CAPITULO I
Todos os dias despertava às seis da manhã, tomava banho, preparava seu café com ovos mexidos, pão em forma, maça ou banana, às vezes mamão e uma porção a vontade de margarina e leite integral.
Dirigia seu carro cerca de meia hora até chegar a seu trabalho, pontualmente as oito donde, por vezes comia uma ou duas rosquinhas na copa e prontificava-se em vigília até a hora em que sua chefa adentrava no escritório e lhe entregava montes de papeis, relatórios dos balanços financeiros da empresa que ele tinha de contar e pontuar um a um afim de não deixar com que erros de cálculos lhe custassem o emprego.
Ela não o notava. Sempre entrava com o mesmo olhar altivo, seu nariz empinado e com os óculos de leitura, olhando seu tablet ou simplesmente folheando os relatórios.
¬Não lhe dava bom dia, não olhava no seu rosto, nunca vira um só sorriso dela, no entanto, sempre buscava alguma coisa para cobrar.
— Osvaldo, verifique os relatórios de 1 a 100 novamente, quero detalhamento sobre as operações correspondentes juntamente com os extratos fiscais, pra ontem.
— Sim senhora chefe.
Ela saíra novamente sem ver as veias da têmpora de Osvaldo inflar-se como se fosse explodir. Eram somente ordens e mais ordens. Claro que ganhava um bom ordenado pra isso, e era muito bom em tudo que fazia, todavia, reconhecimento humano era sempre bom e ali, naquela empresa, era só mais uma máquina na engrenagem do capital.
Realizava seu trabalho pensando na chefa. Agnes era seu nome. Estava de vermelho no crachá que exibia durante os poucos minutos que passava na sala de Osvaldo. Estava sempre com saia social, sapatos sociais com salto curto, os óculos de leitura, um blazer preto ou azul e uma camisa branca ou bege por debaixo. Não tinha aliança, isso percebera muito bem quando esta lhe repassava os relatórios. Quando ia beber água ou tomar um gole de café olhava a sala de sua chefe, que se tivesse sorte estaria com a porta aberta, e ela sempre estava ao telefone. Não ouvia nada do que falava mas só os movimentos dos lábios, o jeito como seu cabelo mediano e loiro as vezes farfalhava igual as folhas das arvores sacudidas pelo vento os as pétalas das margaridas, suavemente, fremente. Ajeitava os óculos e exibia suas unhas pintadas, o movimento da boca falando palavras ininteligíveis, somente a força da expressão, quase se perdia nos dois minutos em que duravam estes momentos, se o fizesse por mais tempo talvez fosse percebido e virasse motivo de chacota pra toda empresa.
Verdade seja dita, gostava do seu trabalho mas estava cansado. Cansado não do trabalho mas da vida como um todo. Não achava sentido em sua própria existência, seus trinta e cinco anos foram divididos entre o tempo de colégio, de faculdade e os 10 anos em que estava naquela empresa. Sentia-se perdido, como se todas as suas pegadas fossem sendo apagadas um momento depois de imprimi-las no espaço e as horas e horas de caminhada, cada obstáculo superado para ocupar uma mínima posição social não lhe valessem mais que uns tapas nas costas que recebia de seu pai, já idoso e o qual matinha em um asilo posto este não gostar de ficar sozinho. Sua mãe morrera ainda quando era muito pequeno e sendo filho único nunca gostou de muita companhia. Tinha uma casa relativamente boa só que muito espaçosa para si mesmo. Perdia-se, vagava sem direção, de um cômodo a outro, atrás de uma figura fantasmagórica, que a principio achara ser sua mãe. Nunca sentira tanta falta dela como naqueles dias em que pela primeira vez vislumbrou uma mulher com imensas correntes nos pulsos e nos pescoços lhe gritar: vem-me! Pensou que era um sonho, realmente o era mas foi-se repetindo cada vez mais, dia após dia, sem tréguas, revirando-o sobre a cama, de modo que já não sabia mais quando estava sonhando e via-a e ouvia de dia, de noite, não importava a hora, uma visão rápida e o elemento de mistério, que se dissolvia no ar sempre que tentava ser capturada, lhe torturava os sentidos. Por isso apegava-se a sua rotina, sabia que esta, apesar de todo cansaço produzido por seu excesso, era o que