- Foi você seu covarde!! Não é homem pra me peitar, manda fazer o serviço. – Eu esbravejava partindo par cima dele mesmo com toda a dor que eu estava sentindo, mas o Heitor me segurou.
- Eu não fiz nada. Estava aqui conversando com o Heitor. Você que com certeza deve ter aprontado pra levar essa surra – Ele me disse sarcasticamente. O Heitor olhou para ele como se estivesse questionando se aquilo era verdade ou não.
Se eu pudesse eu tinha arrebentado a cara dele naquele momento, mas além de estar muito debilitado, meu primo me segurava tentando entender o que estava acontecendo.
- Pera aí. Isso é verdade Rodrigo? Eu não posso acreditar que você tenha feito uma coisa dessas. Isso foi uma monstruosidade! Foi você??? – O Heitor gritava em direção ao Rodrigo.
- Eu não fiz nada, já disse! Eu vim aqui com a melhor das intenções, desfazer aquela confusão toda que ocorreu na praia. Dizer que eu não guardei magoa e que eu perdoo do fundo do meu coração e ele ainda me acusa! – O Rodrigo falava se fazendo de coitado. Eu via a confusão nos olhos do Heitor, a dúvida se eu estava falando ou não a verdade, e isso foi demais para mim. Desvencilhei-me do Heitor e com dificuldade subi as escadas, me apoiando na parede. Eu só queria sair dali. Não olhar mais pra cara cínica do Rodrigo, muito menos ver o meu primo duvidando silenciosamente da minha palavra. Entrei no banheiro e me tranquei. Ali eu poderia ter um pouco de paz. Tirei a roupa com custo e muita dor. O impacto da água nos meus ferimentos me fez gemer alto e fechar os olhos com força. Lavei os machucados trincando os dentes e xigando o Rodrigo mentalmente. Ouvi o Heitor batendo na porta do banheiro, mas eu precisava de um tempo pra assimilar tudo aquilo. Tinha acabado de levar a maior surra da minha vida, e a pessoa que eu mais queria por perto naquele instante não acreditava em mim. Sequei-me vagarosamente, sujando um pouco a toalha com sangue e sai do banheiro somente de calção. Ele estava sentando na cama dele, e quando me viu sair abriu a boca numa expressão de horror ao notar o quanto eu estava ferido.
- Meu Deus Tito, o que fizeram com você? – Ele disse se aproximando, mas eu me esquivei. Fui até a minha cama e deitei com cuidado. Ele sentou na beirada da cama e me olhou, com aqueles olhos verdes tristonhos.
- O que foi? Porque você está me tratando assim? – Ele me perguntou.
- Por quê? Porque você não acredita em mim! Eu te falei que foi aquele babaca que mandou me surrar desse jeito e eu vi que você ficou em dúvida. – Eu falava com magoa nas palavras.
- Tito, o que você esperava? Ele é meu amigo há anos. Eu sei que ele tem um gênio difícil, pode até ser perverso às vezes, mas mandar quase matar uma pessoa já exagero. – Ele dizia sério.
- Exagero??? Antes de me baterem o cara me falou: “Gosta de bater, tem que gostar de apanhar”. A única pessoa que eu bati nos últimos tempos foi o Rodrigo, e você mesmo falou que ele não ia deixar barato. Agora você não acredita em mim. Ele conseguiu o que queria. – Eu disse chateado.
Ele me olhava com os olhos confusos, realmente sem saber em quem acreditar. Isso me doía muito.
- Olha Tito, eu até acredito em você, mas não temos provas. Não há nada que possamos fazer agora. Se ele realmente fez isso com você, ele está muito fudido na minha mão, mas por enquanto vamos cuidar dos seus ferimentos. – Ele disse levantando e saindo para buscar a maleta de primeiros socorros. Ele voltou e sentou-se novamente na beirada da cama. Molhou a gaze com um antisséptico e foi encostando devagar nos machucados. Eu espremia os olhos por causa da ardência, mas aguentava calado, enquanto ele aplicava o remédio com cuidado. Por sorte minha madrinha estava numa das constantes viagens que ela fazia, e eu não precisava me preocupar com ela agora. Durante o final de semana ele cuidou de mim, aplicando o medicamento constantemente nas feridas que cicatrizavam rapidamente. Fui na faculdade e para todos que perguntavam os hematomas nos meus braços e meu lábio cortado, eu dizia que tinha sofrido uma tentativa de assalto. Aos poucos fui perdoando o Heitor pela “duvida” que ele alegava não sentir, e tudo foi ficando normal entre a gente. Só não conseguíamos transar por causa dos meus machucados. Minha madrinha retornou de viagem e eu contei a mesma historia a ela. Quando ela me questionou sobre o boletim de ocorrência, fiquei sem ação. Falei que não nem me ocorreu fazer isso e ela ficou brava comigo, mas relevou. Para o meu azar, ela ligou para minha mãe e contou o ocorrido, minimizando os detalhes para não deixa-la nervosa.
