“- Sra. Juliana?” - a pergunta ecoou dentro de seus ouvidos. Virando-se em direção à voz calma e simpática que procedia de um senhor aparentando seus 50 anos no alto de seus 1m,60 com a típica barriguinha de motorista particular. Juliana retirou os óculos escuros de onde puderam ser percebidos os lindos e pequeninos olhos castanhos escuros escondidos sob os negros cabelos que desciam até a altura dos ombros. Um tímido sorriso esboçou-se no rosto claro, típico de regiões frias, enquanto suas tremulas pernas a levavam em direção ao simpático homem que estendera a mão para alcançar a pequena mala que trazia consigo, demonstrando a intenção de passar apenas o final de semana naquele paraíso tropical.
- Por aqui por favor... A Sra. É tão linda quanto o “Seu” Walter comentou... O carro está próximo...
Ela recolocou os óculos de lentes grandes, procurando se esconder de todos e de si mesma, enquanto seguia de perto o motorista que a conduziria ao hotel. Por um instante achou insano essa loucura, e como num filme, retornou à mente as ultimas conversas com seu anfitrião:
- Estarei deixando a passagem aos seus cuidados no aeroporto. Procure chegar com uma hora de antecedência, disse ele.
- Esta bem. Meu Marido estará em pescaria o final de semana todo, então posso sair no final de semana. Mas tenho que estar na casa de mamãe no domingo pela manha, para não gerar suspeitas – respondeu ela.
- Tudo esta arranjado. Você chega sexta ao meio dia e partirá de volta no sábado a noite. Te vejo amanha.
- Até...
Com o barulho da movimentação do aeroporto Internacional de Fortaleza, ela voltou ao presente, e por alguns segundos teve o impulso de se dirigir ao balcão da TAM pedindo alteração em sua passagem para retornar para casa nesse momento.
Mas o destino interferiu e a fez relembrar do tempo em que não era tratada como uma mulher, sem carinho, sem diversão, sem romance... Firmou um passo atrás do motorista e adentrou no veículo preto, com vidros escuros para manter sua privacidade, como havia solicitado ao seu anfitrião.
No salão do Hotel Gran Meliá de frente à uma belíssima praia com areia branca e fina, com palmeiras altas que dançavam no balanço do vento, sentiu-se livre como a muito tempo não saboreava. Identificou-se no balcão e imediatamente foi levada aos seus aposentos, onde um bouquet com 11 rosas vermelhas estavam cuidadosamente colocadas sobre a mesa do aconchegante apartamento, ao lado de um embrulho que trazia o seu nome e a mensagem:
“Bem vinda ao nosso mundo. Espero que sirva- Walter”.
Apressou-se em abrir o embrulho e ficou ruborizada ao retirar as langeries sensuais que estavam no pequeno pacote, acompanhado de um vestido vermelho. Deixou todos os presentes caírem sobre a mesa e voltou a se cobrar e se condenar da loucura que estava fazendo, afinal era uma mulher casada e nunca dera oportunidades para outros homens.
Suas mãos tremiam e suavam, tanto pelo nervosismo das ações, como pelo calor típico da região, tão diferente de sua cidade natal. Despiu-se rapidamente, e dirigiu-se para um banho, onde mil coisas passaram por sua cabeça, mas decidiu entrar de vez nessa fantasia que estava trazendo de volta a fêmea que adormecia nessa mulher castrada pela incompreensão e ignorância.
Vestiu a calcinha rosa, macia, suave, gostoso e que encaixava perfeitamente em seu corpo, como se ela mesmo houvesse comprado. Vestiu o soutien, porem não se sentiu confortável com esse, preferindo utilizar um de seus que estava na pequena mala que trouxe consigo. Entrou no vestido e
num primeiro momento sentiu-se desnuda, pois o mesmo marcava sua cintura fina e atraente, deixando a mostra parte de seus seios médios, sem ser vulgar. Um rasgo na parte traseira do vestido permitia a entrada de ar em suas coxas, dando uma sensação gostosa sob a roupa e ao mesmo tempo sabia que seria assediada pelos homens. Isso lhe fazia muito bem ao ego, tão devastado ao longo dos anos de casamento insosso. O Vestido descia-lhe até o meio de suas coxas lindas, lisas e suculentas, forçando-a andar devagar, em passos curtos e sensuais. Exibiu-se no espelho e gostou muito do que via, e principalmente do que sentia... Suas mãos percorreram o seu corpo, como se estivesse se redescobrindo a fêmea atraente que ela era. Sentia seu rosto avermelhado e ao mesmo tempo uma sensação de prazer tomava conta de sua alma.
