Primeiro Namorado - Final

Um conto erótico de Dirtyboy
Categoria: Homossexual
Contém 2968 palavras
Data: 11/07/2013 11:47:48
Assuntos: Gay, Homossexual, Romance

*terminei de escrever isso hoje, e não revisei, então não ligue para os erros.

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Parte 20 – Final Party II

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A vida é como um piano. As teclas brancas representam à felicidade, e as pretas as angústias. Com o passar do tempo você percebe que as teclas pretas também fazem música.

— A Última Música

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1 – Segredos.

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— Posso te contar um segredo? – ele disse sério, enquanto desligava o carro na frente da minha casa.

Apenas fiz que sim com a cabeça. Ele se aproximou bem devagar do meu ouvido, e sua respiração agora era clara, e me causava arrepios. Ele deixou escapar uma risada nervosa baixa.

— Eu... – ele alisou meu cabelo. — Eu sou apaixonado por você... e nunca vou te deixar.

Sorri.

— Eu tamb... – ele me interrompeu com um beijo.

— Eu posso... – tentei afastá-lo. — Também posso te contar um? – perguntei, quando o afastei. Ele ofegante, também fez que sim.

— Você é minha vida agora. – disse, fitando aqueles olhos azuis, os mais lindos que já tinha visto, me fitarem de uma maneira surpresa.

— Eu quero você, Hugo... agora... – ele disse me puxando pela nuca para um beijo mais profundo.

Era incrível como eu ainda me lembrava de cada pedaço do corpo dele. Cintura, barriga, peito, coxas... como se fosse ontem que eu tivesse o tocado pela primeira vez. Mas como eu não ia me lembrar disso? Ele foi o primeiro– Le Lac de Come.

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— Então Hugo, o que você vai fazer na apresentação? – perguntou Clara, tentando fazer sua voz se sobrepor sobre as dos outros.

— Eu não sei...

— Eu já te chamei para nossa apresentação, você ia ficar lindo de mágico. – ela ainda insistia nisso.

— Eu não sei atuar.

— Vamos Hugo... – persistia.

— Qual a parte do “eu não sei” que você não entendeu? – disse brincando.

— Tudo bem Hugo! – ela desistiu.

Gustavo comprou um suco de laranja para mim e para ele. Já vi que o Henrique ia brigar horas comigo só por causa disso. O que eu podia fazer?

— Obrigado. – coloquei o canudo na boca, e em seguida procurei o Henrique com os olhos. Quando eu o vi, ele olhava na minha direção, e sim, com uma cara de que ia me matar. Eu segurei para não rir, mas quando ele levanta, percebi que já tinha irritado ele demais.

— Já volto – disse levantando.

Andei calmamente, e quando virei o corredor, percebi que ele tinha entrado no banheiro. Corri agora que não tinha ninguém.

Abri a porta e entrei.

E lá estava a pessoa mais linda do mundo com uma cara emburrada, encostado na parede. Aproximei-me lentamente dele, e sua feição não mudava. Apenas os olhos iam abaixando, até que ele ficasse por cima, eu tivesse que levantar só um pouco a cabeça. Pousei levemente minhas mãos na sua cintura, e esse suspirou. Passei minhas mãos para debaixo do seu uniforme, e acariciei sua cintura delicadamente com o dedão, subindo pela lateral do tórax e depois suas costas. Ele continuou parado. Seu perfume começou a me incendiar.

— Não faz isso comigo Henrique. Não me ignore enquanto eu te toco. – quando eu terminei de dizer isso, minha mão começou a descer por sua barriga, e pelo cós da sua cueca.

E quando cheguei onde queria, ele gemeu, excitado. Tentei beijá-lo, mas ele era alto, e ainda não estava ajudando. Tirei a mão, e pulei nele. Passando minhas pernas por sua cintura, e segurei seu rosto com as duas mãos. Ele finalmente me segura, e me vira, colocando-me contra a parede. Suspiro quando ele finalmente toca meu cabelo.

