Voltei! Primeiro gostaria de pedir desculpas para vocês meus queridos leitores da CDC, pois eu demorei um tempão para voltar a postar meu conto aqui. O problema era que meu Notebook tinha pifado e eu tive que mandar para a assistência técnica e ele só ficou pronto hoje. Mas agora está tudo de boa, vocês não imaginam a saudade que eu estava de escrever para vocês. Espero que estejam gostando da minha história e vale lembrar que críticas serão muito bem vindas. Segue o conto!
Na ultima postagem eu parei na parte em que eu estava andando nas pontas dos pés no corredor em direção a sala, quando de repente alguém aparece atrás de mim e fala:
-Que bom! Finalmente o “ursinho” saiu da toca! –falou Matheus com os braços cruzados atrás de mim.
Eu estava querendo dar uma de perdido, então fingi que não tinha culpa no cartório e encarei o Matheus.
-Oi Matheus! Você sabe onde está o Mariano? Preciso falar com ele.
-Seu irmão saiu! Aqui estamos somente eu e você. –falou com uma expressão que me deixou com medo.
-E você não tem que ir trabalhar? O meu pai deve estar te esperando na agência.
-Claro! Eu já estou indo. Mas antes gostaria de perguntar a você se estaria disposto a viajar comigo para a Disney. O que você acha? É um presente meu para você!
-Ah... Eu acho que você pirou Matheus! Meu pai nunca deixaria eu viajar sozinho com você.
-Ah! Vai sim, eu convenso ele. Pode ter certeza “ursinho”! –nessas últimas palavras ele acariciou meu rosto e eu arrepiei. –Agora eu preciso ir trabalhar! E sobre você estar espionando eu e o seu irmão, nós conversaremos depois.
Nossa! Eu gelei naquela hora, mas logo ele saiu com um sorriso malicioso no rosto.
O resto da tarde eu fiquei apenas me imaginando viajando com o Matheus. Mas não conseguia colocar nem lados positivos e nem lados negativos nessa viagem, ficava apenas imaginando mesmo.
Ao final da tarde, papai chega.
-Emmanuel! Desça aqui em baixo, quero falar com você. –chamou- me da sala.
Fui correndo do meu quarto até a sala e quando cheguei lá meu pai disse:
-Eu conversei com o Matheus hoje e ele disse que está disposto a levá-lo em uma viagem para a Disney, e como eu confio muito no meu amigo, irei apenas pedir para que o Mariano acompanhe vocês dois na viagem para eu ficar um pouco despreocupado.
O QUÊ? Eu, o Mariano e o Matheus juntos em uma viagem? Isso nunca daria certo, ou melhor, isso seria o fim do mundo praticamente. Meu pai só poderia estar louco!
-Pai, eu só irei nessa viagem se você for junto, pelo contrário prefiro ficar em casa com você.
-Bem, então vamos esquecer a Disney agora e vamos deixar essa viagem para o ano que vem, pois eu estarei com tempo para ir com vocês. Mas nesse fim de semana poderemos ir á uma viagem até a casa de campo do Matheus, fica á uns 60 km daqui. O que você acha?
Como meu pai estaria junto, não achei problema naquela viagem. Na verdade eu até queria viajar junto ao Matheus, pois aqueles olhos azuis e brilhantes me encantavam.
-Então está bem papai! Pode deixar tudo certo com o Matheus!
Depois disso conversamos mais um pouco e daí eu fui para o meu quarto escutar música.
De repente o meu celular toca, já eram umas oito e meia da noite.
-Alô! –falei.
-Oi “ursinho”. Tudo bem? –aquela voz sexy só poderia ser ele.
-O que você quer Matheus?
-Quero passear com você. Vamos até uma sorveteria?
-Está bem!
Não sei por que, mas a minha raiva pelo Matheus estava passando e para substituí-la vinha uma paixão por aquele homem que me deixava louco. Eu não estava mais conseguindo resistir ao Matheus e ao próximo passo dele eu meu entregaria, mas antes eu teria que esclarecer umas coisas que não estavam certas em minha cabeça.
Falei ao meu papai que o Matheus tinha me convidado para sair e que logo eu voltaria.
Segui até a sorveteria onde tinha combinado com o Matheus e quando chego lá encontro ele somente de regata, bermuda e chinelo. Finalmente eu encontrei o Matheus vestido de um modo que não era social.
-Oi Emmanuel!
-Oi. Quero um sorvete de flocos com cobertura de chocolate.
-Ok! – e fez o pedido.
Enquanto tomávamos o sorvete eu perguntei ao Matheus.
-O que você sente pelo meu irmão?
-O meu lance com seu irmão foi apenas passageiro Emmanuel. Eu não sinto nada por ele e muito menos ele por mim. Eu fiquei com ele apenas por que estava carente e precisava de alguém.
-Cafajeste!
-O quê? –perguntou confuso.
-Esse é meu pensamento sobre você Matheus! Você é um CAFAJESTE para mim.
-Nossa! Que sincero você. –sorriu. – Eu sei que sou cafajeste, mas já me arrependi muito por isso. Sabe Emmanuel, eu enfrentei um relacionamento muito difícil há alguns meses, eu sofri muito e andava muito abatido. Mas de repente alguém aparece em minha vida para me trazer um novo brilho, e esse é alguém é v... –nesse momento um raio caí anunciando chuva e a sorveteria treme e todos levam um susto, inclusive eu que cheguei até a sujar meu rosto de sorvete.
Olhei para o Matheus e ele estava rindo da minha cara.
-O que foi?
-Seu rosto está todo sujo. –nesse momento ele limpa meu rosto com um guardanapo enquanto nossos olhares se encontram.
Quando olho para fora da sorveteria vejo que uma chuvona começa a cair.
-Nossa! Como é que eu vou para casa agora.
-Acho melhor a gente correr até minha casa antes que a chuva piore. É algumas quadras daqui.
Ele me pega pela mão, deixa o dinheiro do sorvete no balcão e saí correndo na chuva, mas eu fiquei dentro da sorveteria.
-Uhhuul! Vem Emmanuel, vem pra chuva.
Ele gritava e brincava como uma criança no meio daquela chuva, realmente eu nunca tinha visto o Matheus daquela maneira e estava me surpreendendo com ele.
-Venha Emmanuel, vamos para minha casa.
Eu saí na chuva e ele me puxa pela mão e saímos correndo pela rua e dando risada. Chegamos a sua casa muito encharcados de água. Entramos e fomos para o seu quarto, que era uma suíte.
-Tira a roupa Emmanuel!
-O quê? –falei surpreso.
-Tira a roupa e VAI TOMAR UM BANHO!
-Ah, agora entendi! –tirei minha roupa e fiquei só de cueca boxer na frente dele e depois fui tomar um banho.
Eu terminei meu banho e pensei que o Matheus devia estar com aquela roupa molhada e tremendo de frio. E aliás eu não tinha roupa para vestir.
Saí do banheiro enrolado na toalha e chamei o Matheus.
-Matheus, preciso de roupas!
Logo ele entra no quarto com algumas roupas para eu vestir.
-Olha, são do meu irmão mais novo que de vez em quando vem dormir aqui. –me entregando as roupas.
-Obrigado!
Pego as roupas e retiro a toalha para me vestir, na frente do Matheus mesmo. Visto a cueca boxer que ele tinha me dado e quando olho novamente para ele...
Continua...