Passava pouco das 16hs, quando o interfone tocou e uma voz agradável a cumprimentava, dizendo:
- Oi minha linda... Acabei de chegar do aeroporto...
Seu coração veio à boca... Sua voz ao interfone era idêntica ao que ouvira poucas vezes ao telefone, num dos raros momentos em que se falaram... Suas pernas tremeram e sentiu que paralelamente ao medo, o tesão enrijeceu seus atraentes seios.
- Oi, gaguejou ela meio sem saber o que dizer.
- Ponha uma roupa confortável. Vamos tomar uma água de coco na praia... – disse ele firmemente.
Passou a mão numa bermuda, colocou uma camiseta e desceu com o coração na mão.
Ao abrir a porta do elevador, pensou que teria um ataque cardíaco, porém seu anfitrião aproximou-se e olhou-a no fundo de seus olhos, abraçando-a tenra e demoradamente:
- Obrigado pelo privilégio de ver você. – disse ele enquanto a segurava firmemente contra ele.
O corpo de Juliana estremeceu e ela sentiu o biquíni se encharcando sob a bermuda, mas manteve a compostura.
- “Como ele pode me fazer isso?” pensou ela.
Ele a tomou pelo braço e a conduziu para a saída do Hotel. Atravessaram a Rua e fizeram uma caminhada pelo calçadão, falando de amenidades... Pararam para uma água de coco e ficaram deslumbrados com a beleza do local...
Entre tantos assuntos, inevitavelmente sexo foi abordado. Ele procurava deixa-la bem a vontade, demonstrando firmeza e austeridade nas palavras. Os cuidados que ele demonstrava ter para com ela e deixaram muito a vontade... O tremor as mãos já não aparecia mais e o medo de ser reconhecida em uma cidade a mais de 2.000 kms de seu lar já não a acompanhava mais. O relógio batia 19h:30m e eles se apressaram em retornar ao hotel para um banho e aproveitar a noite.
Ao entrarem no elevador, ele a puxou para si, fitou-a longamente nos olhos enquanto acariciava os cabelos negros, retirando-os de seus olhos:
- Quero ver seu rosto, disse ele com voz firme.
Abraçou-a pela cintura puxando-a de encontro ao seu corpo. Ela tímida não conseguia manter os olhos nos olhos dele, com medo de se trair... Mas de nada adiantou... Ele levantou o seu rosto pelo queixo, deixando seus lábios perto o suficiente para sentir a respiração um do outro e o primeiro beijo estava sendo consumido nesse momento. Ele a segurou pelo pescoço, mantendo sua língua dentro da sua boca, sugando-lhes os lábios tímidos e sedentos de carinho. Uma eternidade passou pela cabeça dela, quando o elevador sinalizou que chegaram ao 14º andar. Ela, meio tonta desceu do elevador e caminhou em direção ao apartamento 1412, detendo-se na porta. Ele, ainda sedento da boca de Juliana, abraçou-a novamente sugando-lhe a boca, sentindo seu corpo todo se enrijecer enquanto ela tremia ao toque daquele homem misterioso que parecia conhece-la a anos.
Juliana pediu para tomar um banho e irem devagar, e ele a obedeceu, virando-se e caminhando em direção ao apartamento 1413, estrategicamente reservado ao lado dela.
Juliana tomara um banho gelado e demorado, se é que pode se considerar gelado quando a temperatura local esta beirando os 28ºC. Enrolou-se na toalha e quase caiu de costa ao sair do banheiro observando que o vestido vermelho e as langeries estavam cuidadosamente colocadas em sua cama:
- Quero que se vista pra mim, disse Walter fechando a porta do conjugado lentamente.
Ela obedeceu.
Perfume leve devido ao calor, sapatos pretos e o vestido que já não mais parecia tão curto cobriam o corpo lindo, esguio e atraente.