— Eu odeio ver você perto de outro homem. – ele disse sussurrando. — E isso fica pior quando eles te dão suco de laranja... — ele puxou meu cabelo, com força.

— O único homem que eu quero é você idiota... agora me beija.

***

Ele estava lindo de smoking. Lindo era muito pouco para definir. Mas infelizmente, Carol, também estava lindíssima. O par do Henrique de dança, que eu me recusei ver os ensaios. O pessoal da minha turma ia fazer uma apresentação de teatro, os ‘descolados’ iam dançar, outros iriam cantar, e eu, vou simplesmente tocar piano. Que criatividade! Eu estava simplesmente com a mesma roupa que eu usava quando eu sonhei com minha vó, minha blusa branca de manga comprida e meu short jeans verde. Só acrescentei um tênis. Meu cabelo estava grande, e escondia meus olhos quando os deixava na frente. Passava a mão todo o tempo nele. Cadê Henrique quando eu preciso dele?

Gustavo estava engraçadíssimo de mágico. Clara estava de princesa, Sara de camponesa, Bruno de vampiro, e o resto dos personagens ainda se arrumavam na sala. Eles tinham feito uma peça nonsense, muito engraçada por sinal.

Uma música eletrônica começou a tocar no auditório, e alguns se animaram. Eu estava ficando cada vez mais nervoso.

— Prontos? – disse Clara com um sorriso gentil.

— Prontos! – respondemos juntos.

E lá íamos para o auditório pulando e dançando.

O primeiro ano terminou em apenas duas apresentações de dança. O segundo, três pessoas cantaram, um grupo dançou e o outro, fez um coral.

— Agora, com o terceiro ano, uma peça escrita por Maria Clara Monte, A Magic Day! – disse a coordenadora.

Só o título me fez rir que nem um idiota, então imagina ver o Bruno tentado sugar o sangue de todos.

Quando tudo acaba (de uma maneira muito louca) os aplausos são escutados juntos com risadas.

Depois chegou a vez dos dançarinos da sala. E por incrível que pareça, não fiquei com ciúmes do Henrique dançando valsa com a Carol. Na verdade, eu estava maravilhado. Ele dançava simplesmente muito bem. Movia com suavidade, no tempo exato da música, quase flutuando no palco.

Logo em seguida, Fabiana cantou Vagalumes Cegos, do Cícero, apenas acompanhada por um violão. Eu ia morrer sem saber que ela cantava tão bem. Quando terminou, a aplaudi de pé. Quando vi que era o próximo, corri para o fundo do placo. Quase morrendo de ansiedade, ainda escutava os aplausos para Fabiana.

Quando tudo ficou em silêncio, apenas escutei o piano sendo puxado para o centro do palco, e os sons dos passos da coordenadora em direção ao microfone.

— Agora, Hugo Dantas, tocando Le Lac de Come, por Giselle Galos. – as palmas inicias não ajudaram com o nervosismo.

E novamente silêncio enquanto eu andava em direção ao piano. Ajustei o banco, sentei e respirei fundo. Minha mão ainda tremia um pouco. Coloquei meu pé cobre o pedal e fechei os olhos. Mesmo com a mão tremendo, achei o lá bemol e toquei suavemente, até que a própria música me relaxou. Minhas mãos passeavam pelas teclas, e me surpreendia, me arrepiava, como se nunca tivesse tocado essa música antes. E quando eu menos esperei, tinha terminado. As palmas me acordaram. Andei um pouco em direção ao público, e me curvei– Dirty Boy

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— Você foi incrível! – disse Clara me abraçando.

— Obrigado.

— Agora vamos para a festa lá na quadra. – ela puxou todos para a quadra.

Estava tudo arrumado. Músicas atuais tocando, luzes piscando freneticamente, e refrigerante (para aqueles que não estão traficando álcool nesse exato momento). E as pessoas do meu grupo estavam com álcool nos seus copos.

— Essa droga tá forte. – reclamou Sara.