Minha mãe queria que eu retornasse a minha cidade, mas eu me recusei. Afirmei que estava bem, que só tinha sido um susto e que não poderia me ausentar na faculdade agora. Como toda mãe zelosa e super preocupada, ela avisou a minha madrinha que chegaria no final de semana para ver pessoalmente como eu estava, apesar dos meus protestos.
Na sexta feira fui com o Heitor pega-la na rodoviária e para a minha surpresa, meu irmão a acompanhou. Assim que me viu, ele veio correndo e me abraçou fortemente, chorando copiosamente. Minha mãe também me abraçou, com uma certa dificuldade porque o Lucas não me largava. Ela se afastou par cumprimentar o Heitor e eu aproveitei para olhar no fundo dos olhos do meu irmão.
- Ei, não precisa chorar. Está tudo bem. – Eu disse acariciando o seu rosto e enxugando as lagrimas que caiam.
- Eu tive tanto medo de te perder. De você morrer achando que eu te odiava, sem poder falar que eu te amo. – Ele falava chorando atropelando as palavras.
- Calma Lucas. Eu sei meu irmão. Eu sempre soube. Como você pode ver, está tudo bem. Eu também te amo. Agora vamos, eu vou te mostrar o Rio – Eu disse a ele de forma alegre pra ver se ele se acalmava um pouco.
Fomos para casa e minha madrinha já nos aguardava com o almoço pronto. Almoçamos todos em um clima muito agradável, enquanto minha mãe e minha madrinha lembravam fatos da minha infância e a do Heitor. Depois passamos a tarde na piscina com o meu irmão, e o fato dele me perdoar fez com que eu esquecesse todos os infortúnios que aconteceram. Ele ainda olhava um pouco desconfiado para o Heitor, mas o mesmo entendendo a situação, evitava se aproximar muito de mim para demonstrar respeito.
No dia seguinte mostramos a cidade maravilhosa pra ele, os principais pontos turísticos, a praia e ele ficou logo empolgado com as gatinhas. Eu e o Heitor achávamos graça da maneira que ele tentava abordar as meninas e eu como irmão mais velho fui mostrar como se fazia. Isso nos rendeu boas risadas e uma pitada de ciúmes ao meu primo que disfarçou bem. Voltamos pra casa e minha mãe e minha madrinha tinham ido ao shopping. Ficamos boa parte do tempo jogando vídeo game e comendo pipoca. O Lucas ia aos poucos se aproximando do Heitor, o que me deixava muito feliz. Minha mãe resolveu ficar mais alguns dias por causa da proximidade do aniversário do Heitor, que seria na próxima semana e assim ajudar minha madrinha na festa. O Lucas ficou radiante, pois estava adorando o fervo do Rio de Janeiro.
No Sábado, minha madrinha e minha mãe preparam uma festa para o meu primo. Fizeram diversos petiscos e compraram bastante cerveja para poucas pessoas que ele convidou. Meu menino enfim faria 18 anos, e esperava que assim ele criasse mais responsabilidade. Na hora marcada as pessoas começaram a chegar e logo aumentamos a musica para animar o ambiente. Eu já estava praticamente recuperado, só sobrando algumas feridas já cicatrizadas. Já na metade da noite, vi o Rodrigo chegar com mais um amigo, e meu semblante mudou na hora. Olhei com ódio em direção ao Heitor, mas ele me disse através de leitura labial que sua mãe o havia chamado. Não havia nada que eu pudesse fazer, a não ser manter distância. Não queria estragar a noite. Lá pelas tantas, minha mãe me chamou para ajuda-la a levar alguns canapés pra mesa lá fora. Não vi que o chão estava molhado e escorreguei batendo em um copo que se estilhaçou no chão em seguida. Eu insisti em pegar a vassoura, mas ela só queria que eu mostrasse onde a mesma era guardada. Levei minha mãe até a parte lateral da casa, onde ficava a lavanderia. Ao chegar lá vejo uma movimentação no escuro e ao acender a luz, nos deparamos com o Heitor e o Rodrigo se agarrando contra a parede.
...Continua
Fala galerinha,
Prmeiro lugar, mil desculpas. Dia de semana eu ainda podia tirar a hora do almoço pra escrever, mas fim de semana com parente em casa foi impossivel. Ontem nem fui trabalhar e tava foda de verdade, mas to de volta. Vou fazer de tudo pra não faltar mais. Valeu pelos comentários tão carinhosos e pelo apoio de sempre. Se não fosse vocês aqui, eu teria desistido. Agora o bicho vai pegar!!!
P.S: Valeu pelo e-mail Fagundes. Claro q ia responder leke, pode escrever sempre, viu?
Meu e-mail: fael_1988@yahoo.com.br – Muito obrigado pelos e-mails. Leio e respondo a todos.
