.
-Hmm então, você não quer encontrar seu companheiro?
-Não, mesmo, gosto de estar sozinha.
-Sozinha é diferente de solitária.
-Estou sozinha e não solitária, agora tenho uma alcatéia, finalmente me agarrei a algo.
-Você se dá bem com todos?
-Sim, mas tenho um carinho especial pelo Sam, tenho tanta pena daquele garoto, ele é tão sensível, e traumatizado.
-Ele é legal.
-Voce sabia que ele tem medo do escuro?
-Sério?
-È, comprei uma casa pra que possamos morar juntos e marcar nosso lugar, aliás tenho que levar você lá. Mas voltando ao assunto, cada um tem seu quarto, e certa noite eu ouvi Sam chorando e fui até o quarto dele, e conversei com ele, ele disse que desde pequeno o pai colocava medo nele, e quando ele chorava o pai dava uma surra nele.
-Nossa, que pena, por isso que ele é tão quieto?
-Sim, a única pessoa que ele tinha mãe, o irmão mais velho dele morreu com doze anos.
-Ele deve ser uma pessoa tão triste.
-Como sua alcatéia nós devemos ajuda-lo e mostrar que agora somos sua família.
-Eu entendo ele, também perdi meus pais, mas tudo melhorou quando conheci Eric, toda dor e peso sumiu.
-Talvez quando ele achar seu companheiro a vida dele mude.
-Pois é. Fiquei pensando em como o mundo devia ser assustador pra ele. Olhei para o lado e havia um homem do outro lado da rua, ele estava em pé e nós olhando fixamente, estava de capuz preto, não dava pra vez bem seu rosto. Sarah percebeu que eu o olhava e olhou pra ele.
-Quem é aquele?. Ela perguntou.
-Não sei.
-Ele é um lobisomem. Ela disse ficando com os olhos dourados.
-Sério?, Mas o que ele quer?
-Não sei. Ela olhou pra mim, e quando olhamos de novo ele não estava mais lá.
Passei a tarde com Sarah e quando já estava anoitecendo fomos para a casa de Caius.
Caius estava ensinando defesa a Eric então me sentei ao lado de Sam numa pedra.
-Oi folgado. Falei.
-E aí. Ele deu um risinho.
-Vai ao baile?
-Acho que não, Lena quer que eu vá com ela, mas não estou com vontade.
-Vamos, vai ser legal, estaremos todos lá, menos Sarah e Caius claro, eles não são alunos e não podem entrar.
-Você vai com Eric?
-Sim, ele está tão animado.
-Imagino.
Ficamos conversando até que Eric resolveu ir embora e me levar pra casa, e convenceu minha tia deixar eu dormir na casa dele, assistimos a um filme e ele queria transar, mas eu não estava muito bem, então fomos dormir. Passei o dia na casa dele, fiquei conversando com Elena. Depois ele me levou pra casa, e ficamos namorando na porta e ele me deixou, então subi tomei um banho e me deitei, afinal amanhã teria aula.
* * *
Acordei me arrumei, tomei café e fui para o carro de Eric, fomos para a escola. Era dia da entrega do anuário escolar. O dia foi bem calmo, eu discutindo sobre vários assuntos com Luna, mentalmente é claro, eu falando com Eric como David e Luna formavam um belo casal, e aliás os dois iriam ao baile juntos. Depois do último tempo eu e Eric fomos até nossos armários, e ele sempre carregava meu material.
-Eu podia fazer isso sabia?. Falei abrindo o armário.
-Eu sei, mas é que ta pesado e você não tem a força de lobo, que torna mais isso bem mais leve. Ele falou enquanto eu colocava os livros de volta ao armário.
-Obrigado. Dei um selinho nele.
-O que é aquilo?. David vinha correndo e passando por entre as pessoas que estavam pelo corredor. Ele parou ofegante respirou fundo.
-Eric você não vai acreditar amigão. Ele falou em meio a respirações pesadas.
-O que?. Eric me olhou confuso.
-Adivinha que é um dos casais do ano no anuário?
-Você e Luna?. Eric riu sacana.
