Entre-Irmãos-4

Um conto erótico de Vinícius +-
Categoria: Homossexual
Contém 2427 palavras
Data: 20/08/2013 14:39:11
Última revisão: 20/08/2013 15:06:17

O clarão de um novo dia me incomodava, busquei meu celular embaixo do travesseiro e me surpreendi com as horas. Era minha primeira manhã na casa dos House.

Decidi sair um pouco para conhecer a casa , e enquanto descia tentei entender por qual motivo pessoas construíam duas escadas para o mesmo lugar. Ao menos teria a opção de escolher qual delas usar.

Já embaixo no hall de entrada, procurava a porta na qual daria para a cozinha. Entrei por uma grande porta de vidro paralela a escada porém era só uma biblioteca, as prateleiras estavam lotadas de livros, muitos deles eram de medicina que julguei ser de Isadora já que era o curso que ela fazia.

Tudo estava em um completo silêncio naquela casa e isso porque já eram Dez horas da manhã. Arrisquei mais uma porta mas era o banheiro. Imaginei então que só poderia estar mais aos fundos. Passei por uma grande sala de estar com uma tv gigante de cinquenta polegadas, ainda seguindo pelo lado direito da casa cheguei a uma pequena sala de jantar acoplada a sala anterior, com uma saída para o pátio e com a porta que possivelmente daria para a cozinha.

Eu estava com muita sede e precisava de um pouco d'água e finalmente havia encontrado a cozinha. O cômodo retangular com piso de mármore branco e azulejos de porcelana nas paredes acomodava muito bem uma grande geladeira, balcão de centro com pia e fogão, nas laterais entre outras coisas belos armários de aço e vídro, por fim uma porta que dava para a dispensa.

Em meio a fartura daquela geladeira optei por deixar a água e pegar um pouco de suco de maçã que parecia muito saboroso. Já iria para um segundo copo quando sou surpreendido por uma jovem senhora adentrando a cozinha.

_Bom dia rapaz!_A mulher falou colocando algumas sacolas no balcão.

_Bom dia pra senhora também!_Disse indo em direção a ela com um sorriso.

_Você deve ser o Vinícius. Certo?

_Sim. Muito prazer senhora...?

_Ortega! Mas por favor, me chame só de Lena mesmo.

_Tudo bem lena!_Nos cumprimentamos com um aperto de mão.

_Vejo que deve estar com fome, vou preparar o almoço mas antes faço o café da manhã para você.

_Não precisa imagina! Pode deixar que eu mesmo me viro!

_Claro que não! Estou aqui pra isso.

Ela então abriu uma gaveta e tirou um coador e em outra portinha um bule.

_A senhora Magali disse que quando acordasse lhe servisse café e o que mais desejasse. Então não se preocupe._Ela sorria_ Fique a vontade logo te chamo e te sirvo na mesa de jantar.

_Mas não há necessidade eu posso bem...

_Nem mas nem nada!_Lena exclamou_Porque você não vai até o pátio o dia está lindo hoje.

_Esta bem então!_Ria contrariado._Vou conhecer um pouco mais do jardins que tem aqui.

_Faço isso! Mas não vá muito longe porque logo te chamo.

_Lena e onde estão todos?

_Pela manhã a casa fica praticamente vazia, o senhor Paulo e Dona Magali saem logo cedo para o trabalho, isadora para o estágio e Robert para a escola.

_Entendi.

_Mas logo ao meio dia o garoto chega, e os outros um pouco mais tarde para almoçar.

_Imagino que deve ser sempre uma correria por aqui._Disse terminando de me servir do segundo copo de suco.

_Durante a semana sim._Ela revirou os olhos deixando bem claro o desconforto.

_Bom eu vou um pouco ali fora então._Engoli rapidamente o suco.

_Sim, fique a vontade Vinícius.