O Recifense: Pois é, tenso mesmo. Valeu cara pelo comentário, pela força e por td!!!
Syaoran: Po leke, como sempre vc faz toda uma analise do conto mto coesa e tal. O Heitor ainda tem aquela personalidade sim, mas o Thiago consegue doma-lo. Ele gosta de ser diferente com o Tito. Enfim, não posso me estender muito hoje. Valeu de verdade e fico feliz q não tenha me abandonado.
Scarlett: Ele provavelmente não quer perder ne? Por isso o ciúme. Problemas esses dois tem de monte. Valeu gatinha.
Franklin S.: Pois é leke, muita covardia mesmo. Valeu pelo apoio e viu, vc deixou eu ter uma folguinha, eu abusei rsrsrsrs. Valeu pelo carinho de sempre cara, tu é 10!
Thiiiputra: Po, espero q esteja melhor. E todo homem é assim qdo fica doente, normal. Fico felizaço q mesmo assim ele tenha comentado através de vc e vou ficar aguardando o seu comentário. Valeu mesmo!
Crystal *.*: Q bom q vc se emocionou lindona. Fico feliz! E quanto ao Rodrigo, talvez seja so o começo. Valeu!!!
lena78@: Covardia ne?? Vamos ver o q vai dar nisso. Acho bom ser seu escritor preferido hein?? Rum. Te amo linda!
Lucas M.: Valeu leke!!!
heyjully: Pois é gatinha. Foi covardia mesmo. Q bom q vc ta curtindo!!! Fico feliz. Valeu!!!
LucasBH: Covardia mesmo. E sim o Lucas voltou aatras viu? Valeu leke!!!
vivi_souza: Vc achando q ima me deixar esperar e quem te deixou esperando fui eu ne?? Foi mal. Eu entendo a correria, minha vida tbm é uma loucura. O bom é q eu sei q vc não vai me abandonar nunca. Valeu gata!
Ru/Ruanito: Nossa quanta violência. #medodevc. Hehehe. Valeu leke!!
Babado Novo: Q brabo vc hein?? Valeu leke!!!
Theusrecifense: Claro q eu desculpo leke, nem eu pude vir aqui hehe. Pois é, o Tito tem se ferrado bastante, mas o Rodrigo tem se mostrado do mal né? Se não foi ele, foi quem?? Valeu carinha!!!
Amigah18: Pois é gata, a vida prega peças e o tempo faz o trabalho dele. Também não vejo outro autor pra essa atrocidade q não o Rodrigo. Valeu pelos elogios lindona!! Tamo junto.
Lion:b: Covarde mesmo. Valeu lekinho!
Otilia Sabrina: Ohh minha gatinha, te fiz chorar é?? Fico feliz q tenha se emocionado. Foi bonito mesmo. Foi o Rodrigo sim, aquele covarde e ele não vai parar por ai. Valeu docinho.
Rafaah: Eu desculpo sim, mas venha sempre q der ok?? E sim, comcerteza o Rodrigo vai aprontar muito. Valeu leke!!
neneu: Claro leke, e vou lembrar sempre de ti aqui. Valeu pelo carinho e eu q sou seu fã. Xero pra ti!
luuk: Se não foi o Rodrigo foi quem?? Valei leskitoo!! Tamo junto
Jhoen Jhol: Pois é, mas td bem eu te perdoo hehehe. Pois é, vc deu um de vidente e advinhou td hehehe. Q bom q vc ta curtindo e as vezes minha inspiração falha leke, é foda. Mas vamo q vamo!! Valeu!!!
ITATY: Ah com certeza vai dar muito pano de manga. Valeu cara, pelo apoio de sempre!!!
agatha1986: Pois é um covarde FDP. O Lucas voltou a se dar bem com o irmão viu? Q bom q vc gostou!! Valeu gata!!!
Rafael Guimarães.: Po cara, foi mal te deixar preocupado. Eu iria vir avisar mas nunca dava. Pelo menos te forcei a comentar ne?? Hahaha. Valeu pelo carinho,
$Léo$;): Respondi lá leke! Some não hein?
Geo Mateus: Pois é, os covardes nunca agem sozinhos, fato. Valeu cara
Augusto3: Espero q agora vc esteja ainda melhor. E nem esquente com o comentário. Me senti até honrado por vc me defender assim. Valeu de verdade. Abraços e beijos pra ti.
Dalia_florzinha: O monologo dos dois irmãos foi fofo mesmo, fico feliz q vc tenha gostado. Valeu gatinha.
Rick***: Pois é, com certeza é uma decepção mto grande quando nos espelhamos em alguém e vimos q a pessoa não é nada disso. Mas o tempo é um santo remédio. Esse Rodrigo acho q ainda vai aprontar. Desculpa pela minha falta de tempo. Eu sei q vc me entende.