-Não, Vocês dois. Ele abriu o livro numa página em que havia quatro casais, um dos casais era eu e Eric, tinha nossas fotos lado a lado e um coração envolvendo as duas e uma frase “Não importa como, amor é sempre amor.” Eu sorri.
-Então amor o que achou?. Ele perguntou colocando minhas mãos em minha cintura.
-Eu achei lindo. Falei sorrindo.
-Que tal um beijo pra comemorar?
-Claro. Eu o beijei, colocando a mão em sua nuca. Pessoas passavam sorrindo e comentando.
-Yeah isso mesmo, esse é o casal do ano pessoal. David gritava para os que passava. Nós separamos o beijo e diretora nova se aproximou.
-Parabéns casa do ano. Ele falou sorridente, ela era bonita, aparentava quarenta anos, tinha a pele clara, olhos verdes e os cabelos vermelhos, usava um blazer cinza com uma saia da mesma cor.
-Obrigado diretora Watson. Eu e Eric agradecemos.
-O melhor de tudo é que os casais são votados, isso mostra que nossa escola não tem preconceitos, estou tão orgulhosa, eu mesma votei em vocês. Ela riu.
-Obrigado. Eu falei.
-De nada querido, e Eric você está sendo um ótimo capitão no beisebol, vai com tudo garoto e nos leve para as finais.
-Pode deixar Diretora. Eric falou.
-Ok meninos vou deixar vocês namorarem. E ela saiu andando entre as pessoas.
Eric levou eu e Luna para a casa dela, eu teria que ajuda-la a escolher o vestido. Me despedi dele, e acompanhei Luna até sua casa, para depois irmos até a loja.
Passei à tarde com Luna, e ela comprou um vestido amarelo que combinava bem com ela.
Voltei para casa já eram 20:00, cheguei e apenas comi uma maçã, não estava com fome, subi para meu quarto e resolvi tomar um banho de banheira. Deitei na banheira e relaxei.
-Diego?. Luna me chamou telepaticamente.
-Oi?. Respondi. Eu estava de olhos fechados e relaxado.
-Ansioso para o baile?
-Um pouquinho.
-Eu vou com David, então, não tenho muito que esperar.
-Vocês vão acabar se casando. Eu ri.
-Nem pensar, quero casar com um conjurador, assim como eu.
-E ter vários conjuradorezinhos?
-Talvez... E você, pensa em ter algum filho com Eric?
-Bem... Eu até conversei com ele sobre isso, e ele aceitou, mas um dia Caius me explicou que mesmo se quiséssemos adotar uma criança, o lobo de Eric não aceitaria, pois não é filho do sangue dele, e como nós não podemos ter filhos biológicos, acho que morreremos só eu e ele.
-Melhor, assim você não terá que limpar fraldas, e acordar com criança chorando e tal.
-Mas sabe Luna, eu queria ter um filho com Eric, eu até perguntei para Caius, se por exemplo Eric doasse o sêmen dele para alguma barriga de aluguel, o filho teria o sangue do Eric, mas Caius disse que o lobo não aceitaria porque eu sou o companheiro dele, a criança teria que carregar o sangue de nós dois, mas como é impossível de eu engravidar...
-È a lei da natureza, seria legal se homens pudessem engravidar, certamente eles dariam mais valor as mulheres, por saber a dor que elas passam no parto.
-Isso é verdade, mas se os homens pudessem engravidar, como seria o parto?
-Obvio, teria de ser cesária.
-Nossa, mas imagino como é ter a barriga cortada.
-Por isso mesmo, algumas mulheres tem o parto assim. Disse Luna bufante.
Ficamos conversando sobre assuntos aleatórios por um tempo e até brinquei que conversar com Luna na banheira era relaxante.
Vesti minha camiseta do Black Sabbath altamente larga, e meu short curto e confortável e me deitei, logo adormeci.
Acordei incomodado, com uma sensação ruim, me sentei, esfreguei os olhos, e os abri lentamente, minha visão estava turva, mas não o bastante para não enxergar os dois olhos vermelho escarlate que estavam na ponta da minha cama, fui rápido e peguei uma adaga de prata que eu deixava escondida, atrás do abajur.
-Quem é você?. Perguntei assustado.
