Aqui esta uma parte de minha história, espero que agrade. Realmente eu acho que é melhor ter estabilidade para contar, mas nesse caso a personagem (Lucas) não tinha muita opção. Ao conto.
Parte 27
Eu desci. A mesa de jantar já estava pronta, nos começamos a jantar. Eu sabia que eles estavam esperando e que não havia como adiar. Eu pensei que eles não forçariam, mas eu tinha que contar, depois do jantar eu pedi que fossemos conversar na sala. Quando chegamos lá, eles sentaram em um sofá grande e eu num a esquerda, perto de minha mãe. Eu levei minha mão ao anel que Rafael havia me dado.
Maria – agora conte filho, qual o motivo de você sair daquele jeito da escola? – ela dizia de uma maneira que me fez ter confiança para falar. Eu respirei fundo, olhei nos olhos dela e comecei.
Eu – Mãe, pai, eu sai daquele jeito porque eu estava encurralado, um garoto me ameaçou...
João – como assim ameaçou, ele disse que ia te bater ou matar?
Eu – fiquem calmos, me deixem acabar. Continuando, ele estava ameaçando contar para todo mundo... Contar para todo mundo... – o ar me faltava eu não conseguia continuar então me lembrei de Rafael e, ao tocar o anel, me preenchi de força – que eu sou gay.
João – como assim gey? Eu já ti vi com muitas mulheres, explique direito essa história – ele disse fazendo força para manter a paciência, minha mãe colocou a mão na boca em sinal que não poderia acreditar.
Eu – eu não gosto de homens, eu tinha planos de casar e ter filhos, mas aconteceu. Eu estou perdidamente apaixonado pelo Rafael e não consigo enxergar minha vida longe dele. Eu o amo mais que tudo, mais que minha própria vida. Não escolhi isso, quando o vi aconteceu – eu levantei minha mão para mostrar o anel – hoje nos decidimos que eu deveria contar para vocês, ele me pediu em namoro e eu aceitei. Não pensem que eu iria esconder, eu apenas iria deixar para semana que vem depois do meu aniversário.
Minha mãe já estava em prantos, meu pai levantou e deu um tapa em minha cara que me fez cair no chão.
João – eu não te criei para ser veado, te dei tudo o que você queria, sempre foi livre para fazer o que quisesse e é assim que você retribui – ele disse e me pegou pela camisa e me joga de novo no chão, me deu um chute e começa a tirar o sinto – nos te demos amor carinho, eu nunca te bati, acho que foi nisso que eu errei – ele então começa a me bater com o sinto, aquilo doía de mais e eu gritava de dor, quando ele parou me levantou pela gola da camisa novamente – diz que é brincadeira, diz que você é macho – lagrimas saiam de seus olhos, mas seu olhar demonstrava fúria.
Eu – pai, eu amo vocês, por favor, me entende eu amo o Rafael – ele não deu tempo para que eu me desculpasse apenas me jogou brutalmente no chão e olhou para mim com nojo. Aquele olhar era mais doloroso que toda a surra que ele avia me dado.
João – não me chame de pai, o meu filho morreu. Saia dessa casa agora e nunca mais apareça na minha frente.
Eu – pai... Não faz...
João – eu já falei para não me chamar de pai. Sai agora antes que eu faça uma besteira – ele dizia segurando meu braço e me jogando na rua.
Eu estava dolorido, mas o que mais me doía eram as palavras que ele falou. O que eu temia aconteceu, eles me rejeitaram, minha vida estava acabada. Eu não deixava as lagrima escorrerem enquanto meu corpo movia-se sem rumo. Em minha mente a cena de minutos atrás repassava continuamente.
Não sei ao certo quanto tempo fiquei andando, não sabia para onde iria, minha única amiga era á Carol, mas não sabia onde ela morava e também não tinha um celular. A casa de Rafael era muito distante e mesmo assim eu não queria que ele me visse nesse estado. Não tinha dinheiro não tinha roupas, nada, somente o que eu vestia.
Nesse momento voltei à realidade e não fazia a mínima ideia de onde eu estava. O lugar era deserto não tinha como pedir informações. Em uma das únicas vezes que eu agi sem pensar acabei me perdendo. Desesperei-me mais ainda como eu ia chegar em casa, pera, eu não tinha casa. Para onde eu iria? Comecei a andar para tentar localizar alguém para me dar alguma informação, ao menos eu tinha que tentar chegar à escola, assim eu esperava até amanhã e falava com a Carol para pedir sua ajuda, eu tenho quase certeza que ela me apoiaria nesse momento de necessidade.
Andei, andei, mas não encontrei ninguém, já deveria ser umas três da manhã se eu julgasse o quanto estava deserto. Eu não tenho sorte, quando viro em um beco um grupo de quatro caras me abordam.
Cara 1 – que anel bonito, me dei ele – ele disse se aproximando. Eu não queria dar o anel, mas eles iriam pegar de qualquer jeito. Tentei tirar o anel mais estava preso.
Cara 2 – anda – ele já estava impaciente.
O terceiro puxou meu braço e segurou minha mão e quando ele foi puxar o anel, ele se afastou bruscamente. Aparentemente ele havia levado um choque.
Cara 3 – isso é um a brincadeira? Você quer apanhar – ele me disse e me deu um soco, eu quase desmaiei, mas isso não aconteceu. Eu preferia ter perdido a consciência, porque eles me jogaram no cão e começaram a me dar chutes no estomago, na cara, no braço, a dor era forte e eu gritava mais ninguém ouvia, e agora? Eu morreria dessa maneira?
Continua... (?)
Comentem, critiquem e deixem suas ideias, pois elas serão tomadas com muito carinho. Pergunta (s): Vocês ficarão tristes se o Lucas morrer agora? O que vocês acham que Rafael tanto esconde no terceiro andar? respondam com a cabeça fria, porque gosto muito de suas sugestões, claro a base já está feita, mas sabem como é brasileiro sempre da um "jeitinho". Aguardo ansioso por suas palavras. Até a próxima.