A ESCOLHA - PARTE 8

Um conto erótico de Uisley
Categoria: Homossexual
Contém 2397 palavras
Data: 18/08/2013 23:43:09
Última revisão: 18/08/2013 23:50:15

A ESCOLHA – PARTE 8

O sangue que escorria do meu braço e já havia sujado uma boa parte do chão. Consegui com o maior esforço pegar o canivete do chão e fiquei olhando meu reflexo na lâmina brilhante. Fiquei relembrando os bons momentos que eu tive com o Felipe. Jack Bruno batia na porta com mais ferocidade e mandava-me abri-la. Eu queria acabar com minha vida ali mesmo, mas o celular tocou em cima da cama. Olhei para a cama e levantei-me do chão e olhei no visor do celular. Era o Alessandro. Não atendi. Fui à porta e á abri. Jack Bruno me olhou assustado.

Bruno: Meu deus, Rô.

Bruno segurou á minha mão onde eu ainda segurava o canivete e me fez jogá-lo no chão. Ele pegou uma camiseta minha no meu guarda roupa e colocou em cima do corte e amarrou para pressionar o sangue e me ajudou a sentar na beirada da cama.

Bruno: Você ficou louco! Quer se matar Rô? Olha isso! Olha o que você fez no seu braço Ronny.

Eu chorava de dor e chorava por tudo o que estava acontecendo. Bruno pegou o celular e ligou para minha mãe e falou que eu havia esfaqueado meu braço e depois desligou.

Bruno: Á mamãe está vindo para te levar ao médico.

Eu: Bruno me desculpa por não ser o irmão que você queria. Desculpe por minha escolha sexual.

Bruno me encarou e me abraçou forte.

Bruno: Não peça desculpas Rô, você é o irmão que eu sempre quis ter e sinceramente eu acho que não teria um irmão melhor. Já a sua escolha sexual, eu não tenho nada á ver com isso. Você deve escolher o que te faz feliz irmão. Acho que o que escolheu é errado e não devia acontecer, mas se te faz feliz então fez á escolha certa.

Eu ainda chorava abraçado com ele e já havia sujado a roupa dele de sangue também.

Eu: Eu te amo maninho. Pra sempre. Você é a melhor pessoa do mundo e meu melhor amigo.

Minha mãe chegou uns minutos depois e bem apavorada perguntando o que havia acontecido e já viu né. Foi o maior alvoroço. Minha mãe me levou para o hospital e lá fizeram curativo no corte que por sinal foi mega fundo, mas não foi nada tão grave. Minha mãe avisou o Felipe que eu estava no médico e ele logo bateu o pé lá. Ele ficou bravo comigo por eu ter me esfaqueado por não querer perde-lo. Ele disse que “esse não era melhor forma de se livrar do problema e que não mudaria nada”. É claro que minha mãe meu deu uma bronca daquelas e ainda tive que ouvir do meu pai quando cheguei em casa. Felipe e eu não saímos para nos encontrar àquela noite, ele apenas foi lá pra casa e ficou comigo no meu quarto. Eu estava deitado na cama e ele do meu lado olhando nos meus olhos.

Felipe: Você é tão especial para mim Ronny. Não sei como agradecer por você ter entrado na minha vida.

Eu sorri.

Eu: Na verdade, você que quis ser meu amigo no colégio e não eu. Eu achava você o maior chato nos primeiros dias que te conheci.

Felipe: A é assim né.

Ele fez uma carinha fingida muito linda de triste. Fiquei passando o dedo em seus lábios e olhando nos seus olhos que me fazia sonhar com o impossível.

Eu: Em toda á minha vida, eu nunca conheci uma pessoa tão legal e bonito como você.

Felipe: Que isso eu nem sou tão gato assim. Eu fico impressionado de como você olha para mim. Seu olhar me faz ficar mais apaixonado por você. Queria poder te fazer feliz pra sempre Rô, poder te abraçar pra sempre. Acho que não vou poder.

Eu: Não fica assim lipe. Eu sei que não é culpa sua isso que está acontecendo. Eu te entendo. Estou triste, mas eu te entendo.

Felipe se virou por cima de mim e me beijou lentamente. Coloquei minha mão em suas costas e comecei a apertar forte. Tentei tirar minha camiseta, mas não deu muito certo. Meu braço ainda doía então ele começou a levantar minha camisa e me dava selinhos conforme a camiseta ia subindo. A sensação era muito boa. Comecei a puxar sua camiseta com tanta força que a camiseta começou á descosturar. Ele me beijava No pescoço e eu sentia sua respiração ofegante. Felipe tirou sua camiseta e eu comecei a lamber seus mamilos, mas quando fui beijá-lo eu percebi que ele estava chorando. Ás lagrima rolavam do seu rosto. Aquilo cortava meu coração em várias partes e me fazia sentir as piores coisas do mundo.

Eu: Por que está chorando Fê?

Felipe: Eu não queria te perder Ronny. Essa provavelmente será a última vez que a gente fica junto assim. Prometa-me uma coisa Ronny?

Eu deixei escapar algumas lágrimas, mas me segurei para não abrir o bocão.