Na parte dos fundos da casa estava a piscina, ela não era simplesmente qualquer piscina o formato era diferente, parecia com as de hotéis luxuosos. Mais ao fundo havia uma casa de jogos e com uma pequena academia. Lembro que até fiz um pouco de esteira mas logo cansei e fui molhar os pés na água.

O sol, logo pela manhã, já estava extremamente quente. Deixei a piscina de lado pra não cair na tentação de mergulhar e fui até uma pequena estufa ao fim de uma ponte sobre um laguinho. A estufa parecia ser feita toda de vitrais. Como diria minha mãe. Um primor!

Havia lindas rosas ali desde brancas, passando pelas mais exóticas até as famosas vermelhas. O cheiro era muito agradável, um perfume de campo exalava por todo o ambiente. Fiquei imaginando quem cuidava de tudo aquilo. Realmente era um profissional no fundo um artista.

Acredito que fiquei uns trinta minutos fora até a senhora Lena me chamar. Ao entrar fiquei surpreso com a mesa posta, eu que sempre tomei um pouco de café com leite, pão com margarina e algumas frutas me espantava com a variedade de alimentos na mesa.

_Caso precise de algo mais Vinícius fique a vontade em pedir._ Lena dizia enquanto me servia café.

_Imagina lena! Muito obrigado. Nem isso tudo vo conseguir comer.

Confesso que realmente não comi tudo mas de tudo um pouco. Soube depois que esse era o costume de lá o café da manhã sendo a principal refeição do dia.

Depois do banquete fui para sala relaxar um pouco. Liguei a tv e dentre as centenas de canais encontrei um canal português, só que o programa era muito maizona, de culinaria e tal. Tentei assistir um filme bem bacana mas era todo em inglês, no fim desisti, já estava fundindo meu cérebro de tanto ouvir aquela língua.

Já era meio dia quando decidi entrar na piscina, estava com receio afinal tinha acabado de chegar e não sabia se poderia usa-la. Mas o dia quente me empurrava pra cair na água fresquinha e chamativa, aquilo tudo parecia um oásis no deserto. Tirei minha camisa e pulei só de bermuda. A água estava perfeita! Saltei mais duas vezes agora de um trampolim, estava meio que rindo sozinho de toda a diversão.

Ainda dentro da água fui até a beirada da piscina pra relaxar, apoiei meus braços no piso antiderrapante e fechei os olhos abaixando a cabeça. O sol queimava minhas costas e ao mesmo tempo me fazia tão bem, triste era o fato de minha família não sair dos meus pensamentos. Lembrava que passariamos todo aquele fatídico domingo em um clube de campo da região, me apertava o coração saber que eles não existiam mais, que estavam mortos.

Ainda absorto em meus pensamentos senti alguém tocando-me na mão, levantei os olhos e vi Robert agachado a minha frente. Seus olhos brilhavam em contrate com a luz do sol sua mão tocava levemente a minha e nossos olhares se cruzavam por algo indefinido.

_Quer companhia?_Ele perguntou sorrindo.

_Claro!_Disse afastando minha mão da dele_ Entra ae maninho!

_E pra já irmaozão!

O garoto ria enquanto arrancava a camisa e pulava feito uma bomba na água.

Ele teve a idéia de jogarmos vôlei na piscina, logo o jogo nos rendeu boas risadas. Em certo momento em uma sacada muito desajeitada acabei acertando a cabeça do Robert. Ele apertava a testa com as mãos, percebi que ele estava mal, fui então tentar ajuda-lo.

_Puta cara me desculpa. Não foi minha intenção! Te machuquei?_Dizia tentando ver o rosto dele.

_Não mas eu vou!_Ele exclamou me empurrando pro fundo da água.

Eu comecei a rir com aquilo tudo até engoli um pouco de água, mas reagi e segurei ele pela cintura afundando-o junto comigo. Quando submergimos Robert ria mais do que eu, perguntando se queria mata-lo. Levantei o cabelo da sua testa e vi que estava bem avermelhada.

_Poxa Robert me desculpa.

_Não foi nada!_Ele falou puxando minha mão de sua cabeça.