tinha de real. No que tocava ao resto e ao pouco mais estava sozinho, caminhando sem direção sem ninguém pra seguir seus passos, uma mera sombra que dificilmente podia-se dizer que estava viva, um produto apático e louco do consumo do próprio eu, que ia se consumindo sem saber de consumir-se. Estava ficando vazio e era isso o não podia aceitar. Que estivesse sozinho, nunca se importara com o fato. Tentou alguns relacionamentos, porém, algo não se encaixava, sempre espantava as mulheres de quem gostava, de modo que nunca teve um só amor correspondido, no entanto, as que gostavam dele o próprio não ligava e assim, não amava ninguém, a não ser a si mesmo, o que agora, refletia-se sempre na solidão que lhe habitava e não podia sequer reclamar disso já que foi isso que procurara. No entanto, isto era fato, o vazio instalado dentro de sua alma, estava provocando a sua loucura, não era homem dado as farras e nem usava alucinógenos, gostava de ficar em sua casa, ler alguns livros, ver algum filme, e de quando começara a ver a mulher com as correntes e a sensação inevitável de vazio, era um tempo coincidentemente correto. Tinha de ver o rosto da mulher, descobrir quem ela era. Não conseguia, a mesma desvanecia apegada de um violento instinto de esconder-se, como se só sua aparição já fosse suficiente, deixando Osvaldo mais abatido e desesperado a cada dia que se passava. Contava as horas pra deixar sua habitação, mas ao avistar-se minimamente longe já se lhe abatia o peso do mundo em suas costas. Quando já não aguentava mais essa inexistência de tudo e estava preste a fazer uso do pote com Arsênio, a figura feminina surgiu em sua frente, abraçou-o, ele sentiu o frio de suas pesadas correntes e quando teve coragem de contemplar seu rosto eis o que viu: Agnes, o vestido transparecendo, ela toda nua.
CAPITULO Ii
Agnes vivia uma vida muito agitada e corrida. Conturbada diga-se de passagem. Era mãe solteira de uma filha única e irritadiça, passando por sua época rebelde. Quase toda manhã recebia telefonemas de sua escola retratando este ou aquele tipo de comportamento. Isso a deixava estressada e devido ao seu cargo ser de alto poder dentro da empresa descontava isso em seus subordinados, explorando-os o máximo possível e tirando disto algo para sua própria produção pessoal, como uma formiga rainha que explora todos dentro da colônia.
Seus alvos não eram as mulheres, pois sabia o quanto elas batalhavam para manter seus compromissos diários, casa, filhos, marido mas sim os homens que ainda se utilizavam de uma sociedade machista para ficar com os melhores cargos e salários.
Só Deus e o diabo sabem o que ela teve de passar até chegar a chefia. Havia suado sangue, estudado muito pra passar com larga vantagem sobre os seus concorrentes e tido de se sujeitar ao dono da empresa, um velho crápula e safado que a levou pra jantar e lhe disse que independente de querer ou não ela no emprego, ela tinha de fazer algo por ele.
Agnes não hesitou, o fez, pois estava passando dificuldades com a filha, o pai havia abandonado eles antes mesmo do nascimento, sua mãe estava doente, faleceria um mês depois porém, naquelas circunstâncias, a sobrecarga da filha mais os remédios da mãe puseram uma resolução em sua cabeça: passar por cima de tudo e de todos para alcançar seus objetivos. Se tinha de dormir uma vez com um velho decadente, que fosse, seria um preço barato posto que tecnicamente já merecia tudo aquilo.
Depois de realizado o ato ela deixou bem claro que nunca mais aconteceria, nem com qualquer sócio e se alguma menção a isto fosse descoberto ela o denunciaria a policia. O homem pareceu satisfazer-se pois só a procurou depois por assuntos estritamente de trabalho. Agnes estava na posição de seus sonhos e ganhando muito dinheiro.
Para uma mulher de 33 anos era tudo o que precisava. Ia pra academia uma hora todos os dias, ajudava a descarregar toda a sua tensão e caminhava em uma praça muito bonita. Sua casa ficava no centro. Não havia arrumado outro homem depois do pai de sua filha porque os achava agora repugnantes.
