Tudo começou com cartões de dia dos namorados, não pra mim, mais pro Matthew. Estava eu lá sentado na grama do campus e ele chega e se senta ao meu lado.
-Eu adorei
-O que?
-Os cartões, eu achei lindo.
-Que cartão?
-Esse – disse ele tirando o tal cartão da mochila, eu olhei e achei estranho, já que eu não tinha dado aquele cartão.
-Não foi eu.
-Como não?
-Não foi eu, onde foi que você encontrou?
-Na minha mochila, e a gente não está mais na escola pra essas brincadeiras, então achei que fosse você.
-Não foi.
-Estranho, então quem foi?
-Não sei, só sei que eu não gostei.
-Vamos pra casa.
-Pra que?
-É que eu quero te beijar e aqui não pode.
-Não.
-Por favor – ele fez biquinho, eu não resisti.
-Vamos antes que eu pegue fogo - Só que quando nós chegamos no apartamento, lá estava outro cartãozinho.
-Outro cartão!
-Deixa eu ver- ele pegou o Cartão da minha mão e leu.
-Não tem o remetente?
-Não.
-Você não faz ideia de quem é?
-Não.
-Tem certeza? Por que eu sei.
-Não começa com o ciúme.
-Ciúme nada, é que você sabe muito bem que é a Jennifer, ela é a única com motivo plausível pra fazer isso.
-Não é verdade, a gente só ficou.
-Por muito tempo!
-Não, quer dizer, 1 mês e meio.
-Acho que não é muito deferente da gente agora, já que só faz um mês desde o dia em que você sumiu, então acho que ela está ganhando.
-Nada disso, você já começou, o que eu sinto por você é totalmente diferente do que eu sentia por ela.
-Então você admite que sentiu algo por ela? E aquela história de que me ama desde o primeiro dia que me viu?
-Você me interpretou mal.
-Para – disse interrompendo ele – já escutei demais por hoje – disse saindo do apartamento, o lance é que eu era sim inseguro, tinha sim ciúme e isso era muito novo pra mim, nunca tinha namorado, muito menos um homem, eu sei que fazia pouco tempo que nós estávamos juntos, mas o que eu sentia por ele era muito grande, nesses dias todos esse sentimento foi crescendo cada vez mais, e só de pensar que eu poderia perder ele eu sentia uma dor insuportável, dor essa que eu não sabia descrever, que me possuía por dentro e que só me fazia chorar, e foi assim que eu fui dar uma volta, já era noite e eu continuei a caminhar pelas ruas e ruelas próxima ao campus não tinha medo só um vazio em mim, não sabia o que fazer, só sabia que sem ele eu não poderia ficar, foi quando eu decidi voltar pra casa, só não contava que no caminho pra lá eu vice a cadela da Jennifer, ela estava passando com as amigas dela, eu me escondi detrás de uma caçamba de lixo e deu pra ouvir o que elas falavam
-Você vai ver como ele vai me pedir em namoro até o dia dos namorado – dizia ela – ele é tudo o que toda mulher sempre quis, bonito, inteligente e rico, ele é uma príncipe e eu vou ser sua princesa, e futura rainha.
-Ah, eu não acho certo você querer namorar com ele só pelo dinheiro – disse uma amiga dela, eu comecei a segui-las – é tão errado.
-Você queria que eu namorasse com ele só por que ele é bonito?
Eu dei meia volta e voltei pro caminho de casa, nessa altura o ódio já tinha subido, minha vontade era de contar tudo o que eu t descobri pra ele , mas eu tenho certeza de que ele nunca iria acreditar, ele iria dizer que eu estava mentindo ou que eu teria escutado errado, mesmo assim eu iria contar, eu nunca fui de mentir e nem de guardar segredo, e uma coisa era certo em mim, pra mim prevalecia a verdade, ainda mais em um relacionamento, se era isso o que estava acontecendo, por que até agora a gente não tinha falado se isso era ou não um namoro.
Cheguei em casa e ele não estava na sala, olhei no seu quarto e ele também não estava, deduzi que ele tenha ido me procurar então eu fui no meu quarto e lá estava ele chorando em cima do meu travesseiro, eu achei aquilo muito emocionante, fui até ele e o abracei.
-Desculpa pelo que eu disse.
-Tudo bem, eu também tenho culpa, se eu não tivesse ficado com ela nada disso estaria acontecendo.
-Agente não estava junto naquele tempo e além do mais, você não tem culpa dos cartões, eu só queria te dizer pra você ficar atento com ela, ela não é de confiança.
-Por que você diz isso?
-Por que eu sinto isso.
-Eu acho que o que você sente é ciúmes.
-Também, mais confia em mim, eu sei o que eu estou falando.
Nos beijamos e fizemos as pazes e naquele dia dormimos juntos (sem sexo) de conchinha, eu achei aquilo muito lindo, e a sensação era incrível, nunca tinha sentido algo tão carinhoso e amável, e como todos dizem no dia dos namorados, a paixão estar no ar.