— Me deixa ver... – disse Clara tomando um pouco do copo da Sara.

— Para de ser mole Sara, isso não tem uma gota de álcool. – devolveu o copo. — Vem Guto! Vamos dançar! Mas antes, dá um pouquinho de whisky pro Hugo!

Ele me deu um copo e saiu logo em seguida.

Bebi um pouco, e o líquido que parecia ser inofensivo, desceu rasgando e queimando minha garganta. Dei o resto para o Bruno.

Onde está a droga do meu namorado? Eu procurava loucamente por ele, até que o encontrei falando com algumas pessoas, perto do portão de saída. Ele só estava agora com a camisa branca, com alguns botões abertos, o suficiente pra poder ver um pouco do seu peito. Depois que ele se despediu das pessoas, ele quase não me viu no escuro. Eu tive de chamá-lo.

Ele me puxou para o bosque.

Deitou-me no chão gramado, um pouco umedecido pela noite, e me encarou um pouco, apoiando suas mãos do meu lado.

— Você é lindo, Hugo... – ele disse sussurrando, e aos poucos ia encostado seu corpo ao meu.

Tirou o cabelo do meu rosto. Sua respiração era forte. Então me beijou calmamente, experimentando meus lábios lentamente, me deixando loucamente esperando por mais. Desabotoava o resto dos botões de sua camisa, até tirá-la. Admirei seu corpo, e olhei para seu rosto. Seus olhos não estavam tão azuis quanto são de dia, mas ainda assim, continuavam lindos. Ele também tirou minha camisa, e voltou a me beijar. Fiquei por cima, e beijei todo seu corpo.

Ele suspirou alto enquanto eu passava lentamente minha língua logo abaixo do seu umbigo. Voltei para sua boca, no mesmo tempo em que minhas mãos trabalhavam para tirar sua calça.

— Eu te amo, Hugo – ele disse, enquanto eu beijava seu queixo.

— Eu também.

***

— Onde você estava danadinho? – perguntou Clara, com uma cara de desconfiança típica.

— Eu apenas estava andando pelo colégio... já percebeu que ele fica legal a noite?

— E pelo que eu vejo, ele também fica perigoso... já olhou seu pescoço? Tem uma marca nele... acho que vou um bicho chamado Henrique que te mordeu, não foi? – ela riu.

— Fala baixo, louca. – olhei para os lados. Ela já estava meio doidinha. — Olha lá, o Gustavo tá te chamando... Fala pra ele te dar menos bebida, ok?

— E você, tome cuidado com os bichos da noite... – disse rindo. Eu tive de rir junto, ela era hilária, ainda mais quase bêbada.

Andei para a sala, para pegar minha mochila e me trocar. Quando eu chego ao banheiro, tinha apenas um garoto do segundo ano saindo. Quando eu abro minha mochila, escuto a porta abrindo. Viro para ver quem é, e nesse momento não tinha palavras para descrever meu medo. Daniel Carvalho, e seus amigos acabam de entrar em um banheiro no qual eu estou sozinho.

— Olha quem encontramos aqui gente... Hugo pianista... – ele zombou de mim.

Decidir não trocar de roupa, e arranjar um jeito rápido de sair daqui. Voltei a fechar a mochila, e tentei sair. Só tentei.

— Calma Huguinho, não vamos te machucar muito... – Daniel disse, com um sorriso falso.

Ele me empurrou, e eu bati as costas com força, na mesma parede que há algum tempo, Henrique havia me beijado.

— Por favor, Daniel, não...

— Cala a boca! – ele gritou, não me deixando terminar de falar. Ele chegou mais perto de mim, e me deu um tapa tão forte, que vi o mundo girar, e as estrelas caírem.

Escondi meu rosto, que agora ardia como brasa.

— Eu vi vocês dois... você e o Henrique hoje...

Eu estava segurando para não chorar, tudo ainda estava rodando. Eu colocava minha mão na minha frente, com uma ridícula e inútil intenção de me proteger de qualquer golpe dele. Mas ele a segurou com tanta força, que pensei que fosse quebrar.