Ninguém o sabia mas frequentava boates gays e ficava com mulheres para se diverti. Nunca deixou que nada disso passasse ao seu trabalho e nem pra sua filha.
Naquele dia específico estava muito estressada. Seu subordinado das contas havia entregado atrasado os relatórios e agora ela haveria de trabalhar até muito tarde pra poder fechar o balanço em tempo hábil para os investimentos da semana seguinte. Ligou para seu taxista particular (conhecia de perto de sua casa e sempre o acionava em emergências para buscar sua filha na escola), fechou suas janelas e neste dia que seria noite quis escutar musica. Colocou Rehab de Amy Winehouse pra tocar, desligou o celular e trabalhou intensamente durante muitas horas, haviam deixado café em sua mesa. Estranhamente não havia visto alguém trazendo.
Os escritórios já estavam todos vazios, sua musica tocava a som ambiente e conseguiu fechar seu trabalho as 00h27min, pegou seu blazer e desligou o alarme para ir embora quando uma franqueza se apoderou de suas pernas, sentiu tonturas e uma mão forte agarrando-a pela cintura, logo depois um pano com cheiro forte entupiu suas narinas e pelo espelho do retrovisor do carro julgou ver alguém conhecido, infelizmente entorpeceu-se antes de reconhecer o sujeito.
CAPITULO III
Sentada em uma cadeira acolchoada uma jovem estava no limite da inquietação, sua mãe já devia ter ido buscá-la há duas horas e como os babacas da direção da escola cumpriam uma ordem expressa de não deixá-la sair sem ser com sua mãe ou com a autorização da mesma ela esperava escutando musica alta no fone de ouvido.
Não olhava para ninguém. Mexia no seu celular, enviando SMS para seu namorado e postando bobagens no Facebook. Tudo isto só estava ocorrendo por que se atrasara além da conta e sua mãe, estressada como só ela, deu este castigo. Um namoro juvenil nunca deve ser levado tão a sério pelos pais a não ser é claro que queiram dar motivo para uma adolescente de 18 anos levar a sério um relacionamento com um Skinhead meia boca. Haviam começado nem fazia dois meses e nunca tinha rolado nada a mais que uns beijinhos. Não havia rolado nada com ninguém, ela ainda não sentia aquela atração avassaladora de mulher para impulsionar um passo tão sedutor e arriscado ao mesmo tempo, ainda não havia tido o estopim e oportunidades não lhe faltaram.
Era muito bonita. Reconhecia no espelho toda vez que penteava seus lindos e longos cabelos loiros, adorava-os e usava produtos para deixa-los bem hidratados. Até se não usasse seriam lindos. Tinha lábios fartos e carnudos, seus olhos eram azuis como a água cristalina mais verde já vista. Herdara-os do pai. Sua mãe tinha olhos verdes. Sua pele era branca e limpa. Cheirava a flor de primavera, seus dentes bem cuidados tinham um branco hipnotizante. Sua única disparidade eram as roupas que trajava. Roupas de roqueira e maquiagem que a deixavam com um encanto sobrenatural de zumbi.
Apesar de toda beleza não era muito popular por seus gostos exóticos. Quando mais nova comia terra para se acalmar. Hoje mastigava haxixe para se libertar e colocar seus nervos no lugar. Ouvia vozes que ninguém ouvia. Diziam para ela que algo grande se aproximava. Indicava respostas nas provas que ela acertava. Alertava sobre perigos que ela evitava como da vez em que a voz lhe disse pra mudar de lado na rua e estava com sua mãe, insistiu tanto que assim foi feito e um homem foi morto daquele lado. Pura coincidência. Chegara até o absurdo de prever a morte de seu avô paterno, o único da família do pai que manteve o contato e da qual ela gostava particularmente.
Essas vozes estavam agitadas atualmente. Seu amigo invisível Daniel lhe dizia para não escutá-las mas provocavam em seu interior tamanha agitação que só o rock metal conseguia dispersar. Conseguiu com seu namorado a renovação de seu estoque de droga. Mastigava enquanto só ouvia seu amigo falar. Tinha certeza de que era inventado. Ela inventara para canalizar suas vozes, ele repetia na voz de outras vozes as vozes no ar. Para mente dela isso a fazia parecer mais normal. Mas não era.