Walter se apresentava com uma camisa branca e blazer preto, elegante sem ser exagerado. Alugara um carro conversível para aproveitar o ar fresco na noite. Dirigia lentamente pela orla, como querendo fazer os minutos passarem muito devagar até um restaurante tranquilo de frente para o mar, onde podia se admirar parte do luar. O jantar transcorreu de forma nada normal, mesmo que a cada toque dela na pele dele, fazia ele se arrepiar. Sentia o membro querendo saltar das calças, pois o cheiro daquela fêmea o enfeitiçara. Ambos não sabiam o que fazer com as pernas, pois ora se tocavam e ora se afastavam. Ela brincava com o canudinho da caipirinha de Kiwi com dose extra de açúcar, enquanto ele molhava os lábios lentamente com a caipirinha de Vodka com gelo. O olhar de Juliana penetrava as roupas de Walter deixando-o deslocado, mesmo com toda experiência de um homem maduro, como se fosse um adolescente de 20 anos no seu primeiro encontro. Ele percebera que o calor dela tomara proporções inimagináveis dentro do ambiente, pois os garçons e outros homens dentro do mesmo ambiente começavam a fitar aquela mulher absurdamente sensual. Como se tivesse sido picado por abelha, olhou para ela com muito desejo, e ao receber seu cartão de crédito após o pagamento da conta, pegou-a pelo braço e disse-lhe firmemente: “Vamos.”
Ela não esperou ele terminar de falar e saíram rapidamente em direção ao carro. Walter a puxou pelo braço e, diferentemente do cavalheirismo apresentado até então, beijou-a com certa violência. Seu corpo dançava nas mãos daquele homem negro e alto que insistia em aperta-la contra si, deixando-a atordoada. Suas mãos percorria toda a extensão das costas dela, mapeando cada centímetro daquela mulher em forma de Deusa (Ou Deusa em forma de mulher). Encostou-se no carro e puxou-a para si, passando a mão por toda abundância de sua bunda, forçando as coxas dela contra o membro enrijecido dele, fazendo com que o vestido subisse ao ponto de ter a pequena calcinha esfregando-se contra seu pênis.
A troca de beijo foi tão intensa e voluptuosa, que disparou o alarme do carro, alertando o casal do local onde se encontravam. Rapidamente entraram no carro e se dirigiram ao hotel tão depressa que quase foram multados.
Mal entraram no apartamento, as roupas começaram a ficar pelo caminho. Walter desabotoou o vestido deixando-o no solo. Walter buscava a boca de Juliana o tempo todo, como se o mapa do orgasmo feminino estivesse enterrado ali. Juliana não pensava em mais nada, a não ser, ser e ter aquele homem. Juliana tirava as roupas de Walter com raiva e pressa. Ambos caíram sob a cama quase que completamente nus. Walter passou a explorar o corpo de Juliana com seus lábios. Beijou-lhe a nuca, as costas, e desceu lentamente lambendo e beijando as costas de Juliana que apenas resmungava algo sentindo seu corpo todo se arrepiar. Beijou as nádegas de Juliana a continuou beijando o corpo todo daquela mulher incrível. Beijou seus pés e virou-a de barriga para cima. Passou a beijar vagarosamente suas pernas, seus joelhos e suas coxas que não conseguiam mais ficar imóveis. A língua de Walter percorria as coxas de Juliana numa volúpia louca, deixando ela completamente entorpecida. Finalmente ele alcançara o triângulo das bermudas, completamente molhado pelo denso mel que escorria da cachoeira de Juliana. Os pelos negros em forma de triângulo, aparados cuidadosamente para a ocasião, era um espetáculo a parte para o paladar daquele homem que tanto desejou ter essa mulher sob seu controle. Sua língua acariciou os grandes lábios arrancando gemidos e palavras desconexas dessa Leoa sedenta de amor e carinho. Ele passou a brincar com o clitóris dela, lambendo e usando sua língua como açoite, fazendo ela apertar sua cabeça entre as pernas, pressionando sua cabeça de encontro a sua vagina como se quisesse que ele entrasse nela. Essa dança chegou ao seu ápice quando espasmos e gritos desconexos ecoaram pelo charmoso quarto, fazendo Juliana perder o fôlego e as forças num orgasmo demorado e recheado de prazer... Ela sentia todo o seu corpo gritar “Estou gozando!!!” e uma paz tomava conta de seu ser. Walter deitou-se ao lado dela deixando-a se recuperar dessa sessão. Alisava o seu cabelo, retirando-o da frente de seus olhos úmidos e brilhantes. Ele desejava ver sua fêmea viva, ativa. Ficaram ali se acariciando por um tempo, até que ela o abraçou e sentiu o membro dele latejando próximo às suas coxas. Sua vagina estava novamente encharcada e seu corpo começava a pedir por amor, por sexo, por companheirismo...