— E se eu quebrasse sua mãozinha delicada? – ele perguntou, sussurrando com ódio.

— Não... por favor... – implorei, com um misto de gritos e gemidos.

Ele soltou, quando eu coloquei a mão no seu peito na intenção de afastá-lo. Foi nesse momento que ele me pegou pelos cabelos, e me jogou no chão. Em seguida dois chutes na barriga.

— Não toca em mim, seu nojento! – ele cuspiu na minha blusa.

Tentei levantar, meio cambaleante e me apoiando na parede, tirei o cabelo dos meus olhos, e suspirei.

— Eu já te disse o quanto asqueroso você é? Você é um viadinho de merda, e quer fazer o mesmo com o Henrique! Eu não vou deixar! – ele gritou.

— Eu não fiz nada com ele...

Ele riu sarcástico.

— Você é sujo, Hugo.

Vai ver eu era mesmo um -garoto sujo- como ele diz. Então deixei um sorriso nervoso escapar, e ele não gostou. Mas não foi um sorriso nervoso, foi um sorriso autêntico. Henrique me olhava com espanto, e depois sua feição se transformou para ódio. Só senti a dor do murro que tinha levado do Daniel apenas depois que cai no chão outra vez. Tinha apagado, e quando lentamente volto, apenas escuto umas batidas de música eletrônica, e uma voz feminina cantando repetidamente “I’m falling to pieces” e sinto o perfume dele. Seus braços me envolvendo, me segurando forte... eu não precisava de mais nada. Só dele.

***

Quando eu acordo no quarto dele, estava tudo claro. Meu rosto e barriga não doíam tanto, e seus braços me envolviam.

— Bom dia, amor. – ele disse beijando meu pescoço.

Virei para olhá-lo, e tinha uma marca vermelha um pouco abaixo dos seus olhos.

— O que... o que foi isso? – perguntei alisando seu rosto levemente.

— Nada... depois eu te explico.

Ele não precisava explicar nada, eu já sabia muito bem que ele tinha brigado com o Daniel. Eu me senti pior, será que eu tinha estragado a amizade de anos deles? Eu não queria estragar mais nada, eu não queria ser mais sujo, eu queria que ele fosse feliz sem precisar lidar com a sociedade, sem lidar com seus pais. Ele não ia ser feliz comigo.

— Tudo bem amor... – fiz força para não chorar, enquanto disse uma mentira. — Agora me leva para casa? Preciso ver minha mãe– A Última Lágrima.

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Peguei o casaco dele no fundo do armário velho e branco, e vesti, e fugi para rua. O cheiro dele ainda estava impregnado no tecido grosso e macio do seu casaco. Fiquei a maior parte do dia escorado em uma árvore sem nada na cabeça. Ignorava quando meu telefone tocava. Estava perdido em pensamentos loucos. E quando o céu estava parecendo escurecer, levantei e caminhei.

Escutava os sons das águas, e via uma ponte.

‘Será que somos mesmo feito das estrelas? Isso parece incrível. Estrelas brilham. As estrelas são perfeitas. Eu acredito que sou uma estrela. Só que não brilho. Não como elas.’

O céu estava tão... perfeito. Lindo. O sol estava se escondendo atrás de uma montanha. Laranja e gracioso. Um belo pôr-do-sol. Rosa e púrpuro em algumas partes.

Sorri e suspirei. Por um momento esqueci como se andava. Hesitei a um passo da ponte, e segurei a barra de segurança de madeira. Andei lentamente, ainda passando a mão pela madeira até chegar à metade. O céu já tinha ficado mais escuro, e as luzes da cidade começaram a acender. Os postes de luz laranja da ponte também ligaram. Ótimo. Um pouco de luz não vai me atrapalhar.

Eu não queria sentir nada agora.

