-E onde você foi? -perguntou Camila ao telefone, havia ligado para Tati, porém seu celular estava desligado e falar com Camila seria melhor ela iria me entender sem críticas, eu havia ligado para ela assim que oultra passei a porta de casa
-Não fui para longe, resolvi ficar aqui mesmo no condomínio, estou na área infantil -respondi -Você acha que ele irá terminar comigo?
-NÃO, Caio para de pensar bobagem, o Matheus te ama, ele te ama mais que tudo na vida, dê espaço a ele apesar dele te amar o Ruan é alguém muito especial na vida dele e não é fácil acabar com uma amizade que até então era construída por sinceridade total
-Você acha que eu devo voltar para casa agora?
-Você deveria ficar um pouco mais aí, espere ele te ligar caso ache que esperou o suficiente e ele não te ligou vá até ele -opinou
-Obrigado Camila, e desculpe o incômodo -disse sem graça, mesmo falando ao telefone
-Deixe de ser bobo, você sabe que sempre apoiei o namoro de vocês -gargalhou
-Uma das poucas -sorri -Tchau
Me sentei no banco do parque infantil e fiquei olhando para o nada, lembrando de todos os momentos que passei com o Matheus, os dois anos que passamos juntos e nunca nos separamos, nenhuma briga, pouquíssimos desentendimentos, sendo todos eles por culpa do Ruan e sua implicancia comigo, só que dessa vez poderia ser permanente, eu poderia perde-lo. Esperei pouco mais de duas horas quando finalmente resolvi regressar para casa ele não ligaria, nem mesmo devia estar preocupado com minha ausência, Entrei em casa e o silêncio em pessoa estava lá, a casa parecia estar totalmente abandonada, não qudri houvesse bagunça mais sim pelo silêncio mortal, então fui para o quarto.
-Matheus? Matheus! Matheus! Acorda! Matheus! -gritei em desespero quando o vi jogado no chão do nosso quarto ao lado da cama, contatei o plano de saúdee ele disseram que mandariam uma ambulância imediatamente, enquanto alguém me dava dicas básicas de primeiros socorros, eu sentia seu pulso e ele respirava eu me desesperava chorando temendo algo de ruin, a ambulância chegou em poucos minutos e o levou para o hospital enquanto dois paramedicos examinavam o Matheus uma enfermeira me fazia uma série de perguntas sobre a causa e eu só respondia com não sei, em desespero liguei para o Filipe e que avisou a Tati e ambos me encontrariam no hospital.
Estava lá a 15 minutos e ninguém dava uma notícia se quer, pagavamos caro por um plano de qualidade que mais parecia o maldito plano do governo deste país ingrato, eu rodava para um lado e para o outro enquanto o Filipe e a Tati tentavam me manter quieto sentado.
-Parentes do paciente Matheus Costa? -perguntou uma mulher loura que aparentava cansaço, mas tentava parecer forte e confiante pelos seus pacientes
-Sou eu -respondi
-Você é irmão do paciente? -perguntou
-Namorado -disse, e ela pareceu surpresa impaciente -Como ele está? -quis saber
-Felizmente sou companheiro está bem, ele sofreu um desmaio causado por fortes emoções e stress o que causou o desmaio, Você não estava presente quando o desmaio ocorreu certo?
-Sim, eu não estava -respondi
-O desmaio provavelmente ocorreu pouco tempo antes do senhor chegar ao local, o manteremos aqui por mais algumas horas em observação e logo ele estará liberado, pode ir visita-lo se quiser -sorriu demonstrando simpatia
Ele parecia cansado e seus olhos demostravam que havia chorado, me aproximei da cama enquanto ele olhava para mim com seus lindos olhos cor de passas.
-Como está se sentindo? -perguntei tímido
-Odeio hospitais -reclamou
-Isso indica que está bem -sorri -por um momento achei que iria te perder, para sempre -suspirei
-Não se preocupe com isso eu estou bem e eu te amo e você deveria saber disso, sempre te amarei, te amei ontem, te amo hoje, te amarei amanhã e te amarei sempre -sorriu
-Eu também te amo -disse sentando na cama e me enclinando para abraça-lo
Na sexta-feira quando sai para trabalhar o Matheus ainda dormia feito um anjo, deixei seu café da manhã preparado para ele não precisar ter esse trabalho e sai. O trabalho foi chato como de costume, eu como sempre fazendo coisas das quais não eram minha função, várias vezes o Matheus sugeriu que eu largasse esse emprego, já que seu salário sustentava muito bem nós dois e ainda sobrava muito dinheiro para gastos não necessários, porém nunca gostei de me manter dependente de seu dinheiro, e além disso caso abandonasse o emprego ele teria que pagar minha faculdade, e as despesas da casa eu já eachava o cúmulo do absurdo ele sozinho suprir, e eu precisava também do meu próprio dinheiro para uso pessoal, quando sai do trabalho a caminho da faculdade tive uma surpresa nada agradável.
-Entra -disse o Ruan -Já conversei com o Matheus e agora acho que minha conversa deveria ser com você, quem sabe assim acertamos nossas diferenças -disse autoritário....
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