Eu: Sempre meu amor. Prometo qualquer coisa.

Felipe: Prometa que vai fazer qualquer coisa para ser feliz. Não importa se precisar namorar outra pessoa, mas me prometa que vai fazer o que vai te fazer feliz? E promete que não importa o que irá escolher ou o que vai fazer você nunca vai me esquecer?

Eu: Não, não... Você é que me faz feliz Fê, você é a única pessoa que me faz feliz. Nunca irei esquecer você lipe. Estará no me coração para sempre.

Felipe agarrou forte meu braço com sua mão.

Felipe: Prometa!

Eu: Prometo!

Felipe tirou do bolso da sua calça um pequeno envelope dobrado ao meio e me entregou.

Felipe: Prometa-me mais uma coisa Ronny.

Eu: O que?

Felipe: Abra esse envelope somente quando você estiver apaixonado. Mas têm que ser sincero. Abra somente se estiver certeza que á pessoa gosta de você e que te fará feliz. Caso isso não acontecer não abra nunca. Promete?

Olhei o envelope com atenção e olhei para ele.

Eu: Esse envelope só será aberto quando você voltar. Você é a única pessoa que eu quero estar por minha vida inteira. Se não posso ter você, não terei ninguém mais.

Felipe: Não. Não vale abrir o envelope por mim. Somente por outra pessoa. Você saberá em breve. Logo vai abri-lo.

Eu: Do que está falando Felipe? Dúvida do meu amor por você? Acha que outra pessoa para mim é melhor que você? Está errado!

Felipe: Amor eu não duvido de nada. Eu sei que você me ama de coração. Eu sinto isso. Eu vejo isso nos seus olhos.

Eu: Então por que quer que eu prometa abrir isso quando eu estiver apaixonado por outra pessoa?

Felipe: Você não será feliz se ficar sozinho até não sei quando e o que quero de você é que seja feliz.

Eu: Tá legal, eu prometo. Pronto.

Felipe: Promete de verdade né? Não abri antes e nem depois não é?

Eu: Eu prometo. Vou fazer o que você pede.

Felipe: Amor, eu acho que vou ter que ir embora. Sei que o tempo que passei aqui não o suficiente e que não concerteza você queria mais, mas preciso voltar. Minha mãe e meu pai vão ficar bravos se eu não voltar.

Eu: Tá tudo bem amor, eu entendo.

Ele colocou sua camiseta novamente e eu também. Dei um beijo em sua boca e um selinho rápido e logo ele saiu pela porta do meu quarto, me deixando sentado na beirada da cama olhando para o pequeno envelope amarelo fraco. Olhei pela janela e pude o ver correndo a tempo de pegar um ônibus que parou no ponto. Olhei para o envelope lutando contra a curiosidade. Pensei em abri-lo. Não! Eu não podia abrir. Fiz uma promessa e promessa deve ser comprida então eu não iria abrir aquele envelope. Guardei no fundo de uma gaveta do meu guarda roupa e jogue um monte de roupas em cima para que ninguém á s pegasse e abrisse.

Eu fiquei pensando por quase meia hora o que iria a acontecer quando Felipe fosse embora. Minha vida iria mudar bastante e isso seria certeza. O celular tocou e era ele.

Eu: Oi amorzinho.

Felipe: Gato, você pode ir comigo até o aeroporto amanhã?

Eu: Acho que sim. Vou pedir pra minha mãe, mas acho que vou sim.

Felipe: Quero passar até os últimos segundo com você amanhã.

Eu: Eu também. Já que vou perdê-lo pra um novo país então quero ficar Máximo que conseguir perto de você. Queria até que você estivesse dormido aqui comigo hoje.

Felipe: Desculpe mais eu tinha que voltar. E preciso deitar por que amanhã vou acordar bem cedo. Boa noite amor.

Mandei vários boa noite e abraços com beijo até infelizmente o telefone desligar.

Deitei na minha cama e logo meus olhos ficaram pesados e deixei que o mundo dos sonhos me levasse para longe e só abri os olhos quando á luz da manhã invadiu á janela do meu quarto. Sentei na cama sem encostar o pé no chão. O dia estava lindo, mas logo o pensamento de que eu iria perder a pessoa que eu amava invadiu minha cabeça e aquele dia não passava de um dia horrível. Levantei e fui até o banheiro fazer minhas necessidades. Eu não iria ao colégio por dois motivos: Primeiro, meu braço não iria me ajudar nos deveres e segundo que eu não estava á fim.

Fui para á sala de estar e minha mãe ainda estava lanchando assistindo os primeiros desenhos da TV. Olhei num relógio de parede e ainda estava dando 06h08min da manhã.

Mãe: Bom dia.

Disse minha mãe toda animada. Sentei-me ao lado dela sem responder.

Mãe: O que foi filho? Está péssimo.

Eu: Estou mesmo.

Minha mãe chegou mais perto de mim e me abraçou.

Mãe: O que aconteceu? É porque o Felipe vai embora?

Eu: É.

Mãe: Filho sei que isso é difícil, mas eu tenho certeza que o Felipe vai voltar logo. Acho que ele te ama e logo vai sentir sua falta e vem te ver. Acredite, ele te ama filho.