_Vem vamos lá pegar um gelo!_ Exclamei ainda preocupado.

_Não precisa Vini, to bem cara.

Nisso aparece dona Clara nos cumprimentando.

_Rapazes hora do almoço! Venham se aprontar pra almoçarmos juntos.

Saímos da piscina e fomos até o vestiário, eu não acreditava já eram duas horas da tarde! Como o tempo passara rápido .

Nunca fui um cara que se possa chamar de safado, mas naquela tarde vendo o Robert atrás daquela porta e ao meu lado tomando banho, me fazia querer muito ver como era seu corpo. Começamos a conversar sobre a escola dele e o que eu fazia no Brasil, mesmo esquecendo um pouco e relaxando resolvi sair primeiro, porque não queria ve-lo se trocando, sentia que era errado por ele ser meu irmão e por ter dezesseis anos e eu já dezoito. Confesso que não sabia direito o que pensar.

Disse então que já ia sair, ele permaneceu no chuveiro e enquanto colocava minha bermuda percebi que Robert ficava a reparar em mim, meio disfarçado mas ele olhava minha bunda. Achei estranho porque podia esperar algo assim de mim mas de um cara hetero? Ainda pensativo, pouco depois entrei na casa para almoçar.

Tive momentos muito agradáveis com eles, a comida mesmo sendo um tanto estranha para a qual já estava acostumado, foi de excelente qualidade e logo me satisfez. Estavam ali Clara e Paulo, Robert também nos acompanhava, somente Isadora que estava no estágio e não poderia vir.

Por um tempo passei a observalos, Clara era nitidamente uma mulher que em qualquer momento não deixava de manter as coisas em ordem, verificando os pratos analisando os bons modos de todos na mesa. O senhor Paulo por outro lado comia pacientemente, se limitava a somente responder algumas perguntas da esposa, era difícil entende-lo. Robert um típico jovem como eu, só que, podia ver em seu jeito um pouco da superioridade do pai e um tanto também de orgulho próprio egoísta. De certa forma reparava nele muitas coisas além disso, como a maneira de cortar a carne e de como ele abaixava a cabeça para abocanhar o garfo, o jeito que ele ria com a boca cheia quando sua mãe contava algo estranho do trabalho. Eu sabia muito bem o que estava acontecendo, não tinha como negar ele estava mexendo com meu coração.

Depois do almoço todos saíram, inclusive Robert que foi para o ginazio de esportes, Clara insistiu para que eu fosse junto mas não estava disposto. Subi para o quarto e comecei a desenhar, algo que sempre adorei fazer. Passei o resto da tarde ali afogando os meus sentimentos numa folha branca de papel. Desenhei aquele dia toda minha família sentada no gramado de frente para o laguinho da casa, em outras folhas o Robert com seu rosto tão fotogénico e estranhamente tive que desenhar o rosto enigmático daquele homem de olhar doce que havia visto no avião, no restaurante e de frente as águas dançantes na noite anterior. Estava com receio que ele fizesse parte do horrível quebra cabeça que parecia se montar.

Não me recordo mas acredito que eram seis horas da tarde quando ouvi o Robert atrás da porta me chamando. Fui até ao encontro dele e perguntei:

_Robert, precisa de alguma coisa?

_Eu queria saber se você não quer jogar uns games no meu quarto?_Ele falava enquanto mexia sem jeito com as mãos.

_Claro que quero!_Disse tentando não transparecer meu intusiasmo.

A porta já estava aberta e enquanto eu entrava Robert tirava umas roupas do chão e um salgadinho da mesa do computador.

_Vini fica avontade ai, pode sentar na cadeira do computador que vou pegar os controles aqui no armário.

_valew!_Ele me olhou tentando entender, por vezes acabava falando as gírias brasileiras que ninguém entendia.