Subi na madeira apoiado no poste e sorri novamente. Eu não tinha medo. Eu não era mais medroso. Fechei os olhos e o vento balançou meus cabelos e ao mesmo tempo levando uma lágrima para longe da minha boca. Lágrima essa que não sabia o porquê que estava lá. Eu era uma estrela. Quase perfeita.

Quando eu solto minha mão do poste, fico alguns segundos equilibrado na barra de madeira e abro os braços. O som da água do rio correndo, era a única coisa que escutava. Depois fiquei surdo, enquanto tombei para frente. Para a morteNasce o Sol, e não dura mais que um dia,

Depois da Luz se segue a noite escura,

Em tristes sombras morre a formosura,

Em contínuas tristezas a alegria.

– Gregório de Matos

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5 – Recado Final.

— Como ele está? – perguntei nervoso.

— Ele está bem Henrique, só precisa descasar agora. – respondeu meu pai, me deixando entrar no quarto onde a minha vida estava. — Vou falar com a mãe dele, não tente acordá-lo.

Ele estava com um curativo na cabeça, já que meu pai disse que ele bateu a cabeça em uma pedra no rio, e perdeu a consciência. Um cateter nasal também dava uma volta por sua cabeça, e uma roupa hospitalar. Peguei uma cadeira e coloquei ao lado da cama, e em seguida levemente alisei seu cabelo negro.

Sua mão se mexeu levemente, e depois segurou meu braço.

— Hen... Henrique... – ele sussurrava. — Me, me desculpa... – uma lágrima escapou dos seus olhos, e lentamente se abriram, me mostrando o verde mais lindo.

— Nunca mais me dê um susto desses Dantas... – disse o reprimindo. Tirei um pouco do cabelo dos seus olhos. — Você não sabe o que eu passei... – eu precisava falar isso por mais que não queria.

— Me perdoa... – ele implorava enquanto mais lágrimas brotavam dos seus olhos.

Eu não aguento vê-lo desse jeito. Cheguei bem perto dele, e o encarei seriamente.

— Você ainda guarda meu segredo? – perguntei baixinho.

Ele fez que sim com a cabeça.

— Você pode, por favor, me dizer o que te contei?

Ele hesitou por um momento, com os olhos cheios brilhantes.

— Você disse que era apaixonado por mim, e que nunca... nunca... – ele agora ele soluçava.

— E que nunca ia te deixar. – completei. — Você duvidou do meu amor por você Hugo?

— Nunca. – respondeu rapidamente. — Eu só...

— Não precisa se explicar. Pode guardar mais um segredo? – limpei seus olhos com o polegar.

— Posso.

Cheguei perto do seu ouvido, e sussurrei:

— Eu te amo. – depois toquei seus lábios com os meus.

FIM

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Eu não queria dar uma de Graciliano Ramos quando matou Baleia (eu chorei litros, tanto no livro quanto no filme), mas desde quando eu comecei a escrever, eu já estava decidido a matar Hugo, para não deixar tudo tão clichê (como se não fosse ficar), ai eu vi que alguns realmente iam me caçar, e resolvi deixá-lo vivo e feliz com Henrique.

Como eu disse na primeira parte, esse é uma estória baseada na minha vida. Já que eu não queria contar a minha (que seria uma chatice), resolvi criar o Hugo. E só a nível de curiosidade, meu nome não é Hugo, não moro no Rio Grande do Sul (que novidade, até parece que ninguém deve ter notado alguma uma gíria baiana que deixei escapar aqui rs).

E muito obrigado a quem teve paciência de chegar até aqui.

Amo vocês.

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Comentários

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Amei esse conto. Foi muito emocionante esse final. Que Pena que parou de escrever. bjos

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quer ser culpado de um suicidio? eu tenho problemas emocionais, to se duvidar com depressão, a pouco tive que vomitar, nao aguentava mais, dai leio que o hugo tenta se matar?(vomitei depois que li o henrrique dando um fora no hugo e o hugo indo pro hospital).

olha se eu fosse o hugo nunca mais olhava pra cara do henrrique, e aquele trabalho, eu faria sozinho e mandava ele fazer o dele, pois o henrrique é baixo, é cruel.

o Daniel é ridiculo, um porco imundo.

adorei a Clara.

voce esqueceu da familia do hugo, o que aconteceu com o pai dele? ele tava realmente traindo a mae do hugo? que horror.

bem vo te da um 10 pela trama envolvente e pelo final pelo menos feliz.