-O semeador de vingança. O homem disse com um sorriso perverso em meio a tantos dentes, que me deu arrepio. Certamente ele era um lobisomem, e o pior, um alfa.
-O que você quer?
-Vingança, mas gosto de brincar com minhas ovelhas, gosto delas no ponto. Eu peguei meu celular em pensamento de ligar para Eric, mas o homem numa velocidade pulou na minha cama segurando meu pulso, suas garras estavam expostas, ele colocou uma mão em meu rosto e deslizou as garras sobre ele, forte o bastante para não machucar minha pele, ele colocou a cabeça frente a minha fazendo com que eu sentisse o hálito de sobre meu rosto, eu olhei bem nos olhos dele, aquele vermelho brilhante era me causava desespero. Então percebi que era o mesmo homem que vi quando estava com Sarah na sorveteria. –Olha que bonitinho, tão delicado, você tem o cheiro dele, do seu macho. Meu coração estava acelerado como nunca, e eu podia sentir o sangue correndo rápido em minhas veias. –Não vou te machucar, hoje não, outro dia com certeza, quero brincar de cortar sua pele macia. Ele deslizou as garras sobre meu rosto novamente. –Agora eu vou embora e você vai poder ligar pro seu namoradinho, diga ele que estive aqui. A mão em que eu segurava a adaga, tremia tanto que eu mal conseguia segurar a arma afiada. Ele correu para a janela e saltou pra fora. Eu respirei fundo, meu corpo estava paralisado, eu não conseguia pensar em outras coisas a não ser naqueles olhos vermelhos. Recuperei a consciência e quando pensei em ligar para Eric ele pulou na minha janela, farejando o quarto, e foi farejando até minha cama e parar sobre mim. Ele estava semi-transformado, e rosnou, mas ele voltou ao normal.
-Quem esteve aqui?. Ele perguntou desesperado, eu tentava, mas da minha boca não saía palavra alguma. –Ele fez alguma coisa?. Ele analisou meu corpo.
-Eu não sei que era ele. Por fim conseguir dizer.
-Eu conheço esse cheiro, é de Albert, mas está diferente.
-Ele falou que queria vingança, mas não sei por que, e os olhos dele eram vermelhos, ele era um alfa, ele disse que um dia ai me machucar, eu pensei em te ligar, mas ele não deixou, e eu fiquei com muito medo. Falei cada palavra atrás da outra com desespero, e abracei Eric forte quase chorando.
-Eu senti que você estava em perigo e corri pra cá, ele deve querer vingança porque ele acha que nós matamos Daniel, ele acha que é nossa culpa, ele era da alcatéia de Cassie, mas como ele pode ser um alfa se ele era um beta? Isso é impossível.
Eric ligou para Caius e ficou um tempo conversando com ele andando pra á e pra cá, eu apenas não conseguia esquecer dos olhos vermelhos. Eric desligou o telefone e se sentou ao me lado novamente.
-Caius disse que vai ver como está a alcatéia de Cassie, eu vou passar a noite aqui com você, e amanhã eu não sairei do seu lado.
-Eu só quero descansar. Falei choroso.
-Então deita amor, deita aqui. Ele encostou na cabeceira da cama e eu coloquei a cabeça em seu colo e segurei em uma de suas mãos, e demorei um pouco pra dormir.
No dia seguinte acordei e Eric ainda estava lá comigo, eu ainda estava deitado nele, e ele com os olhos abertos encarando um ponto no vazio. Me sentei.
-Você ficou acordado a noite toda?. Perguntei.
-Fiquei. Ele falou sério.
-Vai ficar com sono na escola.
-Por incrível que pareça não estou com sono.
-Me espera lá fora que eu vou me arrumar e já desço.
-Não vou te deixar sozinho.
-Não vai acontecer nada amor. Segurei seu rosto com minhas mãos e dei um beijo leve em seus lábios.
-Mas e se...
-Não vai. Acariciei seu rosto.
-Tá bom, mas não demora, e qualquer coisa grita.
-Tá bom. Falei em levantando indo em direção ao banheiro, e Eric indo para a janela, mas ele puxou me braço e me beijo de verdade, e depois de um beijou minha testa, sorriu e saiu pela janela. Não sei bem o porquê, mas comecei a chorar, talvez tudo tenha sido muito assustador, e mais Eric sendo tão protetor, acho que aquele dia não seria fácil.