Sentei na cadeira e ouvi "crack" era um salgadinho sendo esmagado. Me limpei e comecei a olhar o jogo que estava aberto no computador (se não me lembro bem, midnight club). Robert já vinha com uma caixa e os controles em mãos, quando meio sem querer acabei fechando a aba do jogo e um vídeo começou a rodar, pensei até que era do jogo mas pela cara do Robert e sendo cenas de um casal se beijando com tanto desejo, com certeza não era. Muito sem jeito tentei mudar para o jogo mais so consegui pausar o vídeo.

_Oh vini não é nada que você esta pensando não!_Robert dizia enquanto fechava a página.

_Eu não tenho que pensar nada cara. De boa!_ Falei tentando relaxa-lo.

_É sério Vini o vídeo não era pornô!_ Robert ria sem jeito.

_Claro que não! Era só desenho animado._ Falei sendo sarcástico.

_Olha vou te mostrar.

_Não! Quero ver não.

_Vini olha aqui_Ele abriu a página outra vez_Esta vendo o título?

_Sim, "As dez maneiras de dar o melhor beijo." Esse mesmo não é?

Era um artigo sobre a arte de beijar e o vídeo fazia parte.

_Ahh saquei! E pra que você está lendo isso?

_Por nada, curiosidade._Ele sorria desviando o olhar.

_Nem vem sei que tem coisa ai ! Uma garota não é?_Perguntei isso umas três vezes insistindo.

_É isso mesmo! Satisfeito agora!

Robert puxou outra cadeira e sentou do meu lado e passou a encaixar os joysticks no pc.

_E você quer saber o melhor jeito de beijar ela. Certo?

_Certo._Ele parou e me olhou sem jeito._Não sei como fazer.

_Você nunca beijou?

Ele só acenou concordando.

_Mas não pensa muito nisso Robert o único jeito de aprender e fazendo, ou seja beijando.

_Mas se eu usar muito a língua, ou pouco? Não acho que vou beijar bem.

Ficamos um tempo olhando pro vazio até que resolvi ajudar.

_O melhor a fazer já que você está com receio e deixar ela levar o beijo e repetir o que ela for fazendo. Entendeu?

_Hum! Pode dar certo. O problema está na garota ser muito exigente e se ela achar ruim? Mulheres são muito complicadas!

_Não se preocupa!_ Comecei a rir da maneira que ele fazia os comentários._Vai dar certo você vai ver.

_Obrigado vini!_ Mais uma vez ele me encarava como se quisesse dizer algo.

_Vini se eu te pedir uma coisa promete não rir da minha cara?

_Pode pedir.

_Então...

_Então...o que?

_Você...me ajudaria pra saber...como eu beijo?

_E como eu posso ajudar?

Ele estava extremamente sem jeito, gaguejando e ainda com a voz baixa disse para mim:

_Deixando...eu beijar você.

Ele se aproximou do meu rosto e pediu mais uma vez.

_Posso te beijar?

_Cara melhor não.

_Vini vai ser só pra eu ter uma idéia de como é uma boca.

Não conseguia raciocinar e aqueles olhos azuis pidões me faziam desejar aqueles lábios. Então me aproximei já podia sentir a respiração ofegante dele em mim, faltava pouco para beija-lo quando vi uma notícia no computador que me fez parar, não podia ser! Fiquei em choque o que eu mais temia estava acontecendo.

Cont....

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Comentários

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Aos leitores muito obrigado pelos comentários e leituras. Fiz uma nova publicação com a continuação em mais um capítulo desse conto. espero que gostem e desculpem pela grande demora. varias coisas aconteceram que me impossibilitaram. Grato pela compreensão.

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Que pena o conto tava tão bom... Mas vc parou... Nãããooo

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Se vc nao continuar eu morro q demoraaaaaaaaa pfv pfv

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Continua logo, por que tu sumiu, volta.

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Muitoo Boom... Continua Vai Tou Amandoo *-----*

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Estou amando o seu conto! Continua logo

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Nossa, fiquei morrendo de curiosidade, continua logo...

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Não parasse no melhor. Demais teu conto.

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