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Bom, tecnicamente, minha história poderia começar a partir deste capítulo. Vou me dedicar a falar o “Com eu fui até o inferno e consegui voltar”, com uma pessoa com quem eu me relacionei e cujas consequências foram terríveis para mim.
Se você começou a ler agora, seja bem-vindo. Meu nome é João Paulo, tenho 1,7m de altura, cabelos cacheados e longos (até o ombro) castanhos, olhos de mesma cor, pré-vestibulando, morador de São Paulo, capital.
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Existe, no interior de São Paulo, não muito distante da capital, uma cidadezinha chamada Santa Gertrudes. É um lugar muito agradável de se morar e, de certa forma fez parte de um período da minha vida.
Santa Gertrudes fica entre Rio Claro e Limeira, imaginem no mapa um triângulo obtuso ligando as três cidades. Nas proximidades existem outras cidades bem interessantes, como Cordeirópolis e Piracicaba, as quais eu tive o prazer de visitar.
Santa Gertrudes, Rio Claro e Limeira foram palco de um amor muito forte e intenso que eu tive por um menino. LFAS, é assim que o chamarei. LF. O LF teve que fazer uma cirurgia para retirada das amigdalas. Para quem não sabe, as amigdalas são duas glândulas que você tem na boca, quase na garganta, que só servem para inflamar. Kkkkkkkkkkk Quando inflamadas, as amigdalas incham e causam falta de ar ao seus ‘donos’, e outros desconfortos.
Fato é que a situação do LF é agravada pela cidade em que ele mora(va). Santa Gertrudes é um dos maiores polos de produção de cerâmica do país. Cerâmica, poeira, tempo seco. Amigdalas inflamadas quase que constantemente.
Como já dito, na semana em que ele fez a cirurgia, eu estava viajando. Foi uma época muito confusa da minha vida, mas eu sabia que estava gostando dele. Mesmo que de longe. Mesmo que fosse impossível por ele namorar.
E eu era correspondido. Ele me dizia coisas legais. Me mimava, pelo msn. Conversávamos pela webcam quase que todos os dias.
Nossa relação foi se estreitando de uma maneira bonita e gostosa, e quando eu percebi eu estava totalmente ligado à ele. Na semana que ele fez a cirurgia, e quando eu já estava de volta para casa, ele me ligou pela primeira vez. Eu tinha um celular TIM, e ele um CLARO. Ele comprou um TIM somente para poder me ligar.
Eu me lembro como hoje a voz do ser. Estava muito estranha, por que ele não conseguia falar direito ainda. Ele me dizia que o pior era não poder tomar refrigerante, porque além de não sentir o sabor, ardia demais os pontos. Eu o chamava de menino sem amigdalas, e ele me chamava de moço bonito. (Referência à novela Gabriela, que estava no ar à época.) Desde esse dia, ele me ligava todos os dias a noite, antes de dormir. E durante o dia trocávamos uma penca de mensagens. Eu sabia quase tudo sobre ele. Ou achava que sabia.
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Durante meses ficamos nisso. Mas chegou uma hora que eu estava com uma dor no peito já. Sofrendo de saudades, de alguém que eu nunca havia visto na vida. Durante esse tempo eu me dividia entre o LF e os estudos. Resumi minha vida à isso. Foi num dos dias de Setembro de 2012. Surgiu uma oportunidade de ele vir à São Paulo.
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# Não sei se deveria falar isso aqui. Mas lá vai. #
O LFAS estudava na Unesp de Rio Claro (não vou me especificar no curso, porque né...). Ele competia em tempo com os estudos à noite na Diretoria Regional de Ensino em Limeira (não vou especificar cargo, nem essas coisas, porque né...).
Oooou seja: ele ia de ponta a ponta daquele triangulo imaginário, e só ao fim do dia chegava em sua casa, no meio do triângulo. (Analogia com triângulos idiota a minha, espero que consigam entender. Rs)
Mas em Setembro de 2012 surgiu uma oportunidade de nos vermos. Haveria uma competição entre as Diretorias de Ensino de todo o Estado de São Paulo, ele se inscreveu para damas. Gente, quem se inscreve para damas numa competição que se prese? Auhsahusahusahuashu Tinha natação, Futebol, tênis de mesa... e ele escolheu damas. Enfim. Ele teria quatro dias livres em São Paulo, se, por um acaso da vida, ele perdesse logo nas primeiras eliminatórias. Não sei porquê, ele acabou perdendo!
:O
#Aí mais uma parte, pepessoal. =) #