Me troquei, e nem tomei café, eu não tinha fome nenhuma. Fomos para a escola a no ônibus escolar que passava próximo.
O dia na escola foi chato e cansativo. Eric ao meu lado o tempo todo, e no treino de beisebol, Sam estava comigo na arquibancada, Eric havia pedido pra ele ficar comigo, de guarda, esse era o termo, mas Eric não se concentrava, ele sempre me olhava e dava seu sorriso torto, eu achava lindo, mas ele só estava se certificando de que eu estava bem e não tinha morrido.
-Ele te ama muito. Sam falou ao meu lado.
-Eu sei, é só que eu pareço um bebe, nem sei me cuidar, nem sou um caçador completo ainda, ainda estou em treinamento, dou trabalho pra ele, e não gosto disso. Falei balançando as mãos.
-Mas ele gosta de cuidar de você, e falo que ele te ama porque quando você chega aperto dele, o coração dele acelera assim como o seu, o cheiro de vocês dois se mistura de uma forma engraçada, ele abre o caminho e você segue, eu queria achar meu companheiro. Sam falou com um olhar triste.
-Hey, eu achei que quem estava se lamentando era eu. Falei dando um soco de leve no ombro dele.
-Eu quero ter isso que vocês tem, eu admito que tenho inveja, vocês dois juntos são tão perfeitos, é um do outro e só.
-Você precisa ter paciência Sam, seu companheiro vai aparecer, uma hora ele ou ela vai.
-Mas e se eu for que nem a Sarah, e se ele nunca aparecer?
-Eu e Eric te adotamos, e você será nossa filho. Falei abraçando ele de lado.
-Promete?. Ele sorriu, eu achava lindo seu sorriso.
-Prometo. Eric olhou pra gente abraçado e não fez nenhuma expressão negativa, ele só sorriu como sempre, ele como todo mundo na alcatéia sabia que Sam era sensível e precisava de amigos.
* * *
Eric me levou pra casa com Sam e os dois ficaram no meu quarto, expliquei pra minha tia que iríamos estudar, mas na verdade Eric achava que por Albert ser um alfa, ele fosse precisar de ajuda caso ele tivesse que contra atacar. Ficamos conversando. Eu e Eric evitamos muito carinhos na frente de Sam, para não o deixar de vela e desconfortável.
Eric estava abraçado comigo na cama e Sam estava lendo alguma coisa no computador.
-Eu gosto de gatos. Sam disse.
-Eu também, são meus animais preferidos. Falei sorridente, olhei pra Eric que fez uma cara de interrogação. –Depois de lobos é claro. Ele sorriu e me deu um selinho.
-E porque não tem um?. Eric me perguntou.
-Nunca tive a oportunidade.
-Hmmm...
-O que foi?
-Nada.
Ficamos lá, até umas 19:00, então Eric pediu pra Sam ficar um pouco, porque ele ia em casa pegar algumas coisas, pra ele poder dormir comigo. Minha tia dessa vez sabia. Fiquei lá sozinho com Sam e descobri que ele gostava de ler.
-Qual seu livro preferido? Sam me perguntou.
-As vantagens de ser invisível. Falei.
-Já li, e cara é muito bom.
-Mas é triste.
-Minha vida é triste.
-Para Sam, não vamos nos deprimir.
-Gosto de Jogos Vorazes também.
-Amo esse livro. Falei entusiasmado, alguém bateu na porta do quarto e Eric entrou com uma mochila, e segura ela com o maior cuidado, e ele colocou ela em minhas mãos, eu o imitei e segurei ela com o maior cuidado.
-Abra. Eric falou sorrindo, eu abri a mochila e um pequeno gatinho branco e preto colocou a cabeça par fora, ele tinha um laço vermelho no pescoço, ele saiu da mochila e deitou eu meu colo.
-Eu não acredito. Falei entusiasmado.
-Tive que colocar ele aí porque quando peguei ele, ele me mordeu e arranhou, acho que ele sente que sou um lobisomem.