Walter passou a beija-la novamente com muito ardor... Ela afastou-se de seus beijos e buscou o pênis enrijecido daquele que naquele momento era só seu macho, masturbando-o vagarosamente porem vigorosamente. Walter deitou-se na cama com a barriga para cima. Juliana percebendo que seu macho estava em ponto de bala, não perdeu tempo, pois também sentia necessidade e vontade de tê-lo dentro de sí. Deitou-se sobre ele posicionando o membro rígido na entrada de sua linda buceta. Lentamente foi se sentando sobre o membro, fazendo com que os 19cm. de nervo e tesão fosse lentamente sumindo dentro dela. O misto de prazer, um pouco de dor e de muito tesão se misturavam e podiam ser sentidos no ar. Ela iniciou o movimento de entra e sai, enquanto ele a segurava pelas ancas, auxiliando-a na extração do prazer. As grandes mãos de Walter deslizava sobre o corpo de Juliana, passando pela fina cintura, acariciando os enrijecidos mamilos e descendo até o quadril para reduzir ou aumentar o ritmo. Juliana mantinha o movimento, agora com os olhos fechados, aproveitando cada centímetro do tesão acumulado por anos de frieza e descontentamento. Juliana apoiou suas mãos sobre o peito de Walter, utilizando suas pernas como amortecedor, fazendo um longo movimento para cima, onde a tora saia quase completamente de dentro dela e depois, empurrando o peito de Walter, retornava o corpo fazendo com que sua bucetinha linda e sedenta engolisse o membro por completo, sentindo as bolas tocar-lhe as nádegas. Juliana estava novamente entrando num êxtase sem explicação. Walter observara que ela estava com os olhos fechados e gemendo alto, ao mesmo tempo em que seu ritmo aumentava. Seu pênis estava latejando e o som da voz daquela mulher que ele tanto desejava invadia sua alma. Ele podia sentir que ela estava a prestes a gozar, então começou a chacoalhar o quadril auxiliando-a no movimento de vai e vem. Passou seus braços pelas cotas dela, e fez com que ficasse de cócoras sobre o pau enrijecido. Intensificaram os movimentos enquanto ele o abraçava cada vez mais forte, mais forte, mais rápido até que uma sucessão de gritos puderam ser ouvidos por todo o Hall do suntuoso hotel por minutos que pareceram horas... O Orgasmo de ambos fora muito intenso... Walter sentia que toda sua alma tinha sido transferido para aquela fêmea... Juliana estava extasiada, adormecida... Seu corpo todo estava transpirando... Ela novamente se sentia uma fêmea viva, amada, desejada, gostosa... Depois de muito tempo ela sorria livremente... Feliz, saciada, possuída por alguém que realmente a desejava, não só pelo sexo, mas também pela mulher, pela pessoa... Era muita realização para ela, que acabou caindo sobre a cama ofegante...
Ele a puxou para cima de si, de forma a ficar deitada sobre seu peito. Abraçou-a e disse que não era para ficar longe. Ela sentiu-se reconfortada, protegida, amada, cansada... e adormeceu. Nunca na vida havia tido orgasmos tão intensos. Acordou com tudo ainda muito escuro, mas com o som do mar que adentrava no quarto. Pode observar as cortinas balançando num balé gostoso e sentiu-se leve como a própria cortina bailando no ar. Passou a mão no peito daquele, que naquela noite era só seu. Beijou lhe o canto da boca, despertando-o. As mãos dele a trouxeram para mias perto de si, e ele sussurrou em seu ouvido “Eu te adoro! Adoro estar com você! Você me faz bem física e emocionalmente!”.
Ela levantara a cabeça e duas lágrimas rolaram de seus pequeninos olhos brilhantes. Se abraçaram enquanto ela confessava que há muito tempo não se sentia mulher nem amada, nem uma pessoa... Mas naquele momento resgatara parte do ser humano que ela era, com defeitos e principalmente com muitas qualidades.