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Eu comecei a ler seu conto as 16 horas de hoje e simplesmente nao consegui mais parar...

#SIMPLEMENTEMARAVILHOSO...

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depois do seus ultimos posts a saudade bateu forte e tive que reler tudo para saciar mais um pouco da minha falta de vc. AMOQUEAMO.

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Muito obrigado por me agraciar com esta história, confesso que tinha perdido um pouco a esperança de ver o seu final. Não ligo muito pra cliches, a conjuntura total é que vai dizer se algo é bom ou não, uma mesma história pode ser recontada por diversos angulos e nem parecer a mesma. A sua tem o detalhe de conter as duas cenas, das três que considero mais quentes contadas numa história romantica aqui na CDC. Fora o tema de ódio -> amor , bully que tenho certo apresso. Não precisou matar o Hugo, mas a tentativa de suicidio valeu por todo o diferencial de qualquer clichê. Enfim, você sabe como contar / relatar as coisas '-' .| Seu conto é um dos que considero rank A aqui da CDC, agradesso mais uma vez :)

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...Então...? Voltei pra completar meu coments. O que dizer do seu conto,sei que vou chover no molhado mas ,eu sou absolutamente apaixonada por esse conto e de quebra pelo autor tbm. Vc conseguiu me cativar desde o primeiro capítulo. Sorri,chorei,fiquei enfurecida com a covardia do Henrique e até mesmo decepcionada por Hugo o ter perdoado tão facilmente. No entanto vc transcreveu tudo tão lindamente que acabei me rendendo a força e poesia desse amor.Quero agradecê-lo novamente pela linda homenagem no post anterior e te pedir encarecidamente que volte a nos brindar novamente com o seu talento. E por último eu tenho uma curiosidade: _ Vc toca piano? Até breve e sinta-se abraçado e beijado por mim.

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Tenho que assumir que este conto despertou muitas emoções em mim.

tenho que dizer que a sua história me encorajou a sair da minha casa de vidro e viver as aventuras da vida.

Se eu Andrew sou o que sou hoje tenho que te agradecer e falar que sua história marcou a minha vida e nunca vou esquece-lá.

#MeuprimeironamoradoForever

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Pena ter acabado, mais eu adorei, me emocionei a cada palavra que li.. Magnífico!

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Ah, não acredito, terminou! Tanto tempo esperando por uma conclusão, e esta chegou. Permita-me dizer, foi épica, magnífica conclusão. Uma das poucas histórias que me emocionou, e, depois de tanto tempo acompanhando-a, assumo, uma das melhores novelas da casa. Graças aos céus não terminou como a cachorra baleia, o único humano - ainda pense que sinhá Vitória também a fosse - de Vidas Secas, morta por Graciliano. E a escolha da música, Le lac du Come, ah, representa toda a minha infância, quando aprendi-a. Obviamente, não de forma perfeita, minhas mãos mal alcançavam as oitavas mais para o final. Não me conformei ainda que terminou... Não tenho sequer como descrever com meras palavras, como gostaria de poder, só me resta parabenizar este escritor cuja prolificentíssima mente me deixou estupefato. Meus parabéns, Agamemnon

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:'( Eu chorei mesmo com um final feliz. Parabéns e obrigado por nos proporcionar essa leitura.

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quero fazer um comentário mais amplo e como agora pro trabalho vou deixar para a noite. Com certeza eu seria uma a te caçar (brincadeirinha,o seus textos são pura poesia).

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...saudades,saudades,muitas saudades.Deixa eu ler e ja já eu volto . É chato falar em FAVORITOS,mas vc sabe que com certeza vc é um dos meus.

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