-Ele é lindo Eric.
-E ele é seu. Eric se sentou do meu lado e me beijou, mas o gato estava em meu colo, ele arrepiou o pelo e mordeu a mão de Eric, ao sentir sua presença.
-Obrigado amor, mas acho que ele não gosta de você. Falei rindo.
-Isso é verdade, e aí cara o que eu te fiz?. Ele perguntou para o gato, que mostrou seus dentes pra ele e colocou a garras pra fora.
-Vocês se parecem. Falei.
-Não, eu não saio por aí mordendo e arranhando as pessoas que não gosto.
-E aí Sam que nome daremos a ele?. Perguntei. Mas Sam de ombros.
-Só não de Eric por favor.
-Hmmm ele vai se chamar Charlie.
-O mesmo nome do personagem de As vantagens de ser invisível. Sam falou sorrindo.
Ficamos um bom tempo analisando o gato, e eu era o único que podia tocar nele, quando Eric ou Sam tentava, Charlie mordia os dois ou corria pra que eu escondesse ele, e isso nos resultou muitas risadas.
Depois Sam foi embora e minha tia conheceu Charlie, e se apaixonou por ele, eu e Eric fomos dormir. E eu tive que ficar entre Charlie e Eric, que não se gostavam, Eu nos braços de Eric e Charlie nos meus braços.
No dia seguinte fui para a escola, e minha segurança garantida, mas agora por Eric, Sam e Lena, os três atrás de mim o tempo todo. Depois da aula comprei ração para Charlie, e areia para gatos. Passei o resto do dia com Eric.
* * *
Estávamos no meu quarto ouvindo musica e eu estava deitado em cima de Eric com a cabeça sobre seu peito, e sim estávamos vestidos, mas Eric estava sem camisa, só que eu estava me segurando para não ataca-lo. Estava tocando Feelings do Muse bem baixinho porque minha tia havia ido dormir. Charlie estava brincando com os cadarços do tênis de Eric que estavam no chão.
-Você está excitado. Eric disse com seu sorrisinho torto, só que malicioso.
-Não estou não. Neguei, e de fato eu não tinha uma ereção, só sentia o desejo de ter o Eric... daquele jeito.
-Não falo da ereção, sinto o cheiro dos seus hormônios. Ele passou os braços envolta da minha cintura.
-E é bom?. Apoiei os cotovelos em seu peito e olhei pra ele.
-Me deixa embriagado, não consigo prestar atenção em outra coisa, me da vontade de dar o que você quer e uivar pra todo mundo que saciei seu desejo.
-E porque não sacia meu desejo?. Falei beijando seu pescoço e mordendo de leve pra provocar.
-Porque amanhã é o baile, e eu aluguei um quarto no hotel Houston só pra nós, e estou guardando pra amanhã.
-Sério?. Olhei pra ele incrédulo.
-Sério, depois do baile nós vamos direto pra lá, lá vamos poder fazer o barulho que quisermos, e nem minha mãe ou sua tia vai entrar para atrapalhar, e era pra ser surpresa, mas tive que dizer.
-Amor você é lindo sabia?. Falei dando um selinho nele.
-Você também é.
-E temos idade pra entrar num hotel?
-Num hotel sim, mas num motel não, e minha mãe que organizou tudo.
-Cada vez adoro mais a sua mãe.
Desliguei a música, deitei em cima de Eric de novo e ele me abraçou, cobri nós dois e nós dormimos, mas acordei no meio da madrugada com Eric reclamando que Charlie estava mordendo ele. Mas dormi de novoE aí o que acharam?
Não vou falar muito, mas quero que comentem e não vou fazer as perguntinhas, de sempre, porém quero comentários grandes falando o que acharam do capítulo e falando do que mais gostaram, exigente né? HAHA
E depois que essa temporada acabar, eu vou começar a postar a segunda, mês que vem, a data não sei ao certo.
E no próximo capítulo é o baile *-*, ansiosos? AH uma pergunta importantíssima, querem que a próxima cena hot seja narrada pelo Eric ou pelo Diih? Eu já tinha escrito, mas estou disposto a reescrever, pois a narrativa do Eric foi bem recebida.
XoXo até o próximo.