Acordei como se estivesse num comercial de absorventes noturnos, as lembranças de ontem preenchiam minha mente me causando uma enorme felicidade dentro do peito. Rolava na cama lembrando da forma de como suas mãos percorriam pelo meu corpo. Minha mãe havia comprado um despertador novo pra mim e devido a ser um presente eu não poderia atear fogo em meus dias de fúria infelizmente. Já eram seis horas e eu terminava de me arrumar, era perceptível o olhar de felicidade e alegria por eu ter melhorado. Já na escola conversava com minha melhor amiga Júlia:
-Então enriqueceu e esqueceu os amigos pobres? – Dizia Júlia que sempre nas horas de dificuldade me ajudava. Eu fui muito idiota de excluir a Júlia que nunca havia virado as costas pra mim. Respondi a ela com um tom brincalhão:
-Amiga acho melhor sentarmos e você segurar o ob pois o babado é fortíssimo.- Amos rímos e eu contei tudo a ela. Logo chocada com as novidades ela respondeu:
-Então quer dizer que você tá pegando o chefe lindo, maravilhoso e gostosão? – Respondi com um sorriso no rosto reprimindo um gritinho de empolgação.
Eu contei mais detalhes do que havia acontecido, e até eu não acreditava no surto de coragem que tive quando o beijei pela primeira vez no carro. Não iria trabalhar aquela sexta pois o Alexandre disse que não precisaria trabalhar aquela semana e não iria descartar um dia de um dia de folga pois eu não era tão besta. Minha tarde seria de tv, comer porcarias e cama. Ainda na escola saía do colégio com a Julia a meu lado dizendo:
-Já que hoje você vai mongar a tarde inteira bem que podia ficar lá em casa... – Ela se interrompeu quando o AUDI prata e reluzente parou bem na nossa frente, o vidro abaixou e aquele par de olhos verdes miraram em mim. Eu olhei pra Julia agora com aquele olhar de “você não vai ficar triste se eu escolher ele?” asendo que eu realmente queria era entrar naquele carro e nem olhar pra cara dela. Ela vendo meu olhar de súplica disse:
-Vai com ele... E quando puder me liga. – Eu a abracei forte e entrei no carro, ele estava tão lindo sem aquela roupa social de psicólogo, ele fechou os vidros do carro já me beijando com intensidade e força. Havia se passado umas 14 horas que havíamos nos beijado mas pra mim já era uma eternidade todo aquele tempo, ele terminou aquele beijo com um estalo e eu após recuperar o folego consegui dizer:
-Nossa que surpresa mais gostosa essa... – Disse com uma voz dengosa. – Pra onde você vai me levar? – Depois de alguns segundos em silêncio ele me olhou sem desfocar a rodovia dizendo:
-Vamos pra minha casa. Eu quero que você me conheça, começando pela minha humilde residência. – Ele riu e voltou seu foco para a estrada. Seria uma ótima expressão se não tivesse lembrado de uma música ridícula, tentei reprimir aquela música horrível da minha cabeça.
“Humilde residência”, era isso o que ele havia dito sobre sua casa, já estávamos no bairro Jardins (bairro de classe alta) repleto apartamentos e mansões luxuosas, a vergonha já me dominava por alguém tão chique frequentar aquele buraco que eu e minha família chamávamos de casa. Avistava quase que no fim do quarteirão a casa mais linda que tinha visto em minha vida, aliás aquilo não era uma casa e sim uma mansão. O AUDI parou na frente mansão e além de grande as cores e o design a tornavam a casa dos sonhos aos olhos de um pobretão quanto eu. Era meio dia e a mansão cercada pelo jardim perfeito tornava ainda melhor pelo perfume que as flores exalavam, tudo lindo e maravilhoso assim como o dono daquela propriedade. Sentia seu par de olhos verdes em meu rosto, mas não estava nem ai, era a hora certa pra minha famosa cara de bobo entrar em ação pois aquilo era realmente lindo. Ele estacionou o carro na garagem e logo entramos na imensa mansão, não conseguia controlar minha expressão facial pois o luxo predominava por todo aquele local.
No fundo da casa havia um piano branco que reluzia pela luz que entrava pelo vitral próximo, olhava para a janela tendo uma visão mais ampla do jardim, tudo naquele local era lindo tinha medo de tocar nas coisas com medo de quebrar algo. Estava maravilhado com a visão do jardim, agora estava na janela admirando as flores até sentir alguém me abraçar por trás, seus lábios tocavam meu pescoço me arrepiando imediatamente da cabeça aos pés. Ele sussurrou em meu ouvido:
-Será que eu mereço um pouco de atenção, ou as plantas do jardim são mais interessantes? – Ele dizia com um sorriso nos lábios. Minha resposta para aquela pergunta retórica era óbvia e sairia como uma jura de amor. Nada se comparava a sua beleza, nem as mais incríveis flores extintas por ganância se comparavam aquele rosto. As estrelas, as constelações e galáxias tinham a grandeza de tudo o que ele despertava em meu ser.
Poderia ficar aqui dizendo por milênios e milênios, tentando explicar o que tudo aquilo era mas as pessoas resumiam aquela imensidão de sensações e sentimentos em apenas uma palavra, amor. Era doloroso não poder expressar tudo aquilo ás vezes, mas nas minhas atitudes e palavras descreviam e evidenciavam tudo aquilo. Sim eu era muito meloso e esse era o meu pecado, me cedia muito a pessoa e as vezes ela não sentia o mesmo por mim, agradecia a Deus pela primeira vez ter meu amor correspondido. Depois de alguns momentos refletindo respondi:
-Não com certeza você é melhor e mais interessante. – Disse me virando e o beijando delicadamente. Logo ele assumiu o controle do beijo o transformando num beijo feroz e intenso suas mãos agarraram minha cintura me levando até o sofá, sentei em seu colo de frente pra ele. Suas mãos presas envolta da minha cintura viajavam de minhas costas até a acima de meu bumbum, seus lábios famintos sacrificavam os meus me deixando em êxtase.
Tudo quente e excitante até meu estômago soltar um rugido estranhamente anormal. Com os lábios nos meus ele gargalhava enquanto eu estava mortificado de vergonha. Ele vendo aliás ouvindo que estava com uma fome mortal disse:
-Eu vou preparar algo pra comermos antes que você me devore. – Ele sempre rindo deitou minha cabeça no braço do sofá e deitou sob meu corpo me fazendo sentir todos aqueles músculos. Suas mãos exploravam meu corpo mas não passava do limite (infelizmente?). Não sabia o que poderia acontecer naquela tarde entre aquele homem maravilhoso e eu, muitas coisas se podem acontecer em uma tarde e ás duvidas dominavam a minha cabeça pois eu nunca sabia o que se passava naquela menteOlá leitores, espéro que tenham gostado deste capítulo. Vou colocar a parte erótica no próximo capítulo e acho que como estou na “casa dos contos eróticos” esse capítulo atraia mais vocês mas devo dizer que meu conto não foca em putaria e sim no romance. Tanto é, que tenho muita dificuldade de escrever putaria me deixando nervoso e ao mesmo tempo empolgado pra escrever o próximo capítulo.
Desde já agradeço a vcs pela leitura e a companhia um grande beijo. Daniel
