Como eu disse antes, tudo havia se normalizado, e o André não mais tinha dado as caras, uma calma que não nos era habitual há tempos tinha voltado, todos nós estávamos felizes achávamos que o meu primo tinha realmente desencanado da gente e tinha se convencido que as chances dele ficar comigo eram totalmente nulas. Duas semanas se passou depois da recuperação de Rafael, e eu estava a pé vindo da faculdade, aliás como sempre, a minha faculdade não era tão longe da minha casa, então eu preferia ir andando mesmo, caminhar faz bem além de ser uma atividade bem saudável, ao falar nisso lembro de um fato que aconteceu quando eu completei dezoito anos, meu pai quis me dar um carro de presente alegando que eu não precisava ficar indo a pé para faculdade todos os dias, eu não aceitei o presente, disse-lhe que não havia necessidade dele gastar tanto dinheiro assim comigo, ele continuou insistindo disse que fazia questão, mas recusei novamente, sei que muitos achariam um máximo ganhar de presente de aniversário um carro e que é um sonho de consumo de muitos jovens ao atingir a maioridade, mas não o meu pelo menos não naquele momento, eu disse a ele que não precisava gastar mais ainda mais comigo e que ele já havia feito muito por mim durante toda minha vida, afinal foi graças a ele que eu estudei nas melhores escolas, fiz os melhores cursos e se eu sou o que sou hoje devo muito a ele, quem sempre tive como exemplo. E esse carro eu mesmo queria me dar de presente futuramente com o esforço e suor do meu trabalho. Enfim voltando ao assunto, eu estava na metade do caminho da faculdade até minha casa, em uma rua muito pouco movimentada, praticamente deserta pra falar a verdade, eu andava normalmente, despreocupado, até perceber um carro se aproximar, quando olhei percebi ser o carro do André, mas continuei andando normalmente até que escuto ele gritar por meu nome, porém continuei agindo como se não o tivesse visto, até que ele chega mais perto e diminui a velocidade.
André: - Alberto, para ai por favor, a gente precisa conversar, entra no carro vai.
Eu: - Não.
André: - Por favor cara.
Eu: - Eu já disse que não André, a gente não tem mais o que falar, tudo que nós tínhamos para falar um pro outro já foi dito, portanto não temos mais nenhum assunto.
André: - Por favor Alberto, não faz assim cara, entra no carro to te pedindo numa boa.
Eu: - Me deixa, eu não sei nem porque eu ainda to aqui te escutando, já perdi tempo demais contigo. Ah! me diz uma coisa o que deu em ti pra vir me procurar depois de todo esse tempo? Pensei até que já tivesse esquecido de mim.
André: - É sobre isso que eu quero falar, depois daquela última vez que a gente se viu e que... tu me bateu, eu tentei te esquecer, mas não consegui, passei a pensar em todo mal que te fiz, em todas as besteiras que fiz contra ti e ao Rafael e to arrependido, não vou negar que ainda te amo e que te quero muito, mas eu to arrependido.
Eu: - Teu discurso é muito bonito André, mas... eu não consigo acreditar em nenhuma palavra do que tu diz.
André: - Eu sei que depois de tudo que eu fiz fica difícil mesmo de acreditar em mim, mas é verdade sim, eu estou arrependido, e se tu não pode ser meu, queria pelo menos a tua amizade.
Eu: - Olha André, minha amizade eu não posso te dar, e se você está realmente arrependido, coisa que eu duvido, então nos deixa em paz no nosso canto, agora se seu arrependimento for verdadeiro, eu posso até te desculpar, mas ser amigos ai já forçar a barra demais. Agora se era só isso que tu tinha pra dizer, valeu.
André: - Espera – gritou – Entra no carro, eu te levo.
Eu: - Não André, eu sei o caminho muito bem, e posso ir sozinho.
André: - Vai logo cara, eu não vou fazer nada contigo, se tu preferir eu me finjo de mudo durante todo o caminho.
Eu: - Não precisa dar o trabalho de se fingir de mudo, pois não pretendo aceitar a tua carona, agora faz um favor vaza daqui e me deixa ir embora.
André: Ta certo, não vou mais insistir, mas eu ainda vou te provar que mudei.
Eu: - Eu sinceramente espero que sim, mas isso só o tempo e tuas atitudes vão dizer que tu realmente mudou, mas enquanto não me convenço da tua bondade repentina, melhor cada um ficar na sua, beleza?
André: - Beleza.
Ele acelerou e foi embora, eu definitivamente não acreditei em uma só palavra do que ele disse, sabe quando você olha para a pessoa e você sente firmeza e sinceridade nas palavras? Pois é, não foi isso que eu vi nele naquele momento, parecia mais um joguinho dele para tentar me convencer e consequentemente ganhar uns “pontinhos” comigo. De qualquer forma, aquilo ficou martelando na minha cabeça durante o dia inteiro, a minha vontade era conseguir acreditar nele e em tudo aquilo que ele me disse, mas algo me dizia que tudo aquilo não era sincero. Quando cheguei em casa não passou nem cinco minutos e o Rafael me ligou.