Eu: Mãe é uma dor horrível, perder uma pessoa que a gente ama. Eu nem sei quando vou vê-lo de novo.

Mãe: Filho, você não perdeu ele. Apenas está mudou as coisas um pouco, mas você vai ver logo ele volta e tudo vai voltar ao normal. E, aliás, existem celulares, redes sociais e Web Cam*. Vocês vãos e falar todos os dias.

Minha mãe me deu um beijo na bochecha. Eu sorri pra ela. Aquelas palavras não era muito reconfortável, mas me acalmou um pouco. Logo minha mãe saiu para trabalhar e eu fiquei deitado no sofá assistindo. Meu irmão acordou e se sentou no braço do sofá e meu deu bom dia.

Eu: Bom dia maninho. Você dormiu bem?

Bruno: Mais ou menos Rô. Tive alguns pesadelos rápido mais fora isso dormi sim. E o braço melhorou?

Eu: Melhorou um pouco. Mas daqui á dois dias mais ou menos vai estar ao normal de novo.

Jack Bruno ficou passado á mão no meu pé e aquilo estava me incomodando por que tenho um pouco de cócegas no pé.

Eu: Pare Bruno, está fazendo cócegas.

Jack Bruno parou me fez uma pergunta que me deixou um pouco pensativo.

Bruno: Mano, como é ser gay?

Eu: É legal. Mas por que está perguntando?

Bruno: Por nada. Você não acha mulher melhor?

Eu: Eu não sei Jack. Eu nunca fiquei com mulher e então não sei.

Bruno: E você pode me contar como é ficar com homem?

Eu: Tá legal Jack, agora estou estranhando. Quer virar gay também?

Bruno: Não é isso é que...

Ele parou um pouco e não continuou. Não queria perguntar nada e deixar ele sem graça. Então apenas disse:

Eu: Jack, olha você pode contar comigo pra qualquer coisa e se precisar ajuda em qualquer quesito eu estou pronto pra te ajudar e para te apoiar.

Ele me olhou e deu um pequeno sorriso animado.

Bruno: Tudo bem maninho.

Ele se levantou e saiu em direção á cozinha e logo em seguida recebo uma mensagem do Felipe dizendo bom dia. Não sei que bom dia ele estava vendo, mas respondia a sim mesmo. Fiquei uns minutos trocando torpedos com ele e combinamos de nos encontrar quatro horas lá no aeroporto

Fiquei a tarde inteira jogando praga para que o avião estragasse ou que o vôo fosse cancelado, e quando chegou á hora... Eu estava no aeroporto em frente ao portão de embarque e em pé olhando para os olhos dele. Pude ver ás lagrimas rolaram pelo rosto dele e então agüentei. Comecei á chorar e abracei-o com toda minha força. Ficamos quase três minutos abraçados e chorando juntos e teríamos ficado mais se não tivessem anunciado que o vôo dele já iria partir. Dei um beijo nele e é claro que um monte de gente olhou e começaram á comentar e pude ver até ouvir uns comentários como: “Que absurdo!”, “isso é nojento e é uma falta de respeito”, “essa molecada de hoje está cada vez mais absurda” e etc. Queria socar cada uma daquelas pessoas preconceituosas e colocar fogo nos corpos depois.

Felipe juntou nossas mãos e ele olhou fundo nos meus olhos.

Felipe: Eu te amo.

Essa foi á última frase que ouvi dizer por que antes que eu pude-se dizer a ele que eu o amava também, ele passou pelo portão e partiu. Antes de entrar no avião ele virou-se para mim e sorriu. Depois disso, ele desapareceu para dentro do avião que logo levantou vôo e partiu cortando céu.

Ver aquele avião desaparecer pelo céu acabou comigo. Eu queria sair e gritar o mais auto que eu podia para ele voltar, mas a única coisa que eu podia fazer era me virar e voltar para casa e aceitar o fato que ele se fora e que só deus sabe quando eu iria vê-lo de novo. Minha vida agora provavelmente seria uma droga. Pelo menos era o que eu achavaCONTINUA)---

COMENTÁRIO DO AUTOR:

OBS: COMENTÁRIOS DE HUMILHAÇÕES, DE MAU GOSTO E DE XINGAMENTOS SERÃO REMOVIDOS.

AGRADEÇO Á TODOS OS QUE LERAM E ESTÃO LENDO MEUS CONTOS. VOCÊS SÃO O QUE ME ANIMAM QUANDO ESTOU RUIM... BJX.

DESCULPE-ME PELOS ERROS DE ORTOGRAFIA, MAS ALGUNS ERROS PODEM SER GÍRIAS...

campoazul_10@hotmail.com

EM BREVE Á CONTINUAÇÃO DE A ESCOLHA.

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Comentários

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Que triste o Lipe ir embora. Mas sei que se for pra eles ficarem juntos ele vai voltar.

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Que triste o Lipe ir embora. Mas sei que se for pra eles ficarem juntos ele vai voltar.

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Triste e to curioso! tomara que vc 'Personagen' encontre um amor, quero ver o conteúdo do envelope.

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