Ela deitou-se de costas apara Walter, ficando de frente para a Janela de onde podia se ver os primeiros raios do sol, rasgando a escuridão da madrugada. Walter a abraçou fortemente e adormeceram de “conchinha”.
Ao acordar, pétalas e rosas estavam espelhadas pela cama. Ele confessara que ela havia desabrochado durante a noite e as pétalas eram parte dela...
Durante o café da manha no quarto, o silencio das palavras foram suprimidos pelos olhares cúmplices e sorrisos maliciosos e sedutores. Eles brincavam com a comida, colocando torrada na boca do outro ou passando geleia nos entumecidos seios dela, para depois limpar com a língua. Ele usara o pênis como colher para passar mel na boca dela, e ela o sugara firmemente, fazendo com que o membro enrijecido tocasse sua garganta, misturando saliva, mel de abelha e mel de homem...
Ela sentou-se sobre a mesa, abrindo as pernas próximo ao rosto dele, para que ele se saciasse com o suco que escorria dela, sugando-a lhe com veemência, banhando-se em sua cachoeira de prazer... Entre um gemido e outro, ela teve suas coxas agarradas e puxadas para junto do corpo dele, onde o encaixe de seus corpos de completara, dando a ele um aconchego para seu membro que latejava, e dando a ela o calor e os abraços que a tornariam parte dele...
Abraçaram-se novamente, beijaram-se como se fossem velhos amantes e assim, juntinhos foram ao banho. O rosto dela estava translucido. Seu cabelo que era apático e encobria os olhos ao desembarcar do avião, nesse momento estava vivo, lindo e brilhante, de forma a ter a íris inchada pela alegria que sua alma transmitia...
A tarde de sábado se aproximava e era momento dela se dirigir ao aeroporto, pois seu álibe a forçava estar na casa de sua mãe no domingo pela manha.
De frente para a sacada, ambos com roupas confortáveis apreciando o final da tarde entre beijos e carícias, um momento nostálgico nasce através de um baralho, pois afinal se conheceram através do poker virtual.
Uvas, maçãs, palitos e pertencem pessoais tornaram-se fichas num jogo de sedução que iniciava-se nesse momento.
Ela observada suas cartas buscando esconder de seu “adversário”, mantendo o ar de mistério...
Walter, ao ver o flop com as cartas Valete de Ouros, As de espada, e Valete de Copas, Seis de espada e três de Copas (J♦ A♠ J♥ 6♠ 3♥), empurrou para o centro da mesa todas as uvas, cerejas, macas e até mesmo sua cueca que estavam sendo utilizadas como fichas, desafiando sua oponente com um sarcástico e irresistível “ALL IN”.
Ela, firme e fria, como uma profissional de Las Vegas analisava e nada dizia, quando ele a colocou contra a parede:
- Mais uma coisa – acrescentou Walter - se eu ganhar essa mão, você remarca sua passagem para segunda-feira e fica comigo!!!
Ela estremecera dos pés a cabeça, mas procurou não demonstrar...
Num impulso, empurrou todas as frutas, palitos de fósforos e soutien que compunham suas fichas para o centro da mesa, aceitando o desafio, com olhar superior e malicioso.
Walter, do alto de uma majestade inigualável, abriu suas cartas... Par de Ases: Formara um incrível Full House de ases com Valetes. Ele soltou, com ar de grande satisfação, o grito:
- Ganhei!!! Você fica!!!
Juliana depositou suas cartas com a face para baixo, resignada. Passou por sobre a mesa e agarrando Walter pelo pescoço, beijou-o ardentemente sussurrando maliciosamente em seu ouvido:
- Vai ter que reagendar minha passagem....
Walter a pegou no colo e caminhou até o confortável tapete que ficara entre a cama e a janela aberta... Beijou-a ardentemente deitando-a com muito carinho e desejo, confessando em seu ouvido:
- Já reagendei sua passagem ontem...
Durante a noite pode-se ouvir os amantes se amando como namorados longe dos pais, e muitos confessam ter ouvido no quarto “Te quero...”, “Sou sua...”, “Te quero...” Sou seu...”.
Uma última corrente de vento chicoteou a cortina do quarto sobre os dois apaixonados amantes, exibindo as duas ultimas cartas que estavam com Juliana... Par de Valetes...
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