Rafael: - Oi pequeno, liguei só pra dizer que to com saudade.
Eu: - Oi amor, também to com muita saudades de ti.
Rafael: - Aconteceu alguma coisa? Teu ton de voz ta diferente.
Eu: - Não aconteceu nada não, ou melhor até aconteceu, mas...
Rafael: - Mas o que Alberto, aconteceu alguma coisa contigo? tu ta bem?
Eu: - Ta tudo bem comigo sim, mas é que aconteceu algo estranho e eu tenho que te contar.
Rafael: - Ta me deixando preocupado fala logo o que aconteceu.
Eu: - Não quero falar pelo telefone, acho melhor a gente conversar pessoalmente, mas não se preocupa não que ta tudo bem comigo.
Rafael: - Então vamos fazer assim, quando eu sair do trabalho eu passo ai te pego e gente vai lá pra casa, pode ser?
Eu: - Pode sim.
Rafael: - Então combinado, até mais tarde, te amo.
Eu: - Até, também te amo. Beijo.
Eu fiquei o restante do dia em casa e resolvi fazer uma coisa que não fazia há bom tempo que era chamar a minha prima Elaine para cozinhar comigo e claro aproveitar para botar o papo em dia, afinal desde quando fui pra casa do Rafael não conversávamos, liguei pra ela e a convidei para vir até minha casa, e dez minutos depois ela estava em minha casa.
Elaine: - Oi senhor Alberto, lembrou que a sua prima aqui existe foi. Falou abrindo a porta e entrando dentro de casa.
Eu: - Ai prima tu não sabe a saudade que eu tava de ti.
Elaine: - É? Nem parece, eu também tava morrendo de saudades de ti seu ingrato. Mas então me conta como tu tá criatura e o Rafael?
Eu: - está tudo ótimo com a gente, aliás, ótimo até demais né.
Elaine: - Aquela pessoa não voltou a procurar vocês?
Eu: - Até voltou, mas é melhor nem falar sobre ele agora.
Elaine: - É melhor mesmo, mas então eu sei muito bem que tu chamou aqui não foi só para isso né?
Eu: - Tu sabe que não né, mas sabe que nem to com muita vontade de ir para a cozinha hoje.
Elaine: - Então que tal brigadeiro?
Eu: - Pra gente comer de colher na direto na panela?
Elaine: - Exatamente.
Eu: - Só se for agora, mas você faz.
E assim fomos para a cozinha, nós conversávamos enquanto ela fazia o brigadeiro, eu contei a ela tudo que tinha acontecido, ela até sabia, mas claro que não sabia dos detalhes, passamos a tarde inteira juntos, foi muito bom, já estava morrendo de saudade das loucuras dela, enfim o tempo passou rápido e logo a noite chegou e por volta das 20:30 da noite ele passou na minha casa para me levar até a casa dele, ao chegarmos lá dona Maria estava de saída e iria para a casa de sua irmã e por lá mesmo dormiria.
Rafael: - Então pequeno, o que tu tem para me contar, fiquei preocupado.
Eu: - O André me procurou.
Rafael: - Mas o que ele disse, o que ele fez contigo?
Eu: - Ele veio com um papo estranho, dizendo estava arrependido, me pediu desculpas por tudo que ele fez a gente e ainda teve a cara de pau de dizer que queria se tornar nosso amigo.
Rafael: - Ele é um tremendo cara de pau isso sim, e você acreditou nele?
Eu: - Claro que não, pra mim não passa de fingimento.
Rafael: - Também acho, não confio nem um pouco nesse cara.
Eu: - Eu muito menos, mas vamos deixar de falar dele. Então você ta cansado né e deve ta morrendo de fome.
Rafael: - To com fome sim, mas de outra coisa, se é que você me entende. Falou com aquele sorriso safado que só ele sabe dar e que me deixa louco.
Eu: - Claro que entendo.
Ele veio até mim e me beijou loucamente, ele parecia mesmo estar com fome, me abraçava e me apertava fortemente colando seu corpo completamente ao meu, que naquele momento já estávamos completamente despidos de nossa roupas, e fomos caminhando assim, nos beijando até seu quarto onde ele me teve por completo, já disse isso mas não me canso de dizer, sentir o membro de Rafael dentro de mim era uma prazer inacreditável, e a cada vez que nós transávamos eu tinha a mais absoluta certeza que eu o amava. Após aquele sexo maravilhoso fui preparar alguma coisa para ele comer, sabia que ele tava com fome, pois é sempre assim depois que a gente transa a fome dele parece triplicar, preparei uma janta bem básica nada muito pesado e após ele terminar de jantar a sessão de sexo continuou por toda a noite, até que completamente exauridos, dormimos agarradinhos...
Continua...
Gente falta mais 2 contos para terminar a temporada, e respondendo à pergunta de vocês sobre haver uma segunda temporada, eu estou pensando sim em fazer. E quero mais uma vez pedir desculpas pela demora em publicar, espero que entendam. Forte abraço.