Todos notavam e por isso que era bonita e impopular. Certa vez outra garota foi caçoar dela. Deu-se mal, levou uma canelada e depois uma joelhada que lhe quebrara o nariz. Sua mãe foi chamada por causa disso e se não fosse o dinheiro que molhava a mão dos diretores ela teria sido expulsa. Quando criança a voz disse-lhe outro dia pra salvar um passarinho da mão de valentões que lhe tirava todas as penas uma a uma. Ela jogara pedras e batia com um pedaço de pau que achara sabe-se onde. Cuidou do pássaro durante dois meses. A voz lhe disse para soltar. Ela deu liberdade no mesmo dia em que sua mãe trouxera um gato pra casa. Certamente havia conexões.
Lá fora um carro buzinou. Não era um táxi, era todo espelhado e só abriu a janela espaço o suficiente para apresentar o crachá da própria mãe. Os vigilantes, já irritados com tal negligencia liberaram sua saída. Ela entrara. Estava gelado lá dentro e escuro. Olhou para o motorista. Sua mãe estava com cabelo desarrumado.
— Não ia trabalhar até tarde hoje?
Nenhuma resposta.
— Tá, não pense que só por que largou o trabalho mais cedo isso anula o que ocorreu. É melhor me dá minha liberdade de novo.
— É claro querida.
Levou o maior susto da sua vida. O rosto que devia ser da sua mãe estava com uma mascara de gás, olhou para o lado e não viu seu amigo imaginário, um cheiro forte de gás tomou conta do ambiente e ela perdeu as forças. Antes porém ouviu um ultimo sussurro, quase ininteligível:
— Força menina.
Um carro partia a toda velocidade pelas ruas de uma grande cidade.
CAPITULO IV
Um cheiro de estranho impregnava todo ar. Estava gelado. Agnes sentiu logo suas mãos e pés presos, sua boca aberta por uma espécie de alavanca e seus pelos arrepiados dos pés a cabeça. Não podia ver pois seus olhos estavam com uma venda de couro. Não se escutava nada lá dentro. Somente podia-se sentir aquele cheiro. Era como se estivesse em um banheiro. Um líquido encostava-se à ponta dos seus pés. Ao mesmo tempo em que recobrava sua consciência seu terror aumentava. Era urina que lhe escorria. Grunhiu feito um animal. Sentiu do nada mãos lhe acariciando os dois seios, a respiração quente em seu pescoço, as mãos descendo pelo seu corpo malhado. Tentou impedir mas nada pode fazer, suas pernas estavam bastante abertas, os dedos começaram a lhe beliscar, a bunda, os lábios vaginais, o clitóris, neste foi-se comprimido entre dois dedos causando dor e prazer ao mesmo tempo. As correntes de sua mão são abaixadas e presas em um gancho no chão, agora está quase de quatro, de pernas abertas. O toque leve das mãos em suas ancas já denunciavam a intenção. Debateu-se toda e recebeu palmadas na bunda. Continuou fazendo isto sem sucesso, já se lhe abria espaço dentro do corpo. Um pênis estranho lhe penetrava a buceta, sem preparação, a seco, era como um golpe de espada que a fazia sangrar por dentro, aquele membro era muito grande, pelo menos maior do que o ultimo que se lembrava de ter alojado. Sua imobilidade não ajudava em nada para o conforto. Queria usar as mãos para espantar aquele sujeito, queria defender-se, não se sentir tão impotente do jeito que estava. Sem sorte. O homem imprimira um ritmo mais forte ainda, arfava e gemia. Parou. As lágrimas e a baba já escorria farta dos olhos a boca, da boca ao chão, ela sentia o gosto salgado das próprias lágrimas sem saber que teria outro gosto pela frente, e mais terrível: de sua própria intimidade e do pênis daquele estuprador. Ela tentava não respirar mas era difícil, engasgava-se com tamanho membro em sua boca, sabia que não estava indo até a extensão final, e quando ia uma vontade violenta e amarga de vomitar se lhe apoderava. Conseguiu segurar duas vezes, na terceira em que sentiu os pelos pubianos do sujeito em seus beiços, nariz, pois a bílis pra fora. Seu corpo formigou. Uma dor absurda estava invadindo de fora pra dentro, sua pele estava em brasas, conseguiu distinguir o som de algo vibrando no ar e o estalo diretamente em seus seios, depois na sua bunda, seios, vagina. Não pode mais acompanhar pois depois de tantos golpes desfalecera. Foi acordada com um balde de água fria. O pênis lhe foi enfiado goela abaixo de novo. Tinha pela experiência da carne que a surra que levara foi por causa do vomito, a única coisa que efetivamente ainda tinha um controle relativo. Tentou relaxar e agora o homem estava mais poderoso e ativo na sua boca, engasgava-a sem pudor, puxava seus cabelos, ficava prolongado tempo com tudo lá dentro, a garganta inchada. Quase desmaiara novamente com aquilo. Ele parara e começou a mexer novamente em sua bunda. Quando metera um dedo e depois jogara cuspi ela entendeu o que ia acontecer. Nunca tinha feito sexo anal, nem com as garotas da boate e seu desespero era totalmente visível, seus pelo eriçaram-se ainda mais e as correntes tremulavam e deixavam no ar um som doce aos ouvidos do homem, terrificante para mulher que já sentia seu anus ser alargado por dois dedos. Ele passara seu pênis entre sua vagina, pôde sentir toda a extensão em seu ventre. Já não se segurava mais. Ele invadira-a com muita insistência, Agnes grunhia feito um animal sendo sacrificado, sentia uma britadeira lhe dilacerando as entranhas, ele simplesmente esta maravilhado com todo material que usufruía, enquanto metia acariciava os seios, deixando os bicos durinhos, lambia o pescoço e as lágrimas do rosto, metia bem fundo. Agnes sentira toda aquela invasão e o toque querendo excita-la, a massagem em seu clitóris, mas nada superava aquela dor da expiação, pedia a Deus que aquilo acabasse logo. Suas preces deram resultado e quando estava com um agradecimento mental na boca lhe veio o esperma do homem, se espalhando em seus lábios, nos beiços, escorrendo tudo dentro da garganta pois tivera seu queixo fechado e a cabeça inclinada pra trás, tão inclinada que penso que iria partir-se. Foi deixada novamente só com a escuridão, sem muitas forças, o gosto de esperma na boca e toda suja de baba. Quase afogara-se quando foi banhada com uma mangueira, os dedos indo e vindo dentro dela, o frio aumentando. Alguma coisa chiava ali perto. Levou um longo perto nos seios, temeu por algum movimento instintivo excitar o homem novamente. Sua venda foi tirada e sua vista demorou a novamente se adaptar naquele ambiente. Olhou para os lados e o homem ligara um monitor, queria por tudo que era sagrado quem era aquele meliante, se o conhecia ou pelo menos pra ter alguma esperança de ser achada logo porém espantou-se mais com o que viu na tela. Nitidamente, sua filha, Cristina, em iguais condições, totalmente nua, acorrentada, vendada, amordaçada e desacordada, só esperando o que aquele maldito iria fazer. Estava com sua filhinha tão adorada, com a qual brigara mas que já tinha se arrependido e que agora iria sofrer a mesma coisa que ela. Sentiu medo, desespero, raiva, angustia, solidão. A tela foi desligada e um rosto foi-se formando na sua frente. O homem estava nu. Com um chicote na mão, surrara-lhe mais um pouco e no meio das chicotadas ela foi construindo um rosto humano, seus traços cada vez mais próximos de gente de seu convívio até ter além da imagem um nome em sua mente Osvaldo.
Espero que tenham tido paciência pra chegar até aqui. Depois de muito tempo estou reescrevendo, como julguei muito trabalhoso recomeçar os trabalhos que eu já tenho publicado aqui, claro aqueles que merecem uma continuação, escrevi este e vou trabalhando gradativamente nos outros. Quem quiser é só acessar o link do meu perfil, quiser mandar email com criticas, sugestões ou quiser me conhecer mande para: boemiosado@yahoo.com.br. Desculpem os erros de digitação e até os próximos capítulos, se os houver.